sexta-feira, 28 de junho de 2013

A revolucao energetica nos EUA - Leonardo Maugeri (Harvard Belfer Center)

"The Shale Oil Boom: A U.S. Phenomenon"

Study Forecasts Tripling of U.S. Shale Oil Output

June 2013
Author: Leonardo Maugeri, Roy Family Fellow, Geopolitics of Energy Project

Introduction
There are several issues in the current debate on the so-called U.S. tight and shale oil ... revolution that contribute to reinforce extreme and seemingly irreconcilable attitudes. One of the central questions revolves around the real potential of this revolution and can be formulated simply as follows: Is oil production from shale formations just a temporary bubble or is it an event capable of significantly altering the U.S.—and possibly global—energy outlook?
This study addresses such questions on the basis of a general analysis of more than 4,000 shale wells and a much more focused analysis of 2,000 of these wells along with the activities of about one hundred oil companies involved in shale oil exploitation. The main results of such analysis are multifaceted.
On one hand, the large resource size – and the ability of the industry to develop it through steady improvements in technology and cost – dwarf earlier forecasts, suggesting the possibility that the United States may become the largest global oil producer in just a few years. On the other hand, the unique characteristics of shale oil – the drilling intensity in particular – make it extremely vulnerable to both price drops and environmental opposition in new and populated areas.
Drilling intensity is a key point in order to understand the real evolution of shale oil (as well as shale gas) activity in the United States and its flexibility – e.g. the possibility to rapidly adapt to shifting circumstances.
Given the early state of knowledge and technology, the U.S. shale oil boom is mostly a function of bringing as many wells as possible on line, due to the dramatic decline in production that follows the early months of activity with each new well. For example, by December 2012 it took about 90 new producing wells per month just to maintain North Dakota’s Bakken-Three Forks (the largest shale oil play so far in the United States) oil production of 770,000 barrels per day.
Drilling intensity in U.S. shale oil plays skyrocketed from a few hundred wells brought online (e.g., becoming productive) before 2011 to more than 4,000 in 2012 – a figure that outpaces the total number of oil and gas wells (both conventional and unconventional) brought online in the same year in the rest of the world (except Canada).
In the short- to medium-term (3 to 5 years), the correlation between drilling intensity and shale oil production will shape the evolution of U.S. oil production more than any other factor. And because drilling intensity is largely a function of the oil price, a significant dip in oil price may trigger a rapid twist in the shale oil boom.
The central role played by drilling intensity in this early stage of shale oil and gas development has a crucial but almost unnoticed implication for the possibility of replicating the success of the American experience in other parts of the world. The United States concentrates in its territory 60 percent of the global availability of drilling rigs; moreover, 95 percent of U.S. drilling rigs can perform horizontal drilling that together with hydraulic fracturing or “fracking” is required to liberate shale resources.
Combined with a relatively low population density in several shale areas, this vast supply is a key factor that allows the United States to achieve a drilling intensity level that is impossible for other countries to achieve. No other country in the world has ever experienced even a fraction of the overall U.S. drilling intensity, a common feature of the U.S. oil and gas industry since its inception. In 2012, for example, the United States completed 45,468 oil and gas wells (and brought online 28,354 of them) as against 3,921 wells completed in the rest of the world, except Canada.1
The drilling-intense nature of the shale business is a factor that will make the expansion of the shale phenomenon in other parts of the world improbable – at least in this decade. But there are other factors that will make the global replication of a U.S. style shale boom difficult, including an absence of private mineral rights in most countries, as well as the absence of the U.S. independent companies whose guerilla-style operational mindset has proven essential to the exploitation of shale formations that (unlike conventional oil and gas fields) require companies to move on a micro-scale, on multiple micro-objectives, and flexibly leverage short-term opportunities.
Although highly difficult to replicate, the U.S. shale experience may have a dramatic impact on the hydrocarbon sector by gradually introducing hydraulic fracturing as a means to recover more oil from conventional, mature, and declining oilfields worldwide.

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For Academic Citation:
Maugeri, Leonardo. "The Shale Oil Boom: A U.S. Phenomenon." Discussion Paper 2013-05, Belfer Center for Science and International Affairs, Harvard Kennedy School, June 2013.

Dani Rodrik: from Harvard to Princeton's Institute of Advanced Study, and a new blog...

Bem, eu já conheço (razoavelmente) o pensamento de Dano Rodrik (senão uma parte de sua obra) desde algum tempo. Agora, graças a seu anúncio de "mudança" para Princeton eu tomo conhecimento de que o Institute for Advanced Studies, onde pontificaram durante muitos anos George Kennan e Albert Hirschman (dois grandes pesquisadores e escritores, mas professores sofríveis) não pertence à Universidade, mas é independente. Eu sempre pensei que ele fosse uma espécie de fundação independente da Universidade, onde estive recentemente justamente para uma homenagem a Albert Hirschman, durante a qual comprei sua biografia por Jeremy Adelman.
Rodrik agora vai ocupar a cadeira que homenageia o grande economista, como ele um multidisciplinar, um pensador social, mais do que um economista.
Meus parabéns, portanto, e sucesso.
Paulo Roberto de Almeida

Dani Rodrik's Weblog

JUNE 27, 2013

Um sociologo na Academia: os outros nao perdem por esperar...

O sociologuês é uma língua chata; eu, por exemplo, por ter começado a ler sociologia muito cedo, adquiri um horrível estilo florestânico, feito de frases muito longas, apostos, predicados, complementos, interfrases, perifrases e outros expletivos que não me levaram a nada, a não ser escrever frases longas, prolixas, bref, ilísiveis.
Mas, nem tudo está perdido. A Academia nos prova que mesmo os melhores (quem sabe os piores também?) sociólogos também podem aspirar ser imortais.
Longe de mim pretender qualquer coisa, inclusive porque eu estou mais para Guilherme Figueiredo do que para FHC. Eu acho que, se ele não falou aquela famosa frase -- "Esqueçam o que escrevi" -- deveria ter dito, pelo menos em relação à parte menos nobre de sua sociologia, e a que ficou mais tristemente famosa, a tal da teoria da dependência (que dizem que foi mais falettiana do que fernandiana).
Em todo caso, valem cumprimentos e honrarias. Por outras coisas.
Por exemplo, por ter feito o Brasil um país melhor do que era antes. Bem antes do mito da "herança maldita", cujo  autor está deixando uma herança miserável, que vai pesar sobre o Brasil durante décadas a fio.
Quem sabe a gente consegue um outro sociólogo, dentro de mais dez anos para consertar o estrago?
Paulo Roberto de Almeida

ABL elege o sociólogo e professor Fernando Henrique Cardoso para a sucessão do jornalista João de Scantimburgo

Academia Brasileira de Letras elegeu hoje, quinta-feira, dia 27 de junho, o novo ocupante da Cadeira nº 36, na sucessão do jornalista João de Scantimburgo, falecido no dia 22 de março deste ano, em São Paulo. O vencedor, com 34 votos,  foi o sociólogo e professor Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República em dois mandados consecutivos (1995 a 1998 e 1999 a 2002). O eleito, imediatamente após o resultado, recebeu seus confrades e convidados na Fundação Eva Klabin, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O novo Acadêmico recebeu 34 dos 39 votos possíveis. Votaram 24 Acadêmicos presentes e 14, por cartas. Houve uma abstenção.
"Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia", afirmou o ex-presidente da ABL, Acadêmico Marcos Vinicios Villaça, logo depois da eleição, ainda no Petit Trianon.
Saiba mais
O novo Acadêmico
Fernando Henrique Cardoso foi Presidente da República em dois mandatos sucessivos (1995-1998 e 1999 - 2002). Doutor em Sociologia e Professor Emérito da Universidade de São Paulo, a obra de Cardoso abrange os campos da sociologia, ciência política, economia e relações internacionais.
Dentre outras instituições acadêmicas, foi professor nas universidades de Stanford, Berkeley e Brown, nos Estados Unidos, Cambridge, no Reino Unido, Paris-Nanterre, Collège de France e Maison des Sciences de L’Homme, na França, FLACSO e ILPES/CEPAL, em Santiago do Chile, bem como na Universidade do Chile. Ex-Presidente de Associação Internacional de Sociologia, é autor ou coautor de 23 livros e de mais de cem artigos acadêmicos. Seu livro Dependência e Desenvolvimento, publicado originalmente em espanhol em 1969, em coautoria com Enzo Falletto, é um marco nos estudos sobre a teoria do desenvolvimento, com dezenas de edições em 16 idiomas.
Participante ativo dos movimentos pelo restabelecimento do Estado de Direito no Brasil, envolveu-se com a política no final dos anos 70. Foi Senador pelo estado de São Paulo, Ministro das Relações Exteriores e Ministro da Fazenda, elegendo-se Presidente no primeiro turno da eleição de 1994. Sua trajetória como político foi consistente com sua vocação de intelectual comprometido com a defesa da liberdade, promoção da democracia e construção de uma ordem internacional mais justa. Ao término do mandato presidencial, Cardoso dedicou-se até hoje à promoção da paz, democracia e justiça em escala global. É membro do The Elders, grupo de dez líderes globais criado por Nelson Mandela para defender a paz e os direitos humanos.
Seus livros mais recentes são O presidente e o sociólogo (1998), A arte da política (2006),The accidental president of Brazil (2006), Cartas a um Jovem Político (2008) e A soma e o resto: um olhar sobre a vida aos 80 anos (2011). Seu último livro é Pensadores que inventaram o Brasil. Recebeu inúmeras honrarias e condecorações, sendo de destacar, no Brasil, a Ordem do Mérito, e no exterior, a Grã Cruz da Legião de Honra da França, o grau de cavaleiro na Ordem de Bath, na Inglaterra, as várias distinções recebidas de Portugal (Grão Cruz da Ordem Militar da Torre e da Espada, além da Ordem da Liberdade) e da Espanha (Grã Cruz e Colar de Isabel, a Católica). Quase todos os países da América Latina, do mesmo modo, distinguiram-no no mais alto grau.
Dentre os doutorados Honoris Causa que recebeu, contam-se os das Universidades de Bolonha, Salamanca, Cambridge, Oxford, London School of Economics e Lyon, na Europa, Rutgers e Brown, nos Estados Unidos, Quebec e London, no Canadá, bem como as Universidades do Chile e de Moscou. Em 2012 Cardoso foi agraciado com o Kluge Prize da U.S. Library of Congress for Lifetime Achievement in the Study of Humanity, a mais prestigiosa distinção na área das ciências humanas.
Academia Brasileira de Letras, 27/6/2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Lei da Irresponsabilidade Fiscal - Editorial Estadao

A responsabilidade necessária

27 de junho de 2013 | 2h 10
Editorial O Estado de S.Paulo
Cinismo ou desfaçatez talvez sejam as expressões mais adequadas para os contribuintes atentos, que acompanham as lambanças contábeis que o governo vem praticando há dois anos e meio, se referirem à proposta feita pela presidente Dilma Rousseff de se "construir", como ela disse, um pacto pela responsabilidade fiscal. Não há nenhuma necessidade de pacto para se assegurar a gestão rigorosa das finanças do governo, de acordo com o interesse público. Nesse campo, o País necessita, isto sim, é que o governo chefiado pela autora da proposta comece, afinal, a praticar a responsabilidade fiscal de maneira clara, sem subterfúgios ou artimanhas que desmoralizam suas políticas na área financeira e corroem a imagem da economia brasileira no exterior, tornando ainda mais difícil para o País amortecer o impacto da crise mundial.
A responsabilidade fiscal é, de fato, necessária "para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação" e tornou-se "especialmente importante no momento atual, quando a prolongada crise econômica mundial ainda castiga, com volatilidade, todas as nações", como disse a presidente na reunião com governadores e prefeitos de capitais em que tentou responder aos anseios dos que saíram às ruas nos últimos dias. É o que têm dito analistas responsáveis e cada vez mais preocupados com os rumos, ou descaminhos, da política econômica do governo. E é do governo, não de um pacto envolvendo outras áreas, a tarefa de recolocar as coisas nos trilhos. O que o governo Dilma fez e continua a fazer com insistência, no entanto, é exatamente o contrário do que é necessário no momento.
A responsabilidade fiscal, ressalve-se, não é importante apenas em períodos de dificuldades. Ela é importante sempre. Mas o governo da presidente que afirma sua importância neste momento é o que menos parece preocupado com isso desde 2000, quando, na consolidação do processo de estabilização da economia iniciado com o Plano Real, entrou em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além de cumprir estritamente o que está na lei, uma política fiscal responsável precisa ser clara e confiável. Práticas reiteradas do governo Dilma, porém, mostram o contínuo afrouxamento da política fiscal, que se torna cada vez menos confiável. Os gastos continuam a crescer, muitas vezes sem produzir os resultados esperados, mas, da maneira como o governo vem contabilizando certas despesas, excluindo outras e lançando mão de receitas não convencionais, os resultados fiscais parecem razoáveis.
Nos últimos dias do ano passado, por exemplo, o governo sacou R$ 12 bilhões do Fundo Soberano do Brasil, criado para ser usado em situações de emergência financeira, e se apropriou antecipadamente de dividendos de R$ 7 bilhões que deveria receber da Caixa Econômica Federal e do BNDES ao longo de vários anos. Da meta de superávit primário definido para 2012, deduziu, como permitia a Lei de Diretrizes Orçamentárias, R$ 39 bilhões de investimentos no PAC.
Com meta menor e receitas artificialmente engordadas, o governo alcançou um superávit primário bem maior do que o fixado. Mas esse feito, longe de representar mais rigor no controle das despesas, mostrou a rápida deterioração da política fiscal. "Supostos ganhos podem ser suplantados pela perda de credibilidade do indicador", advertiu o TCU ao aprovar, com ressalvas, as contas do governo Dilma relativas a 2012.
A promessa de alcançar, também em 2013, a meta do superávit primário, correspondente a 3,1% do PIB, poderá ser cumprida, mas, como no ano passado, por meio de artifícios, como o abatimento dos investimentos do PAC e das desonerações fiscais que vem concedendo, sem grandes resultados práticos. Além disso, o governo pretende incluir, nas receitas, o que receberá com concessões de blocos do pré-sal. Trata-se, obviamente, de uma receita eventual.
A indispensável responsabilidade fiscal não carece de pacto; ela precisa de governos que a pratiquem responsavelmente.

Onde estao os que propunham desvalorizacao cambial? Sumiram? - Celso Ming

As consequências sempre vêm depois, já dizia um filósofo popular (não me perguntem quem).
Pois é, os luminares da economia competitiva -- sejam eles os da FIESP, o Bresser Pereira, os economistas keynesianos de botequim -- tanto pediram desvalorização do câmbio que ela veio, sem avisar, assim meio sorrateira, mas decisiva, o que já empurrou o real lá para baixo, e o dólar lá para cima.
Acharam que seria bom para todos: para os exportadores, para os industriais, para os consumidores (ao premiar a produção nacional e, portanto, o emprego) e sobretudo esses economistas que sempre prevêem catástrofes quando o real está muito valorizado.
Eles gostam de povo pobre, e de economia desvalorizada.
Enfim, quase não pensaram na inflação.
Agora aí está o governo, que antes reclamava da guerra cambial, e do tsunami monetário, que valorizava a nossa moeda, que passou a reclamar da valorização "excessiva" do dólar.
O castigo vem a cavalo, se dizia antigamente. Agora acho que vem nas telas dos computadores, e nas bancas de feiras, por mais humildes que sejam...
Paulo Roberto de Almeida

O fator câmbio

27 de junho de 2013 | 2h 07
CELSO MING - O Estado de S.Paulo
A disparada da cotação da moeda estrangeira no câmbio interno passou a ser um dos maiores focos de inflação. Falta saber o tamanho dessa conta, que, afinal, será repassada para os brasileiros.
Um dólar mais caro, é fácil entender, aumenta em reais os preços dos produtos importados e as dívidas em moeda estrangeira. Mas há um número considerável de itens aqui produzidos e também consumidos internamente que são cotados em dólares. São, em geral, as commodities, mercadorias cujos preços são formados em dólares no mercado internacional, como soja, milho, café, alumínio, cobre e fertilizantes.
Sempre tem gente que estranha explicações de que os preços dos ovos e da carne de frango ou de porco estejam subindo em consequência da alta do dólar. No entanto, frango e porco são organismos vivos que transformam proteína vegetal (soja e milho, principais componentes das rações animais) em proteína animal. Como soja e milho são commodities cotadas em dólares na Bolsa de Chicago, lá vai o câmbio para os preços da omelete, do frango assado e da linguiça.
Nos últimos anos aumentou a dependência brasileira dos importados. Em vez de produzir aqui dentro, a indústria achou mais conveniente intensificar a importação de máquinas, componentes, peças, capital de giro e tantas coisas mais. A Zona Franca de Manaus, por exemplo, não passa hoje de uma zona de processamento de importações. Limita-se quase exclusivamente a montar aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e motocicletas a partir de peças, chips e componentes importados, pagos em dólar. O impacto da alta do dólar sobre o custo do produto final será inevitável, tanto mais quanto maior for a dependência de fornecimentos externos.
O cálculo do impacto da oscilação do câmbio nos preços, aquilo que naquela linguagem empolada os economistas chamam de pass-through (repasse) é um exercício complicado, sempre sujeito a erros. Hoje, os analistas tendem a concluir que cada dez pontos porcentuais de alta ou baixa do dólar no câmbio interno produz 0,70 ponto porcentual de inflação mais alta ou mais baixa ao longo de um tempo.
Quando roda seus computadores para definir o tamanho dos juros básicos para empurrar a inflação para dentro da meta, o Banco Central tem de avaliar qual o impacto do câmbio na formação dos preços da economia. No Relatório de Inflação do primeiro trimestre, editado em março, o Banco Central trabalhou com um câmbio médio, em 2013, de R$ 1,95 e projetara uma inflação para o ano de 5,7%. Na última Ata do Copom, já havia revisto esse número para R$ 2,05. De lá para cá, o câmbio deu uma esticada de 8,3% e ainda não se estabilizou, fator que complica as novas projeções.
Hoje sai nova edição do Relatório de Inflação em que se espera que o Banco Central organize com mais clareza todos esses números que, por sua vez, devem definir a dosagem da alta dos juros, que tende a ficar próxima dos 10% ao ano no final de 2013.

Revista Brasileira de Direito Internacional-Brazilian Journal of International Law (1-2013)

Revista Brasileira de Direito Internacional - Brazilian Journal of International Law
http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/issue/current

Direito Internacional Econômico

Sumário

Artigos

Crônicas internacionais - doi:10.5102/rdi.v10i1.2410PDF
Julia Motte Baumvol
Brazilian trade policy in historical perspective: constant features, erratic behavior - doi:10.5102/rdi.v10i1.2393PDF
Paulo Roberto de Almeida
Aspectos geopolíticos: do GATT à OMC- doi:10.5102/rdi.v10i1.2359PDF
José Augusto Fontoura Costa
A regulação internacional dos subsídios agrícolas: a contemporaneidade do paradigma realista para a compreensão do sistema de comércio agrícola internacional vigente. - doi:10.5102/rdi.v10i1.2067PDF
Natália Fernanda Gomes
Acordo TRIPS: One-size-fits-all? - doi:10.5102/rdi.v10i1.1987PDF
Tatianna Mello Pereira Silva
É interessante para o Brasil aderir ao tratado sobre compras governamentais da OMC? - doi: 10.5102/rdi.v10i1.2276PDF
Aubrey Renan de Oliveira Leonelli
A defesa comercial e a restrição da liberalização e integração comercial pelo aumento da alíquota de IPI de veículos importados no Brasil - doi:10.5102/rdi.v10i1.2377PDF
Ricardo Antonio Serrano Osorio, Clayton Couto
A Cooperação internacional na defesa da concorrência- doi:10.5102/rdi.v10i1.2420PDF
Vinicius Carvalho
Os acordos de comércio para além das preferências: uma análise da regulamentação sobre os “novos temas” - doi:10.5102/rdi.v10i1.2381PDF
Michelle Ratton Sanchez-Badin, Lucas da Silva Tasquetto
Integração econômica no Mercosul: opiniões consultivas e a democratização no acesso ao tribunal permante de revisão - doi:10.5102/rdi.v10i1.2334PDF
Eduardo Biachi Gomes
“Fundos abutres” vs. Estados nacionais: soberania e atuação do tribunal internacional do direito do mar a partir do caso da fragata libertad - doi:10.5102/rdi.v10i1.2344PDF
Alexandre Pereira da Silva, Mariana Yante Barrêto Pereira
Investimento estrangeiro: o padrão de tratamento justo e equitativo e o papel da boa-fé- doi:10.5102/rdi.v10i1.2349PDF
Fernando Santos Arenhart
A emergência do Direito Administrativo Global como ferramenta de regulação transnacional do investimento estrangeiro direto - doi:10.5102/rdi.v10i1.2369PDF
Andréa Rocha Postiga
Is investment arbitration an appropriate venue for environmental issues? A Latin American perspective. - doi:10.5102/rdi.v10i1.2070PDF
Nitish Monebhurrun
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e a construção de um conceito de internacionalidade contratual - doi:10.5102/rdi.v10i1.2375PDF
Frederico Eduardo Zenedin Glitz
Impacto e influência dos tratados e convenções internacionais sobre a lei brasileira de arbitragem - doi:10.5102/rdi.v10i1.2378PDF
Jamile Bergamaschine Mata Diz, Clarissa Correa Neto Ribeiro
A jurisprudência norteamericana e europeia sobre os acordos horizontais e verticais: substrato para análise da matéria no Brasil - doi:10.5102/rdi.v10i1.2427
Daniel Amin Ferraz
Revista de Direito Internacional, v. 10, n. 1 (texto integral)PDF
Marcelo D. Varella


ISSN 2236-997X (impresso) - ISSN 2237-1036 (on-line)

Protests in Brazil: Carlos Pio (UnB) joins the debate in a NYTimes forum

These Protests Will Accomplish Very Little

Carlos Pio
Carlos Pio is a professor of international political economy at the Universidade de Brasilia and at the Australian National University in Canberra.
New York Times, Forum, JUNE 20, 2013, 3:01 PM

The world has been optimistic about Brazil for the past decade. Productivity has risen as trade has been liberalized, state-owned companies have been sold and many industries deregulated. Hyperinflation has been controlled and the exchange rate has been floated. Social policies, called conditional cash transfers, have targeted the poor. And commodity exports to China soared. The economy grew stronger and many became richer.
But the country has one of the highest levels of social inequality in the world. Many of the rich live in bubbles of prosperity, like Brasilia and beachfront avenues in major cities. The poor are almost invisible, forgotten in rural areas or marginalized in urban slums.
Unfortunately Brazil will remain socially unequal, attached to failed ideologies -- economically stagnate but still democratic.
And the policies that led to Brazil’s growth have been undermined since the 2003 inauguration of PresidentLuiz Inácio Lula da Silva, who, along with all the left-wing parties, opposed those policies while out of power. On the positive side, Lula increased the scope of "bolsa família" (the umbrella name for all cash-transfer benefits) until it reached 12 million families. But he slowly discontinued the programs that had produced economic gains — a process that accelerated under President Dilma Rousseff, who took office in 2011.
Private investors were scared off by zigzag regulatory changes. Government finances were stressed by the rising cost of developmental projects like the 2014 World Cup and the 2016 Summer Olympics, as well as by generous wage concessions for public employees. After growing 7.5 percent in 2010, Brazil's gross domestic product growth has stalled as the Chinese economy has slowed. Simultaneously, inflation and interest rates are rising.
The first protest was aimed at a bus fare increase decreed by the mayor of São Paulo, who is aligned with Lula and Rousseff. But responsibility for crowd control fell under the governor of São Paulo state, who is a leading force in the opposition to President Rousseff. Soon the protestors were crowded out by waves of upper-middle-class and wealthy citizens touched by strong images depicting police violence. The protestors called for solidarity marches in other cities.
But spontaneous crowds -- everywhere, not just in Brazil -- lack a consistent agenda and a leadership that can enact reform. The protesters will not win much and will soon recede. And unfortunately Brazil will remain socially unequal, attached to failed ideologies -- economically stagnate but still democratic.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...