sexta-feira, 25 de março de 2011

Republica Mafiosa do Brasil: a apropriacao petista da riqueza privada

Certos petistas acreditam que o Brasil e a sua economia nasceram com o Estado, e que ao Estado devem retornar. A fase de privatizações e de aumento da produtividade nacional, com a consequente criação de grandes empresas privadas, é considerada por eles como um simples parênteses neoliberal, indesejado, num itinerário que deveria ser feito apenas de empresas públicas e de dirigismo estatal.
Este deputado aí abaixo, por exemplo, certamente ignora que a Vale não nasceu com o governo Vargas. Este simplesmente se apropriou de uma empresa privada, que existia desde os anos 1920, sob o nome de Itabira Iron Ore Company: era privada, era estrangeira, e produzia minério, como a Vale, hoje. Mas também pretendia instalar a primeira siderurgia no Brasil, desde os anos 1920, mas foi sabotada por predecessores desse deputado petista, que pensa que a única riqueza válida é aquela produzida pelo, para e no Estado.
O petista é certamente um ignorante, mas antes de tudo é um equivocado, achando que o governo faz um bem ao país, quando ele só o condena ao atraso em que cidadãos e desinteligências como a dele o conduziram durante todos esses anos de equívocos monumentais.
O Brasil terá sorte se não continuar se arrastando para trás...
Paulo Roberto de Almeida

Luiz Couto: "Presidente da Vale do Rio Doce acha que é rei"
Informe PT, Liderança do PT na Câmara dos Deputados, 25/03/2011

O deputado Luiz Couto (PT-PB) ironizou ontem o comportamento do presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, por estar querendo se perpetuar no cargo.

Roger Agnelli, há mais de dez anos à frente da direção da empresa, hoje está sendo chamado de dom Roger Agnelli I, porque quer se perpetuar na Vale do Rio Doce como um imperador, como um rei”, disse o parlamentar petista.

Couto rebateu as críticas da oposição à possível mudança no comando da empresa. Ele lembrou que é legítima a assembleia a ser convocada pelo conselho de administração da Vale - que é controlada pela União, via BNDES, e tem participação de fundos de pensão de estatais e de capital privado - para tratar de assuntos referentes á empresa. “Não se trata de intervenção, é um processo normal do processo democrático, em que o Conselho de Administração terá possibilidade de mudar”.

O petista observou que a Vale foi criada como uma empresa de economia mista pelo governo Getúlio Vargas, em 1943, e era um verdadeiro patrimônio nacional até a sua privatização “antinacional”, em 1997, pelo governo Fernando Henrique Cardoso. “A Vale foi privatizada por R$ 3,3 bilhões e hoje fatura mais de R$ 61 bilhões, com valor de mercado estimado em US$ 190 bilhões. Um patrimônio que foi vendido a preço de banana, ou melhor dizendo, da casca da banana”.

Importância Estratégica – Luiz Couto ainda lembrou que, quando da privatização da Vale do Rio Doce, não se levou em conta o potencial mineral do País e a importância estratégica da empresa. Luiz Couto frisou a importância de a empresa agregar valor ao produtos que exporta, para gerar emprego e renda no território nacional, deixando o seu papel de mera exportadora de matérias primas. Agnelli foi convocado pelo ex-presidente Lula a investir mais no País e realizar compras no mercado nacional, mas ignorou o chamado. O governo Dilma também quer que a empresa atue afinada com o interesse nacional, como a Petrobras tem feito.

O deputado disse que o governo do PSDB/ DEM (ex-PFL) só não privatizou o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobras por que o povo brasileiro não permitiu. “Tanto que queriam até mudar o nome da Petrobras para Petrobrax para poder privatizá-la”, comentou. O parlamentar observou que o “adoradores” do mercado não perceberam que o Brasil pode crescer mantendo suas estatais e empresas públicas. “Elas são importantes no processo de desenvolvimento do País”.

Já o deputado Sibá Machado (PT-AC) elogiou em plenário o apoio da bancada do PT à decisão da presidenta Dilma com relação à Vale do Rio Doce. “O governo tem uma posição muito clara de que uma empresa da magnitude da Vale não pode se resumir apenas a vender matéria prima para o mercado internacional de minério”, disse.

A Vale, acrescentou Sibá Machado, “pode muito bem crescer, já que está com toda a sua infraestrutura posta. Ela tem as jazidas, porto de exportação e ferrovias para transporte. Está na hora de se pensar em aumentar o parque siderúrgico brasileiro, e com isso a tecnologia, a qualidade da exportação, a agregação de valor e a geração de emprego. Portanto, nossa bancada firma apoio à decisão da Presidenta Dilma de chamar a atenção da Vale sobre esse aspecto”, disse.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Libia, Obama, CSNU, turismo presidencial, etc: uma visao critica

A turistada diplomática de Obama
Vinícius Torres Freire
Folha de S.Paulo, Quinta-feira, Março 24, 2011

BARACK OBAMA já havia deixado o Brasil, mas a poeira do "favela tour" que fez no Rio ainda estava nos seus sapatos quando a diplomacia brasileira fez questão de explicitar as diferenças entre Brasil e EUA sobre a questão líbia.
Talvez exceto para maníacos em diplomatês, a proposta brasileira sobre o que fazer na Líbia é uma desconversa inconsequente. Isto é, uma conversa irresponsável do ponto de vista de quem considerava necessário evitar o aniquilamento da revolta contra Gaddafi.
Não houvesse ataque de EUA e cia., o blá-blá-blá brasileiro a respeito "de mais negociações" seria irrelevante, pois não haveria o que negociar quando o coronel-ditador tivesse cortado todas as cabeças.
Porém, a diplomacia brasileira de fato não se ocupava de tomar alguma atitude consequente a respeito da Líbia. Estava fazendo dobradinha com a Índia, eventualmente outro Bric e países menos cotados, a fim de amolar os americanos.
Os brasileiros estavam fazendo política de desgaste contra os EUA e mais um manifesto crítico a respeito da distribuição de poder em instituições formais de "governança global", tais como a avacalhada ONU.
Essa micropendenga entre Brasil e EUA acerca da Líbia faz pensar de novo na visita de Obama ao Brasil.
A viagem de férias entediadas da família Obama ao Brasil não parece ter movido uma palha no celeiro em mau estado, abandonado, das relações entre os dois países.
Os EUA continuam a desconsiderar as aspirações megalomaníacas do Brasil de se meter em confusões geopolíticas, coisa para a qual não temos literalmente bala nem dinheiro para pagá-la. Isso fica claro na esnobada do "pleito" por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU e em relação a todas as propostas brasileiras sobre conflitos internacionais mais sérios -ou até a respeito de Honduras.
Os EUA nem se amolam de pensar em reiniciar um diálogo sobre ampliação de comércio com o Brasil (aliás, especialmente depois da crise de 2008, os americanos estão congelando essa conversa com todo mundo). Os EUA sabotam sistematicamente o Brasil e os interesses das empresas brasileiras na Organização Mundial do Comércio.
A própria viagem de Obama teve muito de ridículo, de visita à taba. Na palavra exata de Jânio de Freitas nesta Folha, Obama fez "discursos de churrascaria", cheios de clichês e de demagogias fáceis. A diplomacia americana não fez o menor esforço de apresentar uma proposta nova, fazer um agrado maior. Nada.
Obama fez "favela tour". Sua família foi assistir a macumba para turistas e bater uma bolinha com o povo, de resto com cara evidente de tédio, o que, aliás, é perfeitamente compreensível.
A banalidade das palavras e do programa da visita é mais um indício da indiferença americana e de sua ignorância a respeito do Brasil. Pelo menos parte da elite brasileira considera de péssimo gosto essa turistada diplomática. Se o nível dos diplomatas americanos no Brasil não fosse tão ruim, já teriam aprendido tais coisas.
Mas o resumo da ópera é que tanto como evidenciado no "simbolismo" da visita como na prática das relações entre os dois países Brasil e EUA ainda não têm "agenda". E os norte-americanos não parecem ligar muito para isso.

Daqui nao saio, daqui ninguem me tira... (ops, acabou o Carnaval...)

Pois é, sempre são melhores as soluções pacíficas, todo mundo convergindo para a solução ótima do ponto de vista do bem estar da população e para maior felicidade geral da Nação.
Pregar diálogo, convivência pacífica de opiniões divergentes, prevalência do direito internacional sobre o uso da força, tudo isso é muito bonito, muito nobre e até recomendável.
O problema é quando tudo isso se choca com a realidade: por exemplo, um "nasty dictator" que se recusa a entregar o controle do poder e ceder gentilmente o lugar para novos atores da política.
Como fazer então: continuar pregando o diálogo, a boa convivência, a boas maneiras?
Por vezes pode não funcionar, como não está obviamente funcionando em certo país africano.
Em certas circunstâncias, os países responsáveis são obrigados a adotar posturas mais duras do que a conversa amena e o diálogo compreensivo.
Paulo Roberto de Almeida

O relógio da crise andou
Editorial - O Estado de S.Paulo
24 de março de 2011

O Brasil defende uma saída à egípcia para o conflito na Líbia, revelou o chanceler Antonio Patriota, na aula inaugural do curso de Relações Internacionais da USP, anteontem. "Um processo político que leve a uma transição benigna", foram as cuidadosas palavras que ele escolheu para dizer que Brasília quer a saída do coronel Muamar Kadafi por bem. O chanceler gostaria de ver repetido em Trípoli o acerto que tornou possível a remoção do ditador Hosni Mubarak, sem que ele fosse preso ou obrigado a se exilar, 17 dias depois da chamada Revolução de 25 de Janeiro, quando começou o histórico movimento pela democratização do país.

Comparada à guerra cruenta em que se transformaram os protestos contra a tirania de Kadafi - agravada desde o último fim de semana com os ataques aéreos e marítimos ocidentais em apoio aos revoltosos -, a mudança de regime no Egito foi de fato relativamente benigna: perderam a vida cerca de 400 pessoas, ao passo que do outro lado da fronteira as baixas civis já se contam na casa do milhar. Mas a solução egípcia não pode ser transplantada para a Líbia. No primeiro caso, o ditador capitulou ao se dar conta de que perdera o respaldo do Exército, a força hegemônica no país, e do seu provedor por excelência, os Estados Unidos.

Já Kadafi conservou a lealdade de uma parcela ao menos da elite militar e dos chefes tribais. Essa base de sustentação, somada ao carisma que alimentou ao longo dos anos a fanática devoção dos seus seguidores, o incentivou a reprimir 0 levante com mão de ferro e deu-lhe os meios de empreender uma sequência de contra-ataques contra as posições dos insurretos, a ponto de acuá-los no leste do território. Foi o que, em última análise, motivou a intervenção armada ocidental cujo propósito declarado é salvar vidas civis e cujo alvo indisfarçável é a deposição do tirano. Em nenhum momento, desde a eclosão do que acabaria por se tornar uma guerra civil com participação estrangeira, Kadafi admitiu um desfecho que implicasse transferência de poder.

Na sua primeira aparição depois do início dos bombardeios, quando se especulava que ele teria fugido para o vizinho Chade, o ditador assomou a um balcão para repetir: "Estou aqui!". E para reiterar que não se renderá, dure o quanto durar o conflito. Salvo uma reviravolta por ora inimaginável, a obstinação de Kadafi esvazia a tese brasileira da "transição benigna". Além disso, o relógio da crise andou. Antes que a França e o Reino Unido, com o beneplácito da Liga Árabe, conseguissem dobrar as reservas do presidente americano, Barack Obama, sobre a interdição do espaço aéreo líbio, talvez ainda houvesse uma fresta para a busca de uma solução negociada da crise. Agora, parece uma miragem.

Isso está longe de desqualificar a posição brasileira como princípio de relações internacionais. Vem de longe o compromisso do País com a prevalência do diálogo sobre qualquer outra alternativa para a superação de contenciosos. Mesmo a imposição de sanções contra Estados transgressores é vista com relutância pela nossa diplomacia. Tendo votado a favor da medida no caso da Líbia e tendo patrocinado a sua suspensão do Conselho de Direitos Humanos da ONU quando se evidenciaram os massacres de Kadafi, o Brasil se absteve de apoiar, por sua amplitude, a resolução que autorizou "todas as medidas necessárias" para deter as atrocidades. Fez bem, mas não adiantou.

Soa cada vez mais frívola a discussão sobre o alcance do mandato concedido pelas Nações Unidas. Embora a resolução exclua a "ocupação" do país, o Ministério da Defesa britânico entende que invasões localizadas são permissíveis. E, embora o documento não autorize ações armadas diretas contra Kadafi, militares americanos dizem que de fato isso não está em cogitação, "a esta altura, precisamente" - ou seja, amanhã é outro dia. As desavenças entre os ocidentais sobre o comando da ofensiva que os Estados Unidos resolveram passar adiante poderão jogar areia nas engrenagens da campanha. Não a farão cessar, porém. O difícil será justificar o seu prosseguimento aos olhos dos parceiros árabes, agora que Kadafi perdeu o controle dos céus líbios, mas não dos seus redutos em Trípoli.

Adivinhe quem (nao) vem para almocar? -- ciumeira no cerrado central

Administrar ressentimentos é sempre difícil, sobretudo quando não se sabe como tratar certos personagens maiores do que sua própria imaginação. Melhor deixar quieto num canto, mas nem isso dá certo. Tem pessoas que falam demais e não ficam roucos, para desgraça alheia (no caso, nossa).
Juro que de vez em quando eu penso naquela célebre torneirinha que Monteiro Lobato agregou à boneca de pano Emília, apenas para que Narizinho pudesse fechar a torneira de dizer asneiras.
Certos personagens, como Monsieur Jourdan que fazia prosa sem saber, são lobatianos sem saber...
Paulo Roberto de Almeida

Quem é quem
Editorial - O Estado de S.Paulo
23 de março de 2011

Se for verdade que o ex-presidente Lula acredita que a imprensa elogia a sucessora Dilma Rousseff para deixá-lo mal na comparação, ou para abrir uma cunha no relacionamento entre ambos, mais uma vez ele estará se deixando mistificar pela teoria conspiratória a que sempre apela para desqualificar as opiniões que o incomodam. No seu governo, especialmente depois do escândalo do mensalão, qualquer crítica ao que dissesse ou fizesse era rebatida como se fosse prova do "complô das elites" - expressão que não se cansaria de repetir - para derrubá-lo. O complô só existiu na imaginação do autor, contaminada afinal pela própria versão para consumo externo.

Agora, diz achar "no mínimo hilariante" a mídia apontar diferenças de desempenho entre ele e a nova presidente. Na segunda-feira, ao participar de um jantar em sua homenagem, promovido pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, em São Paulo, foi assim que ele concluiu um raciocínio que prima pela quase-lógica de inumeráveis outros argumentos de sua lavra. "Durante oito anos alguns adversários tentaram vender que éramos a continuidade do governo anterior", acusou, como se isso não fosse verdade em matéria de política econômica. "Agora que elegemos uma pessoa para dar continuidade, eles estão dizendo que está diferente."

Está - no fundo e na forma. Basta citar, na primeira categoria, o claro contraste entre o que vinha sendo e o que passou a ser a política externa brasileira, no campo dos direitos humanos, que serve cada vez mais para aferir a coerência entre palavras e atos dos países que aspiram ao respeito da comunidade internacional. Lula invocava o que seria o interesse nacional para confraternizar com tiranos como o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o líbio Muamar Kadafi. Já Dilma parece entender que a promoção do interesse nacional é compatível, quando não beneficiada, com atos objetivos em defesa de valores compartilhados com o que o mundo tem de melhor.

Na forma, então, nem se fala. A compostura, a contenção verbal e o manifesto respeito pela instituição que lhe tocou comandar representam uma formidável mudança simplesmente impossível de ser ignorada - e elogiada por todos quantos acreditam que palácio não é palanque e civilidade política fortalece a democracia. Se fosse preciso condensar em um único episódio o alcance dessa transformação, eis aí, ainda muito vivas, a decisão de Dilma de convidar todos os ex-presidentes para o almoço com o presidente americano, Barack Obama, no Itamaraty, e a decisão de Lula de não comparecer.

O convite da presidente foi mais do que um ato de consideração por seus antecessores ou de reconhecimento da importância da visita para o País. Foi uma oportunidade para mostrar, a quem quisesse ver, que o País é uma democracia amadurecida em que o Estado fala com voz única com os seus interlocutores estrangeiros. Mais do que isso, uma oportunidade para reconhecer, pública e explicitamente, que não avaliza o sentido do "nunca antes na história deste país", admitindo que o que houve de bom no governo Lula só foi possível porque a herança que ele recebeu do seu antecessor, particularmente no que se refere ao saneamento das finanças do Estado nacional, foi rigorosamente respeitada, por seu ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Fez isso, com requintes de elegância, primeiro, colocando Fernando Henrique Cardoso na sua mesa e, depois, caminhando até ele para tocar sua taça na hora do brinde oficial. Ela poderia ter sido apenas correta; escolheu ser cordial, fazendo um claro gesto político.

Já Lula, com a sua ausência, escolheu a grosseria que não é alheia ao seu temperamento, mas que não se esperaria fosse dirigir à presidente de quem foi o primeiro e maior cabo eleitoral. Pior do que a recusa foi a versão difundida pelo seu pessoal de que, na realidade, ele não queria "ofuscar" a sua apadrinhada.

O fato é que Lula tem alergia a dividir o palco com quem quer que seja. No almoço, ele seria um ex-presidente ao lado de outros quatro - uma condição intolerável para quem não consegue desencarnar da Presidência e a ela pretende voltar. Afinal, algo se ganhou com a desfeita. Serviu para mostrar quem é quem.

A frase da semana: Vale o que vale...

O que o governo quer é um assalto à Vale.

Miriam Leitão, O Globo, 23/03/2011

Corrijo ligeiramente: o que certas pessoas querem é um assalto ao dinheiro da Vale; é mais fácil do que ficar assaltando bancos, ou arrombar cofres de políticos, como nos velhos tempos...
Paulo Roberto de Almeida

Tem quem goste de Kaddafi: talvez eles se assemelhem

Li, com toda a atenção que o assunto merece, a vibrante defesa que faz a Assembléia bolivariana do líder líbio, que ela considera um lutador anti-imperialista e amante da paz...
Eu fico tentando entender, mas não consigo.
Como é que pessoas que se consideram de "esquerda" conseguem apoiar um ditador capaz de cometer atentados terroristas e de mandar matar seu próprio povo?
Aliás, como é que pessoas que se consideram de esquerda conseguem apoiar um coronel (escolham qual) que não é de esquerda, e sim fascista, pois possui o mesmo DNA de Mussolini?
Só estou tentando entender...
Paulo Roberto de Almeida

La Asamblea Nacional de la República Bolivariana de Venezuela
Como Vocera Del Pueblo Soberano

Pronunciamiento en condena a la agresión militar imperialista en contra del pueblo e la Gran Jamahiriya Árabe Libia Popular Socialista

La Asamblea Nacional de la República Bolivariana de Venezuela, en representación del pueblo de Simón Bolívar, profundo amante de la paz, la solidaridad y la libre determinación de los pueblos en su lucha por la emancipación y el bienestar de la humanidad, condena enérgicamente la agresión militar imperialista en contra del pueblo de la Gran Jamahiriya Árabe Libia Popular Socialista por constituirse en una flagrante violación de los derechos humanos, la soberanía y autodeterminación de éste país hermano.

El pasado 17 de marzo, el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas aprobó la Resolución Nº 1.973. El contenido de la misma, violatorio de los principios del derecho internacional consagrados en la Carta de Naciones Unidas, permitió a los señores de la guerra activar “todas las medidas necesarias”, para crear una zona de exclusión aérea bajo el supuesto de la protección de la vida de los civiles libios.

Amparados en esa Resolución guerrerista, los gobiernos imperiales, cuyo verdadero propósito es el saqueo de las reservas de petróleo y de agua dulce de Libia para salvar al explotador y depredador modelo capitalista, desencadenaron un feroz bombardeo en contra de su pueblo, lo cual dejó como saldo, solo el primer día, 64 civiles muertos e incalculables daños materiales.

Esta acción representa una nueva agresión contra los pueblos del mundo que libran una ardua batalla por construir un mundo mejor, una alternativa a la barbarie capitalista donde reinen la paz, la igualdad y la justicia social.

Aún siguen frescas en la memoria las imágenes del zarpazo contra el pueblo de Irak, cuya invasión estadounidense ha dejado hasta ahora un millón y medio de civiles muertos; la agresión israelí en la navidad del año 2008, cuyo “plomo fundido” dejó mil cuatrocientos civiles palestinos asesinados o el golpe de Estado perpetrado contra el mártir chileno Salvador Allende, un 11 de septiembre de 1973, así como la violación sistemática de los derechos humanos, producto de la aplicación del denominado “Plan Condor”.

Hacemos un llamado a los pueblos del mundo a movilizarse y organizarse en oración ecuménica en respaldo a nuestro hermano pueblo de Libia, así como a la construcción de una agenda de paz y respeto de los derechos humanos que enfrente esta agenda guerrerista que amenaza con aniquilar la especie humana.

Respaldamos la iniciativa de paz impulsada tanto por el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, como por la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América - Tratado de Comercio de los Pueblos (ALBA-TCP), en pro de mediar en la situación política actual de Libia.

Nos unimos al llamado realizado por el presidente del Estado Plurinacional de Bolivia, Evo Morales, en función de exigir el retiro del Premio Nobel de la Paz, el presidente de Estados Unidos, Barack Obama, ante el hecho de ser actor principal de este nuevo atentado contra los pueblos del mundo.

Finalmente, invitamos a los pueblos que aman la libertad y la paz a unirse en una campaña masiva de rechazo a esta agresión, para exigir el inmediato alto al fuego por parte de los gobiernos imperiales.

Comuníquese y publíquese.

Dado, firmado y sellado en el Palacio Federal Legislativo, sede de la Asamblea Nacional, en Caracas, a los veintidós días del mes de marzo de dos mil once. Año 200° de la Independencia y 151° de la Federación

O Brasil no centro do mundo: uma nacao indispensavel (e como)

Sem o Brasil, como fariam as demais nações do mundo para importar jogadores de futebol?
E modelos de desfile? E travestis?
Nós somos indispensáveis em certas coisas, mas não em todas.
Em bossa-nova, certamente, que toca em todos os shoppings do mundo, ou em imagens da selva bruta, ou de favelas. Certas coisas frutificam melhor aqui...
Não tenho certeza de que não se pode fazer reforma da ONU sem o Brasil: e se for feita, o que faz o Brasil? Ordena uma invasão da sede da ONU?
Nenhum país é o centro do mundo, exceto aqueles, ou aquele, que estão efetivamente no centro do mundo. Todo o resto do mundo é ROW, ou exatamente rest of the world...

Mudando de assunto: eu também sou a favor de uma solução pacífica, sempre.
Mas, pergunto: e quando uma das partes não gosta de pacifismo e se empenha em massacrar alegremente os adversários políticos?
Vamos ficar clamando por uma solução pacífica e depois simplesmente ajudar a enterrar os mortos?
Certas posições me surpreendem, não sei se por ingenuidade, cegueira ou outras coisas... (vocês preencham as reticências, pois eu já perdi a vontade...).
Paulo Roberto de Almeida

Dilma diz que não é concebível reforma do CS da ONU sem Brasil
Reuters, 22/03/2011

BRASÍLIA (Reuters) – A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira não ser concebível uma reforma do Conselho de Segurança da ONU que não inclua o Brasil como membro permanente do órgão.

“Não é concebível uma ONU reformada sem o Brasil. Nós não temos a menor dúvida quanto a isso”, disse Dilma a jornalistas em Manaus após o lançamento de programa para prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo de útero.

A obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é um dos principais objetivos da política externa brasileira. A reforma do órgão e a inclusão do Brasil foi, inclusive, um dos temas tratados por Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a visita dele a Brasília no sábado.

Brasil e outros países, como Índia e Alemanha, defendem uma reforma do Conselho que permita a ampliação dos membros permanentes. Atualmente, são integrantes fixos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China.

Ao contrário do que fizera com a Índia durante viagem a Nova Délhi em novembro, Obama não apoiou explicitamente as aspirações brasileiras na ONU.

Segundo Dilma, “não existirá um Conselho da ONU reformado” sem a presença de alguns países, como Índia e Brasil, “países expressivos… que hoje são consideradas grandes forças”.

Dilma também defendeu um cessar-fogo na Líbia, onde forças internacionais iniciaram no sábado ataques para conter o avanço das tropas do líder Muammar Gaddafi, que há mais de um mês enfrenta rebeldes que exigem sua saída.

“Nós somos a favor de uma solução pacífica”, disse ela.

Na véspera, o governo brasileiro já havia se posicionado a favor de um “cessar-fogo efetivo” no país do norte da África.

Na semana passada, o Brasil se absteve na votação da ONU que criou uma zona de exclusão aérea na Líbia.

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...