Sempre apreciei, sem precisar concordar com tudo o que vai escrito ou transcrito ali.
Paulo Roberto de Almeida
Um goy brasileiro-libanês em um Seder em NY
Gustavo Chacra
Rua Judaica, 9/04/2015
Guga Chacra – De Nova Iorque para a Rua Judaica
Sei que algumas famílias cristãs, sejam elas católicas ou ortodoxas, ainda mantem a tradição religiosa em festas como o Natal ou a Páscoa. Na minha, porém, sempre se restringiu a troca de presentes no 24 de dezembro com uma ceia de comida libanesa. Na Páscoa, quando éramos pequenos, ganhávamos ovos de chocolate. Sei que o mesmo ocorre com a maior parte dos meus amigos. Apenas alguns mais religiosos vão à missa nestas datas. Mas é raro. No final das contas, é um jantar em família.
Quando recebi o convite da minha amiga Betty Steinberg para o Seder na casa dela em Connecticut, para a celebração do Pessach, não imaginava como esta festividade judaica seria tão diferente. A leitura da história do povo judeu, orações e canções lindas em hebraico. A importância de cada comida no prato. A participação de todos. Fiquei impressionado como os judeus sabem guardar e conservar a sua história.
Em dúvida, ainda perguntei para o jornalista Caio Blinder, que também estava presente, se isso era comum também em famílias judaicas mais seculares, como a dele. Ele me explicou que sim. E também me disse ser comum convidar não judeus como eu e a minha mulher (também de origem libanesa cristã, com italiano e português como eu). Na época do movimento pelos direitos civis, segundo o Caio, era muito comum famílias judaicas convidarem negros para o Seder. Foi um dia que ficará para sempre na minha memória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário