Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Russia: o novo despotismo em construcao (NYT)
domingo, 13 de abril de 2014
Totalitarios do Brasil nao vao descansar enquanto nao censurarem a midia: PT e PCdoB
Estamos em pleno mundo de George Orwell, do Big Brother e da novilíngua.
Os companheiros totalitários ainda não conseguiram o que pretendem: monopolizar todos os poderes. Já estão fazendo com dois outros, de Estado, e querem agora amordaçar o quarto poder.
Paulo Roberto de Almeida
COLUNA ESPLANADA
PT e PCdoB preparam lei para quebra de monopólio da mídia
Partidos preparam projeto de lei para a quebra do monopólio de grandes grupos de mídia no Brasil, a exemplo do que fez a presidente da Argentina
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Toda censura se torna sumamente ridicula - Blog Do Triste Tropico - Denise Chrispim Marin
Como os censores são subordinados submissos, e não querem parecer distraídos, desatentos, ou complacentes com as vítimas, eles sempre acabam cortando bem mais do que pretendiam os seus chefes, os gorilas no poder.
Daí cortarem notícias anódinas, que vistas no contexto são sumamente ridículas.
Toda censura é burra, estúpida, uma ofensa à inteligência dos cidadãos.
Tem muito companheiro por aí que adoraria censurar notícias sobre suas patifarias e crimes.
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 28 de junho de 2013
O Imperio malvado e o progressista bonzinho: hipocrisia e desinformacaodos companheiros bolivarianos
terça-feira, 5 de março de 2013
A indisfarcavel inclinacao fascista dos companheiros da novilingua
Mesmo com a velha língua dos fascistas dos anos 1930, os companheiros são isso: inimigos da democracia e da liberdade, amantes da ditadura e da censura. Eles precisam do controle das comunicações, para poder implantar o monopólio do poder a que aspiram.
Serão derrotados, mas enganam muita gente...
Paulo Roberto de Almeida
A 'democratização' petista
A Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada no final do governo Lula, foi uma das mais audaciosas tentativas dos radicais petistas de impor a mordaça aos veículos de comunicação que não se alinham ao lulopetismo. Planejada pelo ex-ministro Franklin Martins com a indispensável aprovação de Lula, a Confecom foi realizada com a participação de pessoas e entidades escolhidas a dedo para elaborar o projeto de um novo marco regulatório das comunicações à moda da esquerda petista - da qual o ex-ministro é um dos luminares, ao lado de José Dirceu e de Rui Falcão. Pouco tempo depois, já na Presidência, Dilma Rousseff engavetou o tal projeto, declarando que preferia "o barulho da democracia ao silêncio das ditaduras".
Mas o PT não toma jeito e continua insistindo, contra a opinião também de seu maior aliado no governo, o PMDB. Na convenção nacional realizada no último fim de semana, o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, aprovou, em resposta ao documento petista divulgado horas antes, uma moção de "defesa intransigente da liberdade de imprensa". Numa demonstração clara de que não são apenas as "elites" ou a "mídia oligopolizada e conservadora" que enxergam a intenção petista de censurar a imprensa, declarou o deputado federal Lúcio Vieira Lima, responsável pelo anúncio da moção: "Não podemos permitir que uma agremiação defenda o cerceamento da liberdade de imprensa. (...) Essa moção é em defesa do Brasil".
Mais uma vez, deliberada e maliciosamente o PT embaralha a questão do marco regulatório das comunicações com o controle da mídia, ou seja, a censura. Um novo marco regulatório das comunicações é necessário e urgente, principalmente porque o marco em vigor, anterior ao advento da internet, está há muito tempo defasado. E há questões que precisam ser regulamentadas, especialmente no campo das telecomunicações. Mas a ambição do PT de fazer aprovar o controle da mídia, embutido no novo marco regulatório das comunicações, já se transformou em obstáculo às intenções do Palácio do Planalto de promover a necessária atualização do estatuto em vigor.
No documento divulgado por seu Diretório Nacional, o PT afirma que o "oligopólio" que controla a mídia no Brasil "é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país". Na verdade, o grande obstáculo à transformação da realidade, principalmente a das questões fundamentais da política, tem sido o PT. Em matéria de organização política, há 10 anos no governo o PT faz questão de deixar tudo exatamente como está, pois é o que interessa a seu plano de perpetuação no poder.
Quem escamoteia os fatos e só divulga o que é de seu interesse é o próprio PT, que deu uma demonstração patética disso ao montar um grande painel fotográfico no Congresso Nacional. As fotos que ilustram a trajetória do partido ao longo de 30 anos pulam 2005, o ano do mensalão. Mas os criminosos condenados José Dirceu e José Genoino aparecem com destaque em fotos relativas, respectivamente, aos anos de 1992 e 2000. É um exemplo daquilo que os petistas entendem por "democratização" da informação.
terça-feira, 6 de março de 2012
Big Brother persa: aprendendo com os chineses...
Ao fim e ao cabo, a população fica sabendo do que lhe querem privar.
Paulo Roberto de Almeida
Las autoridades de Irán confirman la separación entre Internet y su propia red nacional
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Democracia 'a moda petista: meios de comunicacao
Acredito que o Brasil está livre desse fantasma, mas no processo muitos jornalistas rastaqueras se rendem a fórmula liberticida.
Não com o meu silêncio...
Paulo Roberto de Almeida
'Democratização', não controle
Editorial O Estado de S.Paulo,
sábado, 28 de maio de 2011
Iran: ficando parecido com a Coreia do Norte...
BY CHRISTOPHER RHOADS AND FARNAZ FASSIHI
The Wall Street Journal, 28/05/2011
Iran is taking steps toward an aggressive new form of censorship: a so-called national Internet that could, in effect, disconnect Iranian cyberspace from the rest of the world.
The leadership in Iran sees the project as a way to end the fight for control of the Internet, according to observers of Iranian policy inside and outside the country. Iran, already among the most sophisticated nations in online censoring, also promotes its national Internet as a cost-saving measure for consumers and as a way to uphold Islamic moral codes.
É o que se chama de autosuficiência. Resta saber o que vão achar disso os jovens plugados no mundo...
sábado, 21 de agosto de 2010
Nunca antes naquele pais, a censura foi tao escabrosa...
Em todas as ditaduras, é proibido refletir a realidade.
Todos tem de viver a ilusão pautada pela propaganda oficial.
Mais um pouco essa tendência vai se espalhar pelo continente. Na Bolívia, no Equador, na Argentina já se constata a disseminação desse virus.
Tem gente que gosta...
Paulo Roberto de Almeida
O arrocho de Chávez
Editorial - O Estado de S.Paulo
21 de agosto de 2010
A publicação, pelo jornal El Nacional de Caracas, de uma foto de 12 cadáveres empilhados no necrotério da capital - para denunciar a omissão do governo de Hugo Chávez diante da escalada da violência criminal na Venezuela - resultou esta semana na imposição explícita da censura a toda a imprensa do país, depois limitada a dois jornais de Caracas. É o mais grave ato repressivo do gênero desde os tempos do ditador Marcos Pérez Jiménez, nos anos 1950. Com uma peculiaridade: a mordaça valerá de início por um mês. Isso porque haverá eleições parlamentares na Venezuela em 26 de setembro, e a questão da segurança aflige como nenhuma outra o eleitorado da nação vizinha.
Não é para menos. Sob Chávez, a criminalidade alcançou níveis atualmente sem paralelo na América do Sul. Embora o governo tenha cessado de divulgar estatísticas sobre o assunto - na fútil tentativa de ocultar da população o que ela sabe por experiência própria na sua vida cotidiana -, cálculos extraoficiais revelam que em 2009 o número de homicídios no país superou 16 mil, com 50 mil feridos. Em julho último, 465 pessoas (ou 15 a cada dia) foram assassinadas, apenas em Caracas. Estima-se que o arsenal em poder da bandidagem soma 6 milhões de armas. Na Venezuela, o crime compensa: 91% dos atos de violência armada permanecem impunes.
Na República Bolivariana, o regime controla de tal modo o Judiciário que pode contar com a instituição para dar um verniz de legitimidade aos seus movimentos liberticidas. Assim foi no caso do oposicionista El Nacional. (Ou no caso do Tal Cual, outro jornal que se opõe ao caudilho, que reproduziu a foto do necrotério repleto.) Tão logo Chávez investiu contra o matutino, acusando-o de ter divulgado uma imagem "pornográfica", numa "manipulação politiqueira do tema da violência", o Tribunal para a Proteção da Criança e do Adolescente vedou a publicação de textos e fotos relativos, entre outras coisas, a "incidentes sangrentos e grotescos, armas, mensagens de terror, atos de agressão física e batalhas".
A reação do El Nacional foi vigorosa. Sob a manchete Proíbem publicar imagens e notícias sobre a violência, o diário carimbou a palavra "censurado" nos espaços em branco reservados para duas fotos. Uma legenda resumia a tragédia venezuelana: Se aqui houvesse uma foto, vocês veriam um pai chorando por um filho que morreu. O proprietário e editor-chefe do jornal considerou a censura uma arbitrariedade que viola a Constituição. "Foi uma decisão política", disse ainda, aludindo à campanha eleitoral em curso no país e ao problema que mais afeta a popularidade de Chávez. "A decisão judicial peca por amplitude e imprecisão", comentou a organização de defesa da imprensa Repórteres sem Fronteiras.
As incursões do autocrata contra a liberdade de informar nada têm de novo. Em 2007, o governo se recusou a renovar a concessão da rede RCTV, que acabou fechada. Tiveram o mesmo destino 40 emissoras de rádio. O caso talvez mais escabroso é a perseguição movida à TV Globovisión, cujo dono, Guillermo Zuloaga, fugiu do país depois de ter sido preso em março. Chávez anunciou que pretende adquirir o controle acionário da emissora. "Mas nunca vimos uma atitude como esta", ressalta o professor Marcelino Bisbal, da Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas. Provavelmente porque parece haver um elo entre a indiferença do governo à violência urbana e os subterrâneos do poder chavista.
Há pouco, a CNN levou ao ar o documentário espanhol Los Guardianes de Chávez sobre os grupos paramilitares como Los Colectivos, La Piedrita e Los Carapaicas, que formam uma espécie de força pretoriana do caudilho que intimida, quando não aterroriza, a oposição ao chefe. Um número indeterminado, porém não desprezível, de seus integrantes mantém relações com organizações criminosas ou fazem parte eles mesmos das quadrilhas. Outra tropa de choque são as milícias camponesas apoiadas e armadas pelo autocrata. Como era de prever, ele atribuiu as denúncias a uma tentativa golpista. "Este tema da violência, do crime", investiu, "converteu-se num fator antirrevolucionário de peso." Na realidade, é um pretexto para o arrocho. Mais um.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Auto-censura: um retrato do pais a que chegamos...
ARTIGO:
QUEM PRECISA DE CENSURA?
por Glauco Fonseca
Dia desses, um jornalista catarinense dos bons e amigo melhor ainda me confidenciou, magoado, que estava sofrendo pressões do veículo no qual trabalha por conta de suas posições políticas. Contou-me que, durante muitos anos, exprimira suas convicções livremente, pois que eram muito semelhantes ao pensamento e a opção editorial dos mesmos veículos, dos mesmos patrões. No caminho da constatação de que as coisas mudaram ? e como -, um belo dia ele foi chamado a uma conversa com o editor-chefe, que, por sua vez, havia sido provocado pelo diretor comercial que, por coincidência, era filho do patriarca. Ele foi informado que o cliente privado XPTO estaria tirando a verba da publicação caso ele permanecesse com sua linha de posicionamento. Ao ouvir o relato, perguntei a mim mesmo quem precisa de uma censura governamental se já temos, entre nós, mecanismos horrorosos de opressão e intimidação, públicos e também privados, capazes de submeter inclusive aqueles que, outrora, foram formidáveis e providenciais líderes de opinião?
Até mesmo o atual governo se deu conta de que não precisa mais se preocupar com essas polêmicas trivialidades. Descobriu que é muito mais fácil ligar para a agência de propaganda, que liga para o dono do jornal, que chama o jornalista e apela para o seu bom senso. Fulano, estou com as mãos atadas e precisamos deste patrocínio...se tu continuares dando porrada, vamos perder esta receita e não poderemos mais arcar com teu polpudo salário....
Depois desta descoberta, tão vil ou ainda pior do que invasões truculentas e armadas às redações, acabou o estresse de ter de aprovar um projeto como o tal Controle Social da Mídia, proposto e retirado do programa de governo de Dilma no TSE. O repórter aquele está incomodando? Avisa o dono da TV que a concessão dele vai ser questionada, que o BNDES vai abrir uma linha exclusiva para redes que não a dele e manda tirar aquela mídia gigantesca do grupo. O repórter logo terá apenas duas opções: calar-se ou demitir-se.
O problema são os ciclos de persistência, cada vez mais frágeis e desprovidos de qualquer convicção que não se renda às eficazes baionetas econômicas. E o que eu chamo de ciclo de persistência de líderes de opinião de outrora, está com os dias contados. O empresário, dono do jornal ou da TV, mudou de opinião quanto ao capitalismo, à livre iniciativa e à soberania do mercado? Provavelmente não. Sua postura empresarial diante de uma perspectiva não só de sobrevivência, mas de crescimento, ao se aliar aos novos mandatários, esta sim, em vários casos, mudou muito. Afinal de contas, ele é um empresário e não um monge e pode, sim, fazer o que quiser com seu patrimônio. Ficará mal nesta história quem costumava trabalhar com o antigo chefe, aquele que sobreviveu e prosperou nos anos de direita e centro e que, agora, não tem como ser clicado na mesma foto com um chefe que também deseja sobreviver e prosperar em tempos de PT e sua nova ordem.
Eu disse ao meu amigo, com a sinceridade que ele sempre me mereceu, que ou ele mudava de lado ou de profissão. O Brasil não precisa mais de uma censura verde-oliva. O Brasil tem hoje uma censura capitalista, ainda mais implacável, pública e também privada, que, se por um lado não confisca computadores, assim o faz com vozes, textos, imagens.
A história da nova censura brasileira poderá ser bem pior do que a da Venezuela de Chávez e sua Globovisión.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Todas as ditaduras se parecem?; o caso da Venezuela
Mas o que eu queria mesmo dizer é que todas as ditaduras se parecem, em sua obsessão contra os meios de comunicação e as agências de imprensa, que elas sempre acusam de estarem conspirando contra elas, ou fazendo acusações falsas.
Este é o caso de uma ditadura próxima do Brasil, em mais de um sentido...
Paulo Roberto de Almeida
Chaderton acusa a CNN de promover conspiración
Agencia Venezolana de Noticias AVN
12 de agosto de 2010
"La cadena de noticias CNN promueve una permanente conspiración internacional contra Venezuela y muestra de ello, es la reciente trasmisión del documental Los Guardianes de Chávez".
La información la ofreció el embajador de Venezuela ante la Organización de Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton Matos, este jueves, durante una visita efectuada al estado Barinas.
“Una vez más, CNN difundió información falsa a través de una pieza elaborada por España, una nación donde, constantemente, se cocinan noticias negativas sobre Venezuela”, enfatizó.
Los Guardianes de Chávez es una producción televisiva que intenta relacionar al Estado venezolano con la promoción de grupos irregulares armados en el país.
Chaderton aseveró: “Este canal está penetrado por el uribismo desde hace varios años y es un centro de difamación e instrumento de la dictadura mediática que se opone al Gobierno Nacional”.
Del mismo modo, puntualizó: “Esa es una de las herramientas que utiliza la oligarquía colombiana y el imperio norteamericano para transgredir a nuestro pueblo”.
Afirmó que a CNN se suman otras plataformas comunicacionales, como Caracol, RCN, El Tiempo, Fox News y The Washington Post, que “diariamente lanzan su veneno en contra de Venezuela”.
Al respecto, el embajador puntualizó que estos medios de comunicación destacan temas diversos, pero se niegan a difundir el contenido social de la Revolución Bolivariana.
“CNN, conjuntamente con estas empresas han creado toda una urdimbre, a fin de empañar las políticas impulsadas por el proceso bolivariano”, dijo el representante de Venezuela ante la OEA.