Recebi, via email, o link para este outro blog que publica matérias relativas à vida cultural: ArtLivros.
O nazismo, como seus êmulos autoritários em outras partes do mundo, em outras épocas, sempre perseguiu intelectuais independentes.
Por aqui só temos uma pequena amostra do que ainda pode vir...
Apenas postando o que me parece relevante, de um ponto de vista cultural.
Neste link: http://artlivros.wordpress.com/2012/08/26/herancas-da-segunda-guerra-i-parte-diplomatas-brasileiros-e-sua-atuacao-na-ajuda-aos-judeus/
Paulo Roberto de Almeida
Heranças da segunda guerra – I parte – Diplomatas Brasileiros e sua atuação na ajuda aos Judeus.
O periodo da 2ª guerra mundial influenciou e influencia a humanidade em todos os campos. Da estratégia militar ao romance. Do teatro ao comportamento. Tudo parece transparecer o periodo turbulento que deixou profundas feridas na civilização ocidental. Não se pode mensurar as perdas e a carnificina lançada em razão de “ismos” e escolhas raciais. Mas há um lado pouco conhecido deste periodo. O lado oculto das batalhas diplomáticas em prol do salvamento ou da aniquilação dos Judeus. Há herois e crapulas que lucraram com a vida humana…é bem verdade. Porém, se não houvesse um acordo entre o Vaticano e o Brasil, para receber Judeus alemães convertidos ao cristianismo, não teriamos recebido em nossas plagas o vienense Otto Karpfen; filho de pai judeu e mãe católica. Compartilhou sua vida intelectual com figuras como Kafka, Arnold Zweig e outros frequentadores do café romanisches. Um humanista na Berlim dos anos 20. Interessado por assuntos distintos e idiomas. Amargurado, como Kafka, pelos rumos tomados na Europa pós 1ª guerra. Entendendo e antevendo a desgraça que se abateria sobre a Europa, em 1939, ficou sabendo da cota para judeus imigrantes celebrado entre o Vaticano e o Brasil. Decidido, resolveu apresentar-se ao vice-cônsul brasileiro na cidade de Antuérpia. Neste mesmo ano, 1939, casou-se com uma cantora lírica austriaca e converteu-se ao catolicismo. E foi através da ajuda de Octaviano Augusto Machado de Oliveira, que servia na cidade desde 1933, que Carpeaux vislumbrou uma chance de sobrevivência em meio a loucura que precipitava a Europa para a destruição. A atitude humanista do Cônsul garantiu ao jovem Otto e sua esposa Helene um visto para o Brasil. Quando cruzavam o oceano houve a invasão da Polonia e as declarações de guerra da Inglaterra e França à Alemanha. Ao chegar no Brasil adotou o nome católico “Maria” e mudou seu sobrenome germânico “Karpfen” para o frances “Carpeaux”. Há pouco reconhecimento ao trabalho dos diplomatas brasileiros no periodo pré 2ª guerra. Mas graças ao trabalho do cônsul Octaviano o Brasil recebeu e ganhou a herança intelectual de Carpeaux.
M.N (26/08/2012)
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