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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 12 de abril de 2015

Ditaduras nao se sustentam apenas pela forca bruta, certo? Elas dependem do apoio do povo, mas tambem dos funcionarios do Estado

Três colegas de condição profissional dizem uma coisa muito simples: ditaduras não se mantém apenas com base na força bruta. Além de certo apoio popular, eles precisam contar com a colaboração da maioria daqueles que fazem a máquina governamental funcional, que são os funcionários públicos.
Que estes tenham coragem de denunciar situações de corrupção, de mau governo, de opressão, de manipulação, de mentiras, enfim, de qualquer desvio de conduta.
Como neste caso da Venezuela, por exemplo,
As pessoas precisam vir dizer que o povo venezuelano está sofrendo sob as botas de mafiosos que obedecem ao comando da tirania cubana-castrista, e que é preciso acabar com isso. Libertar os prisioneiros políticos é apenas o começo.
Acabar com a ditadura chavista-cubana é o passo seguinte.
Acabar com governos corruptos e mentirosos é dever de todo funcionário de Estado.
Como eu, por exemplo.
Paulo Roberto de Almeida

Blog do adolfo sachsida, TERÇA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2015

O Sustentáculo do Poder dos Ditadores

Como um ditador se mantém no poder? Evidentemente, não é apenas devido ao uso da força bruta. Em qualquer ditadura do mundo, os ditadores são auxiliados por pessoas normais, daquelas que tomam cafezinho contigo e contam piadas. Contudo, muitos desses indivíduos, inofensivos em ambientes normais, assumem posturas agressivas e perigosas numa ditadura. O exemplo mais óbvio é representado por uma parcela dos burocratas a serviço do governo.

Os burocratas nazistas foram um importante sustentáculo de Hitler no passado. Atualmente, funcionários públicos ávidos por poder, ou se corrompendo em troca de uma simples gratificação salarial, ajudam Nicolas Maduro a incrementar ainda mais o regime bolivariano na Venezuela. Tudo isso sob o silêncio covarde de muitos observadores externos.

No Brasil, diversos burocratas justificam a ditadura bolivariana na Venezuela. Ou são cegos ou apenas querem o óbvio: sua gratificação. Protestar contra tal ditadura é perigoso mesmo no Brasil. Funcionários públicos que se posicionam publicamente contra essa afronta são marcados no serviço público. Outros burocratas chegam a escrever para jornais elogiando a “democracia” venezuelana.

Tal como apontou brilhantemente Edmund Burke “A única condição para o triunfo do mal é que os homens de bem não façam nada”. Neste texto nós cobramos dos burocratas brasileiros uma condenação firme e veemente da ditadura venezuelana. Como pesquisadores, como intelectuais, como cidadãos de bem exigimos que a ditadura bolivariana instalada na Venezuela seja denunciada.

O recente episódio da prisão arbitrária e imoral do prefeito da região metropolitana de Caracas é apenas mais um episódio desta triste história. Sabe como Hitler controlava os alemães? Ele os controlava por meio de conselhos (conselho de ética, conselho de cidadãos, etc.). Era assim que a máquina nazista enquadrava e perseguia os inimigos do regime. No Brasil estamos caminhando para situação idêntica.

Os cidadãos venezuelanos já são obrigados a combater uma tirania, não é necessário que sejam também obrigados a sofrerem com o apoio de burocratas brasileiros que apoiam esse regime. Você apoia Nicolas Maduro? Então saiba que apoias um ditador, um criminoso, um inimigo dos direitos humanos e da liberdade individual. E a história tem um nome para você: crápula.

Adolfo Sachsida 
Roberto Ellery Jr.
Rodrigo Saraiva Marinho

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