Apenas agora, 3 1/2 anos depois,
tomo conhecimento desta "pesquisa" feita pelo jornalista Stephen
Kanitz em seu blog "Artigos para se Pensar".
Em
todo caso, vale a pena transcrever a nota de Stephen Kanitz, pois ela ainda é
um exercício que pertence ao mesmo universo dos "big ifs", ou seja,
"o que teria acontecido se...?".
Paulo
Roberto de Almeida
Pesquisa: Como Você Mudaria A História do Brasil?
(20 January 2011)
Coloquei tempos atrás esta pergunta no ar:
Imagine que você tem uma máquina do tempo e poderia ir para alguma data do passado, e mudar algum evento histórico do Brasil.
Qual seria este evento?
Infelizmente tivemos menos que 30 respostas, muitos criticaram a própria pergunta como masturbação histórica. Não é.
Nas nossas escolas de História, prevalece a ideia Marxista de determinismo histórico, que a história segue um percurso mais ou menos previsível, aquela prevista pelo economista Karl Marx, baseada nos inúmeros livros que ele estudou no Museu de Londres.
É tão dominante esta tese no Brasil, que é muito difícil aceitarmos outra tese vindo da teoria de complexidade, que simples eventos podem gerar mudanças espetaculares.
Muitos irão lembrar a frase, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas, tipo um tufão na Indonésia.
Que eventos poderiam ter sido diferentes e que mudariam o Brasil?
A maioria dos votos foi para o Descobrimento dos Portugueses.
Se tivéssemos sido descobertos pelos holandeses ou ingleses, acham que tudo seria diferente.
Talvez, mas como comenta X, as colônias inglesas da África estão piores que o Brasil.
As outras respostas foram: A guerra do Paraguai, a Decretação da República, mudança do governo para Brasília, o nascimento de Getúlio Vargas e a queda do Barão de Mauá que viu a industrialização da Inglaterra antes dos americanos.
Uma opinião interessante vem de Edgar Antonio Sbrogio
Ele opina que foi a Lei da Informática que atrasou o Brasil uns 15 anos, que atrasou a formação de jovens especialistas em software e TI, achando que o futuro seria hardware.
Sbrogio sabe o que diz, segundo a Revista Época.
Revista Época. Da participação de Luciano Coutinho no governo Sarney, o que ficou para a posteridade foi a assinatura da Lei de Informática.
Como secretário executivo do recém-criado Ministério da Ciência e Tecnologia entre 1985 e 1988, Coutinho optou por impedir a entrada de novas tecnologias no país – no momento em que a indústria de computadores pessoais se tornava uma realidade internacional – para estimular o fortalecimento de uma indústria nacional. Não se conhece até hoje uma autocrítica à experiência.
A amigos, ele diz acreditar que estava certo.
Bom, eu endosso a autocrítica de Edgar Antonio Sbrogio.
Minha opção particular seria a mudança para Brasília, mas ainda acho que esta discussão deveria continuar.
Vamos fazer uma segunda rodada, por favor coloquem as suas opiniões.
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