Vejam esta frase de um militar responsável:
"Quando nós conseguirmos isso (submarino nuclear)... nenhum país do mundo terá coragem e condições de se aproximar de nossa costa", disse o subchefe de operações do Comando de Operações Navais da Marinha.
Uau! Estamos protegidos, então!
Mas, apenas uma dúvida: e se esse algum país do mundo vier também de submarino nuclear: vai ser um duelo ao por do sol? (ou no fundo do mar?)
Paulo Roberto de Almeida
Militares expandem simulação de ataque ao pré-sal
Por Eduardo Simões
Reuters Brasil, terça-feira, 13 de julho de 2010
SÃO PAULO - Ao mesmo tempo em que a prospecção de petróleo no pré-sal é ampliada para além da área das primeiras descobertas, Marinha, Exército e Aeronáutica começam na semana que vem um exercício militar de norte a sul da costa do país para mostrar capacidade de proteger as riquezas submarinas.
Ao contrário de sua primeira versão realizada em 2008 e que se concentrou somente na região Sudeste, a Operação Atlântico 2, com início marcado para 19 de julho, abrangerá também a região Nordeste e, além de simular ameaças à infraestrutura petrolífera, também exercitará o combate à pesca ilegal.
"Esse ano nós vamos realizar uma operação muito mais complexa, com maior grau de realismo", disse à Reuters o contra-almirante Paulo Ricardo Médici, subchefe de operações do Comando de Operações Navais da Marinha.
Ele acrescentou que os arquipélagos de Fernando de Noronha e de São Pedro e São Paulo, ambos na costa da região Nordeste, foram incluídos no teatro de operações das manobras deste ano.
"Essa inclusão de Fernando de Noronha se deve ao fato de (a ilha) ter um possível emprego estratégico por forças inimigas, caso não tenhamos militares realizando um perfeito controle territorial", disse Médici.
"(Fernando de Noronha) pode ser um importante apoio logístico para qualquer força que quiser atacar o nosso território", completou. Já a área de São Pedro e São Paulo, segundo o almirante, é alvo constante de embarcações que pescam ilegalmente na costa brasileira.
As manobras incluirão a simulação de ataques de submarinos e de ocupação por forças inimigas de uma plataforma de petróleo emprestada às Forças Armadas pela Petrobras.
A um custo estimado de 10 milhões de reais, de acordo com Médici, os jogos de guerra também envolverão a infraestrutura petrolífera das bacias de Santos e Campos e instalações energéticas, como as usinas nucleares em Angra dos Reis.
"É uma região que precisará ser protegida à medida que tivermos cada vez mais plataformas operando", disse Médici, acrescentando que o Brasil não sofre uma ameaça específica. "(Mas) precisamos estar preparados."
NOVOS MEIOS
A Operação Atlântico 2 mobilizará 10 mil militares das três forças. Navios de guerra, aviões de transporte e de ataque também participarão das manobras.
Médici reconheceu a necessidade de aquisição de novos equipamentos para garantir a proteção da costa brasileira, especialmente novos navios-patrulha e navios-escolta.
"Nós temos 8.500 quilômetros de costa. Se você pensar que nós precisamos proteger toda essa costa marítima, vai se verificar claramente a necessidade de mais meios", afirmou.
Ele disse, no entanto, que a chegada de um submarino a propulsão nuclear à esquadra brasileira, prevista para 2020, será essencial para essa tarefa.
"Quando nós conseguirmos isso (submarino nuclear)... nenhum país do mundo terá coragem e condições de se aproximar de nossa costa", disse.
Além do submarino a propulsão nuclear, resultado de um acordo com a França que prevê a transferência de tecnologia da parcela convencional do navio, o Brasil deve adquirir também novos caças de multiemprego para a Força Aérea.
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