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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Decadencia da universidade: a USP merece estar entre as 1000 primeiras? Talvez depois das 10.000...

Com gente como essa "philosopha" do PT, acho que a universidade, que já está em decadência vertiginosa, vai afundar mais rapidamente...
Como é possível ocorrerem coisas como essas?
Que essa fulana seja uma completa débil mental a gente já sabia. Não surpreende ninguém.
Mas que a malta de estudantes seja idiota a ponto de aplaudi-la -- aliás quem foi o idiota que a convidou para 'aula magna" (sic) -- já é algo preocupante.
Isso apenas revela a que nível baixíssimo a USP, e boa parte da classe B, conseguiu descer...
Paulo Roberto de Almeida 

“É um crime o currículo Lattes”, diz Marilena Chauí
Pensador Anônimo, 22 de agosto de 2014

Esquema de transição conduzido pela oligarquia resultou na escolha de um“tirano”, diz Ciro Correia ao abrir os trabalhos

A universidade brasileira submeteu-se à ideologia neoliberal da sociedade de mercado, ou “sociedade administrada” (Escola de Frankfurt), que transforma direitos sociais, inclusive educação, em serviços; concebe a universidade como prestadora de serviços; e confere à autonomia universitária o sentido de gerenciamento empresarial da instituição.

Em repetidas manifestações, o reitor da USP revela seu “lugar de fala”, sua afinação com esse ideário, ao recorrer ao vocabulário neoliberal utilizado para pensar o trabalho universitário, que inclui expressões como “qualidade universitária” (definida como competência e excelência e medida pela “produtividade”) e “avaliação universitária”. Foi o que sustentou a professora Marilena Chauí ao proferir sua Aula Magna sobre o tema “Contra a Universidade Operacional”, em 8/8, que lotou com centenas de pessoas o auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP).

Nesse contexto, a USP, como suas congêneres, transformou-se numa “fábrica de produzir diplomas, teses”, tendo como parâmetros os critérios da produtividade: quantidade, tempo, custo. “Esse horror do currículo Lattes. É um crime o currículo Lattes! Porque ele não quer dizer nada. Eu me recuso a avaliar alguém pelo Lattes!”, disse Marilena. As frases fortes mereceram da plateia aplausos entusiasmados.

“Vejo as pessoas desesperadas porque perderam 7 ou ganharam 7 da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]. Não significa nada. ‘Quero ser 7 porque Porto Alegre é 7’. A gente incorporou a competição pelas organizações, pela eficácia”, destacou Marilena. Mais tarde, acrescentou: “Fuvest e Lattes são a prova da estupidez brasileira”.

“Tirano”

Antes da Aula Magna, o professor Ciro Correia, presidente da Adusp, fez um rápido discurso sobre a gravidade da crise em curso na USP. Ele chamou a atenção do auditório para “o ataque explícito da Reitoria e do governo estadual à concepção que sempre defendemos: de implantação e desenvolvimento de uma universidade democrática, pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada”.

Ciro disse que a administração da universidade “se sente à vontade para governar à revelia de qualquer preocupação com legitimar suas diretivas, ou sequer chancelá-las nas instâncias internas de deliberação, por mais inadequadas que sejam”, e criticou com dureza a oligarquia que controla a USP: “O processo que chegou a ser referido como ‘a rebelião dos diretores’, que conduziu ao esquema de transição nos marcos da reunião do Conselho Universitário de 1º de outubro de 2013, supostamente para nos salvar da perspectiva de continuidade da descontrolada gestão anterior, acabou por definir um amplo espectro de apoios para uma candidatura que, como todos podem constatar, nos outorgou antes um tirano do que um reitor”.

Por fim, o presidente da Adusp conclamou os presentes a se engajarem com determinação no movimento de greve, seja cobrando posições dos colegiados “quanto às ações ilegítimas e violentas da Reitoria, como no caso do inaceitável confisco dos salários decorrente dos cortes do ponto dos funcionários”, seja participando “da nossa caminhada do próximo dia 14 de agosto, no início da tarde, seguida de ato conjunto das universidades e do Centro Paula Souza diante do Palácio dos Bandeirantes”.

Fragmentação

Na sua exposição de uma hora, a professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) esmiuçou o processo por meio do qual a universidade pública brasileira vem sendo transformada e descaracterizada, desde os anos 1970, deixando de ser uma instituição social para tornar-se uma organização, isto é, “uma entidade isolada cujo sucesso e cuja eficácia se medem em termos da gestão de recursos e estratégias de desempenho e cuja articulação com as demais se dá por meio da competição”.

A “universidade operacional” corresponde à etapa atual desse processo, segundo Marilena. De acordo com ela, “a forma atual de capitalismo se caracteriza pela fragmentação de todas as esferas da vida social, partindo da fragmentação da produção, da dispersão espacial e temporal do trabalho, da destruição dos referenciais que balizavam a identidade de classe e as formas da luta de classes”. A passagem da universidade da condição de instituição social (pautada pela sociedade e por uma aspiração à universalidade) à de organização insere-se, diz Marilena, “nessa mudança geral da sociedade, sob os efeitos da nova forma do capital, e no Brasil ocorreu em três etapas sucessivas, também acompanhando as sucessivas mudanças do capital”.

Na primeira etapa (anos 1970, “milagre econômico”), a universidade tornou-se “funcional”, voltada para o mercado de trabalho, sendo “prêmio de consolação que a ditadura ofereceu à sua base de sustentação politico-ideológica, isto é, à classe média despojada de poder”; na segunda etapa (anos 1980), passou a ser “universidade de resultados”, com a introdução da ideia de parceria com as empresas privadas; a terceira etapa (anos 1990 aos dias de hoje), em que virou “universidade operacional”, marca o predomínio da forma organização, “regida por contratos de gestão, avaliada por índices de produtividade, calculada para ser flexível”, estruturada por estratégias e programas de eficácia organizacional e “por normas e padrões inteiramente alheios ao conhecimento e à formação intelectual”.

A tecnocracia associada a esse modelo, explicou, “é aquela prática que julga ser possível dirigir a universidade segundo as mesmas normas e os mesmos critérios com que se administra uma montadora ou um supermercado”. De modo que se administra “USP, Volks, Walmart, Vale do Rio Doce, tudo da mesma maneira, porque tudo se equivale”.

Metamorfose

“A metamorfose da universidade pública em organização tem sido o escopo principal do governo do Estado de São Paulo”, denunciou Marilena. Ela argumentou que a reforma do Estado adotada pelo governo FCH (1995-2002) e efetivada pelos governos estaduais do PSDB, particularmente o de São Paulo, pautaram-se pela articulação com o ideario neoliberal (Estado mínimo, privatização dos direitos sociais) e, no caso do ensino superior, realizaram a agenda de mudanças preconizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a reestruturação das universidades da América Latina e Caribe, em 1996, e baseada na redução das dotações orçamentárias públicas às instituições de ensino superior.

“Penso que a expressão perfeita dos desígnios do governo do Estado e do BID se encontra na carta enviada pelo reitor da USP aos docentes em 21 de julho de 2014”, afirmou a professora. “Sei que se tem debatido a falsidade dos números apresentados por ele, a manipulação. A carta me interessa pelo vocabulário que ele usa. Ele começa a carta se referindo a nós como o custeio. Somos o custeio, não somos o esteio da Universidade. A partir daí já está tudo dito. Ele não começa pelas obras que foram feitas sem necessidade, pelo esparramamento da USP pela cidade. Não. Ele começa por nós”, enfatizou.

“O reitor não está usando essa linguagem porque caiu de paraquedas no mundo e equivocadamente fala nessa linguagem. Ele tem uma concepção de universidade, uma concepção política, uma concepção do conhecimento, uma concepção do saber. Minha fala vai na direção de localizar o que é que tornou possivel a um reitor da USP dizer as coisas que ele diz”.

Ao longo da leitura do texto que preparou para a ocasião, Marilena fugiu do roteiro para fazer comentários bem-humorados e sarcásticos que provocavam gargalhadas ou fortes aplausos do auditório. “O PSDB é o filho revoltado do MDB. Eles estão aí há 30 anos! Eu quero alternância de governo”, disse, ao comentar conversa que manteve com um grupo de jovens.

A Aula Magna foi coordenada pelo professor João Zanetic (IF) e pela professora Priscila Figueiredo (FFLCH), que mediaram intervenções e perguntas de participantes à professora Marilena Chauí.

Eleicoes 2014: acidente do aviao de Eduardo Campos - um atentado?

As dúvidas não respondidas...

  • Très Belle
     - 
    25/8/2014 às 8:25 pm
    Você candidato Beto Albuquerque quer mesmo saber por que e como caiu o avião (avião caixa 2) em que estava o candidato Eduardo Campos??? Aqui você encontra duas possíveis respostas.

    http://aluizioamorim.blogspot.com.br/search?updated-max=2014-08-20T03:25:00-03:00&max-results=20
    =====+=============+===============
    José Ori Dolvin Dantas – Coronel do Exército
    Usei os seguintes argumentos para justificar que o acidente foi um atentado.
    1. Um jato executivo bimotor de porte médio fabricado em 2010 com 300 horas de voo é um avião novo!
    2. A aeronave estava com as inspeções gerais e periódicas previstas no programa de manutenção em dia.
    3. Equipado com sofisticados instrumentos de navegação que permitem pousos e decolagens em qualquer condição de tempo.
    4. Gravador de voz em pane?Difícil de engolir. Ou o CENIPA recebeu ordem para não divulgar o conteúdo do áudio ou o gravador foi danificadodurante o pernoite no pátio do aeroporto Santos Dumont.
    5. A voz do piloto no diálogo com a torre de controle e divulgada por uma emissora de TV logo após o acidente mostrava muita tranquilidadeda tripulação, apesar da chuva e da pouca visibilidade durante os procedimentos de aproximação.
    6. Há fortes indícios de duas explosões:
    - Uma na cabine ou nas turbinas, o que fez o avião despencar, e a outra, onde estavam os passageiros (motivo dos corpos totalmente esmigalhados). É tão evidente que houve esta explosão que não se achou sequer um pedaço de crânio para se comparar fichas odontológicas a qualquer arcada dentária. Somente com o exame de DNA foi possível identificar o que sobrou de cada corpo.
    7. Algumas considerações:
    - Se os pedaços da aeronave e partes significativas de corpos são encontrados em uma áreaextensa, pode-se afirmar que a explosão aconteceu ainda em voo. Foi o caso do atentado em 1988 ao Boeing 747 da PAN AMsobre a cidade escocesa de Lockerbie.
    - Se os pedaços da aeronave e partes significativas de corpossão encontrados concentrados em uma área, significa que a explosão aconteceu após a queda e foi ocasionada basicamente pelo combustível no momento do impacto com o chão.
    8. Neste acidente com o Cessna 560 XL, o que chama a atençãoé a evidente desintegração de toda a fuselagem e o despedaçamento completo de todos os corpos.
    A única forma de justificar um cenário como esse é um impacto frontal da aeronave com uma parede em pleno voo(o que não aconteceu) ou uma explosão ocasionada por um artefato explosivo durante o impacto com o chão.
    Vejam que o noticiário mostrou que, antes da aeronave bater no solo, ela tocou na quina da cobertura de um prédio. Possivelmente foi nesse momento que a turbina foi arrancada e arremessada como um míssil para dentro de um apartamento próximo. Com certeza essa colisão diminuiu ainda mais sua velocidade. Então, de forma nenhuma podemos justificar o fator velocidade como causa do esmigalhamento dos corpos e estilhaçamento de toda a fuselagem.No acidente da TAM em Congonhas foram encontrados centenas de corpos queimados ou carbonizados mas praticamente inteiros.
    9. Há indícios fortes de que as explosões aconteceram de dentro para fora da aeronave. Uma evidência comprovada é a porta desse ter sido encontrada longe do centro de gravidade do acidente.
    10. Dizer que acima de 8 “G” os corpos se desintegram é verdade, mas o avião estava subindo e manobrando. Caiu com velocidade muito aquém da velocidade cruzeiro.
    11. Neste voo estaria também a candidata Marina Silva. Acabaria qualquer possibilidade de haver o 2º turno e de o PT não vencer as próximas eleições. O tiro saiu pela culatra!
    12.Esta aeronave não foi guarnecida durante o seu pernoite nas instalações do Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro. O sabotador teve tempo mais que necessário para o seu intento.
    11. Aécio e Marina Silva que se cuidem! Celso Daniel e Toninho do PT que o digam…..
    .
    Atenciosamente,
    Cel.Dolvim( especialista em terrorismo e atentados terrorista )
    Curriculum Vitae
    Nome: Jose Ori Dolvim Dantas – Coronel do Exército especialista em terrorismo e atentados terrorista.
    Fone: (61) 8111-9064
    Resumo dos principais cursos realizados:
    Police Special Operations – SWAT- EUA;
    Dignitary Protection – SWAT – EUA;
    Chemical Agents Impact Munitions and Distraction Devices – SWAT – EUA;
    Technical Intelligence – National Intelligence Academy – EUA;
    Tolerância Zero – Universidade Metropolitana da Flórida – EUA;
    Defense Planning and Resourse Management – National Defense University – EUA;
    Avançado de Terrorismo e Contrainsurgência – National Defense University – EUA;
    Understanding Terrorism and Terrorism Threat – University of Maryland – EUA;
    International Human Rights Law: Prospects and Challenges – University of Duke – EUA;
    Introduction to Human Behavioral Genetics – University of Minnesota – EUA:
    Special Operations & Anti-terror Tactics – Israel;
    Operaciones Tacticas Avanzadas (contraterrorismo) – Espanha;
    Cours International de Criminologie – França;
    Criminologia sob a ótica psicanalítica – Brasil;
    Psicopedagogia (Especialização) – Como motivar a aprendizagem em instituições repressivas – Brasil;
    Psicologia Comportamental (Mestrado) – Interpretação do suspeito pela linguagem do corpo – Brasil;
    Logística de Transporte (Especialização) – Armazenamento, manuseio, transporte e distribuição de produtos perigosos – Brasil.
    Principais experiências profissionais:
    Planejamento, Coordenação e Segurança de Grandes Eventos.
    Palestrante em seminários (nível nacional e internacional).
    Assessor especial do Governador do Estado de Minas Gerais.
    Consultor de Segurança aos Estados de Alagoas, Paraíba, Bahia e Minas Gerais.
    Professor de graduação e pós-graduação da Unicesp/Promove.

Los hermanos se submetem aos camaradas chineses, bons capitalistas ortodoxos

Esta matéria é dedicada, se eu pudesse fazê-lo, a todos os companheiros que acham que a China é boa companheira.
Paulo Roberto de Almeida

Lunes 25 de agosto de 2014 | Publicado en edición impresa
Financiamiento
China exige que el país no esté en default para conceder un préstamo
Por Jorge Oviedo | LA NACION

El financiamiento que ofrece China para la construcción de dos represas en la Patagonia incluye cláusulas por las cuales la Argentina acepta volver a someterse a tribunales judiciales extranjeros y se compromete a no entrar en default y a tener una relación en "buenas condiciones" con el Fondo Monetario Internacional.
Según el acuerdo que firmó hace unos días el país con el gobierno de Xi Jinping, al que accedió La Nacion, la Argentina debe someterse a tribunales judiciales y de arbitraje extranjeros y se obliga al país a ser "un miembro en buenas condiciones del FMI" para lograr préstamos por US$ 4714 millones, necesarios para poder construir las represas Néstor Kirchner y Jorge Cepernic, ambas en la provincia de Santa Cruz.

En el convenio también hay cláusulas de "default cruzado". Es decir, si el gobierno argentino entra en default con otras deudas, también lo hace implícitamente con los chinos. Y si hay default con otros acreedores, China no presta.

Los contratos con China también parecen contener cláusulas que el Gobierno actualmente repudia en los casos contra los holdouts que se discuten en el tribunal neoyorquino de Thomas Griesa, como las de "aceleración" de los vencimientos de la deuda, que llevan a que si el país entra en default con un pago, el acreedor tiene derecho a pedir de inmediato el pago total del capital, aunque falten muchos años para su vencimiento.

De esta manera, el gobierno de Cristina Kirchner le terminó concediendo a la banca china jurisdicción extranjera, sometimiento a otros tribunales y todo lo que quiere quitarles a los holdouts con el proyecto de ley de pago soberano.

Al incluir la cláusula del "default cruzado", queda abierta la idea de que si no se alcanza una solución con los fondos buitre sería imposibles de ejecutar las obras de las represas, que para el Gobierno tienen un valor emblemático.

En cualquier caso, todos los condicionamientos deben ser informados formalmente al Congreso, porque es obligatorio que el gobierno argentino certifique a las autoridades de Pekín "que la ejecución del contrato le ha sido informada" al Parlamento.

Todas estas condiciones no son un secreto. Aparecen en los contratos firmados en julio por Cristina Kirchner y Xi Jinping, y que fueron publicados en el Boletín Oficial. Los contratos originales están en inglés, pero a diferencia de lo que ocurrió con los de modernización del Belgrano Cargas, se incluyó una traducción oficial al español.

CLÁUSULAS
Se trata del "Acuerdo de crédito para la Argentina a través del Ministerio de Economía como prestatario acordado por China Development Bank and Corporation of China and Bank of China". El total del contrato es por US$ 4714,35 millones.

Para que el país pueda comenzar a utilizar los fondos, primero deberá cumplir exigencias incluidas en el anexo 2 del contrato. Consiste en exhibir la copia certificada de los siguientes documentos:

A) Se apruebe la renuncia a inmunidad por parte de la Argentina y el sometimiento a los tribunales extranjeros y de arbitraje en los documentos del financiamiento según la ley argentina 11.672.

B) Se apruebe o autorice al jefe de Gabinete de la Argentina a aprobar los términos de los documentos del financiamiento (a excepción de la renuncia a la inmunidad y el sometimiento a tribunales extranjeros).".

Más adelante aparece la exigencia de un "dictamen del Banco Central de la República Argentina de acuerdo con el artículo 61° de la ley 24.156, el cual indica que el presente contrato no tiene impacto sobre la balanza de pagos de la Argentina".

Los contratos y documentos de los préstamos están exentos del impuesto a los sellos.

Pero si la Argentina tiene bonos en default o causas judiciales pendientes, parece imposible acceder a los préstamos.

En el anexo 1, en el artículo 7°, con el título de declaraciones, compromisos y casos de incumplimiento, luego de decir que no se espera que existan incumplimentos, se aclara que "ningún otro evento o circunstancia se encuentra pendiente que constituya (o que con previa notificación, o vencimiento del plazo o de cualquier otro modo constituiría) un incumpliento en virtud de cualquier otro acuerdo, obligación, contrato o instrumento ejecutado luego del 6 de enero de 2002 que obligue a la Argentina".

Pareciera así que cualquier default, por parcial que sea, sería un "default cruzado" e impediría usar los fondos de los chinos.

La idea de librarse de la jurisdicción de Nueva York recurriendo al gobierno de China parece que no les gusta ni siquiera a los propios chinos.

Más todavía, el Gobierno firmó que "Argentina es un miembro en buenas condiciones del FMI y del Banco Internacional para la Reconstrucción y el Desarrollo [el nombre formal del Banco Mundial] y es elegible para utilizar los recursos del FMI y puede retirar y utilizar los fondos que tiene disponibles en virtud del programa de financiamiento del FMI, y ese programa no ha sido cancelado o suspendido".

Los chinos se cuidan de todo. El Ministerio de Economía "deberá inmediatamente" informar, con un máximo de cinco días hábiles luego de que sepa o sea notificado, "de cualquier litigio, demanda, investigación, arbitraje u otro proceso legal o controversia pendiente o, a su conocimiento, inminente, que involucre o afecte a cualquier deudor (oficina del Gobierno) o Argentina".

Entre ellos se citan los que "se relacionan con algunos de los endeudamientos del Club de París, los holdouts de la deuda soberana en cesación de pagos o cualquier demanda en el contexto de los tratados de inversión bilateral".

Por si fuera poco, como en los contratos con los trenes, en caso de diferencias éstas se dirimirán en París, en un arbitraje que se planteará en la Cámara de Comercio Internacional. Todo será en inglés.

LAS EXIGENCIAS CHINAS
Las cláusulas más controvertidas del acuerdo

·         La Argentina renuncia a su inmunidad y acepta el sometimiento a tribunales extranjeros para juicios y para arbitrajes.

·         Para avanzar con el acuerdo con el gobierno chino, el país además se obliga a no tener ningún incumplimiento en materia de deudas soberanas.

·         El Gobierno también se compromete a ser un "miembro en buenas condiciones del FMI".

·         La Argentina deberá "inmediatamente" informar, con un máximo de cinco días hábiles "de cualquier litigio, demanda, investigación o arbitraje" que afecte al país.

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Del editor: qué significa. Las cláusulas del acuerdo con China revelan que el salvavidas financiero que el Gobierno esperaba por esa vía podría no llegar.

Eleicoes 2014: a anti-politica de Reinaldo Azevedo (2): meus comentarios

Esta postagem tem o objetivo precípuo de comentar, ou de responder, se assim é o caso, à postura do jornalista Reinaldo Azevedo, tal como transcrita aqui nesta postagem precedente:

http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/eleicoes-2014-anti-politica-de-reinaldo.html

Creio que não disse tudo o que penso, pois me ative tão somente a suas palavras, devidamente reproduzidas seletivamente aqui abaixo. Pretendo voltar ao assunto assim que possível.
Paulo Roberto de Almeida


Eleições 2014: contra a anti-política
Comentários a postagem de Reinaldo Azevedo

Paulo Roberto de Almeida

Tenho por hábito debater ideias, não pessoas, mas as ideias só aparecem quando emitidas por alguma pessoa, não é verdade? Sobretudo quando as pessoas são influentes, suas ideias acabam tendo um impacto maior do que a simples emissão de ideias contrárias por algum opositor menos conhecido daquelas ideias, como este que escreve estas linhas. Não importa, consoante meu hábito, vou expressar o que penso a respeito de uma opinião emitida pelo conhecido jornalista Reinaldo Azevedo, nesta postagem: Por que jamais votaria em Marina Silva — nem que ela viesse a disputar o segundo turno com Dilma. Ou: Voo cego de um avião sem dono -  Reinaldo Azevedo | VEJA.com
Como é meu hábito, destaco as frases que me parecem carecer de rigor analítico, ou que contradizem as próprias posturas do analista, e acrescento meus comentários logo em seguida. Desculpo-me, em todo caso, com os poucos leitores deste blog, em especial com aqueles que o frequentam para temas de relações internacionais e de política externa do Brasil, por afastar-me, uma vez mais, do interesse central do blog. É que antes de ser um diplomata, ou um estudioso desses temas, sou um cidadão consciente do que está em jogo na política brasileira, que interessa a todos, direta e indiretamente, e que nos afeta a todos. Minhas preocupações não têm absolutamente nada a ver com meu trabalho profissional ou acadêmico, mas elas têm tudo a ver com os destinos do Brasil.

RA: “Também é impossível [votar nos petistas]. Os petistas me incluíram numa lista negra de jornalistas.”
PRA: Não se deve tomar questões políticas em bases pessoais, mas o fato descrito apenas corrobora, na prática, uma das impossibilidades de se votar nos petistas. Eles são inerentemente, geneticamente, totalitários. Portanto, estão descartados absolutamente, e fim de papo.

RA: “Mas, reitero, nem tudo o que não é PT me serve — e Marina não me serve.”
PRA: Pode ser, mas em política existem poucos absolutos e nem sempre se pode seguir a lógica. Em todo caso, já que a recusa aparece num par, nem um, nem outro, então é preciso examinar as razões para recusar um e outro, e ver se, entre os dois – já que fatalmente um dos dois candidatos assumirá o cargo – haveria um mal menor. Minha posição é aqui de pura “economia” de meios: a economia é a arte de tentar fazer o máximo com o mínimo, ou seja, de atender desejos infinitos com meios finitos. Só posso compreender a postura de Reinaldo Azevedo se nenhuma das duas possibilidades consegue atender qualquer critério de governança.

RA: “Marina Silva não é candidata a presidente da República, mas a papisa de uma seita herética — e suas heresias são praticadas contra a democracia representativa.”
PRA: Isso é absolutamente ridículo, e se trata apenas de uma figura de estilo do jornalista. O que quer que pense Marina, ela está obrigada a seguir as regras da legislação eleitoral: se for eleita, tomará posse e governará com as instituições que existem. Se tentar dar golpe branco, ou contornar a Constituição, pode ser objeto de um processo político e ser impedida, como aliás já foi feito com um presidente.

RA: “Marina... pretende governar com o apoio de Lula e de FHC. Ninguém... perguntou — e não sei se vão perguntar — por que não se fez antes se é tão fácil.”
PRA: Se trata de uma pretensão; se vai conseguir ou não é outra questão. Mas é uma pretensão tão legítima quanto governar apenas com a extrema esquerda e a extrema direita. Qual é o problema? O Congresso dirá o que é ou não possível na governança da presidente Marina. De todo modo, ela aparece na política justamente para se colocar numa posição independente, mas não oposta absolutamente, ao PT e ao PSDB, razão pela qual acena com esse duplo apoio (que pode até vir, dependendo do oportunismo de cada um desses caciques). Ninguém está dizendo que é fácil ou que será possível, mas essa é a pretensão. Se formos verificar, PT e PSDB são dois irmãos siameses na política brasileira, ambos objetivamente socialdemocratas, embora não sejam nem um pouco siameses organicamente. O PT é um partido neobolchevique e, tendencialmente ao menos, totalitário, em espírito e métodos, além de ser intrinsecamente corrupto, não no sentido em que são corruptos os demais representantes da classe política, inclusive o PSDB, mas no sentido de ser uma associação mafiosa e orgulhosa de sê-lo.
A história política brasileira teria sido muito diferente se os dois siameses políticos tivessem se unido num programa reformista de esquerda, como foram outros socialdemocratas ao redor do mundo. Por que não fizeram? Por razões basicamente da personalidade dos líderes do PT, dois especificamente, por obsessões psicológicas e patológicas de um e outro, não por oposição das lideranças do PSDB. Ambos, em consequência, tiveram de governar com o que há de pior na política brasileira, à direita e à esquerda, embora eu considere o PT, igualmente, uma coisa muito ruim. Mas, não se faz história e políticas com hipóteses, e sim com fatos. O fato é que os dois siameses ficaram inimigos – mas por culpa apenas de dois mentecaptos do PT – e a história é essa que temos pelos últimos vinte anos.
A Marina vai realizar o milagre de uni-los? Provavelmente não, mas ela poderá, se eleita tenta dialogar com as duas forças, e terá de ser obrigada a isso, quer ela queira ou não. Este é um fato, embora eu esteja antecipando. O jornalista Reinaldo Azevedo antecipa o contrário, mas não explicitou suas razões de descrença.

RA: “Imaginar que PT e PSDB possam estar juntos num governo implica ignorar, logo de cara, o fato de que esses partidos têm vocações e fundamentos que são inconciliáveis. Se o ideário, hoje, dos tucanos é um tanto nebuloso aqui e ali — especialmente na área de valores —, os do PT são muito claros.”
PRA: Concordo na teoria, discordo completamente na prática. Nem o PSDB consegue socialdemocrata como gostaria, pois é obrigado a trabalhar com a direita, por um lado, e tem a oposição da esquerda, por outro, nem o PT consegue implementar a sua agenda bolchevique celerada no Brasil, a não ser marginalmente, pois a sociedade brasileira não aceita seus métodos e seus pendores totalitários. Na prática, portanto, os dois acabam fazendo uma socialdemocracia incompleta, no caso do PSDB, ou deformada, no caso do PT, pois não conseguem chegar ao final de seus propósitos ou vocações. Impressiona-me o fato de que Reinaldo Azevedo, tão fino analista da política brasileira, não consiga ver isto.

RA: “Estou fora.
Não caio nessa, sob pretexto nenhum — nem mesmo ‘para tirar o PT de lá’. Na democracia, voto útil é voto inútil. Se Deus me submetesse à provação — espero que não aconteça — de ter de escolher entre Dilma e Marina, escolheria gloriosamente ‘nenhuma’!”
PRA: Estamos aqui no cerne da questão, e RA decepciona mais uma vez, pela sua falta de lógica e de raciocínio. Vamos um desses exercícios de lógica elementar:
Premissa 1: A candidata A, ou D, é um desastre completo, assegurado.
Premissa 2: A candidata B, ou M, pode ser um desastre, não sei se completo ou incompleto, mas é uma possibilidade, não uma certeza.
Conclusão: Vamos tentar barrar a candidata A.

Esta é a maneira que eu penso. Diferente, portanto, de RA, que parece pensar:
Premissa 1: A candidata A, ou D, é um desastre completo, assegurado.
Premissa 2: A candidata B, ou M, também é, e isto transparece de suas falas.
Conclusão: Estou fora, portanto, e seja o que Deus quiser.

Como se vê, trata-se não de um exercício de política, mas de anti-política, com base não num julgamento ponderado dos processos e dos condicionantes da política brasileira, mas com base numa avaliação pessoal, subjetiva, da mentalidade de um dos atores, fiando-se nas suas palavras para tirar conclusões definitivas. Isso é política?

RA: “...eu, que sou um partidário da democracia representativa e das instituições democráticas, deixarei claro, nessa hipótese, que estarei sem candidato no segundo turno. Mas torço e até rezo para que o Brasil seja poupado.”
PRA: RA consegue retroceder ao período anterior a Maquiavel, não o anjo torto da política, mas o fino analista da política florentina, ou melhor, o homem que queria salvar a Itália dos bárbaros invasores e que, mesmo sendo um republicana humanista, aceitava até um tirano eventual, desde que fosse para assegurar ordem e concórdia, como ele dizia. Ou seja, entre dois males, ele escolhia aquele que garantisse o funcionamento normal da pátria, não a anarquia e a desordem.
Ora, o que temos hoje, assegurado? Anarquia e desordem, tudo o que RA despreza e abomina, e eu também. Marina seria essa tirana salvadora? Longe disso. Ela apenas permitiria tirar os bárbaros que já estão entre nós, e que ocupam o poder desde doze anos, e que pretendem continuar mais alguns anos, para implementar todas aquelas vocações e propósitos que RA abomina. Marina faria o mesmo que estão fazendo os bárbaros? Dificilmente, até porque não dispõe de uma associação para delinquir, o que é o caso dos bárbaros atuais, e que precisará governar com uma composição de pequenos e grandes conselheiros do príncipe, talvez até alguns bárbaros, mas não será a mesma associação que pretendem manter o monopólio do poder.
Seria muito difícil a RA deixar os seus fantasmas de lado e fazer uma análise de custo-benefício político, como Maquiavel o faria? Seria ele o anti-Maquiavel ingênuo?

RA: “Marina Silva? Não! Muito obrigado! Não quero! “Ah, mas ela pode ser eleita e fazer um grande governo…” É, tudo pode acontecer. Não tenho bola de cristal. Quando voto, levo em conta o passado dos candidatos, suas utopias, suas prefigurações, sua visão de mundo, o apreço que têm pela democracia, a factibilidade de suas propostas.”
PRA: RA parece aqui repetir uma famosa tirada que inventaram a propósito de Jânio Quadros, provavelmente mentirosa, mas interessante. Jânio, essa Marina Silva avant la lettre – mas que falava melhor e se fazia entender, nos seus propósitos simples de varrer a corrupção da política, ainda que fosse um louco completo – teria dito uma vez: “Fi-lo porque qui-lo!” É o que está dizendo RA: não gosto, não quero, não vou, estou fora! Isso é política? Sinto muito, mas é uma renúncia inaceitável da política, inclusive porque não é tomada em bases morais – dessas que tem certos objetores de consciência que não querem, não participar de uma guerra, mas de entrar no exército – mas em bases puramente individuais e subjetivas. Ele já chegou à conclusão, por todas as evidências que a candidata não se cansa de confirmar, de que ela é um desastre – o que pode ter o assentimento de muitos – e aí ele, não recomenda mas, adota a postura de se eximir desse cenário sujo e desagradável que é a política real.

RA: “Os idiotas que acham que sou antipetista a ponto de votar até num sapo se o PT estiver do outro lado nunca entenderam direito o que penso. Em dilemas que são de natureza moral, não havendo o ótimo, a obrigação é escolher o caminho menos danoso. Na democracia, felizmente, temos a possibilidade de recusar o ruim e o pior.”
PRA: RA não deixa entender exatamente o que pensa, apenas suspeitamos que ele seja contra uma e outra. Não creio que o dilema seja moral, pois o que está em jogo é apenas a governança do Brasil, que poderá continuar nas mãos dos neobolcheviques – que se esforçarão, mas não conseguirão perpetrar todas as suas maldades – ou poderá passar para as mãos de uma iluminada, que entende pouco da máquina do governo, não dispõe de uma associação para delinquir atrás de si, e poderá demonstrar toda a sua incompetência escolhendo os conselheiros e determinando as políticas que sua pouca preparação lhe permitir. Repito RA: “não havendo o ótimo, a obrigação é escolher o caminho menos danoso.” De acordo, mas RA não está escolhendo isso, e sim lavando as mãos, como Pôncio Pilatos; ele até poderá passar para a história, como o homem que anteviu todos os desastres e foi “sábio” o bastante para não escolher nenhum dos dois caminhos. Pena que a história não é escrita por antecipação, e sim como resultado das ações dos homens, e mulheres, dentro de circunstâncias determinadas, um pouco como escreveu o Marx da introdução ao 18 Brumário, que nisso conseguiu ser um pouco maquiavélico. Ou seja, existem a fortuna e a virtù. Na ausência da segunda, confiamos na primeira, esperando que a conjunção dos homens de bem consiga superar a ausência das virtudes, e contornar os defeitos, dos condottieri que inevitavelmente estarão à frente da República.
Maquiavel não se eximiu. Mesmo no exílio da política prática, ele continuou a pensar, e a oferecer suas receitas de política prática que encontrava necessárias para salvar a Itália do desastre. RA não nos convida a isso; ele está dizendo a Maquiavel que ele pode ficar na solidão da sua casa, lendo seus livros, sem se envolver. Ou então, quando Maquiavel vai à taverna, ele o aconselharia a dizer a seus companheiros de vinho que não escolham nada, que não façam nada, que deixem o rio caudaloso invadir as propriedades e arrastar as pessoas. Ele vai esperar que o rio passe...
Para mim, isso não é política, mas apenas anti-política.

Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 25 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: a anti-politica de Reinaldo Azevedo (1): postando o postado (voltarei...)

Transcrevo abaixo postagem do conhecido jornalista e polemista político Reinaldo Azevedo, desta segunda-feira 25 de agosto (dia do soldado, e da renúncia de Jânio Quadros, para relembrar), dizendo que não votará em Marina Silva de jeito nenhum, se por acaso ela chegar ao segundo turno. Como ele também não vota de jeito nenhum nos petistas, a sua opção é pela: (a) abstenção; (b) voto nulo; (c) voto em branco.
Em qualquer das três hipóteses ele está se eximindo de uma escolha entre os candidatos possíveis no segundo turno, e recusando qualquer um dos dois, no caso provável das duas, presidentes. Ele não terá candidato e não se sentirá representado, portanto.
Como escrevi no título desta postagem, considero isso uma anti-política, e vou dedicar uma segunda postagem para explicar porque eu considero que esse jornalista está sendo contraditório com suas próprias posições, e está se colocando como um juiz de uma disputa, quando ele é apenas um eleitor a mais, dentre os 140 milhões que podem legalmente votar. Ele está se colocando como juiz moral de uma disputa, e como juiz diz que não pode decidir, o que seria virtualmente, ou totalmente impossível numa situação real de justiça: o juiz sempre tem de decidir por alguma solução: absolve, condena, ou no caso de um réu condenado por um juri, atribui a pena, segundo sua apreciação do caso, e SEGUNDO AS LEIS.
Reinaldo Azevedo está dizendo que as leis não lhe servem, e considero isso uma anti-política.
Mas, vou me explicar mais tarde, numa segunda postagem.
Por enquanto fiquem com a postura do jornalista.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 25/08/2014

Por que jamais votaria em Marina Silva — nem que ela viesse a disputar o segundo turno com Dilma. Ou: Voo cego de um avião sem dono
// Reinaldo Azevedo | VEJA.com

Jamais votaria em Marina Silva. Já expus aqui alguns dos meus motivos. E também na minha coluna de sexta na Folha. Vou avançar. Desde que me ocupo da política, como jornalista, meu esforço é para tirá-la do terreno da mitologia e trazê-la para o da razão — inclusive o da razão pratica. “Poderia votar em Dilma contra Marina, Reinaldo?” Também é impossível. Os petistas me incluíram numa lista negra de jornalistas. Eles querem a minha cabeça e, se pudessem, pediriam a meus patrões que me botassem na rua. Desconfio até que já tenha pedido — não sei. Mas não levaram. Não sou suicida. Não me ofereço àqueles que se pretendem meus feitores. Mas, reitero, nem tudo o que não é PT me serve — e Marina não me serve. Mais: acho que alguns de seus ditos “conselheiros” estão perdendo o juízo e querendo se comportar como os Catões da República. Já chego lá.

Os cardeais da papisa
Marina Silva não é candidata a presidente da República, mas a papisa de uma seita herética — e suas heresias são praticadas contra a democracia representativa. Ela não concede entrevistas. Seus cardeais falam por ela. À Folha, quem garantiu a independência do Banco Central foi Maria Alice Setúbal. Já expliquei e insisto: se o sócio de um grande banco viesse a fazer tal promessa como porta-voz do tucano Aécio Neves ou da petista Dilma Rousseff, nós, da imprensa, não perdoaríamos o deslize. Como se trata de Marina, parece evidência de sabedoria. Tenham paciência! Banqueiros não podem fazer política? Podem e devem. Mas convém não misturar carne com leite nessas coisas. E ponto.

Na Folha desta segunda, mais um cardeal do “marinismo”, Eduardo Giannetti, fala em nome de Marina. Também ele acena para os mercados com a independência do Banco Central, mas o centro de sua entrevista é outro: quer a conciliação política “dos bons”, entendem? Marina, diz ele, pretende governar com o apoio de Lula e de FHC. Ninguém lhe perguntou — e não sei se vão perguntar — por que não se fez antes se é tão fácil. A rigor, em todos os conflitos do mundo, dos mais amenos aos mais sangrentos, sempre se poderia fazer esta indagação: “Por que não, então, juntar os opostos, juntar os litigantes?”

Giannetti teve uma ideia que poderia, enfim, ter evitado todas as guerras, até a de Troia, como num poema de Mário Faustino: “Estava lá Aquiles, que abraçava/ Enfim Heitor, secreto personagem/ Do sonho que na tenda o torturava”. No seu mundo, como no do poema, Saul não briga com Davi, os seteiros não matam Sebastião, e o “Deus crucificado” beija uma segunda vez o enforcado (Judas). Pode ser literatura. Pode ser religião. Uma coisa é certa: política não é.

Há mais: Giannetti resolveu, em sua entrevista, todas as dificuldades e só ficou com as facilidades. Imaginar que PT e PSDB possam estar juntos num governo implica ignorar, logo de cara, o fato de que esses partidos têm vocações e fundamentos que são inconciliáveis. Se o ideário, hoje, dos tucanos é um tanto nebuloso aqui e ali — especialmente na área de valores —, os do PT são muito claros. Ora, ora, ora… Então Marina Silva, a Puríssima, não aceita nem mesmo subir no palanque com Geraldo Alckmin ou com Beto Richa — acordos feitos por Eduardo Campos —, mas aquele que se candidata a ser seu orientador intelectual (já que diz não querer cargo caso ela se eleja) sonha com um governo que possa unir… Aquiles e Heitor. Giannetti é uma pessoa lida, que tem experiência com as palavras. Uma tolice dita por ele parece de qualidade superior à dita por um petista tosco qualquer. Mas é apenas isto: uma tolice dita com charme.

O PMDB
E o homem vai adiante. O sonho de Giannetti — que não me parece muito distante, mutatis mutandis, de todos aqueles que sonharam com um Rei Filósofo, com um Déspota Filósofo… — é juntar os bons de um lado para isolar os maus de outro. Ele pega carona na fácil demonização do PMDB. Dá a entender que essa é a força que tem de ficar do outro lado da trincheira. Marina, então, seria eleita pelo PSB, com o apoio de FHC e Lula e outras almas superiores do Congresso, uma conspiração dos éticos se formaria e pronto! Tudo estaria resolvido. Tao fácil que a gente lamenta que tantos estúpidos não tenham pensado nisso antes, né?

É mesmo? Será que o PMDB, ao longo da história, tem sido só um problema? Então vamos ver. Marina Silva apoia o Decreto 8.243, aquele que nem é exatamente de Dilma, mas de Gilberto Carvalho. No horizonte da turma que defende esse lixo autoritário, está, inclusive, o controle da imprensa, sim, senhores!, por conselhos populares. Marina não vê mal nenhum nisso porque, afinal, já deixou claro, não dá bola para partidos ou para instâncias formais de representação. O PMDB pode não ser exatamente um convento de freiras dos pés descalços, mas lembro que o partido, em seu congresso, apoiou uma das mais claras e fortes resoluções contra qualquer forma de censura à imprensa. Sugerir que o PMDB atrapalha a democracia ou a torna ingovernável é mais do que um erro; é uma mentira.

O avião
Hoje é dia 25 de agosto. Eduardo Campos morreu no dia 13. Até agora, ninguém sabe a quem pertence o avião. Marina, que voou muitas vezes naquele jatinho e que herda, pois, os instrumentos aos quais recorreu o PSB para fazer campanha, se nega a falar do assunto, como se ele não lhe dissesse respeito. Diz, sim!

Quem se pronunciou foi Beto Albuquerque, candidato a vice. Curiosamente, cobra explicações da Polícia Federal. Como? Aquele que era um dos homens mais próximos do presidenciável morto está exigindo respostas em vez de dá-las? O PSB, vejam vocês, inventou o avião sem dono.

Marina, a mais ética entre os éticos, não aceita doação, no caixa um — o oficial e registrado — de empresas disso e daquilo, mas faz ares de santa da floresta quando se questiona a quem pertencia um jatinho que custava alguns milhões. É essa a “nova política” de que tanto se fala? Vamos ver o que vem por aí: candidaturas e mandatos já foram cassados por muito menos. Que se apure tudo, mas há um cheiro fortíssimo de caixa dois na campanha, não é mesmo?

Messianismo
Marina carrega nas tintas de uma espécie de messianismo pós-moderno, assim, meio holístico-maluco-beleza. A VEJA desta semana a traz na capa. A reportagem, qualquer um pode constatar, não lhe é nada hostil. A figura desenhada nas páginas chega a ser simpática. Um trecho, no entanto, chamou especialmente a minha atenção.

No dia 18, 30 membros da Rede se reuniram em São Paulo para discutir a morte de Campos. Debate político? Claro que não! Isso é coisa superada. Era um papo de outra natureza. Depois de cada um dizer o que sentia, eles se dividiram em trios para escrever palavras para confortar… Marina!!! É, gente… Na Rede — que Giannetti quer ver no governo com o apoio de Lula e FHC —, não existem vitoriosos e derrotados quando se debate uma ideia. Há um troço chamado “consenso progressivo”. A exemplo do Cassino do Chacrinha, a reunião “só acaba quando termina” — e todos ganham. Em maio, para definir os dois porta-vozes da Rede, eles ficaram reunidos por 18 horas. Tinha de ser um homem e uma mulher para contemplar as diferenças de gênero… Tenham paciência!

Conheço gente que já frequentou esse círculo de iniciados. A coisa parece ser mesmo do balacobaco. Marina é o Pablo Capilé da floresta, e sua Rede lembra, em muitos aspectos, o tal grupo Fora do Eixo. As pessoas lhe dedicam um silêncio reverente e estão certas de que ela mantém mesmo uma certa comunicação com entes que não estão exatamente entre nós.

Estou fora
Não caio nessa, sob pretexto nenhum — nem mesmo “para tirar o PT de lá”. Na democracia, voto útil é voto inútil. Se Deus me submetesse à provação — espero que não aconteça — de ter de escolher entre Dilma e Marina, escolheria gloriosamente “nenhuma”! Se a turma do coquetel Molotov estava sem candidata e agora encontrou a sua, eu, que sou um partidário da democracia representativa e das instituições democráticas, deixarei claro, nessa hipótese, que estarei sem candidato no segundo turno. Mas torço e até rezo para que o Brasil seja poupado.

De resto, vou insistir numa questão: Marina Silva é governo no Acre há 16 anos. Seu marido deixou um cargo no secretariado de Tião Viana na semana passada. Mas a sua turma está lá, aboletada na gestão petista. Digam-me cá: quando Viana, seu aliado, começou a despachar haitianos para São Paulo, de uma maneira indigna, escandalosa, Marina disse exatamente o quê, além de nada? Qualquer bagre teria merecido dela mais atenção! Pareceu-me uma reação muito pouco caridosa a sua.

E não tenho como esquecer o fato de que, há menos de dois anos, Marina estava lutando por um Código Florestal que iria reduzir a área plantada no país. Como alternativa para seu desatino, ela tirava das dobras de seus numerosos xales um certo “ganho de produtividade” que compensaria a perda. Propunha isso, com o desassombro e a retórica caudalosa de sempre, como se o Brasil não tivesse hoje uma agricultura e uma pecuária entre as mais produtivas do mundo. Do mesmo modo, incentivou a crítica verdolengo-obscurantista a Belo Monte, num país que enfrenta escassez de energia.

Marina Silva? Não! Muito obrigado! Não quero! “Ah, mas ela pode ser eleita e fazer um grande governo…” É, tudo pode acontecer. Não tenho bola de cristal. Quando voto, levo em conta o passado dos candidatos, suas utopias, suas prefigurações, sua visão de mundo, o apreço que têm pela democracia, a factibilidade de suas propostas.

Se eu tivesse alguma dúvida — já não tinha —, ela teria se dissipado com a entrevista concedida por Giannetti nesta segunda: Marina quer governar com o apoio de FHC e Lula… Então tá! É até possível que os dois, por elegância ou sei lá o quê, venham a dizer que, se isso acontecer, tudo bem. Ocorre que o Brasil não é um país comandado por aqueles líderes de clãs do Afeganistão. O Brasil sofreu um bocado para ter uma democracia gerida por partidos e por instituições. Ainda não chegou a hora de sermos um Brasilstão, governado por uma santa rodeada de conselheiros de fino trato. Isso nada tem a ver com democracia. Isso é só mais um delírio de intelectuais, ainda e sempre os mais suscetíveis às tentações autoritárias.

Os idiotas que acham que sou antipetista a ponto de votar até num sapo se o PT estiver do outro lado nunca entenderam direito o que penso. Em dilemas que são de natureza moral, não havendo o ótimo, a obrigação é escolher o caminho menos danoso. Na democracia, felizmente, temos a possibilidade de recusar o ruim e o pior.

De todo modo, espero que a onda passe e que o destino do país não seja definido pelo cadáver de alguém que não havia se explicado o suficiente em vida. É isso.

#prontofalei

Texto publicado originalmente às 4h30

Adidos agricolas aguardam designacao (ou melhor: dinheiro)

A revista Veja se engana: não são diplomatas e não serão exatamente adidos, e sim assistentes técnicos na área de promoção comercial. E o assunto não deveria ser Itamaraty e sim Agricultura.
Se engana também sobre o motivo do não envio: simplesmente é falta de dinheiro.
Para ser totalmente verdadeiro, a realidade é esta aqui: O GOVERNO FEDERAL JÁ ESTÁ COMPLETAMENTE QUEBRADO, BROKEN, FALIDO, A BOUT DE SOUFFLE...
Paulo Roberto de Almeida 

Itamaraty

Dilma retarda envio de diplomatas ao exterior e atrapalha o agronegócio

Adidos agrícolas, que trabalham em embaixadas na interlocução entre exportadores brasileiros e compradores estrangeiros, esperam há dois meses a assinatura da presidente para iniciar trabalhos em seus respectivos postos

Luís Lima
Ritmo de negociação para ampliar exportações de proteína para a Rússia é prejudicado pela ausência de adido
Ritmo de negociação para ampliar exportações para a Rússia é prejudicado pela ausência de adido (Liane Neves/VEJA)
Os exportadores do agronegócio brasileiro contam, desde 2010, com uma turma de diplomatas para representar seus interesses nos principais mercados importadores: trata-se dos adidos agrícolas. O primeiro grupo, que partiu ainda durante o governo Lula, voltou ao Brasil em junho deste ano. Desde então, a segunda turma está pronta para assumir. O problema é que a presidente Dilma Rousseff, por razão desconhecida, não assinou o decreto autorizando a partida do grupo. E, segundo a Casa Civil, não há previsão de que autorize tão cedo. Isso significa que, no caso do aumento das exportações de carne brasileira para a Rússia, por exemplo, não há um diplomata do setor no posto de Moscou apto a conduzir as negociações.
Os novos adidos foram escolhidos pelo Ministério da Agricultura para ocupar sete representações diplomáticas brasileiras no exterior: em Buenos Aires, Bruxelas, Genebra, Moscou, Pretória, Tóquio e Washington. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil, o processo de nomeação ainda se encontra em tramitação e "não há previsão para a conclusão". A demora resultará na descontinuidade do trabalho dos primeiros adidos, segundo uma fonte do alto escalão da pasta. 
Um dos trabalhos mais importantes a ser executado por um adido no atual momento é a negociação com a Rússia sobre o aumento da exportação de carne brasileira. No início deste mês, Moscou impôs um embargo à importação de alimentos e produtos agrícolas da União Europeia e dos Estados Unidos, o que, segundo o ministro da Agricultura do país, Nicolai Fyodorov, poderia ser compensado, em partes, com um maior fornecimento de carne do Brasil. “Empresas como JBS e Marfrig estão de olho nesse mercado. E, num momento como este, não há um adido para facilitar a interlocução com o governo russo”, afirmou a fonte.
Para o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, o atraso pode prejudicar a costura de um acordo entre os dois países no âmbito do aumento das exportações. “Esta é uma oportunidade em que um adido deveria estar trabalhando 24 horas por dia na Rússia. O adido tem um papel fundamental na costura e no entendimento das negociações que envolvem o agronegócio. Eles recebem as demandas de empresas, do governo do Brasil e do país em que estão”, disse Rodrigues, que também é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro).
De acordo com outra fonte do Ministério da Agricultura, o progresso nas negociações com os Estados Unidos para a venda de carne suína e de abertura de mercado para a carne bovina in natura são outros pontos que já poderiam estar sendo trabalhados. “Além disso, temos a questão do acordo comercial entre o Mercosul e União Europeia. A falta de um adido que esteja na linha de frente na Europa prejudica a velocidade com que as decisões são tomadas”, disse.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou um encontro, em Brasília, para reunir os adidos agrícolas selecionados em 2010 e 2014. Durante o evento, Tatiana Palermo, superintendente de Relações Internacionais da entidade, ressaltou que os adidos são responsáveis, dentre outras atribuições, pelo início das negociações de protocolos fitossanitários.Sem eles, nós não podemos vender para o exterior, pois esses documentos são como ‘passaportes’ de nossos produtos agropecuários, que atestam a qualidade do serviço sanitário brasileiro”, explicou. 
Leia também:


Socialismo venezuelano: a melhor licao de economia que voce poderia ter, gratuitamente...

Eu sempre achei o finado ditador Hugo Chávez um excelente professor de economia.
E sempre disse que o manual dele, um pouco diferente dos text-books americanos de iniciação aos estudos de economia, não deveria chamar-se Economics 101, mas Economics 010, para sinalizar que todas as aulas do "Profesor Chávez" deveriam ser aprendidas pelo seu exato oposto.
É o que este articulista está mais ou menos dizendo...
Paulo Roberto de Almeida

The Venezuela Case Study In How Not To Help The Poor

Tim Worstall
Forbes, August 24, 2014
Venezuela under Chavez and now Maduro is an interesting case study in how not to go about trying to aid the poor. What they’ve done is interfered with market signals in an attempt to make certain items cheaper for the poor to purchase. The net effect has been that these same items are now unavailable to anyone at all. Unless they’re actually trying to run a cult of enforced consumer denial, something I rather doubt, their policies are therefore not having the desired effect. The interesting question is why?
I don’t, many people, don’t worry quite as much about inequality as do many on the left. That’s OK, be a boring world if we all thought the same. However I’m entirely willing to agree that trying to make life better for the poor is not an ignoble goal: it’s one I share actually, however much I might be fairly dry in how we go about doing so. But can we agree that a policy which creates a nationwide shortage of toilet paper, a policy intended originally to make toilet paper more affordable to the poor, is not a policy that has worked?
In fact, can we agree that the basic policies being followed in Venezuela simply don’t work at all?
The President of Venezuela, Nicolas Maduro, has announced plans for a major mandatory fingerprinting system to combat the increasingly dire food shortages and rampant smuggling afflicting the Latin American state.
He said the fingerprinting system would be similar to the one the country uses for voting and was intended to stop Venezuelans buying too much of a single item. Venezuelan authorities report up to 40 per cent of the goods the country subsidises for its domestic market are smuggled to Colombia and sold at higher prices.

Venezuela has been running short of basic goods like toilet paper, soap and cooking oil for over a year.
The basic goal was to reduce inequality in the country. Could be an admirable goal, certainly it’s not an ignoble one. It’s the method they used which was so catastrophic. They decided that the prices of certain goods should be fixed so that the poor could afford them. And price fixing has its problems.
If you fix the price below the market clearing price then immediately there will be a shortage of those goods. Simply because that market clearing price is, by definition, the one at which enough producers wish to produce and the same number of consumers wish to consume. So if you fix milk, toilet paper and cooking oil at lower than market prices demand for them rises, supply shrinks and you get shortages. This isn’t a conspiracy, it’s not greed and it’s not even the CIA: it’s just the basic effect of fixing prices below the market clearing ones. The same is true, in opposite, if you fix prices above market, as the European Union did with agricultural production. Fewer people want to eat the more expensive food and farmers everywhere squeeze the last calories possible out of their fields. You thus end up with lakes of milk and wine, mountains of butter and beef. As the EU did. Again this isn’t a conspiracy nor is it the CIA: it’s just that you’ve set prices above market clearing prices.
Of course, you can solve this by fixing prices at the market clearing prices: at which point why are you bothering?
All that followed inevitably followed from that first flawed decision. The smuggling over the border into Colombia (who wouldn’t smuggle petrol when it’s 10 cents a gallon in one country and $4 in the next?), the empty shelves, the refusal of producers to lose money at the newly mandated lower prices. They all stem from that first deluded decision to fix prices in the first place.
But say we still want to reduce inequality but now realise that price fixing isn’t the way to do it? What should we be doing?
That’s easy to answer: poverty is not having enough money. So, if you want to alleviate poverty give the poor some more money. Then they can go and buy that toilet paper, cooking oil, milk, at the price which someone is willing to produce it at.
The initial goal in Venezuela, let’s reduce inequality, was fair enough in itself if your political ideals run that way. It’s just that the methods they tried to use were nonsensically stupid. And it’s not as if they didn’t have fair warning. Food prices were low all over the Soviet bloc for most of the 20th century and Chavez’s best pal, Castro in Cuba, had used the same methods. And the Soviet bloc and Cuba were, were known to be and were visibly proven to be notably free of easily available food all the while they followed that policy.
If you want to make the poor less poor then give more money to the poor: don’t screw with the markets.

My latest book is “20 Economics Fallacies” At Amazon or Amazon UK.

A frase da semana: Mario Vargas Llosa sobre a liberdade

E, sobretudo, sobre a nossa responsabilidade, na terrível tragédia da Venezuela, que certos governos insistem em não ver, ou melhor, insistem em ficar do lado da ditadura...

Aqueles que chegaram à deprimente conclusão de que a política é uma atividade imunda, de medíocres e ladrões, e que é preciso, portanto, dar-lhe as costas, venham à Venezuela, onde ouvindo estes jovens, falando e aprendendo com eles, comprovarão que a ação política pode ser também nobre e altruísta, uma maneira de enfrentar a barbárie e derrotá-la, de trabalhar pela paz, convivência, justiça e liberdade, sem dar tiros nem detonar bombas, com razões e palavras, como fazem os filósofos e os poetas – criando a cada dia gestos, espetáculos, ideias, como fazem os artistas, que comovam e eduquem os outros e os embarquem num empreendimento libertário. Centenas de milhares, milhões de jovens venezuelanos estão dando nestes dias à América Latina e ao mundo inteiro um exemplo de que ninguém deve renunciar à esperança, de que um país, não importa quão profundo seja o abismo no qual a demagogia e a ideologia o precipitaram, sempre pode sair dessa armadilha e redimir-se.

Mario Vargas Llosa, em visita à Venezuela, em abril de 2014.

Grandes contribuicoes ao progresso da humanidade: uma serie em construcao...

 Creio que todos os candidatos devem ser respeitosos.
Seria uma pena se comentários maldosos interrompessem o gênio em pleno ato de criação, no processo de aperfeiçoamento de suas mais relevantes contribuições para o gênio da humanidade.
Não vamos cortar a criatividade e a inventividade tão natural, que seria difícil restabelecer depois: é preciso sobretudo respeitar os instintos básicos do personagem...
Paulo Roberto de Almeida

Se hoje é o dia das crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia  dos animais, sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás.

Eu   ontem disse pro presidente Obama que era claro que   ele  sabia que depois que a pasta de dente sai do   dentifrício ela dificilmente  volta pra dentro do   dentifrício. Então que a gente tinha de levar isso   em  conta. E ele me disse, me respondeu que ele faria todo esforço político para que essa pasta de dente pelo menos   não ficasse solta por aí e voltasse uma  parte pra dentro do dentifrício.

A única área que eu acho, que vai exigir muita atenção  nossa, e aí   eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área  de… Na área… Eu diria assim, como uma espécie de   analogia com o que acontece na área agrícola.

A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio.”

Vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: ou você faz metrô, porque  o metrô… porque o metrô, segregar é o seguinte, não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de   trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT, que é um veículo leve sobre trilho. Ele vai por cima, ele para de estação em   estação,  não tem travessia e não tem sinal de trânsito, essa é a ideia do sistema de trilho.

A   Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia.

Tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da  República querem é ser presidente.

Eu vi. Você veja… Eu já vi, parei de ver. Voltei a ver e  acho que o Neymar e o Ganso têm essa capacidade de fazer a gente olhar.

Eu quero adentrar pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo.

Eu também vou falar… eu vou falar pouco. Vou explicar por quê: todo mundo, antes de mim, disse que ia falar pouco, não é? E aí, tinha uma senhora ali, na frente, que falou o que todos nós   estamos sentindo. Ela disse assim: “Eu estou com fome”. E   eu vou levar em consideração ela, que falou uma coisa que todo mundo está pensando, mas não está falando.

A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.

Em Portugal, o desemprego beira 20%. Ou seja, 1 em cada 4 portugueses estão desempregados.

 Primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido.

Em Vidas Secas está retratado todo problema da miséria, da pobreza, da saída das pessoas do Nordeste para o Brasil.

O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.

Eu quero, então, voltar aonde eu comecei. Eu vou falar agora que aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios, porque eu acho importante que cada um de vocês possam (sic) se identificar aqui dentro e, por isso… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não
 estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.


Eu sempre escuto os prefeitos. Por que é que eu escuto os prefeitos? Porque é lá que está a população do país, ninguém mora na União, ninguém mora… “Onde você mora?” “Ah, eu moro no Federal...

A seguir (certamente...)

Mafiosos em suas negociacoes mafiosas, como todas as boas quadrilhas do cinema...

Aparece prova dos R$ 6 milhões pagos por Marcos Valério ao empresário que chantageava Lula

Políbtio Braga, 23/08/2014
Ao lado, os fantasmas que assombram Lula. O maior deles é o que menos aparece na foto. 


CLIQUE AQUI para ler acusação de Marcos Valério ao MPF. O operador do Mensalão disse ter pago R$ 6 milhões ao empresário de ônibus Ronan Maria Pinto para que ele parasse de chantagear Lula. O contrato encontrato esta semana pela PF, comprova que Valério falou a verdade.
O jornal “O Estado de S. Paulo” deste sábado informa que agentes localizaram esta semana um contrato de empréstimo, no valor de R$ 6 milhões, entre a 2 S Participações Ltda, de Marcos Valério, o operador da quadrilha petista do Mensalão, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto, o empresário de ônibus de Santo André acusado de ter ajudado a mandar matar o ex-prefeito Celso Daniel. O contrato estava com a contadora do doleiro Alberto Youssef, sócio oculto do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Costa, o Paulinho, amigo pessoal de Lula, preso no Paraná e neste momento fazendo delação premiada. 
. Os R$ 6 milhões são valor exato do total que Marcos Valério pagou a Ronan para cobrir chantagem que ele vinha fazendo contra Lula, ameaçando contar o que sabe sobre o assassinato de Celso Daniel. 
. O contrato foi assinado em outubro de 2004 e com as inscrições “Enivaldo” e “confidencial” feitas a mão. Enivaldo, supostamente, seria Enivaldo Quadrado, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef. 
 Em dezembro de 2012, Ronan Maria Pinto disse jamais ter se encontrado com Marcos Valério e que não conhecia pessoalmente o operador do esquema do mensalão, em resposta ao depoimento dado por Valério ao Ministério Público Federal na época. Na ocasião, ele afirmou que o PT lhe pediu R$ 6 milhões para que Ronan parasse de chantagear o ex-presidente Lula, o então chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro José Dirceu. As chantagens teriam relação com a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002. (O Globo)

domingo, 24 de agosto de 2014

O Brasil como candidato a grande potencia? - Miguel Diaz e Paulo Roberto de Almeida

Em 2008 participei de um exercício intelectual convocado pela Stanley Foundation sobre os países emergentes, e acabei escrevendo um texto junto com um ex-especialista em assuntos latino-americanos do CSIS (Center for Strategic and International Studies, de Washington), cujo resultado acabei redescobrindo agora na internet, um pouco por acaso.
Devo dizer que não concordo com tudo o que figura no papel, e isso significa que não concordo com muita coisa, muita mesmo, mas esse é o preço de ter de fazer um paper já em colaboração, como estabelecido pela Fundação. Se eu tivesse escrito sozinho, o paper provavelmente seria bem mais crítico da situação do Brasil e bem menos otimista quanto às chances de ascensão ao primeiro time.
Conhecendo os companheiros, eu sabia (no começo de 2008), que eles meteriam os pés pelas mãos.
Alguma surpresa nisso?
Informo aqui o link, para os possíveis interssados:

Brazil’s Candidacy for Major Power Status
Miguel Diaz and Paulo Roberto Almeida
With a reaction by Georges Landau

O link para acesso é este: http://www.stanleyfoundation.org/powersandprinciples/BrazilCandidacyMPStatus.pdf