Apenas uma observação pessoal: com o silêncio completo da Unasul, dos dirigentes do Mercosul, a demanda dos parlamentares democráticos não tem a menor chance de prosperar...
Paulo Roberto de Almeida
América Latina
Deputados do Mercosul estudam suspensão da Venezuela
Representantes de Argentina, Paraguai e Uruguai desaprovam atos violentos decorrentes da eleição presidencial de 14 de abril, vencida por Nicolás Maduro
Veja.com, 10/05/2013
Representantes de Argentina, Paraguai e Uruguai no Parlamento do Mercosul pediram uma sessão especial para discutir a permanência da Venezuela no bloco, informou nesta sexta-feira o jornal venezuelano
El Nacional. Os deputados pretendem pedir a suspensão da Venezuela diante dos
atos violentos em decorrência das
eleições presidenciais de 14 de abril.
Os representantes pediram ao presidente do Parlamento do Mercosul, o paraguaio Ignacio Mendoza, uma análise das acusações de fraude eleitoral, perseguição e ataque à oposição para determinar se o país cumpre a cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia. “Vários fatos motivam a análise. Entre eles, a preocupante situação derivada do processo eleitoral, o espancamento de deputados opositores pelo regime governante, a perseguição aos veículos críticos de imprensa e as denúncias de severas violações de direitos humanos”, diz o texto da petição.
Os deputados pediram também que se retire a suspensão do Paraguai e a paralização do processo de entrada da Venezuela até que o senado paraguaio ratifique o protocolo de adesão. “Não é possível que esteja suspenso um país como o Paraguai, que defende valores democráticos, e se queira incorporar a Venezuela, cujo governo viola sistematicamente todos os princípios que qualquer democracia deve resguardar”, disse o deputado argentino Julián Obiglio. O Paraguai foi suspenso do bloco após o impeachment do então presidente Fernando Lugo.
A petição foi apresentada por senadores e deputados de Uruguai, Paraguai e Argentina. Esperava-se que representantes do Brasil fizessem o mesmo na tarde de quinta-feira, o que não aconteceu.
Venezuela – Na tarde de quinta-feira, o presidente venezuelano Nicolás Maduro estava reunido com Dilma Rousseff em Brasília no último dia de seu primeiro giro internacional como mandatário da Venezuela. “Pedimos mais apoio do Brasil para o desenvolvimento de uma revolução agroalimentícia na Venezuela”, disse Maduro em uma coletiva de imprensa que não permitiu perguntas de jornalistas.
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