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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 1 de agosto de 2010

Sobre propostas idiotas e comentários perifericos: à falta de argumentos, atire no mensageiro...

Certos posts meus, pelo chocante dos temas ou pelo inusitado da minha linguagem, contundente ao ponto de parecer grosseira, chamam mais a atenção do que outros posts, o que é normal.
O que eu não acho normal é o fato de que as pessoas tenham de se esconder no anonimato para poder comentar sobre esses posts, como se elas tivessem medo de que eu vá agredi-las fisicamente, ou quem sabe fuzilá-las com alguma arma virtual.
Um espaço público como este chama naturalmente a controvérsias, e é natural que assim seja. Tanto não temo críticas a respeito de minhas posições que, nos casos mais relevantes, eu as retiro de sua semi-obscuridade em que elas repousariam, enquanto notas de rodapé que efetivamente são, para lhes trazer à luz de um novo post, ainda que seus autores se resguardem sob um confortável anonimato, que em outras circunstâncias poderia ser classificado como covardia, ou incapacidade de se expor para defender ideias proprias.
Digo isto a proposito do mesmo assunto, abordado em dois posts meus (ambos de sexta-feira, 30 de julho de 2010), como referido a seguir:

Como ser um(a) debiloide pos-doutoral, sem sequer perceber isso...

e

Novas consideracoes sobre a ignorancia letrada (a propósito de algumas ideias idiotas)

Pois bem, uma Anônima indignada escreveu o que segue:

Anônimo disse...
Prezado Paulo Roberto de Almeida, suas ponderações são pertinentes e até certo ponto inteligíveis, mas o seu grande problema é a falta de ética e o demérito ao trabalho da tal pós-doutora.
Ou talvez seja até uma certa inveja dela estar na ONU e você não.
Criticar é uma coisa ! Falta de ética é outra. Insultar e injuriar uma profissional como fez neste post não leva à acadêmia a pensar melhor, mas tão somente a uma produção intelecto-educacional nefanda para muitos jovens que aqui frequentam e que não precisam deste tipo de discurso.
Mas como o senhor já está em fim de carreira e frustrado por não pertencer a ONU, levaremos seu discurso como a materialização de uma pessoa idosa que já não sabe mais o que diz e que talvez já esteja até caducando.
Além disso, insisto estude DIREITO direito, para entender o âmago do conceito utilizado pela pós doutora, para após sim, crítica-la com embasamento científico e não COM ACHISMOS....
Muito triste de ver um profissional de sua estirpe acabar deste jeito...

OBS: Antes que inicie sua metralhadora cheia de mágoas, eu não me identifiquei para não ter que ser insultada como o faz quando tem suas idéias contrariadas, pois apesar de dizer que este blog é democrático, talvez esta seja a sua maior FALÁCIA...apenas por isso.


Retomo (PRA):
A Anônima em questão não parece ter lido a matéria com atenção, pois seu comentário permanece completamente alheio ao tema em debate.
Incapaz de rebater argumentos substantivos com outros argumentos substantivos, ela perpetra o mais comum dos atos típicos dos que se sentem carentes disso mesmo: atirar sobre o mensageiro, em lugar de discutir suas ideias.
A despeito de eu ter chamado a pós-doutora em questão de idiota, eu me dirigi sobretudo a seus argumentos em favor de um direito à "não-pobreza", como sendo especialmente nefasto ao futuro comum da humanidade.
A Anônima em questão não consegue discutir esse problema e se vinga ao acusar-me de falta de ética (!!!???). Como?, se eu fui aberto e totalmente transparente ao classificar as ideias de sua autora,e a própria, de idiotas?
Isso é sinceridade, e pode até ser chamado de agressividade, mas ética é outra coisa: seria falta de, se eu, por exemplo, atacasse essa autora de maneira anônima, como faz essa comentarista que não parece ter lido os materiais com atenção.
Nem a pós-doutora em questão está na ONU, como ela considera equivocadamente, nem eu jamais cogitei trabalhar num dinossauro perdulário, repleto de ideias malucas como essas expostas no post.
Só posso recomendar a Anônima em questão que leia com atenção os posts, para não sair por aí atirando no que pensa que viu e que não existe.
Também recomendo que estude um pouco de economia, para não incorrer nas mesmas bobagens que a "onusiana" que ela vislumbrou equivocadamente.
Bons argumentos independem de idade, posição social, condição profissional, status acadêmico.
Dependem apenas de raciocínio lógico, fundamentação empírica e honestidade intelectual.
Eu tenho por hábito expor claramente o que penso. E assinar embaixo. Assumo responsabilidade pelo que digo, pelo que escrevo e pelo que publico. E me submeto ao escrutínio público, sem qualquer outro instrumento de defesa do que a escrita.
Pena que nem todos possam ou pretendam fazer o mesmo, assinando embaixo do que escrevem.
Mas cada um é ético à sua maneira...
Paulo Roberto de Almeida
(1.08.2010)

7 comentários:

José Marcos disse...

PRA: ATIRANDO NA MENSAGEM E NO MENSAGEIRO

"Linguagem contundente ao ponto de parecer grosseira" é eufemismo - a linguagem do professor Paulo Roberto, algumas vezes, descamba para a mais pura grosseria mesmo. É a vantagem de se trabalhar num emprego público estável: pode-se criticar o patrão e os clientes sem correr o risco de ficar desempregado. Na iniciativa privada, um funcionário que tivesse um blogue que anexasse a menor crítica ao patrão estaria no olho da rua há muito tempo. Tive um colega meu, professor de uma escola particular, que foi demitido do colégio em que ensinava porque não tolerava responder a perguntas de seus alunos e, quando o fazia, era extremamente grosseiro com eles. É bem verdade que há alunos que fazem perguntas completamente desprovidas de senso mas, ainda assim, um bom professor costuma tolerar as intervenções mais tolas de seus pupilos. Felizmente, nem sempre o professor PRA escreve grosserias. Ele sabe que tem competência para fazer textos com argumentos substanciais. O professor tem uma sólida formação em ciências humanas, tem bom conhecimento econômico, passou num concurso de alto nível - o concurso do Instituto Rio Branco -, tem vivência diplomática - o que lhe permite falar das relações internacionais como poucos -, faz um blogue que tem tudo para se tornar um oásis no deserto. Pena que ele costume, frequentemente, receber com tiros os que procuram dessedentar-se na fonte de seu saber. Pode ser que, insistindo em manter essa linguagem vulgar, o professor venha a atrair um público maior. Pode ser. Quantidade não é sinônimo de qualidade. Quando quero ler notícias confiáveis, recorro, geralmente, à BBC ou ao The Economist. Não se vê neles a baixaria que se pode encontrar em alguns sítios eletrônicos de notícias produzidas no Brasil, como o da Veja. Admiro alguns blogues que costumam, inclusive, censurar a participação de pessoas que usam linguagem truculenta em seus escritos. O professor PRA tem total capacidade para elevar o nível de suas análises, atirando na mensagem sem precisar detonar o mensageiro. Faço votos para que ele aperfeiçoe seu estilo em direção a uma linguagem mais polida e menos panfletária.

Rubens disse...

Caro Professor, recomendo que não se ocupe de responder longamente os ataques ad hominem. Basta denunciar a falácia argumentativa usada pelo interlocutor.

Aproveito o tema da ignorância letrada, um dos meus favoritos, para deixar algumas frases avulsas do Thomas Sowell:

"Socialism in general has a record of failure so blatant that only an intellectual could ignore or evade it."

"The problem isn't that Johnny can't read. The problem isn't even that Johnny can't think. The problem is that Johnny doesn't know what thinking is; he confuses it with feeling."

"Nothing as mundane as mere evidence can be allowed to threaten a vision so deeply satisfying."

"This must be the golden age of presumptuous ignorance."

"There are few talents more richly rewarded with both wealth and power, in countries around the world, than the ability to convince backward people that their problems are caused by other people who are more advanced."

"What “multiculturalism” boils down to is that you can praise any culture in the world except Western culture—and you cannot blame any culture in the world except Western culture."

E uma outra que li em uma resenha de Intellectuals and Society, do memso Sowell:

"An intellectual is a self-inflated, self-congratulatory, lover of self; a person so in thrall to beautiful theories that he is incapable of correction and impervious to evidence. Superman had kryptonite, but an intellectual’s shield of self-assurance cannot be breached by any known substance, especially fact."

Anônimo disse...

Sabe quando a gente chega à conclusão que não vale a pena debater com um perfeito idiota ?
Desconhecedor dos conceitos constitucionais; desconhecedor do âmago do ensino jurídico, inclusive, propedêutico ?
Eu poderia tecer inúmeras teses a favor e contra os direitos humanos para fundamentar o pensamento da professora Lilian, que diferente do senhor é uma pessoa formidável, íntegra, sensível e respeitável dentro da academia.
Mas sei que seu ataque não foi à ela (segundo sua tese), mas sim contra o que ela escreveu. Apenas lembro que ela acaba de passar em primeiro LUGAR na docência da UFRJ.
Diferente do senhor, que se diz tão competente mas não possui um único título federal como docente (ops! apenas político advindos do Itamraty ou influenciáveis por ele)
Seu discurso é baixo nível demais, para nós "idiotas" que lêem o que escreve perdermos o nosso tempo argumentando, aqui, de forma cansativa e exaustiva, de fato, está muito longe de ser um TIRÉSIAS.
Estude primeiro, o senhor ultimamente tem dado demonstrações de ignorância absoluta no ensino jurídico. Algo lamentável ! Vou fazer algumas indicações e só depois entro em um debate. Leia primeiro os constitucionalistas como Jose Afonso, Paulo Bonavides, Pedro Lenza, Elisabeth Accioly, Luiz Roberto Barroso; em seguida, leia VAlerio Mazuolli, Guido Soares, Celso Lafer e Flávia Piovesan.
Depois que ler, aí sim, será possível debater com um idiota feito você (ops ! não você, mas suas idéias).
Antes disso, só darei gargalhadas de seu desequilíbrio mental e verborragia jogada ao vento. Pobres jovens acadêmicos que admiram este (idiota) conjunto de idéias ridículas...
Larga um pouquinho a economia, por que o mundo é feito de seres humanos e não de números. E antes de criticar os direitos humanos, saiba que você tem liberdade de expressão por que pessoas como Lilian Balmant lutaram por isso.

Quanto à minha não identificação, é por que sei que gosta de expor ofensivamente as pessoas. O meu recuo não é covardia e não caio nestas provocações infantis.
Apenas não quero que se ligue na pessoa que escreve, mas sim nas palavras e nada mais. Até por que é inteligente o suficiente para saber quem está escrevendo, grande senhor do Olimpo...Oh ! Deus do Saber !

Mário Machado disse...

As pessoas ficam tão enervadas quando sabem de críticas as seus heróis. A ponto de achar inconcebível que alguém critique seu ídolo. Não deixa de ser divertido.

José Marcos disse...

A CRÍTICA CRÍTICA

Prezado Mário Machado,

Permita-me esclarecer meu pensamento. Para que haja progresso, a ciência NÃO pode prescindir de críticas. Por exemplo, quando Keynes elaborou o conceito de "função consumo", ele afirmou que ela dependeria unicamente da "renda disponível" do consumidor. Dados empíricos posteriores fizeram com que seu conceito tivesse que ser revisto, surgindo daí a "teoria da renda permanente" de Friedman e a "teoria do ciclo de vida" de Modigliani, teorias que introduziram novas variáveis na função consumo. Apesar de criticarem o modelo de Keynes, nem Friedman nem Modigliani chamaram Keynes de "debilóide". O mesmo se passa em outros ramos do saber. Quando Einstein elaborou a teoria da relatividade,suas idéias foram a pá de cal sobre a física clássica newtoniana. Em nenhum momento, Einstein denominou Newton de "idiota", ao contrário, ele sempre reconhecia o quanto devia a ele. Mário, a mim não me importa que se critiquem idéias. Essa crítica é fundamental. O que me entristece é o desrespeito às pessoas. Isso é muito comum por parte dos jornalistas brasileiros. Reinaldo Azevedo, por exemplo, costuma chamar o presidente Lula de "apedeuta", ignorante, e o ministro Celso Amorim de "megalonanico". Considero isso uma falta de respeito. O governo Lula e a sua política externa realmente precisam ser avaliados criticamente. O professor Paulo Roberto tem plena competência para elaborar críticas bem fundamentadas e substantivas. Lamento que, às vezes, ele recorra a uma linguagem vulgar que, para mim, destoam de sua capacidade analítica. Pessoalmente, aprendo muito no sítio eletrônico do professor Paulo Roberto. Apreciaria muito que ele aplicasse a si próprio o que tanto prega para os outros - que nos concentremos na mensagem, não no mensageiro. As simple as that, como ele costuma dizer!

José Marcos disse...

O JOIO E O TRIGO

Prezado anônimo,

Entendo sua irritação, discordo de sua argumentação. Acompanho os posts do professor PRA há algum tempo e reconheço que ele tem profundo conhecimento em diversos ramos do saber. Acho desnecessário que você o peça para ler os constitucionalistas. O tema da "geração" de direitos é muito discutido na academia e há visões polêmicas entre os especialistas. O professor PRA tem todo o direito de manifestar sua opinião também que, aliás, é bem fundamentada, ainda que discordemos dela. O que me entristece é ele chamar alguém que nem conhece de "debilóide", apenas por manifestar uma ideia que ele julga errada. A meu ver, um estilo vulgar de argumentação... É aí que acredito que você e ele confundiram o joio com o trigo. Quando você destrata o professor, você não difere dele que também destrata os outros. Torço para que o professor reveja sua linguagem e continue a nos brindar com análises que foquem essencialmente no conteúdo das ideias. O professor PRA tem competência para tanto.

Mário Machado disse...

José Marcos,

Me referia unicamente ao escrito anônimo. Que se mostrou agravado pessoalmente pelos comentários.

Quem discorda serenamente (como eu chamo) que foi seu caso não é enquadrado (obviamente) como enervado.

Talvez eu tenha um entendimento diferente do que esperar em um blog. Mas, isso é natural.

Eu falava de quem escreve coisas assim: "Oh! deus do olimpo".

Mas, ainda assim agradeço a deferência de se dispor a clarificar seu escrito.

Abs,