segunda-feira, 7 de julho de 2025

Mensagem a meus colegas diplomatas, da ativa e aposentados (como eu) - Paulo Roberto de Almeida

 Mensagem a meus colegas diplomatas, da ativa e aposentados (como eu)

        Muitos sabem, talvez os mais jovens não saibam, que eu não tive nenhum cargo na SERE de 2003 a 2016, ou seja, durante toda a duração dos primeiros governos lulopetistas. Fui novamente chamado a exercer um cargo, apenas acadêmico, não executivo, como diretor do IPRI, de agosto de 2016 ao início de 2019, quando o Itamaraty foi literalmente assaltado pela franja lunática dos antiglobalistas. Fui demitido do IPRI, com alívio, pois me sentiria muito mal tendo de servir a um governo e a uma administração na SERE totalmente esquizofrênicos. Como vários sabem, escrevi quatro livros contra o bolsolavismo diplomático – começando por Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019) e terminando por O Itamaraty Sequestrado (2022), todos digitais, mas concluindo o ciclo pelo livro impresso Apogeu e Demolição da Política Externa (Appris, 2022), cobrindo 30 anos de diplomacia, nos seus altos e baixos.
        No intervalo, durante o segundo ano do bolsolavismo esquizofrênico, tentei articular um projeto de "resistência clandestina" aos malucos da Casa de Rio Branco e uma espécie de planejamento para o período de reconstrução, após as eleições de 2022. Enviei correspondência bilateral para mais de meia centena de colegas, de meu conhecimento, pedindo sugestões para uma agenda futura de trabalho. Talvez por temor, talvez pela turbulência da pandemia em seu início, recebi poucas sugestões (todas registradas, um dia farei um relato, não nominal), e dei por encerrado o exercício.
        Obviamente que apoiei a luta contra o bolsonarismo delirante, ainda que o resultado não fosse o ideal.
        Pois bem, confirma-se agora que a atual diplomacia do lulopetismo declinante está engajando o Brasil,  acintosamente, abertamente, decididamente numa vertente bastante negativa para todo e qualquer diplomata consciente de nossa doutrina, de nossos valores e princípios, aliás para todo e qualquer cidadão benm informado, aqueles que eu acredito que contemplem com extrema rejeição a aliança do Brasil com duas grandes autocracia e vários outros regimes autoritários numa agenda claramente antiocidental, em busca de uma mal definida "nova ordem global multipolar".
        Todos os que me conhecem, e que acompanham eventualmente o que escrevo (no Diplomatizzando ou em outros canais), sabem exatamente o que eu acho desse projeto míope, desviante, prejudicial ao Brasil e ao seu conceito diplomático.
Esta nota serve apenas como denúncia de uma deriva deformadora das melhores tradições do Itamaraty e de sua diplomacia profissional.
Creio que as últimas manifestações do chefe de Estado e da diplomacia já provaram que há uma ruptura clara com nossa postura independente e autônoma em relação aos conflitos interimperiais e quaisquer enfrentamentos entre grandes potências (o que talvez nem seja mais o caso, dada a clara aderência do outrora "farol da democracia" ao neoczarismo expansionista).
        Lamento por meus colegas diplomatas, lamento pelo Brasil, lamento pela quebra das diretivas que sempre guiaram nossa política externa no caminho da independência em relação aos enfrentamentos geopolíticos, que não têm absolutamente nada a ver com nossos interesses nacionais.
        Estarei atento aos desenvolvimentos nessa área.
        Com pesar, mas com confiança, um abraço a todos os meus colegas diplomatas.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7 de junho de 2025

domingo, 6 de julho de 2025

Statement of fact - Paulo Roberto de Almeida

Statement of fact

Paulo Roberto de Almeida 

        Não combato pessoas, luto por ideias, contra ou a favor. Não ideias em geral, abstratas, conceitos vagos, mas ideias, afirmações, opiniões sobre fatos concretos, como por exemplo o desenvolvimento do Brasil e o bem-estar de seus habitantes, em primeiro lugar os mais pobres, desvalidos ou não educados, e por isso mesmo pobres ou remediados. 

        Na história, o Brasil tem sido um país dominado por oligarquias, não por cidadãos livres, conscientes e educados, e esta é a razão de porque somos, em grande maioria, pobres, deseducados e desvalidos.

        Trata-se não de um projeto consciente de malvados oligarcas, mas o resultado de um tipo de estrutura social impessoal, que vai moldando formas de organização social, política e econômica que podem ser mais ou menos conducentes à evolução de uma sociedade para uma melhor condição geral de bem-estar geral.

        No caso do Brasil ainda não conseguimos evoluir para um grau de desenvolvimento social capaz de reduzir o número dos menos qualificados pelo nascimento ou pela condição de origem.

        A origem colonial por um Estado precocemente unificado, mas também oligárquico e centralizado dificultou a modernização. As oligarquias escravistas e latifundistas bloquearam aquilo que se classificou como sendo uma “revolução burguesa”, ou seja, a ascensão de camadas médias ao poder político e econômico, o que não quer dizer que todas as camadas médias (os imigrantes, por exemplo) estivessem em condição de suplantar o poder das oligarquias. 

        Durante minha formação, busquei as vias intelectuais para escapar do subdesenvolvimento, com base no estudo e na observação da realidade ambiente, no próprio Brasil ou no exterior. Nem sempre fui exitoso no empreendimento, por limitações pessoais ou do meio ambiente. Creio ter contribuído modestamente para a difusão de um conhecimento mais preciso sobre nossos impedimentos ao pleno desenvolvimento material e cultural de nossa nação, com resultados também limitados pelo pouco alcance de minhas ideias.

        Daí uma preocupação persistente com os escritos — livros e artigos publicados — que são os que perduram acima das palavras que se perdem na confusão natural das sociedades.

        Não tenho maiores instrumentos para difundir o conhecimento adquirido ao longo de uma vida de estudos e de atenta observação das realidades que me cercam ou das quais sou consciente pelos meios disponíveis de informação e de comunicação.

        Persistência em certas ideias e disposição para revisá-las em face de novas evidências científicas parecem ser as chaves para algum êxito nesse tipo de empreendimento.

        Por que o faço? Simplesmente, ou conscientemente, porque provenho dessas tais classes desprivilegiadas em face das oligarquias dominantes, sempre as elites. Nunca pertenci às elites, sequer às intelectuais, mas sempre me esforcei para, no mínimo, me integrar a essa tribo diáfana e pouco influente em face dos oligarcas poderosos.      

        Infelizmente, o Brasil vai demorar muito para deixar de ser um país de oligarcas para se tornar uma nação de cidadãos conscientes. O processo é longo e demorado e segue caminhos sempre únicos e originais.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 6/07/2025


sábado, 5 de julho de 2025

A China e a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia - Paulo Roberto de Almeida

Uma China que revela as suas verdadeiras atenções e intenções e as consequências para o Brasil

“Chinese Foreign Minister Wang Yi told the European Union’s top diplomat that Beijing can’t accept Russia losing its war against Ukraine as this could allow the United States to turn its full attention to China, an official briefed on the talks.” (Jun 3)

Ou seja, a China está muito engajada na vitória, ou na não derrota da Rússia, em sua guerra de agressão contra a Ucrânia, que não é mais conquista de novos territórios (por incapacidade bélica), mas de destruição pura e simples de todo o patrimônio do país e a matança indiscriminada de civis. 

Isso possui ENORME consequências para o Brasil e sua diplomacia, supostamente neutra, ou imparcial (o que já é completamente errado, do ponto de vista do Direito Internacional e da CF-1988, que condenam isso), e para um alegado Plano de Paz conjunto com a China para “terminar o conflito”. A diplomacia de Lula coloca o Brasil do lado do AGRESSOR, e isso claramente aos olhos da comunidade internacional.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 5/07/2025

sexta-feira, 4 de julho de 2025

O Grande Realinhamento (de Trump para Putin) e o significado do 4 de julho para os americanos - Anne Applebaum

 Anne Applebaum escreve sobre o Grande Realinhamento (de Trump para Putin) e sobre o significado do 4 de Julho, e tudo o que Trump vem fazendo contrariamente à Declaração da Independência americana:


The Great Realignment
Also: the Declaration of Independence makes interesting reading this July 4th
ANNE APPLEBAUM
JUL 4, 2025

Slowly, and not exactly imperceptibly, the United States of America is changing its geopolitical orientation. The Trump administration has made clear that it can no longer automatically be considered a strategic partner to Ukraine, or a reliable ally to Europe. Perhaps the president is not yet fully aligned with his Russian counterpart, but he is moving in that direction, much faster than many realize.

This shift has already had devastating consequences. In very clear ways, Trump’s policies are encouraging Putin’s war. For the Atlantic, I connected some of the dots:

Trump occasionally berates Putin, or makes sympathetic noises toward Ukrainians, as he did last week when he seemed to express interest in a Ukrainian journalist who said that her husband was in the military. Trump also appeared to enjoy being flattered at the NATO summit, where European leaders made a decision, hailed as historic, to further raise defense spending. But thanks to quieter decisions by members of his own administration, people whom he has appointed, the American realignment with Russia and against Ukraine and Europe is gathering pace—not merely in rhetoric but in reality.

Not for the first time, Trump’s Pentagon has abruptly blocked transfers of weapons to Ukraine. The most shocking decision concerns air defense:

Just this week, in the middle of the worst aerial-bombing campaign since the war began, the Trump administration confirmed that a large shipment of weapons, which had already been funded by the Biden administration, will not be sent to Ukraine. The weapons, some of which are already in Poland, include artillery shells, missiles, rockets, and, most important, interceptors for Patriot air-defense systems, the ammunition that Ukrainians need to protect civilians from missile attacks. Trump had suggested that he would supply Ukraine with more Patriot ammunition, which is an American product. “We’re going to see if we can make some available,” he said after meeting Ukrainian President Volodymyr Zelensky last week. But what he says and what his administration actually does are very different.

Within days of receiving the news that Ukraine will have less air defense, Putin hit Kyiv, on Thursday night, with the largest air attack of the entire war. This morning, parts of the city were burning. This is what it looked like (with thanks to @kateinkharkiv.bsky.social‬):


But the realignment is not only military. In practice, the US is reducing sanctions on Russia, easing pressure on the economy and helping the Russians acquire the components they need to build the missiles that kill civilians. The Trump administration has also stopped fighting any kind of narrative war with Russia, dropping efforts to identify Russian propaganda, and blocking independent Russian-language media of all kinds, including our own Radio Free Europe/Radio Liberty:

During the Biden administration, the State Department’s Global Engagement Center regularly identified Russian disinformation operations around the world—exposing misleading websites or campaigns secretly run or directed by Russian operatives in Latin America and Africa, as well as in Europe. Trump appointees have not only dissolved the center; they also baselessly and bizarrely accused it of somehow harming American conservatives, even of having “actively silenced and censored the voices of Americans,” although the GEC had no operations inside the U.S.

At the same time, cuts to USAID and other programs have abruptly reduced funding for some independent media and Russian-opposition media. The planned cuts to Radio Free Europe/Radio Liberty, if not stopped by the courts, will destroy one of the few outside sources of information that reaches Russians with real news about the war. Should all of these changes become permanent, the U.S. will no longer have any tools available to communicate with the Russian public or counter Russian propaganda, either inside Russia or around the world.

The result? Putin, who might otherwise have been running into real trouble right now, in his third year of an unsucceesful and costly conflict, has been encouraged and inspired to keep going. Trump has given him and his war a new lease on life.

Add all of these things together, and they are something more than just a pattern. They are a set of incentives that help persuade Putin to keep fighting. Sanctions are disappearing, weapons are diminishing, counterpropaganda is harder to hear. All of that will encourage Putin to go further—not just to try to defeat Ukraine but to divide Europe, mortally damage NATO, and reduce the power and influence of the United States around the world.

I am no longer interested in speculating about why Trump is helping Putin. But I will continue to demonstrate, over and over again, that he does.

===========

When in the course of human events… (July 4th, 1776)

I re-read the Declaration of Independence a few weeks ago, just to remind myself of what it contains. If you are lucky enough to live in an American town or neighborhood that stages annual readings on the 4th of July, then pay close attention this year. If you don’t, then read it yourself. (Check out the National Archives website, which has a transcription as well as photographs of the original). In essence, the Declaration was a list of things the colonists hated about the King. Here are a few which now sound familiar once again.

He has kept among us, in times of peace, Standing Armies without the Consent of our legislatures (and now Trump plans, in times of peace, to create a massive, heavily armed ICE army)

He has affected to render the Military independent of and superior to the Civil power (as when Trump moblized the marines against the will of the government of California)

For cutting off our Trade with all parts of the world ( aren’t tariffs the same thing?)

For transporting us beyond Seas to be tried for pretended offences (reminds me of the deportation of people to El Salvador)

He has erected a multitude of New Offices, and sent hither swarms of Officers to harrass our people, and eat out their substance (The Trump administration has also taken over budgets and government programs without consent of the legislature)

We didn’t want a king in 1776 - will we tolerate one now?

Russia hammers Kyiv in largest missile and drone barrage since war in Ukraine began (AP News)

 Vai sair alguma nota do Itamaraty a este respeito?


"Russia hammers Kyiv in largest missile and drone barrage since war in Ukraine began - AP News
Russia launched 550 drones and missiles across Ukraine overnight in the largest aerial assaults since the war began."
https://apnews.com/article/ukraine-russia-war-attack-missile-drone-58bc08ddcf1038fb409999c56b11e9fa

Acho que não. Alguém aposta nessa possibilidade?
Paulo Roberto de Almeida

Parece que o Itamaraty não está suficientemente informado sobre o que está acontecendo na Ucrânia. Nem precisa de embaixadores para informar. Basta dar uma olhada nas notícias, como as que eu recebo diariamente. Fica mais fácil fazer notas a partir das notícias fiáveis das principais agências.

Ukraine war
Google Daily update ⋅ July 4, 2025
NEWS

Russia hammers Kyiv in largest missile and drone barrage since war in Ukraine began - AP News
Russia launched 550 drones and missiles across Ukraine overnight in the largest aerial assaults since the war began. The capital Kyiv was the ...

Russia-Ukraine war: List of key events, day 1226 | News - Al Jazeera
Fighting · Russia launched 539 drones and 11 ballistic and cruise missiles at Ukraine overnight in the largest aerial attack since the war began, ...

Ukraine war briefing: Trump says he 'didn't make any progress' with Putin after call - The Guardian
Russia launches drone attack on Kyiv hours after presidents' phone call; US company Techmet to bid in first pilot project of US-Ukraine minerals ...

Russia hits Ukraine with biggest overnight attack of war - as Trump says he's disappointed in Putin - Sky News
Ukraine war latest: Russia hits Ukraine with biggest overnight attack of war - as Trump says he's disappointed in Putin. Ukraine's air force says ...

Deputy head of Russian navy killed by Ukraine in Kursk, Moscow says - Al Jazeera
Mikhail Gudkov, 42, is one of the most senior Russian commanders to have died in the war.

Russia 'will not back down' on Ukraine war goals, Putin tells Trump - Al Jazeera
Russia 'will not back down' on Ukraine war goals, Putin tells Trump. Russian president says future talks need to be between Kyiv and Moscow amid signs ...

Russian use of chemical weapons against Ukraine 'widespread', Dutch defence minister says - Reuters
The Dutch intelligence findings on alleged Russian use of chloropicrin, a banned warfare agent first used by Germany during World War One, ...

Is This The Summer That Russia Breaks Ukraine? (Not Likely) - RFE/RL
That is well in excess of all casualties suffered by Russia and the Soviet Union in all the conflicts since World War II combined. The summer ...

Russia expanding chemical weapons use in Ukraine, say European spy agencies - Al Jazeera
A Ukrainian air force official told local media it is the biggest of the war so far, with Moscow firing 539 drones and 11 missiles overnight. The ...

Trump says call with Putin yielded no progress on a Russia-Ukraine ceasefire - NBC News
The president repeatedly said on the campaign trail that he would bring an end to the war during the first 24 hours of his second term.

Comment archive - Peace Research Institute Oslo (PRIO)
Peace Research Institute Oslo (PRIO)
Ukraine War Beyond the COVID Curve Research Politics Peace Research Nobel Peace Prize Climate & Conflict PRIO Stories

Russia-Ukraine War: Kherson Hospital Damaged, Loud Explosions Heard

Russia-Ukraine War: Kherson Hospital Damaged, Loud Explosions Heard | Subscribe to Firstpost | N18G Russia-Ukraine War: At least two people were ...


Ser neutro em face de um crime representa ser conivente com o criminoso - Rui Barbosa, lembrado por Paulo Roberto de Almeida

Esta postagem foi objeto de dezenas de visualizações, por isso esta nova divulgação. A lição de Rui Barbosa perdura, pela sua sensatez elementar.

Ser neutro em face de um crime representa ser conivente com o criminoso

O Brasil de Lula (como antes o governo Bolsonaro) afirma ser neutro na questão da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia.

Rui Barbosa, em 1916, já tinha chamado a atenção sobre a impossibilidade da neutralidade, ou “imparcialidade”, em face de uma grave transgressão do Direito, a propósito da invasão da Bélgica neutra invadida pelo Reich alemão na Grande Guerra (desde 1914). Ele disse que não se pode ser “neutro” em face de uma clara transgressão ao Direito Internacional.

Um ano depois o Brasil deixou de ser neutro na Grande Guerra, rompeu relações com as potências centrais e ingressou na guerra do lado dos agredidos.

Lula precisaria reler Rui Barbosa, ou alguém ler para ele.

Paulo Roberto de Almeida”

Airton Dirceu Lemmertz: um atento seguidor deste blog Diplomatizzando

 Airton Dirceu Lemmertz segue sistematicamente meu blog Diplomatizzando e muito frequentemente reproduz algumas das postagens ali efetuadas, como estas três, por exemplo:

Quem se movimenta, ao fim e ao cabo, não é o povo pobre; e sim as classes médias, que possuem meios de pressão.

https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/07/aprofundando-o-debate-atual-sobre-os.html

Lula precisa reler Rui Barbosa - ou alguém ler para ele.

https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/07/ser-neutro-em-face-de-um-crime.html

"Presidente do Brasil está perdendo influência no exterior e é impopular em casa". (The Economist):

https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/07/brazils-president-is-losing-clout.html 

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...