Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Padroes e tendencias das RI do Brasil em perspectiva historica - Paulo Roberto de Almeida
Carreiras de Estado: o afundamento do Brasil pelos seus mandarins
Mais um empurrão na direção do abismo está sendo dado pelos mandarins da republiqueta em que nos transformamos...
A irresponsabilidade, a inconsciencia, a cupidez são tão grandes que nem sei como classificar esses assaltos organizados aos cofres públicos.
Vale a transcrição do texto analítico do economista Ricardo Bergamini.
Ao final, transcrevo declarações de parlamentares do PSDB a favor dos projetos, com um posicionamento tão irresponsável quanto foram as medidas do governo de ineptos, só pensando em se opor a esse governo incompetente, mas sem reconhecer os problemas para o país...
Paulo Roberto de Almeida
Nação brasileira refém dos seus Servidores Públicos (Trabalhadores de Primeira Classe)
Ricardo Bergamini
5/08/2015
Impacto das PECs que vinculam a remuneração de carreiras do Executivo à remuneração de Ministro do STF.
A PEC prevê a vinculação da remuneração das carreiras da AGU e delegados (Federais, Civis e de ex-Territórios) à remuneração de Ministros do Supremo Tribunal (STF).
Além dessa proposta, há ainda outras três PECs em tramitação no Congresso Nacional que concedem o mesmo benefício a outras carreiras do Poder Executivo.
O conjunto de PECs em tramitação que atribui ao último nível de cada uma das carreiras abaixo a vinculação de 90,25% do subsídio dos ministros do STF é o seguinte:
PEC 443/2009 – Advocacia Geral da União (AGU) e delegados (Federais, Civis e de ex-Territórios)
PEC 147/2012 - carreiras do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e Superintendência Nacional de Previdência complementar (PREVIC)
PEC 240/2013 - delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil do DF
PEC 391/2014 – carreiras do ciclo de fiscalização (Auditores da Receita Federal e Fiscal Federal Agropecuário)
As propostas de emendas à Constituição serão apreciadas em dois turnos na Câmara dos Deputados e dois turnos no Senado Federal, sendo necessários 3/5 dos votos dos parlamentares em cada turno para sua aprovação.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) se posiciona contra a aprovação das PECs mencionadas acima devido ao seu alto impacto fiscal e administrativo sobre o Poder Executivo, bem como aos seus efeitos de encadeamento sobre outras carreiras e governos estaduais e municipais.
ESTIMATIVAS DE IMPACTO FISCAL O impacto fiscal total das PECs em tramitação é de R$ 9,9 bilhões/ano. Os aumentos na remuneração final de cada carreira variam de 35% a 66%, alcançando R$ 30.471,10.
TABELA I - TAXA DE CRESCIMENTO DO PAGAMENTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DAS CARREIRAS
http://www.planejamento.gov.br/imagens/noticias/2015/julho/TabelanotaPEC.jpg
A vinculação de subsídios das carreiras à remuneração de Ministros do STF implica uma desestruturação do processo de gestão do serviço público federal, com possível efeito cascata nos demais entes federados, levando-se em consideração as consequências imediatas abaixo:
Automatiza o reajuste no Poder Executivo, indexando-o aos reajustes dos ministros do STF, órgão de outro Poder, que tem autonomia para elaborar os próprios orçamento e planos de carreira;
Aprofunda ainda mais a rigidez das despesas de pessoal e encargos sociais do Poder Executivo, ao indexá-las às despesas de pessoal de outro Poder;
Estimula outras carreiras, inclusive no âmbito estadual e municipal, a buscarem formas similares de vinculação com o STF, como observado a partir da proposição das três PECs com objetivo similar;
Resulta em reposicionamento dos subsídios das carreiras abrangidas em patamares consideravelmente mais altos que os atuais, com aumento significativo do valor das remunerações em todos os níveis/categorias e alto impacto orçamentário;
Eleva as despesas com pessoal ativo e inativo dos estados e municípios, muitos dos quais já se encontram próximos dos limites máximos de gasto com pessoal previsto na LRF.
Prevê que a remuneração desses servidores em final de carreira (hoje 71,4 mil servidores) alcançará R$ 30.471,10, valor próximo à da Presidente da República, hoje fixado em R$ 30.934,70.
O reajuste de até 66% proposto é muito elevado e inoportuno para o momento atual do país. Não é adequado propor reajustes dessa magnitude no momento em que várias empresas e trabalhadores enfrentam dificuldade, especialmente no setor privado, com redução do salário real e queda na geração de empregos.
O reajuste proposto também é incompatível com a capacidade orçamentária do Estado brasileiro e coloca em risco a estabilidade fiscal. O reajuste privilegia exatamente as carreiras que já possuem as maiores remunerações do Poder Executivo.
Cabe ressaltar que o MPOG está em negociação salarial com as carreiras contempladas pelas PECs em questão, juntamente com as demais categorias do Poder Executivo. Nessa negociação, o governo propôs um reajuste de 21,3% distribuídos nos próximos quatro anos (2016-19), o que corresponde à inflação esperada para tal período.
Além da proposta acima, no caso específico da AGU, o governo também ofereceu a possibilidade de adoção de remuneração variável por desempenho – honorários de sucumbência – bem como a reestruturação da carreira de apoio do órgão. Essa proposta é compatível com a realidade econômica do país, atende às principais demandas da categoria e aperfeiçoa o funcionamento da advocacia pública.
Ricardo Bergamini
www.ricardobergamini.com.br
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Nota do PSDB, 6/08/2015
Valorização
PSDB reforça voto favorável à PEC que aumenta salários de advogados da UniãoO deputado Nilson Leitão (MT) afirmou da tribuna que os trabalhadores não podem pagar por uma crise que tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff. “Inaugurou 2015 rasgando tudo o que prometeu em campanhas. Mentiu que não teria inflação, que não subiria o combustível, que o Brasil estaria bem. O Brasil está quebrado e não é por crise internacional, é por crise moral e ética”, disse.
A base do governo perdeu a coerência durante a discussão da matéria, destacou o deputado Caio Narcio (MG). Ele reforçou a posição favorável do PSDB à proposta. “Queremos dizer do nosso compromisso com as classes que têm feito muito a favor do Brasil. Por isso vamos votar a favor”, completou. Até o início da madrugada desta quinta-feira (6), a votação não havia sido concluída.
Os parlamentares retomaram na noite desta quarta-feira (5) a discussão dos projetos de decreto legislativo sobre as contas de três ex-presidentes da República. São quatro propostas que tratam da análise das contas dos governos de Itamar Franco, em 1992; Fernando Henrique Cardoso, em 2002; e Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006 e 2008. A votação está prevista para amanhã.
O deputado Domingos Sávio (MG) destacou a análise dos números da gestão Lula, quando José Dirceu era ministro da Casa Civil. Preso por envolvimento na quadrilha do mensalão, Dirceu voltou esta semana para a cadeia por conta do petrolão. “É claro que devemos rejeitar as contas de quem não fez só malfeitos, mas produziu esse desastre de que hoje o Brasil toma consciência”, afirmou.
O líder da Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PE), lembrou o delicado momento da economia vivido em 2002, no último ano da gestão FHC. Havia dúvidas sobre a atuação do governo que entraria no poder no ano seguinte. Mesmo em tempos de crise, Fernando Henrique manteve a credibilidade, ressaltou Araújo. “Foi um governo que consolidou a nova moeda e valorizou as carreiras do Estado. Hoje vemos um governo reconhecer que fracassou. A presidente colocou o país em risco tomando medidas irresponsáveis para segurar sua popularidade na eleição”, lamentou.
Fernando Henrique fortaleceu as instituições do país, acrescentou Daniel Coelho (PE) em defesa da aprovação das contas. Segundo ele, o Congresso Nacional não pode abrir mão da prerrogativa de apreciar as contas. “Não podemos mais deixar de fazer nossa obrigação legal”, frisou.
CRIME DE TERRORISMO
O plenário iniciou a discussão do Projeto de Lei 2016/15, do Poder Executivo, que tipifica o crime de terrorismo e prevê punição em regime fechado e multa, sem prejuízo das penas relativas a outras infrações decorrentes desse crime. Um acordo de procedimentos acertado pelas lideranças partidárias deixou a votação da matéria para a próxima terça-feira (11).
O parecer do relator tipifica o terrorismo como a prática de atos com a finalidade de intimidar Estado, organização internacional ou pessoa jurídica, provocando terror, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública e a incolumidade pública. Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), a lei antiterror é uma exigência do mundo civilizado. “O Brasil tem compromisso com a democracia e com as liberdades”, completou.
(Da redação com informações da Agência Câmara/ Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Capitalismo: Modo de Usar, o mais recente livro de Fabio Giambiagi
Capitalismo: Modo de Usar
Fabio Giambiagi
Meus amigos: daqui a 15 dias lanço um novo livro, que se chamará "Capitalismo-Modo de usar".
Ao contrário dos meus livros anteriores (o "Complacência", com o grande Alex, foi uma espécie de transição) é um livro plenamente escrito para o grande público.
Esta vez não haverá gráficos nem tabelas e sim muita ironia, diversas citações literárias e algumas fotos. A ideia é chegar firmemente ao leitor não economista.
É um livro para a (tentativa de) conquista de corações e mentes.
A avaliação é que muito mais do que uma questão de saber se o primário vai ser de 1,1 % ou de 0,2 % do PIB ou da SELIC ser de 13 % ou de 14 %, temos um problema cultural sério no país e é uma propensão nacional avassaladora, massificada, impregnada na alma nacional que entende que "melhorar de vida" é abocanhar um naco do orçamento, fantasticamente simbolizada na frase genial do nosso Marcos Lisboa ao definir o Brasil como "o país da meia entrada".
Não é isso que está por trás do drama recessivo de 2015, turbinado por uma confusão política verdadeiramente medonha, mas sim é essa incapacidade da sociedade brasileira assumir plenamente as regras de funcionamento do capitalismo que esteve por trás do ritmo de "devagar quase parando" posterior a 2011 quando a política de "pau na máquina" esgotou os seus resultados e apareceram todas as nossas fraquezas pelo lado da oferta.
O pressuposto do livro e que me motivou a escrevê-lo (é um livro solo) é que há um desafio de mudança de mentalidade a ser vencido. Tentei escrever de um jeito diferente, para o leigo entender e comprar o espírito do que está sendo proposto.
Vamos ver se consegui.
Livros, assim como filmes, têm lá os seus mistérios. Livros que eu pensei que venderiam muito venderam pouco e outros que imaginei terem escasso sucesso foram muito bem. É da vida.
A intenção neste caso é que o livro chegue mais não tanto aos "mesmos suspeitos de sempre", não apenas ao mercado e aos amigos, mas esta vez ao médico, ao advogado, ao comerciante e, last but not least, ao político.
Se a gente não mudar a forma em que uma parte importante da sociedade encara o funcionamento da economia, o Brasil no qual viverão os nossos filhos será um país triste, cinza e pesado.
Um abraço a todos
Fabio
PS: para dar uma ideia de que este livro é diferente dos meus anteriores, não há economistas (tinha que dar uma folga aos colegas!) nem jornalistas econômicos no material de apoio: tive a honra do prefácio ser escrito pelo Gabeira e a orelha pelo meu amigo Marcelo Madureira.
Associacao Brasileira de Estudos de Defesa: encontro distrital em Brasília
Entre os dias 09 e 11 de setembro de 2015, no Distrito Federal, será realizado o Primeiro Encontro Distrital da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, o I EDABED.
O evento é organizado pelo Instituto Pandiá Calógeras, UNICEUB, o Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEEx) e a Universidade de Brasília, em parceria com a ABED. Será composto por minicursos, mesas-redondas, apresentações orais de trabalhos e exposição de pôsteres.
Os interessados em apresentar trabalho oral e/ou pôster poderão submeter resumos de 150 palavras para edabed2015@gmail.com até o dia 20 de agosto. A ABED premiará a melhor apresentação oral e o melhor pôster.
As inscrições para o evento já estão abertas. A programação completa pode ser vista aqui.
Confira a programação do I EDABED e inscreva-se aqui.
Contamos com a presença de todos!
Dado Galvao: um jornalista que adora bolivarianos... como temas de documentarios...
Paulo Roberto de Almeida<Venezuela Sairam Rivas (Carta).pdf>Dado Galvão:Iniciamos mais uma jornada de trabalho cidadão e humanitário, através do cine documentário , Missão Ushuaia, Venezuela www.MissaoUshuaia.org Facebook: Missão Ushuaia, Venezuela
Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015.
Eu (Dado Galvão, baiano de Jequié, documentarista) e o fotógrafo paraibano (Arlen Cezar), como cidadãos brasileiros no exercício da cidadania do MERCOSUL, pretendemos viajara para a Venezuela em novembro, iniciamos nossas atividades de divulgação nas redes sociais.
Contamos, por favor, com o seu apoio na divulgação da nossa missão, para que possamos alcançar mais pessoas.
Link do vídeo divulgação https://youtu.be/Dvo9PgLQgAA
Anexo: Carta convite da estudante venezuelana, ex-modelo, Sairan Rivas, que ficou cinco meses presa, por fazer oposição ao governo Maduro , logomarca
Sugestão: é muito importante uma reflexão sobre o que ocorre na Venezuela e o protocolo de Ushuaia, MERCOSUL.
Dúvidas, sugestões, por favor, é só fazer contato. Muito obrigado!
Dado Galvão (documentarista)
Obrigado!
Dado Galvão
Missão Ushuaia: cineasta brasileiro vai a Venezuela tentar mostrar realidade no país
O cineasta baiano Dado Galvão, que fez um excelente trabalho sobre o caso do senador Molina, trazido ao Brasil em operação isolada do diplomata Eduardo Saboya após ficar mais de um ano confinado na embaixada brasileira de seu país, volta à tona com um projeto humanitário, desta vez na Venezuela. Trata-se da Missão Ushuaia. Em mensagem que recebi com o pedido de ajuda na divulgação desse importante projeto, ele explicou melhor o objetivo:
Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015.
Eu (Dado Galvão, documentarista) e o fotógrafo paraibano (Arlen Cezar), como cidadãos brasileiros no exercício da cidadania do MERCOSUL, pretendemos viajar para a Venezuela em novembro. Iniciamos nossas atividades de divulgação nas redes sociais e estamos pedindo ajuda para que seja possível viajar com tranquilidade financeira. Eis o vídeo promocional: https://youtu.be/Dvo9PgLQgAA
Está feita a divulgação, e espero que o documentarista consiga apoio para esse projeto, e também que dê tudo certo por lá, pois sabemos como os chavistas são brutamontes, ogros, bandidos dispostos a “fazer o diabo” para permanecer no poder e não largar o osso. Esse é um projeto importante para mostrar a realidade venezuelana, país cada vez mais próximo de uma guerra civil, um estado totalmente falido graças ao bolivarianismo, ao socialismo do século XXI, aquele extremamente parecido com o do século anterior em seus resultados.
O governo brasileiro do PT, nem é preciso lembrar, age como cúmplice do regime tirano de Maduro. E sim, quem votou no PT também é indiretamente cúmplice. Se está arrependido, então é hora de ajudar a mostrar a verdadeira face dessa esquerda latino-americana corrupta, autoritária e totalitária.
Fonte: Revista Veja - Rodrigo Constantino
Cineasta baiano vai à Venezuela tentar mostrar realidade no país
Sexta, 17 de Julho de 2015 - 17:33
Por Redação Bocão NewsO cineasta baiano Dado Galvão, que fez um excelente trabalho sobre o caso do senador Molina, trazido ao Brasil em operação isolada do diplomata Eduardo Saboya após ficar mais de um ano confinado na embaixada brasileira de seu país, volta à tona com um projeto humanitário, desta vez na Venezuela, de acordo com informações do colunista da Veja, Rodrigo Constantino.
"Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015", disse ao colunista.
Ainda segundo a publicação, Dado Galvão e o fotógrafo paraibano, Arlen Cezar, pretendem viajar para a Venezuela em novembro. "Iniciamos nossas atividades de divulgação nas redes sociais e estamos pedindo ajuda para que seja possível viajar com tranquilidade financeira", disse. Confira o vídeo promocional.
Documentarista brasileiro de 'oposição' vai à Venezuela para filmagem antes das eleições legislativas. Saiba detalhes e veja trecho
Dado Galvão e o diplomata Eduardo Saboia em Brasília,gravação para Missão Bolívia.O cineasta baiano Dado Galvão, que se notabilizou por elaborar produções de oposição a regimes como o cubano e os ditos “bolivarianos”, estará na Venezuela em novembro, antes das eleições legislativas no país, previstas para 6 de dezembro. Gravará documentário cujo título já está definido como “Missão Ushuaia”.O nome do documentário remete ao protocolo homônimo assinado pelos os países-membros do Mercosul.Dentre os pré-requisitos para fazer parte do bloco econômico sul-americano, está o respeito à democracia.Dado Galvão, que em 2013 trouxe a oposicionista moderada cubana Yoani Sánchez ao Brasil, explica:Dado Galvão recepciona Yoani Sánchez no aeroporto de Recife,presenteando Sánchez, com uma escultura de baiana, ao fundocom uma bandeira do Brasil, o fotógrafo Arlen Cezar- O nosso documentário vai seguir essa linha. Se realmente há a violação de direitos humanos e não há segurança na Venezuela, o que ela faz no Mercosul? Por muito pouco o Paraguai foi retirado, após o impeachment de (Fernando) Lugo (ex-presidente de esquerda, afastado em votação-relâmpago do Legislativo local), e depois foi analisado que seguiu-se a constituição paraguaia.O cineasta brasileiro vai à Venezuela acompanhado do fotógrafo paraibano Arlen Cezar.Na foto: no lado direito, a estudante Sairam RivasAinda arrecadando verba para a filmagem, ambos serão acompanhados da ex-modelo e estudante Sairam Rivas, 21 anos, que ficou presa por cinco meses por fazer oposição ao presidente Nicolás Maduro.É o terceiro documentário de Dado.O primeiro, Conexão Cuba-Honduras (2013), resultou na visita da blogueira cubana Yoani Sánchez ao Brasil.Dado também gravou o Missão Bolívia – aqui, a íntegra. Nesse documentário, pretendia entrevistar Roger Pinto Molina, senador boliviano asilado na embaixada do Brasil no país. Para tanto, teve a ajuda de políticos e advogados para levarem Molina de carro de La Paz até Corumbá, cidade mais próxima da fronteira da Bolívia.Leia aqui recente reportagem deste blogueiro, em Zero Hora, sobre a crise venezuelana – a matéria jornalística é resultado da imersão de uma semana que fiz no país sul-americano, com o objetivo de mostrar a sua realidade.Fonte: Léo Gerchmann, Território Latino - Zero HoraMissão Ushuaia, Venezuela. 05/08/15
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Prata da Casa: 3ro trimestre de 2015, os livros dos diplomatas - Paulo Roberto de Almeida
Os do quarto trimestre talvez demorem para sair, a ver. Por enquanto fiquem com estes, e vou logo recomendando o primeiro, ainda que não concorde inteiramente com alguns dos argumentos do autor sobre o regime militar. Mas este é um assunto para uma resenha mais larga.
Paulo Roberto de Almeida
A persistirem os sintomas do lulopetismo, procure um médico... - Paulo Roberto de Almeida
A persistirem os sintomas, procure um médico...
A sociedade brasileira está emergindo de um longo pesadelo: o lulopetismo. Essa variante tupiniquim de um persistente mal latino-americano, a crença ingênua nas virtudes supostamente benéficas do populismo demagógico e do salvacionismo redentor – ambos irracionais, mas possuindo poderosos efeitos eleitorais –, tinha sido elevada à categoria de doutrina política por um destes gramscianos de academia. Mas revelou-se apenas uma enfermidade passageira, uma espécie de doença da pele, que coça durante certo tempo, mas que acaba sendo combatida quando aplicada a pomada correta: a consciência cidadã.
O lulopetismo foi a nossa doença de pele, que persistiu enquanto as desigualdades sociais foram falsamente identificadas a supostas “falhas de mercado” ou a maldades do “neoliberalismo”, duas “deformações do capitalismo” que poderiam ser superadas com “distribuição de renda” e políticas sociais “inclusivas”. Foi assim que mergulhamos na década e meia de medidas em prol da desconcentração de renda e da correção das tais “falhas de mercado”, pelas mãos (e pés) de um Estado comprometido com a “justiça social”. Os verdadeiros efeitos só se tornaram explícitos depois da aplicação dos exercícios de engenharia econômica, a tal de “nova matriz econômica”, com o seu séquito de consequências devastadoras.
Os historiadores podem até chamar estes anos negros do lulopetismo de A Grande Recessão, que se reflete no recuo geral dos indicadores – estagnação ou crescimento negativo, alta da inflação, do desemprego, déficits ampliados, dívida acrescida, perda da competitividade externa e interna, forte desvalorização cambial, desinvestimentos –, mas o fato é que o declínio econômico está apenas começando. Teremos pela frente anos de penoso reajuste para voltar a uma situação parecida com a que vivíamos na segunda metade dos anos 1990, ou no início dos 1980. Tais são os efeitos catastróficos dos anos equivocados do lulopetismo econômico.
Não se pode descartar uma longa fase difícil na economia, uma experiência poucas vezes registrada no País, que conheceu taxas de crescimento relativamente satisfatórias, a despeito dos anos de crise e de aceleração inflacionária, das trocas de moedas e dos “voos de galinha”, depois de tentativas mal conduzidas de estabilização. Que ocorra agora uma Grande Recessão, essa é uma marca histórica que ficará para sempre identificada com a esquizofrenia econômica do lulopetismo, um produto legítimo dos aprendizes de feiticeiros que pretendiam corrigir as falhas de mercado por meio de unguentos e poções mágicas e que só revelaram a extraordinária ingenuidade (ou seria estupidez?) destes que eu chamo de “keynesianos de botequim”.
O que ocorreu, na verdade, desde os primeiros anos, ditos gloriosos, do lulopetismo foi uma Grande Destruição, um desmantelamento geral das instituições, da organização política e da ética pública. Ela começou pelo aparelhamento das agências públicas, dos ministérios (com a possível exceção do Itamaraty), dos demais órgãos de Estado, pelos “servidores” do partido neobolchevique, não exatamente os gramscianos de academia, mas os militantes obedientes e disciplinados do partido leninista, que repetem de forma canina os ditames do comitê central e que pagam o dízimo mensal costumeiro, assim como uma boa parcela (30%?) dos subsídios associados aos cargos ganhos na máquina do Estado.
A Grande Destruição seguiu pelo ativismo das “políticas públicas”, estendendo-se em todas as dimensões da vida nacional, criando uma clientela de beneficiários planejados – o curral eleitoral do Bolsa Família – e uma outra de ricos beneficiários mais planejados ainda. Quem são os financiadores do partido hegemônico? São os industriais e banqueiros, pagadores compulsórios de “doações legais ao partido”, com parte das rendas asseguradas pela mesma máquina do Estado: empréstimos generosos do BNDES, proteção tarifária, linhas de crédito consignado, juros da dívida pública e várias prebendas setoriais.
Tudo isso se refletiu no crescimento dos gastos do Estado além e acima do crescimento do PIB e da produtividade, excedendo a capacidade contributiva do setor produtivo da economia – daí o esforço crescente de extração fiscal pela Receita Federal –, tudo em detrimento dos investimentos produtivos. Não há dúvida quanto a isto: a Grande Recessão, que está recém começando, foi precedida pela grande devastação efetuada pelo lulopetismo econômico. E não se enganem: o pior ainda está por vir.
É por isso que eu chamo o período lulopetista de A Grande Destruição, um mal de pele que se incrustou em todos os poros da sociedade brasileira. Esta se deu conta, finalmente, das fontes do mal e se prepara para expulsar pelas vias legais os sabotadores da economia e os fraudadores da moralidade. As causas do mal de pele já foram identificadas; as prescrições estão a caminho, e esperamos que rapidamente.
Mas, a persistirem os sintomas do mal, recorra-se aos cuidados de um médico. Os bons médicos, nas democracias, costumam receitar a cura constitucional: na hipótese de mal crônico, a prescrição é sempre a via eleitoral. Em caso de ataques agudos, ou de câncer ameaçando metástase – como um procurador já alertou –, a solução tem de ser mais drástica, para extirpar o mal em toda a sua extensão. Nestes casos, o Congresso e os tribunais superiores são chamados a operar o paciente. Depois, no pós-operatório, economistas sensatos costumam ser bons enfermeiros, desde que eles não tenham sido contaminados pelo keynesianismo de botequim que sempre caracterizou os economistas aloprados do lulopetismo. Adiante, minha gente, mais um pouco e acabamos com a coceira...
*Paulo Roberto de Almeida é diplomata e professor universitário. Site: www.pralmeida.org / Blog: diplomatizzando.blogspot.com
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Na verdade, eu não tinha me dado conta da publicação desse artigo, até ser alertado por um leitor matinal:
On Aug 5, 2015, at 08:59, Axxxxx Axxxxxx Cxxxxxxx <xxxxxx@yahoo.com.br> wrote:
Mensagem enviada pelo formulário de Contato do SITE.
Nome: Axxxxx Axxxxxx Cxxxxxxx
Cidade: Pxxxx Gxxxx
Estado: SP
Email: xxxxxx@yahoo.com.br
Assunto: Parceria
Mensagem: Prezado Paulo Roberto!
Quero neste momento parabenizá-lo pelo excelente artigo publicado hoje no Estadão on line. Estou contigo e com todo o Brasil para acabarmos de vez com essa maldita \"sarna\".
Abraço!
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