sábado, 21 de abril de 2012

Itamaraty: machista e misogino? A culpa seria de quem?

Curiosas essas constatações que o Itamaraty é majoritariamente branco e masculino. A culpa é da instituição, de alguém em particular?
Os exames são sexistas, racistas, discriminatórios?
Essa versão politicamente correta, que busca responsáveis por nossas deficiências e "vias rápidas" para corrigir o que se entende seja uma "deformação do sistema" -- quem sabe até uma das muitas perversidades da sociedade capitalista, elitista, e outros vícios mais -- e que pretende sanar os problemas pela "inclusão dos excluídos", sempre me pareceu uma tremenda demagogia, e um atentado notório ao princípio da igualdade e do mérito. Todas as pessoas, a partir de uma certa idade, têm condições de se preparar para um exame reconhecidamente difícil como o do Itamaraty. 
Ainda que se reconheça que certas pessoas -- pelo background familiar, pela frequentação das péssimas escolas públicas, por uma série de outros fatores desfavoráveis -- enfrentam dificuldades adicionais nesse tipo de exame extremamente rigoroso, a única recomendação que se poderia fazer seria que as universidades, o próprio Itamaraty, entidades supostamente comprometidas com a "igualdade racial" e a "inclusão social" mantenham cursos preparatórios gratuitos, abertos preferencialmente aos que não dispõem de renda, sob declaração de honra, para pagar os cursos comerciais. 
Bolsas para afrodescendentes são inerentemente discriminatórias e racistas, e não deveriam existir nessa forma, com base na cor.
Mas a voz dos "excluídos" é bem mais forte quando enrolada na bandeira da cor, e da suposta desigualdade da antiga escravidão.
Paulo Roberto de Almeida 

Diplomata é homenageada no Itamaraty

Aos novos diplomatas, Dilma ensinou que o Brasil só vai ser uma grande potência se tiver educação de qualidade e profissionais qualificados. O foco da política externa, disse, deve ser ciência, tecnologia e inovação.
- Hoje percebemos que o grande motor para mudar é ciência, tecnologia e inovação. Este é o século do conhecimento, da capacidade de se dominar tecnologia, de inventar, de criar, que permitirá que aquele país que tem na sua força de trabalho a sua maior riqueza seja o país mais bem colocado internacionalmente - discursou a presidente.
Dilma arrancou risadas da plateia, formada por amigos e familiares dos diplomatas graduados ao relatar que perguntou ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, quantos engenheiros havia entre os formandos. Segundo ela, o mundo está num momento em que o conhecimento é cada vez mais exigido e ensinou aos novos membros do corpo diplomático brasileiro que eles terão de ser generalistas e especialistas.
Oradora da turma de formandos, a diplomata Maria Eugênia Pulino disse em seu discurso que falta diversidade na diplomacia brasileira, majoritariamente branca e de sexo masculino.
- Faltam mulheres, negros, índios e deficientes. Ainda somos um Ministério majoritariamente branco e masculino. Nós mulheres somos um quarto do quadro e apenas 15% dos ministros de primeira classe - apontou a formanda.

Um comentário:

  1. Também acabei por meter e mão nesse vespeiro. http://t.co/RNuEl5vA

    Abraços,

    ResponderExcluir

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.