Sim, um trocadilho infame com a grandiosa Estratégia Nacional de Defesa, publicada no final de 2008, e que não é absolutamente uma estratégia, é muito pouco de defesa e que apenas é, prosaicamente, nacional (talvez exageradamente).
Enfim, apenas para chamar a atenção -- já que acabo de receber o aviso -- para a publicação deste meu trabalho:
A Arte de NÃO Fazer a Guerra: novos comentários à Estratégia Nacional de Defesa
Meridiano 47 (vol. 11, n. 119, junho 2010, p. 21-31; ISBN: 1518-1219)
link para o boletim: http://meridiano47.files.wordpress.com/2010/08/v11n119.pdf;
link para o artigo: http://seer.bce.unb.br/index.php/MED/article/view/638/407.
Originais n. 2066; Publicados n. 972
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 21 de agosto de 2010
Uma sugestao: fechar a porta aos anônimos...
Leio num blog português, que talvez tenha inteiramente razão:
Anónimos ficam à porta
Este blog não aceita comentários anónimos, de qualquer tipo.
Vou pensar nisso; acho que vou ter menos material a processar (de qualquer tipo de qualidade, do bom, do mau e do feio...)
Refletindo...
Anónimos ficam à porta
Este blog não aceita comentários anónimos, de qualquer tipo.
Vou pensar nisso; acho que vou ter menos material a processar (de qualquer tipo de qualidade, do bom, do mau e do feio...)
Refletindo...
Debate sobre a Politica Externa - Revista Epoca
O papel da política externa
Da Redação
Revista Época, Sábado, 21 de agosto de 2010
O Brasil entrou na década de 2000 com uma indiscutível liderança dentro da América do Sul. Em 2002, veio a candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, cujo programa de governo falava em reforçar os laços diplomáticos com nossos vizinhos, mas também se referia à política externa como “indispensável para garantir a presença soberana do Brasil no mundo”. Com Lula eleito, a diplomacia ganhou novos contornos.
O presidente passou a usar seu carisma para tentar ampliar a voz do Brasil em organismos multilaterais. Beneficiado pelo bom momento econômico do país, Lula conseguiu atrair a atenção de líderes mundiais. Em abril do ano passado, durante a reunião do G20 em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se dirigiu a ele com a frase “Este é o cara!”, que acabou se tornando um símbolo do prestígio internacional obtido pelo Brasil nos últimos anos.
Pool Kirsty Wigglesworth
PRESTIGIADO
O presidente Lula sentado ao lado da rainha britânica, Elizabeth II, e à frente do presidente americano, Barack Obama, durante a reunião do G2), em 2009. O Brasil tenta se consolidar entre os grandes da diplomacia mundial
O “ativismo diplomático” do governo Lula também recebeu críticas da comunidade internacional. Os EUA discordaram do abrigo dado pela embaixada brasileira em Honduras ao presidente deposto Manuel Zelaya, o que teria alongado a crise institucional naquele país. Os americanos e outras potências ocidentais, como França e Reino Unido, também ficaram contrariados com a ideia de Lula de se apresentar como mediador do conflito árabe-israelense e, mais recentemente, com a resistência de nossa diplomacia em relação a sanções contra o programa nuclear do Irã. Diante disso, como o próximo presidente deve equilibrar o protagonismo crescente do Brasil e a convivência com antigas potências diplomáticas? Que parâmetros a política externa brasileira deve seguir nos próximos quatro anos? Essas perguntas estarão em pauta no quarto ÉPOCA Debate 2010, que aborda os temas mais importantes na agenda dos candidatos à Presidência da República. A discussão, aberta à participação de leitores, será no dia 31 de agosto, às 16h30, no auditório da Editora Globo, em São Paulo. Os convidados para este ÉPOCA Debate – Política Externa são Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e ex-secretário-geral do Itamaraty; Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington; e Amaury de Souza, cientista político e autor do livro A agenda internacional do Brasil: a política externa brasileira de FHC a Lula.
Os três primeiros debates foram sobre Justiça e segurança pública, educação e saúde. O quinto e último será sobre o papel do Estado. Todos serão gravados e estarão disponíveis em epoca.com.br. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3767-7325 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3767-7325 end_of_the_skype_highlighting ou por meio de um formulário em epoca.com.br/inscricao.
ÉPOCA DEBATE
* Política Externa
* Participação
* - Samuel Pinheiro Guimarães
* Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência
* - Rubens Barbosa
* Ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington
* - Amaury de Souza
* Cientista político e autor do livro A agência internacional do Brasil
* Data: 31 de agosto (terça-feira)
* Horário: 16h30
* Local Editora Globo
* Endereço Av. Jaguaré, 1485, 7ºandar, São Paulo, SP
* Inscrições: tel. (11)3767-7325 begin_of_the_skype_highlighting (11)3767-7325 end_of_the_skype_highlighting ou pelo site epoca.com.br/inscricao
* (As inscrições serão feitas até o limite de vagas do auditório que tem capacidade para 92 pessoas.)
Da Redação
Revista Época, Sábado, 21 de agosto de 2010
O Brasil entrou na década de 2000 com uma indiscutível liderança dentro da América do Sul. Em 2002, veio a candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, cujo programa de governo falava em reforçar os laços diplomáticos com nossos vizinhos, mas também se referia à política externa como “indispensável para garantir a presença soberana do Brasil no mundo”. Com Lula eleito, a diplomacia ganhou novos contornos.
O presidente passou a usar seu carisma para tentar ampliar a voz do Brasil em organismos multilaterais. Beneficiado pelo bom momento econômico do país, Lula conseguiu atrair a atenção de líderes mundiais. Em abril do ano passado, durante a reunião do G20 em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se dirigiu a ele com a frase “Este é o cara!”, que acabou se tornando um símbolo do prestígio internacional obtido pelo Brasil nos últimos anos.
Pool Kirsty Wigglesworth
PRESTIGIADO
O presidente Lula sentado ao lado da rainha britânica, Elizabeth II, e à frente do presidente americano, Barack Obama, durante a reunião do G2), em 2009. O Brasil tenta se consolidar entre os grandes da diplomacia mundial
O “ativismo diplomático” do governo Lula também recebeu críticas da comunidade internacional. Os EUA discordaram do abrigo dado pela embaixada brasileira em Honduras ao presidente deposto Manuel Zelaya, o que teria alongado a crise institucional naquele país. Os americanos e outras potências ocidentais, como França e Reino Unido, também ficaram contrariados com a ideia de Lula de se apresentar como mediador do conflito árabe-israelense e, mais recentemente, com a resistência de nossa diplomacia em relação a sanções contra o programa nuclear do Irã. Diante disso, como o próximo presidente deve equilibrar o protagonismo crescente do Brasil e a convivência com antigas potências diplomáticas? Que parâmetros a política externa brasileira deve seguir nos próximos quatro anos? Essas perguntas estarão em pauta no quarto ÉPOCA Debate 2010, que aborda os temas mais importantes na agenda dos candidatos à Presidência da República. A discussão, aberta à participação de leitores, será no dia 31 de agosto, às 16h30, no auditório da Editora Globo, em São Paulo. Os convidados para este ÉPOCA Debate – Política Externa são Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e ex-secretário-geral do Itamaraty; Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington; e Amaury de Souza, cientista político e autor do livro A agenda internacional do Brasil: a política externa brasileira de FHC a Lula.
Os três primeiros debates foram sobre Justiça e segurança pública, educação e saúde. O quinto e último será sobre o papel do Estado. Todos serão gravados e estarão disponíveis em epoca.com.br. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3767-7325 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3767-7325 end_of_the_skype_highlighting ou por meio de um formulário em epoca.com.br/inscricao.
ÉPOCA DEBATE
* Política Externa
* Participação
* - Samuel Pinheiro Guimarães
* Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência
* - Rubens Barbosa
* Ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington
* - Amaury de Souza
* Cientista político e autor do livro A agência internacional do Brasil
* Data: 31 de agosto (terça-feira)
* Horário: 16h30
* Local Editora Globo
* Endereço Av. Jaguaré, 1485, 7ºandar, São Paulo, SP
* Inscrições: tel. (11)3767-7325 begin_of_the_skype_highlighting (11)3767-7325 end_of_the_skype_highlighting ou pelo site epoca.com.br/inscricao
* (As inscrições serão feitas até o limite de vagas do auditório que tem capacidade para 92 pessoas.)
Poetas e diplomatas... (tudo a ver?)
Não, não vou falar da "promoção" de Vinicius de Moraes a "embaixador", embora ele seja citado nesta bela poesia que transcrevo abaixo.
Alertado por meu colega blogueiro e diplomata -- acho que na ordem inversa -- Francisco Seixas da Costa, que sempre traz coisas muito boas no seu "Duas ou Três Coisas...", descobri, em um seu post sobre Diplomacia e Poesia, essa junção de duas coisas que sempre caminharam juntas: a diplomacia e a poesia, tanto porque os diplomatas são algo como os poetas da Realpolitik, ou os realistas da Idealpolitik, quanto porque eles não se cansam de encontrar palavras bonitas para feias realidades...
Enfim, sou de opinião que, independentemente de suas qualidades enquanto grande poeta, grande letrista, incomparável bebum, Vinicius nunca poderia ter sido promovido a embaixador, razão pela qual coloquei essas expressões entre aspas, no começo deste post. Tratou-se de uma promoção política, administrativa e técnicamente irregular, que poderia ser desmantelada por qualquer órgão de controle da legalidade dos atos (mas que, no Brasil atual, se preocupa com a legalidade dos atos do governo?), feita mais para dar uma gorda pensão -- e provavelmente uma grande "indenização" retroativa -- a suas duas filhas, do que para reparar uma grande injustiça.
Mas deixemos essa questão de lado para apreciar esta crítica dos costumes poético-diplomáticos em forma de poesia, justamente, embora vagamente depreciativa, talvez comme il faut...
Paulo Roberto de Almeida
Divertimento
Blog Tim Tim no Tibete
Thursday, August 19, 2010
Um diplomata só já é risível;
poeta e diplomata, isso é demais!
Fica bem nas fronteiras do incrível:
Vinícius e Cabral não quero mais!
Foi você que pediu Octavio Paz?
Não sei o que ele fez nem o que faz.
Poetas são patetas com plumas
e diplomatas são coisas nenhumas.
Claudel que vá rezar avé marias
e o Perse consertar as avarias
que fez à Resistência no exílio.
Não pensem que esquecemos o Abílio
Guerra Junqueiro, toda uma ameaça:
o Rei a cair morto numa praça!
Poetas diplomatas, vão pastar!
Poetas presidentes?! Nem pensar...
E não julguem que sou qualquer reaça!
Eu sou da nobre estirpe de um talassa...
Posted by Alcipe at 9:06 AM
Alertado por meu colega blogueiro e diplomata -- acho que na ordem inversa -- Francisco Seixas da Costa, que sempre traz coisas muito boas no seu "Duas ou Três Coisas...", descobri, em um seu post sobre Diplomacia e Poesia, essa junção de duas coisas que sempre caminharam juntas: a diplomacia e a poesia, tanto porque os diplomatas são algo como os poetas da Realpolitik, ou os realistas da Idealpolitik, quanto porque eles não se cansam de encontrar palavras bonitas para feias realidades...
Enfim, sou de opinião que, independentemente de suas qualidades enquanto grande poeta, grande letrista, incomparável bebum, Vinicius nunca poderia ter sido promovido a embaixador, razão pela qual coloquei essas expressões entre aspas, no começo deste post. Tratou-se de uma promoção política, administrativa e técnicamente irregular, que poderia ser desmantelada por qualquer órgão de controle da legalidade dos atos (mas que, no Brasil atual, se preocupa com a legalidade dos atos do governo?), feita mais para dar uma gorda pensão -- e provavelmente uma grande "indenização" retroativa -- a suas duas filhas, do que para reparar uma grande injustiça.
Mas deixemos essa questão de lado para apreciar esta crítica dos costumes poético-diplomáticos em forma de poesia, justamente, embora vagamente depreciativa, talvez comme il faut...
Paulo Roberto de Almeida
Divertimento
Blog Tim Tim no Tibete
Thursday, August 19, 2010
Um diplomata só já é risível;
poeta e diplomata, isso é demais!
Fica bem nas fronteiras do incrível:
Vinícius e Cabral não quero mais!
Foi você que pediu Octavio Paz?
Não sei o que ele fez nem o que faz.
Poetas são patetas com plumas
e diplomatas são coisas nenhumas.
Claudel que vá rezar avé marias
e o Perse consertar as avarias
que fez à Resistência no exílio.
Não pensem que esquecemos o Abílio
Guerra Junqueiro, toda uma ameaça:
o Rei a cair morto numa praça!
Poetas diplomatas, vão pastar!
Poetas presidentes?! Nem pensar...
E não julguem que sou qualquer reaça!
Eu sou da nobre estirpe de um talassa...
Posted by Alcipe at 9:06 AM
Nunca antes naquele pais, a censura foi tao escabrosa...
...ou talvez sim: na época do ditador Perez Jimenez, como lembra o Estadão nesta matéria que também já foi objeto de um post neste blog, poucos dias atrás. O foco: a censura exercida por um juiz a serviço do caudilho sobre os jornais, que estão apenas estampando a realidade.
Em todas as ditaduras, é proibido refletir a realidade.
Todos tem de viver a ilusão pautada pela propaganda oficial.
Mais um pouco essa tendência vai se espalhar pelo continente. Na Bolívia, no Equador, na Argentina já se constata a disseminação desse virus.
Tem gente que gosta...
Paulo Roberto de Almeida
O arrocho de Chávez
Editorial - O Estado de S.Paulo
21 de agosto de 2010
A publicação, pelo jornal El Nacional de Caracas, de uma foto de 12 cadáveres empilhados no necrotério da capital - para denunciar a omissão do governo de Hugo Chávez diante da escalada da violência criminal na Venezuela - resultou esta semana na imposição explícita da censura a toda a imprensa do país, depois limitada a dois jornais de Caracas. É o mais grave ato repressivo do gênero desde os tempos do ditador Marcos Pérez Jiménez, nos anos 1950. Com uma peculiaridade: a mordaça valerá de início por um mês. Isso porque haverá eleições parlamentares na Venezuela em 26 de setembro, e a questão da segurança aflige como nenhuma outra o eleitorado da nação vizinha.
Não é para menos. Sob Chávez, a criminalidade alcançou níveis atualmente sem paralelo na América do Sul. Embora o governo tenha cessado de divulgar estatísticas sobre o assunto - na fútil tentativa de ocultar da população o que ela sabe por experiência própria na sua vida cotidiana -, cálculos extraoficiais revelam que em 2009 o número de homicídios no país superou 16 mil, com 50 mil feridos. Em julho último, 465 pessoas (ou 15 a cada dia) foram assassinadas, apenas em Caracas. Estima-se que o arsenal em poder da bandidagem soma 6 milhões de armas. Na Venezuela, o crime compensa: 91% dos atos de violência armada permanecem impunes.
Na República Bolivariana, o regime controla de tal modo o Judiciário que pode contar com a instituição para dar um verniz de legitimidade aos seus movimentos liberticidas. Assim foi no caso do oposicionista El Nacional. (Ou no caso do Tal Cual, outro jornal que se opõe ao caudilho, que reproduziu a foto do necrotério repleto.) Tão logo Chávez investiu contra o matutino, acusando-o de ter divulgado uma imagem "pornográfica", numa "manipulação politiqueira do tema da violência", o Tribunal para a Proteção da Criança e do Adolescente vedou a publicação de textos e fotos relativos, entre outras coisas, a "incidentes sangrentos e grotescos, armas, mensagens de terror, atos de agressão física e batalhas".
A reação do El Nacional foi vigorosa. Sob a manchete Proíbem publicar imagens e notícias sobre a violência, o diário carimbou a palavra "censurado" nos espaços em branco reservados para duas fotos. Uma legenda resumia a tragédia venezuelana: Se aqui houvesse uma foto, vocês veriam um pai chorando por um filho que morreu. O proprietário e editor-chefe do jornal considerou a censura uma arbitrariedade que viola a Constituição. "Foi uma decisão política", disse ainda, aludindo à campanha eleitoral em curso no país e ao problema que mais afeta a popularidade de Chávez. "A decisão judicial peca por amplitude e imprecisão", comentou a organização de defesa da imprensa Repórteres sem Fronteiras.
As incursões do autocrata contra a liberdade de informar nada têm de novo. Em 2007, o governo se recusou a renovar a concessão da rede RCTV, que acabou fechada. Tiveram o mesmo destino 40 emissoras de rádio. O caso talvez mais escabroso é a perseguição movida à TV Globovisión, cujo dono, Guillermo Zuloaga, fugiu do país depois de ter sido preso em março. Chávez anunciou que pretende adquirir o controle acionário da emissora. "Mas nunca vimos uma atitude como esta", ressalta o professor Marcelino Bisbal, da Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas. Provavelmente porque parece haver um elo entre a indiferença do governo à violência urbana e os subterrâneos do poder chavista.
Há pouco, a CNN levou ao ar o documentário espanhol Los Guardianes de Chávez sobre os grupos paramilitares como Los Colectivos, La Piedrita e Los Carapaicas, que formam uma espécie de força pretoriana do caudilho que intimida, quando não aterroriza, a oposição ao chefe. Um número indeterminado, porém não desprezível, de seus integrantes mantém relações com organizações criminosas ou fazem parte eles mesmos das quadrilhas. Outra tropa de choque são as milícias camponesas apoiadas e armadas pelo autocrata. Como era de prever, ele atribuiu as denúncias a uma tentativa golpista. "Este tema da violência, do crime", investiu, "converteu-se num fator antirrevolucionário de peso." Na realidade, é um pretexto para o arrocho. Mais um.
Em todas as ditaduras, é proibido refletir a realidade.
Todos tem de viver a ilusão pautada pela propaganda oficial.
Mais um pouco essa tendência vai se espalhar pelo continente. Na Bolívia, no Equador, na Argentina já se constata a disseminação desse virus.
Tem gente que gosta...
Paulo Roberto de Almeida
O arrocho de Chávez
Editorial - O Estado de S.Paulo
21 de agosto de 2010
A publicação, pelo jornal El Nacional de Caracas, de uma foto de 12 cadáveres empilhados no necrotério da capital - para denunciar a omissão do governo de Hugo Chávez diante da escalada da violência criminal na Venezuela - resultou esta semana na imposição explícita da censura a toda a imprensa do país, depois limitada a dois jornais de Caracas. É o mais grave ato repressivo do gênero desde os tempos do ditador Marcos Pérez Jiménez, nos anos 1950. Com uma peculiaridade: a mordaça valerá de início por um mês. Isso porque haverá eleições parlamentares na Venezuela em 26 de setembro, e a questão da segurança aflige como nenhuma outra o eleitorado da nação vizinha.
Não é para menos. Sob Chávez, a criminalidade alcançou níveis atualmente sem paralelo na América do Sul. Embora o governo tenha cessado de divulgar estatísticas sobre o assunto - na fútil tentativa de ocultar da população o que ela sabe por experiência própria na sua vida cotidiana -, cálculos extraoficiais revelam que em 2009 o número de homicídios no país superou 16 mil, com 50 mil feridos. Em julho último, 465 pessoas (ou 15 a cada dia) foram assassinadas, apenas em Caracas. Estima-se que o arsenal em poder da bandidagem soma 6 milhões de armas. Na Venezuela, o crime compensa: 91% dos atos de violência armada permanecem impunes.
Na República Bolivariana, o regime controla de tal modo o Judiciário que pode contar com a instituição para dar um verniz de legitimidade aos seus movimentos liberticidas. Assim foi no caso do oposicionista El Nacional. (Ou no caso do Tal Cual, outro jornal que se opõe ao caudilho, que reproduziu a foto do necrotério repleto.) Tão logo Chávez investiu contra o matutino, acusando-o de ter divulgado uma imagem "pornográfica", numa "manipulação politiqueira do tema da violência", o Tribunal para a Proteção da Criança e do Adolescente vedou a publicação de textos e fotos relativos, entre outras coisas, a "incidentes sangrentos e grotescos, armas, mensagens de terror, atos de agressão física e batalhas".
A reação do El Nacional foi vigorosa. Sob a manchete Proíbem publicar imagens e notícias sobre a violência, o diário carimbou a palavra "censurado" nos espaços em branco reservados para duas fotos. Uma legenda resumia a tragédia venezuelana: Se aqui houvesse uma foto, vocês veriam um pai chorando por um filho que morreu. O proprietário e editor-chefe do jornal considerou a censura uma arbitrariedade que viola a Constituição. "Foi uma decisão política", disse ainda, aludindo à campanha eleitoral em curso no país e ao problema que mais afeta a popularidade de Chávez. "A decisão judicial peca por amplitude e imprecisão", comentou a organização de defesa da imprensa Repórteres sem Fronteiras.
As incursões do autocrata contra a liberdade de informar nada têm de novo. Em 2007, o governo se recusou a renovar a concessão da rede RCTV, que acabou fechada. Tiveram o mesmo destino 40 emissoras de rádio. O caso talvez mais escabroso é a perseguição movida à TV Globovisión, cujo dono, Guillermo Zuloaga, fugiu do país depois de ter sido preso em março. Chávez anunciou que pretende adquirir o controle acionário da emissora. "Mas nunca vimos uma atitude como esta", ressalta o professor Marcelino Bisbal, da Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas. Provavelmente porque parece haver um elo entre a indiferença do governo à violência urbana e os subterrâneos do poder chavista.
Há pouco, a CNN levou ao ar o documentário espanhol Los Guardianes de Chávez sobre os grupos paramilitares como Los Colectivos, La Piedrita e Los Carapaicas, que formam uma espécie de força pretoriana do caudilho que intimida, quando não aterroriza, a oposição ao chefe. Um número indeterminado, porém não desprezível, de seus integrantes mantém relações com organizações criminosas ou fazem parte eles mesmos das quadrilhas. Outra tropa de choque são as milícias camponesas apoiadas e armadas pelo autocrata. Como era de prever, ele atribuiu as denúncias a uma tentativa golpista. "Este tema da violência, do crime", investiu, "converteu-se num fator antirrevolucionário de peso." Na realidade, é um pretexto para o arrocho. Mais um.
Nunca antes "nestepaiz", a Petrobras foi tao manipulada (erraticamente)
Parece incrivel a capacidade de certos aprendizes de feiticeiro de atrapalhar negócios que deveriam ser conduzidos como... negócios.
Uma empresa que deve cumprir objetivos políticos, para um governo errático, deixa de ser uma empresa, para ser um braço de aventuras ideológicas para neófitos e ideólogos equivocados.
Poucos dias atrás já postei aqui uma matéria sobre os sonhadores da ANP, que pretendem estipular preços políticos, a partir de um achismo verdadeiramente irresponsável.
Paulo Roberto de Almeida
A imagem da Petrobrás
Editorial - O Estado de S.Paulo
21 de agosto de 2010
Nenhum crítico ou inimigo da Petrobrás conseguiu, em mais de meio século, prejudicar tanto a imagem da empresa quanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com suas trapalhadas em torno da exploração do pré-sal. Em busca de recursos para o mais ambicioso de seus projetos, a maior estatal brasileira perde espaço no mercado de capitais, em vez de mobilizar investidores para um empreendimento de proporções extraordinárias. Cerca de um quarto do valor de suas ações se evaporou desde o começo do ano. A perda chega a 30%, aproximadamente, se for contada a partir do último pico, em 1.º de dezembro do ano passado. O Fundo Soros, seu maior acionista privado até há pouco tempo, vendeu todos os papéis da estatal. Já não tinha nenhum em 30 de junho, segundo informou nesta semana à Security Exchange Comission, reguladora do mercado de ações dos Estados Unidos. A explicação da venda é óbvia: quem pode estar seguro, diante da imensa confusão criada pelas autoridades brasileiras em torno da capitalização da empresa? O megainvestidor George Soros não está sozinho. Na semana passada, o Banco UBS recomendou a seus clientes a venda de papéis da Petrobrás.
A União, controladora da empresa, deve participar de sua capitalização fornecendo-lhe 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal, um ativo ainda escondido no Atlântico, a milhares de metros de profundidade. Esse foi o caminho definido há meses pelo governo, mas ainda não há acordo sobre o preço de cada barril. Avaliações encomendadas pela Petrobrás e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicaram valores muito diferentes - entre US$ 5 e US$ 6, num caso, e entre US$ 10 e US$ 12, no outro. Se prevalecer um preço considerado alto pelo mercado, os acionistas particulares poderão ser desestimulados, porque será difícil manter sua participação no capital ou, pelo menos, evitar uma redução muito grande.
Mais que um impasse entre a empresa e a ANP, a disputa sobre o valor daqueles barris é um fator de insegurança para os investidores. Além de tornar o quadro muito confuso, o desentendimento reforça o temor do viés político nas decisões sobre o pré-sal e sobre o papel da Petrobrás. Esse viés tem sido perceptível desde o início das discussões, em Brasília, sobre a exploração dos enormes depósitos de petróleo e gás descobertos em águas brasileiras.
Uma assembleia de acionistas aprovou a emissão de papéis para captação de até US$ 150 bilhões. A operação foi adiada de julho para setembro e já há dúvidas sobre o cumprimento do novo prazo. O presidente Lula, segundo fontes próximas da Presidência da República, poderá optar pelo adiamento de qualquer decisão, para evitar um debate complicado às vésperas das eleições. Ele teme, segundo as fontes, criar problemas para a candidata Dilma Rousseff. Esse risco seria menor, se o governo houvesse tratado a questão do pré-sal com mais objetividade e menos ideologia.
A questão ideológica jogou para segundo plano a questão essencial: a exploração eficiente, segura e lucrativa da riqueza do pré-sal. Ao ressuscitar bandeiras dos anos 50, o governo simplesmente desviou o foco do planejamento e dificultou a mobilização de capitais.
Mas a confusão de objetivos se tornou mais perigosa quando o governo resolveu converter a Petrobrás num instrumento de política industrial. Ao forçar a nacionalização de uma porcentagem dos bens e equipamentos destinados à pesquisa e produção no pré-sal, Brasília acrescentou um peso econômico e um problema tecnológico a um empreendimento já muito caro e complicado. A Petrobrás até defendeu essa política, mas em pouco tempo anunciou a impossibilidade de cumpri-la integralmente.
O governo e a ANP insistem, no entanto, em misturar o projeto do pré-sal com sua nova e improvisada política industrial. A participação dos produtos nacionais poderá ser mais modesta na fase de exploração, mas não na etapa de produção. A meta de conteúdo local deverá constar, informa-se em Brasília, do contrato de capitalização. Essa mistura seria mais uma prova de incompetência gerencial e de absoluta desorientação na fixação de objetivos estratégicos.
Uma empresa que deve cumprir objetivos políticos, para um governo errático, deixa de ser uma empresa, para ser um braço de aventuras ideológicas para neófitos e ideólogos equivocados.
Poucos dias atrás já postei aqui uma matéria sobre os sonhadores da ANP, que pretendem estipular preços políticos, a partir de um achismo verdadeiramente irresponsável.
Paulo Roberto de Almeida
A imagem da Petrobrás
Editorial - O Estado de S.Paulo
21 de agosto de 2010
Nenhum crítico ou inimigo da Petrobrás conseguiu, em mais de meio século, prejudicar tanto a imagem da empresa quanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com suas trapalhadas em torno da exploração do pré-sal. Em busca de recursos para o mais ambicioso de seus projetos, a maior estatal brasileira perde espaço no mercado de capitais, em vez de mobilizar investidores para um empreendimento de proporções extraordinárias. Cerca de um quarto do valor de suas ações se evaporou desde o começo do ano. A perda chega a 30%, aproximadamente, se for contada a partir do último pico, em 1.º de dezembro do ano passado. O Fundo Soros, seu maior acionista privado até há pouco tempo, vendeu todos os papéis da estatal. Já não tinha nenhum em 30 de junho, segundo informou nesta semana à Security Exchange Comission, reguladora do mercado de ações dos Estados Unidos. A explicação da venda é óbvia: quem pode estar seguro, diante da imensa confusão criada pelas autoridades brasileiras em torno da capitalização da empresa? O megainvestidor George Soros não está sozinho. Na semana passada, o Banco UBS recomendou a seus clientes a venda de papéis da Petrobrás.
A União, controladora da empresa, deve participar de sua capitalização fornecendo-lhe 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal, um ativo ainda escondido no Atlântico, a milhares de metros de profundidade. Esse foi o caminho definido há meses pelo governo, mas ainda não há acordo sobre o preço de cada barril. Avaliações encomendadas pela Petrobrás e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicaram valores muito diferentes - entre US$ 5 e US$ 6, num caso, e entre US$ 10 e US$ 12, no outro. Se prevalecer um preço considerado alto pelo mercado, os acionistas particulares poderão ser desestimulados, porque será difícil manter sua participação no capital ou, pelo menos, evitar uma redução muito grande.
Mais que um impasse entre a empresa e a ANP, a disputa sobre o valor daqueles barris é um fator de insegurança para os investidores. Além de tornar o quadro muito confuso, o desentendimento reforça o temor do viés político nas decisões sobre o pré-sal e sobre o papel da Petrobrás. Esse viés tem sido perceptível desde o início das discussões, em Brasília, sobre a exploração dos enormes depósitos de petróleo e gás descobertos em águas brasileiras.
Uma assembleia de acionistas aprovou a emissão de papéis para captação de até US$ 150 bilhões. A operação foi adiada de julho para setembro e já há dúvidas sobre o cumprimento do novo prazo. O presidente Lula, segundo fontes próximas da Presidência da República, poderá optar pelo adiamento de qualquer decisão, para evitar um debate complicado às vésperas das eleições. Ele teme, segundo as fontes, criar problemas para a candidata Dilma Rousseff. Esse risco seria menor, se o governo houvesse tratado a questão do pré-sal com mais objetividade e menos ideologia.
A questão ideológica jogou para segundo plano a questão essencial: a exploração eficiente, segura e lucrativa da riqueza do pré-sal. Ao ressuscitar bandeiras dos anos 50, o governo simplesmente desviou o foco do planejamento e dificultou a mobilização de capitais.
Mas a confusão de objetivos se tornou mais perigosa quando o governo resolveu converter a Petrobrás num instrumento de política industrial. Ao forçar a nacionalização de uma porcentagem dos bens e equipamentos destinados à pesquisa e produção no pré-sal, Brasília acrescentou um peso econômico e um problema tecnológico a um empreendimento já muito caro e complicado. A Petrobrás até defendeu essa política, mas em pouco tempo anunciou a impossibilidade de cumpri-la integralmente.
O governo e a ANP insistem, no entanto, em misturar o projeto do pré-sal com sua nova e improvisada política industrial. A participação dos produtos nacionais poderá ser mais modesta na fase de exploração, mas não na etapa de produção. A meta de conteúdo local deverá constar, informa-se em Brasília, do contrato de capitalização. Essa mistura seria mais uma prova de incompetência gerencial e de absoluta desorientação na fixação de objetivos estratégicos.
G20 na Coreia do Sul: uma agenda cheia de deja-vus e platitudes
O site Korea.net acaba de publicar os grandes temas para a agenda do encontro de cúpula do G20 a ser realizado na Coréia do Sul.
Acho que tem para todos os gostos, dentro do politicamente correto. A destacar o penúltimo item, abordando energia e anti-corrupção. Não sei se é intencional, ou seja, buscar uma corrupção mais energética, ou colocar mais energia na luta contra a corrupção. Vai lá saber...
Em todo caso, já sabemos o que esperar: aquelas declarações mornas, cheias de boas intenções, para que cada país continue a fazer exatamente o que estava fazendo antes...
Paulo Roberto de Almeida
Key phrases for the G20 Summit revealed
Korea.net, Aug. 17, 2010
The key phrases for the G20 Financial Summit meeting have been disclosed. The Presidential Committee for the G20 Seoul Summit explained that the new phrase “Shared Growth Beyond Crisis” reflects the main theme of the G20 Summit, which aims to establish a framework for strong, sustainable balanced growth worldwide.
The agenda for the G20 Summit was classified into eight categories: ▲ global economy ▲cooperative framework for balanced growth ▲reform of the international financial regulatory system ▲modernization of international financial institutions and the global financial safety net ▲development ▲trade and investment ▲energy and anti-corruption ▲ business summit.
The government has already held a high level working group meeting in Seoul on July 19 and 20, followed by the Sherpa meeting from July 20 to22. The high-level meeting, attended by some 100 representatives from member nations and global institutions, discussed specifying the existing agendas and decided on the future directions for talks.
The Sherpa meeting, which is a closed-door event, was attended by another 100 deputy representatives and aides from member nations and relevant institutions to review the general direction for the G20 agenda. The name of the meeting is derived from the Sherpas of the Himalayas, guides and porters for those who seek to scale the mountains.
The Presidential Committee will continue to hold preparatory meetings related to finance, budget, energy, and development, and seek the advice of other countries to coordinate before the official meeting.
By Kim Hee-sung
Korea.net Staff Writer
Acho que tem para todos os gostos, dentro do politicamente correto. A destacar o penúltimo item, abordando energia e anti-corrupção. Não sei se é intencional, ou seja, buscar uma corrupção mais energética, ou colocar mais energia na luta contra a corrupção. Vai lá saber...
Em todo caso, já sabemos o que esperar: aquelas declarações mornas, cheias de boas intenções, para que cada país continue a fazer exatamente o que estava fazendo antes...
Paulo Roberto de Almeida
Key phrases for the G20 Summit revealed
Korea.net, Aug. 17, 2010
The key phrases for the G20 Financial Summit meeting have been disclosed. The Presidential Committee for the G20 Seoul Summit explained that the new phrase “Shared Growth Beyond Crisis” reflects the main theme of the G20 Summit, which aims to establish a framework for strong, sustainable balanced growth worldwide.
The agenda for the G20 Summit was classified into eight categories: ▲ global economy ▲cooperative framework for balanced growth ▲reform of the international financial regulatory system ▲modernization of international financial institutions and the global financial safety net ▲development ▲trade and investment ▲energy and anti-corruption ▲ business summit.
The government has already held a high level working group meeting in Seoul on July 19 and 20, followed by the Sherpa meeting from July 20 to22. The high-level meeting, attended by some 100 representatives from member nations and global institutions, discussed specifying the existing agendas and decided on the future directions for talks.
The Sherpa meeting, which is a closed-door event, was attended by another 100 deputy representatives and aides from member nations and relevant institutions to review the general direction for the G20 agenda. The name of the meeting is derived from the Sherpas of the Himalayas, guides and porters for those who seek to scale the mountains.
The Presidential Committee will continue to hold preparatory meetings related to finance, budget, energy, and development, and seek the advice of other countries to coordinate before the official meeting.
By Kim Hee-sung
Korea.net Staff Writer
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...
-
Sobre isto: A presidente Dilma Rousseff empossou nesta quarta-feira, em Brasília, os sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, gr...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Stephen Kotkin is a legendary historian, currently at Hoover, previously at Princeton. Best known for his Stalin biographies, his other wor...