domingo, 4 de agosto de 2013

A grande farsa da reforma politica - Demetrio Magnoli

Da arte de iludir

2 de agosto de 2013 
Autor: Demétrio Magnoli
pequeno normal grande
Demétrio Magnoli - Instituto Millenium
Todos eles leram “O leopardo”, de Lampedusa. “Se queremos que as coisas permaneçam como sempre foram, elas terão que mudar” — o célebre conselho de Tancredi Falconeri a Don Fabrizio provavelmente não foi enunciado explicitamente na reunião de Dilma Rousseff com os líderes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), mas uns e outros sabiam que era disso que se tratava. A presidente declarou-se simpática à proposta de reforma política, mas não chegou a anunciar um apoio público, algo que “não interessa” ao movimento, segundo o juiz Márlon Reis. O patrocínio oficial ficou, assim, fora dos autos.
Nas ruas, em junho, gritaram-se as palavras “educação” e “saúde”, não “reforma política”. Contudo, o governo concluiu, razoavelmente, que o sistema político em vigor tornou-se insuportável — e resolveu agir antes que uma nova onda de manifestações se organize sob a bandeira de “Fora Dilma”. Os ensaios sucessivos da constituinte exclusiva, uma flagrante inconstitucionalidade, e do plebiscito, uma tentativa quixotesca de cassar as prerrogativas do Congresso (o que se traduz, hoje, na prática, como prerrogativas do PMDB) evidenciaram o desespero que invadiu o Planalto. É sobre esse pano de fundo que surgiu, como derradeira boia de salvação, a iniciativa do MCCE. Tancredi está entre nós.
Antes das manifestações de junho, só o PT tinha uma proposta completa de reforma política. Nos sonhos petistas, o anárquico e corrompido sistema atual evoluiria em direção a algo mais consistente — e ainda mais impermeável à vontade dos cidadãos. O financiamento público de campanha concluiria o processo de estatização dos partidos políticos, que se tornariam virtualmente imunes ao escrutínio popular. O voto em lista fechada concentraria o poder nas mãos das cúpulas partidárias, rompendo os tênues vínculos ainda existentes entre os eleitores e seus representantes. No fim, surgiria uma partidocracia cortada segundo os interesses exclusivos do partido dotado da máquina eleitoral mais eficiente.
O projeto petista, que já esbarrava na resistência do restante da elite política, tornou-se inviável depois do transbordamento das insatisfações populares. No lugar dele, o Planalto inclina-se em direção ao artefato lampedusiano produzido no forno do MCCE. O primeiro componente da proposta, sobre o financiamento de campanha, é um tímido aceno às ruas. O segundo, sobre o sistema eleitoral, é uma versão levemente modificada do projeto petista do voto em listas fechadas. Os autores da proposta têm bons motivos para temer que lhes colem o rótulo de companheiros de viagem do governo.
O sistema eleitoral atual é uma triste caricatura de democracia representativa


Dentro da ideia do financiamento público de campanha pulsa um coração totalitário. Sob a sua lógica, os partidos se libertariam por completo da necessidade de persuadir as pessoas a financiá-los. Pela mesma lógica, eu seria compelido a pagar as campanhas de figuras arcaicas restauradas pelo lulopetismo (Sarney, Calheiros, Collor, Maluf), de pastores fanáticos que sonham incendiar bruxas (Feliciano), de oportunistas sem freios atraídos pelas luzes do poder (Kassab, Afif), de saudosistas confessos do regime militar (Bolsonaro) e de stalinistas conservados em formol que adoram ditaduras de esquerda (quase todos os candidatos do PT, do PCdoB e do PSOL). O MCCE rejeitou essa ideia macabra, associando sensatamente o financiamento de campanha à capacidade dos partidos de exercer influência sobre cidadãos livres. Entretanto, curvando-se aos interesses gerais da elite política, a proposta não toca nas vacas sagradas do sistema em vigor: o Fundo Partidário e o tempo de televisão cinicamente qualificado como gratuito.
O sistema eleitoral atual é uma triste caricatura de democracia representativa. Soterrados sob listas intermináveis de candidatos apresentados por dezenas de siglas partidárias e ludibriados pelo truque imoral das coligações proporcionais, os eleitores operam como engrenagens da máquina de reprodução de uma elite política bárbara, hostil ao interesse público. A alternativa petista do voto em listas fechadas corrompe a representação de um modo diverso, mas não menos doentio, conferindo aos chefes dos partidos o poder extraordinário de esculpir a composição do parlamento.
A proposta do MCCE envolve a alternativa petista num celofane ilusório, sem modificar o seu cerne. Os partidos seriam obrigados a realizar prévias internas fiscalizadas pela Justiça Eleitoral para selecionar seus candidatos, o que configura uma interferência antidemocrática na vida partidária. Numa primeira etapa, os eleitores votariam apenas nos partidos. Depois, na etapa derradeira, votariam em nomes constantes de listas com duas vezes mais candidatos que as vagas obtidas na etapa anterior. A valsa complexa conserva o poder de decisão essencialmente com os dirigentes dos partidos, mas distribui alguns doces aos eleitores. O Planalto e o PT entenderam o sentido da obra — que, por isso mesmo, deve ser descrita como “apartidária”.
Uma ruptura democrática seria a adoção do sistema de voto distrital misto. Nos Estados Unidos e na França, a disputa entre apenas um candidato de cada partido em circunscrições eleitorais delimitadas transfere o poder de decisão para os eleitores e provoca nítidas polarizações ideológicas. Sob a sua lógica, os partidos são estimulados a lançar candidatos capazes de sobreviver ao escrutínio direto do público. E, ao contrário do que argumentam os arautos do voto proporcional exclusivo, os candidatos não podem se apresentar como “deputados-vereadores”, pois a dinâmica da disputa majoritária os compele a associar seus nomes às posições doutrinárias de seus partidos.
O MCCE, porém, parece avesso à ideia de uma mudança genuína. “Precisamos do apoio de todas as forças políticas na hora da aprovação no Congresso”, explicou Márlon Reis, o Tancredi disponível na esteira da tempestade de junho.
Fonte: O Globo, 01/08/2013

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Big Brother NSA is watching you, and it is not 1984 novel - ForeignPolicy

Meet the NSA's New Data Centers: Russia, China, and Venezuela
Here's something the National Security Agency probably isn't happy to find in Edward Snowden's latest revelation about its activities: The surprising locations of the servers that make up the program X-KEYSCORE, which, according to one leaked agency presentation, has the ability to vacuum up nearly every move a user makes on the Internet.
Those locations reportedly include China, Ecuador, Russia, Sudan, and Venezuela. In short, the NSA has managed to either place or gain access to servers in a collection of countries that are deeply hostile to the United States. Put another way, computer technicians in every one of those countries are probably combing through their systems right now to figure out ways to boot out the NSA.
The image at the top of this post comes from Wednesday's Guardianstory on X-KEYSCORE, which includes a set of slides described as internal NSA training material. The slide in question says that the program includes roughly 150 sites around the world and spans some 700 servers. The Guardian's coverage does not make entirely clear how the program works, but the report seems to outline a system that perches on top of communications infrastructure and sucks up streams of data that the X-KEYSCORE system then sifts into a searchable format. According to the Guardian, the volume of collected information is so large that content is stored on the system for three to five days before being deleted, and metadata stays on the system for 30 days. The picture that emerges is of NSA analysts running searches against a continuous data stream.[[BREAK]]
It doesn't take much imagination to figure out how Chinese officials might feel about the NSA operating a mass-collection system inside its borders. "The Prismgate affair is itself just like a prism that reveals the true face and hypocritical conduct regarding Internet," Defense Ministry spokesman Col. Yang Yujun said earlier this month. "To, on the one hand, abuse one's advantages in information technology for selfish ends, while on the other hand, making baseless accusations against other countries, shows double standards that will be of no help for peace and security in cyberspace." Now the Chinese can add the X-KEYSCORE allegations to their long list of complaints.
Edward Snowden once claimed that while sitting at his desk he had the ability to "wiretap anyone, from you or your accountant, to a federal judge or even the president, if I had a personal email." The X-KEYSCORE revelations appear to at least partially validate that statement -- and the Russian government's decision earlier this month to invest in typewriters in response to the NSA leaks. And it's not just that the NSA is able to collect vast quantities of information -- it's apparently able to do so in almost every corner of the globe. Consider this sampling of countries in which the NSA has an X-KEYSCORE presence: Mexico, Colombia, Brazil, Egypt, Algeria, Nigeria, Spain, France, Germany, Turkey, Pakistan, India, Japan, and even Myanmar.
As for those red dots ringing Antarctica? Why the NSA would have "sites" in the South Pole is anyone's guess.

Detroit, a socialista - Alexandre Borges

O Partido Democrata faliu Detroit

ALEXANDRE BORGES *
O que todos os prefeitos de Detroit desde 1962 têm em comum? Jerome Cavanagh, Roman Gribbs, Coleman Young, Dennis Archer, Kwame Kilpatrick, Kenneth Cockrel, Jr. e o atual Dave Bing são todos do mesmo partido que, depois de 51 anos seguidos, conseguiu falir um dos ícones da história americana.
Em 1960, Detroit tinha a mais alta renda per capita do país e hoje tem a mais baixa. Repetindo: até a última administração republicana, Detroit tinha a mais alta renda per capita dos EUA e, depois de meio século de feitiçarias de esquerda, tem a mais baixa. Tente discutir com esse dado ou culpar o capitalismo por isso.
A falência de Detroit está longe de ser surpresa para qualquer analista atento e honesto, mas é emblemática. A bancarrota da “motor city” coloca mais fogo no debate que quer a comparação direta entre os resultados obtidos pelos modelos oferecidos pelos dois grandes partidos do país. Estes modelos são aplicados também nos dois maiores estados dos EUA, o socialista na Califórnia e o de livre mercado no Texas, como num enorme teste de laboratório. E esta comparação não é apenas um debate econômico, é a versão revista e atualizada da Guerra Fria, só que agora em pleno território americano.
Não se deixe enganar: antes de avaliar a situação da economia americana atual, separe primeiro os estados “azuis” (democratas) e “vermelhos” (republicanos) e veja o que está dando certo e o que não está. Ver Barack Obama se vangloriar de dados da economia inflados pelos resultados dos estados “vermelhos” como o Texas, administrado por republicanos desde 1995 e que gerou 1/3 dos novos empregos do país na última década, é simplesmente ultrajante.
A maior cidade do Michigan foi enviada sem escalas para níveis de pobreza raros no mundo ocidental, o que pode ser comprovado em números divulgados recentemente pelo The Wall Street Journal:
- 47% dos adultos da cidade são considerados analfabetos funcionais (contra 20% da média do país)
- Apenas um terço das ambulâncias está em condições de sair da garagem
- 40% dos postes de luz das ruas estão apagados
- O tempo médio de resposta de um policial a um chamada ao 911 é de 58 minutos (média nacional: 11 minutos)
- Um terço das edificações da cidade está abandonado (78 mil prédios fantasmas)
- 210 dos 317 parques públicos estão fechados.
- 2/3 da população deixou a cidade desde os anos 60
- Menos de 5% dos carros do país são montados hoje na cidade
A cidade, onde as armas legais foram praticamente banidas como manda o manual esquerdista, é tão violenta que é impossível andar com segurança pelas ruas, você é logo aconselhado a pegar táxi. As escolas estão entre as piores do país, os serviços públicos mais básicos são negligenciados e tudo que envolve a prefeitura, como a licença para abrir um novo negócio, é um inferno burocrático terceiro-mundista, típico de qualquer lugar administrado por socialistas. Como definiu o jornal britânico “The Telegraph”, uma cidade assassinada por mau-caratismo e estupidez”.
Em Detroit, os prefeitos gastavam dinheiro público como “drunk sailors” e mergulhavam a administração municipal em escândalos de corrupção, subornos e clientelismo diretamente associados à expansão do governo. Kwame Kilpatrick, prefeito de 2002 a 2008, chegou a ser preso depois de condenado na justiça por mais de 25 crimes ligados à sua gestão.
Os sindicatos tiraram completamente a competitividade da cidade, mergulhando a economia local no caos. Enquanto torpedeavam qualquer tentativa da indústria automobilística de se modernizar, outras cidades atraíam as novas plantas e os empregos fugiram, assim como os investimentos. E o declínio da indústria da cidade era respondido pelos sindicatos com mais greves que exigiam ainda mais aumentos, proteções, regulações e subsídios, tudo com apoio explícito dos prefeitos democratas.
Hoje 15.000 metalúrgicos da ativa contribuem para fundos que pagam a aposentadoria de 22.000 pensionistas, com um déficit anual estimado de US$ 5,5 bilhões. Os EUA continuam fazendo bons carros, como o melhor SUV do mundo (eleito pela revista Motor Trend), o Mercedes-Benz Classe GL, só que agora ele é montado no Alabama. Parabéns, sindicatos!
No vizinho Wisconsin, o governador republicano Scott Walker resolveu enfrentar os poderosos sindicatos e chegou a ter seu mandato colocado em risco num “recall” ano passado, em que foi reeleito e agora promove uma verdadeira revolução no estado. Mas o futuro de Detroit ainda é incerto porque, evidentemente, você nunca vai ouvir a esquerda dizendo que errou.
Se existe algo certo na vida é o resultado de meio século de socialismo em qualquer lugar, mesmo no país mais rico do mundo. O Partido Democrata e os sindicatos faliram Detroit. Que sirva ao menos de lição.
* DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

Overdose de petismo - Percival Puggina

A overdose do petismo

Percival Puggina
Raras vezes se viu tamanha barafunda num "mar de rosas". Dilma Rousseff já cumpriu dois terços de seu mandato acumulando trapalhadas e fracassos. Demorou duas décadas mas, finalmente, o PT está alcançando seu objetivo de 1994 - acabar com o Plano Real. O sonho dourado das esquerdas nos anos 90, o fim do programa que deu estabilidade à moeda nacional, aquilo que Lula tentou mas não conseguiu em seus oito anos, Dilma, está realizando em menos de quatro, à base de trombada na cristaleira. O petismo espatifou a Economia e tudo mais à sua volta. Nem despejando bilhões no mercado, o Banco Central consegue conter a evasão das verdinhas ianques, que se retiram do país como os ratos abandonavam o Titanic nas impressionantes cenas do filme de James Cameron. 

Há poucos meses, quando o PT festejava em São Paulo seus dez anos no governo da União, o tom ufanista dos discursos mostrava que o partido chegara à overdose de poder. "Pode juntar quem quiser", bravateou Lula, convicto de nova vitória do partido em 2014. "Qualquer coisa que eles tentarem fazer nós fazemos mais e melhor", prosseguiu o eufórico ex-presidente, nariz enfiado no pote do poder. Seguiu-lhe a arrevesada sucessora, tratando de mostrar serviço. Arrombou a ostra onde oculta sua sabedoria e extraiu esta pérola: "Não tenho medo de comparações, inclusive sobre corrupção"... Isso tem outro nome, claro. Mas é, também, overdose de poder. Poder sobre a própria imagem, sobre a sociedade, poder sobre os demais poderes, poder sobre a mídia, poder agregado, ano após ano, em sequências exponenciais perante auditórios interesseiros. 

Quatro meses depois, foi a vez de o povo evidenciar que também ele tivera sua overdose de petismo. E saiu às ruas para pacíficas e civilizadas demonstrações de inconformidade. O povo deu uma olhada no próprio país e percebeu que, por trás da publicidade, dos cenários, das montagens, das invenções e versões, tudo - simplesmente tudo! - vai muito mal. Depois de dois PACs lançados às urtigas, que não valiam a tinta e o papel gastos para redigi-los, a economia arqueja sobre uma infraestrutura carente de tudo que importa - energia, rodovias, ferrovias, armazenagem, portos. Quanto mais PAC, menos PIB. O Rio São Francisco continua no mesmo lugar, levando, dolente, suas águas para o mar de Alagoas. Nas refinarias projetadas, nada se avoluma com maior rapidez do que o preço inicialmente previsto. Aqui no Rio Grande do Sul, de onde escrevo, as ditas "obra da Copa" ficarão para depois da Copa. O prometido, jurado e sacramentado metrô de Porto Alegre ainda é um risco no papel, em eterna discussão. E a duplicação da travessia do Guaíba resume-se a um trabalho de computação gráfica. 


A Educação brasileira é a penúltima entre 40 países estudados pela Economist Intelligence Unit. A Saúde beira à perfeição. Sim, é um perfeitíssimo pandemônio! Nós, os cidadãos, reconhecemos que houve uma inversão nos extratos sociais. Mudamo-nos para o submundo, para a zona de perigo, onde não existe a proteção da lei, onde padecemos nossa desdita sob a implacável violência do andar de cima. Ali, no andar de cima, é tudo ao contrário e o mundo do crime opera ao resguardo do imenso guarda-chuva gentilmente proporcionado pelo aparelho de Estado e suas leis. É isso que se chama, aqui, de Segurança Pública. Tudo por obra e graça do petismo que chegou à overdose de si mesmo e perdeu os próprios controles. 



_____________ 
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. 

Toda crianca agora tem um smartphone? Hum... Para decorar nomes de presidentes? Hummmm...

Have smartphones in every pocket made memorization obsolete?
Scientific American, August 2013

When my father was growing up, his father offered him 25 cents to memorize the complete list of U.S. presidents. “Number one, George Washington. Number two, John Adams …”
A generation later my dad made the same deal with me, upping the reward to $5. (The prize had grown, he explained, “because of inflation and because there are more presidents now.”)
This year I offered my own son $10 to perform the same stunt. My son, however, was baffled. Why on earth should he memorize the presidents?
Nowadays, he argued, “everybody has a smartphone” and always will. He'll probably turn out to be correct; 2013 is a tipping point, in which, for the first time in history, smartphones will outsell plain ones.
In other words, having a computer in your pocket is the norm. Google is always one tap away. So there's very little sense, as far as my son is concerned, in memorizing anything: presidents, the periodic table of the elements, the state capitals or the multiplication tables above 10.
Now, parents in my generation might have a predictable reaction: dismay and disappointment. “Those young kids today! Do we have to make everything easy?” we say. “If they don't have enough facts in their heads, they won't be able to put new information into context.”
That's an understandable argument. On the other hand, there is a powerful counterargument: As society marches ever forward, we leave obsolete skills in our wake. That's just part of progress. Why should we mourn the loss of memorization skills any more than we pine for hot type technology, Morse code abilities or a knack for operating elevators?
Maybe memorization is different than those job skills. Maybe having a store of ready information is more fundamental, more important, and thus we should fight more fiercely to retain it.
And yet we've confronted this issue before—or, at least, one that is almost exactly like it. When pocket calculators came along, educators and parents were alarmed about students losing the ability to perform arithmetic using paper and pencil. After hundreds of generations of teaching basic math, were we now prepared to cede that expertise to machines?
Yes, we were. Today calculators are almost universally permitted in the classroom. You are even allowed to use one—encouraged, in fact—when you are taking the SAT.
In the end, we reasoned (or maybe rationalized) that the critical skills are analysis and problem solving—not basic computation. Calculators will always be with us. So why not let them do the grunt work and free up more time for students to learn more complex concepts or master more difficult problems?
In the same way, maybe we'll soon conclude that memorizing facts is no longer part of the modern student's task. Maybe we should let the smartphone call up those facts as necessary—and let students focus on developing analytical skills (logic, interpretation, creative problem solving) and personal ones (motivation, self-control, tolerance).
Of course, it's a spectrum. We'll always need to memorize information that would be too clumsy or time-consuming to look up daily: simple arithmetic, common spellings, the layout of our hometown. Without those, we won't be of much use in our jobs, relationships or conversations.
But whether we like it or not, we may as well admit that the rest of it will probably soon go the way of calligraphy, the card catalogue and long division. Whenever we need to access abstruse facts, we'll just grab our phones—at least until we implant even better technologies right into our brain.

SCIENTIFIC AMERICAN ONLINE
Six ways that brains trump tech: ScientificAmerican.com/aug2013/pogue
Smartphones Mean You Will No Longer Have to Memorize Facts:


This article was originally published with the title The Last Thing You'll Memorize.

sábado, 3 de agosto de 2013

China: de um filho a dois por familia? Os ecologistas neomalthusianos vao se horrorizar...

Será que vai ter espaço e recursos naturais para toda essa gente, caso a China resolva dobrar de população.
Já estou vendo os neomalthusianos se escandalizarem...
Acho que recursos e tecnologia existem; e vai ser bom para o mundo...
Paulo Roberto de Almeida


China considering a 2-child policy
Couples currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.

By Li Qian
Shanghai Daily, Saturday, August 3, 2013

COUPLES currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.
The new concession would apply to couples where only one spouse is a single child, according to insiders.
China is deliberating whether to further relax the country’s one-child policy, a spokesman confirmed yesterday.
Mao Qun’an, spokesman for the National Health and Family Planning Commission, was responding to media attention on China’s population policies, Xinhua news agency reported.
Mao reaffirmed that China must adhere to the basic state policy of family planning for a long period of time. He said that because the country’s basic conditions still include a huge population, weak economic foundations, sparse per capita resources and insufficient environmental capacity, the population will continue to put pressure on the economy, society, resources and the environment.
However, he said one of the commission’s major tasks lies in improving the family planning policy, Xinhua reported.
It is organizing surveys and studies on correlations between the size, quality, structure and distribution of China’s population, the news agency said.
To improve population policies, Mao said, China must maintain the current low birth rate while also taking into consideration the public’s needs, social and economic development, and changes in the population structure.
The family planning policy was first introduced in the late 1970s to rein in China’s surging population by limiting most urban couples to one child and most rural couples to two children, if the first was a girl.
Under the policy, most couples born in urban areas in the 1980s come from single-child families.
The policy was relaxed around 2007, allowing couples where both parents came from single-child families to give birth to two children.
A revised policy that would allow all couples to have two children is expected to be carried out in 2015, the 21st Century Business Herald reported yesterday.
The one-child policy has played a key role in curbing the rising Chinese population, but problems have begun to emerge. One hot topic is the rapid increase in China’s elderly population while birth rates remain low.
Demographers say loosening the one-child policy would normalize the ratio between males and females. Last year there were 16.35 million births in China which led to a sex ratio at birth of 117.7 boys for every 100 girls in 2012 while a normal ratio should be 103 to 107 boys for every 100 girls.
The number of people of working age in China, those between 15 and 59, decreased by 3.45 million to 937.27 million in 2012.
In comparison, there were 194 million people aged 60 or older in China last year, accounting for 14.3 percent of the total population.

O Brasil parece querer chatear o mundo - Samantha Pearson (Financial Times)

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A brief history of Brazilian bolshiness


Brazil has been putting its weight about again, this time throwing a spanner into the IMF’s efforts to secure an €11bn bailout for Greece from the eurozone countries. Even if Brazil’s economic weight is not what it used to be, it seems it can still rile the old world when it feels like it.
So for the benefit of beyondbrics readers, here is a timeline of Brazilian bolshiness:
  • October 2009 – Brazil becomes a net creditor of the IMF for the first time after providing $10bn of financing to help developed nations hit by the financial crisis. In a gleeful press conference, finance minister Guido Mantega, says the “radical change” is proof that Brazil is faring much better in the crisis than other countries.
  • May 2010 – Luiz Inácio Lula da Silva, Brazil’s president at the time, takes it upon himself to help Turkey broker a nuclear fuel swap deal with Iran. His cosy relationship with Iran’s Mahmoud Ahmadinejad, including lots of public hugging and hand-holding, is seen as an attack on US foreign policy.
  • September 2010 – On a roll now, Brazil’s Mantega declares the world is engaged in a global “currency war”, criticising US monetary stimulus and the subsequent weak dollar for ruining the competitiveness of other countries’ exports. “Everybody wants the US economy to recover, but it does no good at all to just throw dollars from a helicopter,” he declares.
  • April 2012 – Mantega takes the face-off between the ‘developed’ and the ‘developing’ world to a new level. He says the Brics countries are working together to elect a candidate from the developing world as president of the World Bank. However, the Russian government soon declares its support for Jim Yong Kim, the US candidate.
  • March 2013 – Undeterred, Brazil goes one step further announcing that it and the other Brics countries have agreed to create their own development bank to rival the World Bank and the IMF. However, the countries struggle to agree on the bank’s funding or its location.
  • July 2013 – Brazil asks the IMF to change its methodology for calculating nations’ gross debt, complaining it inflates Brazil’s own liabilities. Under the IMF’s methodology, Brazil’s gross debt at the end of last year accounted for 68 per cent of GDP, while the country’s central bank puts the number at 59 per cent.
  • July 2013 – Paulo Nogueira Batista, Brazil’s executive director at the IMF, abstains from approving the fund’s new €1.8bn contribution to Greece’s bailout, in a sign of growing frustration over the bailout of debt-ridden Europeans. Nogueira, who also represents 10 nations from Central and South America and the Caribbean, said he was dissatisfied with almost all areas of Greece’s reform programme.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...