terça-feira, 14 de agosto de 2012

Brasil elegeu o Portunhol como lingua de trabalho; e o Ingles retrocede

Primeiro a notícia do site "Direito Aduaneiro e Comércio Exterior": 



Vivian Soares, de São Paulo, Valor Econômico, 09/08/2012
O Brasil é o país com o desempenho mais fraco em inglês para negócios entre os emergentes. A constatação é de uma pesquisa realizada com 108 mil profissionais em 156 países pela Global English e que avaliou o nível do idioma em empresas nacionais e multinacionais. Em uma escala que vai de 0 a 10, os brasileiros obtiveram a nota 2,95, segundo o levantamento. De acordo com José Ricardo Noronha, diretor da GlobalEnglish no Brasil, o país ficou classificado em 67º lugar em um ranking que contou com a participação de 76 dos países pesquisados. "Além dos Brics, perdemos também para México, República Dominicana, Venezuela entre outros", afirma. O Brasil teve também uma redução de seu desempenho em relação ao ano passado, em que conquistou a nota 3,45.
Segundo Noronha, o desempenho do país é preocupante. "Muitas empresas no Brasil têm suas estratégias voltadas para o mercado interno e não se preocuparam em qualificar sua mão de obra nesse quesito", afirma. A nota obtida pelo Brasil não chega nem mesmo a atingir o nível básico de fluência. "A qualidade de comunicação dos brasileiros é muito baixa. Em média, eles não conseguem nem mesmo fazer uma conversa corriqueira por telefone, algo que é obrigatório no cotidiano das empresas", afirma.
A pesquisa revelou que 92% dos profissionais em todo o mundo acreditam que o inglês é crítico ou importante para suas carreiras. Apenas 7%, no entanto, afirmam que possuem o nível de fluência adequado às necessidades da profissão. O índice de desempenho é baixo até mesmo em países onde o inglês é a língua nativa, como nos Estados Unidos (5,09) e no Reino Unido (5,24). "Nesses mercados, é comum que as multinacionais atraiam um grande número de profissionais não-nativos, especialmente em funções qualificadas como engenharia e ciência", diz. Esses especialistas preenchem a demanda técnica das empresas, mas ainda estão abaixo da expectativa em seus conhecimentos sobre o idioma.
O diretor acredita que, pelo menos no Brasil, há espaço para melhoras - a proximidade dos eventos esportivos no país deve fazer com que as empresas aumentem seus investimentos em formação de mão de obra. "Algumas companhias já incluíram a qualificação em idiomas em seu planejamento estratégico há muito tempo. Outras estão acordando para o problema somente agora". Ele acredita que o nível de exposição internacional do país deve aumentar muito nos próximos anos e isso será determinante para a competitividade das empresas. "Quem não se atentar à importância de ter profissionais com um bom nível de inglês vai perder mercado, dinheiro e talentos", afirma. 


Agora meu comentário: 
Não devemos esquecer que o governo dos companheiros tornou o Espanhol língua obrigatória no ciclo fundamental, o que vai obrigar à formação, apressada e provavelmente mal feita, de 500 ou 600 mil professores de Portunhol (é o máximo que conseguirão aprender) nos próximos anos, SEM QUALQUER VANTAGEM seja para as crianças, seja para o país.
Todos os brasileiros deveriam estar aprendendo inglês, desde o Kindergarten, mas parece que aqui não se gosta de línguas "imperialistas".
Enquanto isso, o Chile se prepara para ser uma nação inteiramente bilingue, Espanhol e Inglês, em 2015.
Não esqueçamos que também tem "estudos afrobrasileiros" como disciplina obrigatória no fundamental, e sociologia e filosofia como obrigatórias no ciclo médio.
Esse é o país que vai para trás: tudo é obrigatório, nada opcional.
O país, além de arcar com despensas inúteis excessivamente elevadas, ainda se atrasa com a "pedagogia freireana" dos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida 

Um comentário:

  1. Brazil, Country of the Future No More?

    http://www.project-syndicate.org/commentary/brazil--country-of-the-future-no-more-

    Vale!

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