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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Brasil, 2003-2015(?): O que levaria um banqueiro a guardar dinheiro no colchao, ao inves de aplica-lo?

Este é o novo presidente da Petralhabras: um homem questionável, aliás como gostam os companheiros...
Ou seja, um retrato perfeito do governo atual...
Paulo Roberto de Almeida

Bendine, um cidadão altamente suspeito
Carlos Newton
Tribuna da Internet, 6 de fevereiro de 2015


Bendine, o homem do dinheiro no colchão, assume a Petrobras

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras. E o Conselho de Administração da companhia está reunido para escolher os novos nomes da diretoria. O conselho é composto por dez pessoas e é presidido por Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda. Ele está no conselho por indicação do acionista controlador, ou seja, o Tesouro Nacional – portanto, o governo. Os demais membros são conselheiros. Graça Foster também participa.
Aldemir Bendine é um cidadão de honorabilidade altamente contestável. Sabe-se que ele pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e um apartamento pago com dinheiro vivo em 2010. Bendine fora autuado por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil em sua declaração do Imposto de Renda. Na avaliação da Receita, o valor de seus bens aumentou mais do que seus rendimentos declarados poderiam justificar.
Assim como Dilma Rousseff, Agnelo Queiroz e outros próceres petistas, Bendine tem por hábito declarar que mantém dinheiro vivo em casa. Ele informou em suas declarações à Receita ter recursos em espécie quatro anos seguidos, entre 2009 e 2012, no valor de pelo menos R$ 400 mil.

DEBAIXO DO COLCHÃO
Em 2010, Bendine entrou na mira da Receita, porque a Folha revelou que ele comprara um apartamento no interior de São Paulo pelo valor declarado de R$ 150 mil, pagos integralmente em espécie. O executivo também declarou ter feito obras no imóvel no valor de R$ 50 mil.
Ao justificar a legalidade da transação imobiliária, ele informou que declarou à Receita possuir R$ 200 mil em dinheiro vivo em casa, guardados desde 2009.
Em 2012, os auditores da Receita enviaram a Bendine um extenso questionário sobre suas despesas em 2010, perguntando quanto ele gastara com seus cartões de débito e crédito, com saúde, educação e outras despesas.
O executivo prestou as informações solicitadas, mas não convenceu. Em novembro de 2012, foi autuado em R$ 151 mil, incluindo multa e juros. Ele não contestou a autuação e pagou o auto à vista, ganhando um desconto. Assim, a conta caiu para R$ 122.460.

CONTRADIÇÕES
Bendine diz que não discutiu com a Receita a origem dos recursos usados na compra do apartamento e o auto de infração resultou de um mero erro em sua declaração à Receita. Mesmo depois de identificar o erro, ele não retificou a declaração.
Como determina a lei, o pagamento imediato do auto de infração, como fez Bendine, obriga a Receita a arquivar o caso, o que elimina a possibilidade de comunicar ao Ministério Público Federal a prática de eventuais crimes fiscais cometidos pelo contribuinte. O caso de Bendine foi arquivado em janeiro deste ano.
As autoridades brasileiras perderam até o senso de ridículo. O que levaria um banqueiro a guardar dinheiro no colchão, ao invés de aplicá-lo? E o pior é que não acontece nada, a impunidade está garantida e nem o emprego o executivo corrupto se arriscou a perder. Brendine continuou presidindo o Banco do Brasil e agora vai para a Petrobras, a empresa mais corrupta do país. É o homem certo no lugar certo.
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Ministério Público investiga o novo presidente da Petrobras 
Tribuna da Internet, 6 fevereiro de 2015

O nome escolhido pela presidente Dilma Rousseff para limpar a Petrobras, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, é alvo de um procedimento de investigação no Ministério Público Federal. O procedimento foi instaurado a partir do depoimento do ex-motorista da Presidência da República Sebastião Ferreira da Silva. Ferreirinha, como é conhecido, dirigiu para a campanha de Lula em 2002 e depois foi contratado pelo escritório da Presidência em São Paulo, onde ficou por quatro anos. Em seguida, Ferreirinha passou a dirigir para Bendine, no BB, por quase seis anos.
O procedimento ainda está em curso. Segundo a Folha apurou, os procuradores já fizeram várias diligências no caso, como solicitar documentos ao BB.
Ferreirinha disse ao Ministério Público que presenciou Bendine sair de um prédio comercial em São Paulo, ocupado por empresas ligadas ao grupo da TV Record, com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100.
Também contou que recebeu ordens para fazer diversos pagamentos com altas quantias em dinheiro vivo, sempre entregues a ele dentro do BB, pelo próprio Bendine. O executivo nega as acusações.

AUTUADO PELA RECEITA
Conforme a Folha revelou no ano passado, Bendine foi autuado pela Receita Federal por não comprovar a origem de aproximadamente R$ 280 mil de seu patrimônio informados em sua declaração do Imposto de Renda. O caso também motivou a investigação da Procuradoria.
Ele entrou no radar da Receita em 2010, após comprar no interior paulista um apartamento avaliado em R$ 200 mil, pago em dinheiro vivo. Para se livrar da fiscalização do fisco e de futuros questionamentos, pagou o auto sem qualquer questionamento. Como pagou à vista, teve um desconto, tendo desembolsado ao final R$ 122 mil.

VAL MARCHIORI
Outro ponto investigado pelo Ministério Público é o empréstimo de R$ 2,7 milhões concedido à apresentadora de TV Val Marchiori pelo BB, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, contrariando normas internas das duas instituições.
Marchiori tinha restrição de crédito por não ter pago empréstimo anterior ao Banco do Brasil e também por não apresentar capacidade financeira para obter o financiamento, segundo documentos internos do BB obtidos pela Folha.
Val Marchiori é amiga de Bendine. A apresentadora esteve com ele em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio. Nas duas ocasiões, os dois ficaram hospedados nos mesmos hotéis: primeiro no Alvear, em Buenos Aires, e depois no Copacabana Palace, no Rio.
Em entrevista à Folha, o ex-motorista Ferreirinha disse que buscava Marchiori em diversos locais de São Paulo a pedido de Bendine. “Fui buscar muitas vezes a Val Marchiori”, disse ele.

COINCIDÊNCIAS
Bendine nega qualquer participação na concessão do empréstimo. Ele reconhece que ficou hospedado nos mesmos hotéis que Marchiori nas duas ocasiões, mas diz que a estadia dela não tinha relação com as missões do banco, que foram coincidências.
A empresa pela qual Marchiori tomou o crédito, a Torke Empreendimentos, apresentou como comprovação de receita a pensão alimentícia de seus dois filhos menores de idade. O financiamento, repassado pelo BB a partir de uma linha do BNDES com juros de 4% ao ano -mais baixos que a inflação-, foi usado na compra de caminhões.
A Torke não tinha experiência na área de transportes e a atuação da empresa até então estava relacionada à carreira de Marchiori na TV.
Na condição de administradora com poderes plenos na empresa, Marchiori tinha dívidas antigas com o BB que representavam impedimento para o novo empréstimo. Por isso, foi feita uma “operação customizada”, ou seja, sob medida para Marchiori, para liberar os recursos.

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