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quarta-feira, 8 de abril de 2015

O protecionismo brasileiro, em todos os seus estados - Otaviano Canuto

QUÃO FECHADA PARA O COMÉRCIO É A ECONOMIA BRASILEIRA?
Otaviano Canuto e associados 
Voxeu, Nº 122 - Janeiro/Março de 2015
 
Embora tenha se tornado uma das maiores economias do mundo, o Brasil continua a figurar entre os países mais fechados, se considerarmos a participação das exportações e das importações no PIB. Este texto argumenta que isso não pode ser explicado apenas pelo tamanho da economia brasileira. Isso se deve, antes, à maior confiança depositada na integração doméstica das cadeias de valor nacionais em oposição à participação em redes globais de produção. Uma maior abertura comercial poderia promover ganhos de ficiência e ajudar o Brasil a enfrentar seus desafios de produtividade e de competitividade.
De acordo com as medidas tradicionais de penetração comercial no nível macro (participação das exportações e importações no PIB), o Brasil é uma economia    extremamente fechada.  No país, essa proporção era de apenas 27,6% em 2013 – uma das mais baixas no mundo. Notavelmente, a abertura comercial do Brasil está muito aquém da de seus pares entre os BRICS, nos quais a proporção do comércio em relação ao PIB chegou a pelo menos 50% nos últimos anos. O tamanho do Brasil é muitas vezes usado para explicar o escasso grau de abertura do país. Como a comparação com outras grandes economias já indica, esse argumento não se sustenta diante de um exame mais criterioso. Embora seja verdade que as grandes economias tendem a apresentar menores coeficientes de exportação e importação em relação ao PIB, isso não consegue explicar os níveis excepcionalmente baixos de penetração comercial observados no Brasil.

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