Muitos estão eufóricos com a taxa de crescimento atual do Brasil, achando que o país vai rapidamente superar 6 ou 7% do PIB e se manter em patamares elevados pelos próximos anos.
Difícil dizer isso com base nas baixíssimas taxas de poupança (em torno de 17 ou 18% do PIB apenas) e de investimentos totais: não mais do que 20% do PIB, e provavelmente abaixo disso, computando-se o investimento total brasileiro, com base naquela poupança, e algo em torno de 1 a 1,5% de poupança externa.
Quanto ao investimento público, bem, ele se mantém em patamares ridículos há muito tempo.
Considerando-se o quadro abaixo (clique para ampliar), comparativo entre países emergentes (um termo um tanto abusado) apenas, constatamos que nosso Estado despoupador líquido é um dos mais modestos, e até insignificantes, investidores do mundo. Para uma média mundial superior a 7% do PIB, investimos pouco mais de 1%, uma das taxas mais baixas do mundo (quando se conhece a voracidade tributária do Estado, para gastar consigo mesmo, sabe-se facilmente a razão disso).
O quadro foi tirado desta apresentação:
LRF x Política Fiscal Brasileira
José Roberto Afonso
Portal de Economia, Qui, 05 de Agosto de 2010
10 Anos da Lei de Responsabilidade Fiscal no Brasil
Apresentação de José R. Afonso em Workshop do BID, em Washington (09/08/2010).
Estruturada em três partes: memória e evolução da lei; projetos de reforma fiscal; e conjuntura e cenários fiscais (além de extensos anexos estatísticos). O trabalho procura conectar aspectos institucionais (desde a concepção até o debate atual para reforma da LRF) aos conjunturais (como a expansão recente da dívida pública bruta).
PDF: BID10AnosLRF.pdf (501 Kb - 6/8/2010)
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