Para o devido registro histórico: pela primeira vez na história do Brasil um bandido político é condenado a penas de prisão: Sergio Cabral condenado a 45 anos de reclusão.
Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
“Bretas’
Condena Sérgio Cabral A 45 Anos De Prisão…E Faltam Mais 12 Processos Para Serem
Julgados. Que Haja Justiça.
NBO,
21/09/2017
Na sentença do Juiz Marcelo
Bretas, Cabral é descrito como “idealizador do gigante esquema criminoso
institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o
chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às
empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em
especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no
sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito”.
▪
É acusado de desviar mais de R$ 200 milhões de contratos entre
empresas e o governo do RJ na Operação Calicute. Segundo o MPF, 5% do valor de
cada contrato ia para Cabral e 1% para a Secretaria Estadual de Obras –
percentual conhecido como ‘taxa de oxigênio’. O ex-governador recebia das
empreiteiras ‘mesadas’ entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
▪
É acusado, na Operação Lava Jato, de receber propina das
empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Segundo a Procuradoria,
a verba foi desviada do contrato de terraplanagem nas obras do Comperj. O MPF
diz que Cabral e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa organizaram
pessoalmente o acerto dos pagamentos indevidos
▪
É acusado de receber propina para favorecer empreendimentos de
Eike Batista na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato. Segundo a
denúncia, ele recebeu R$ 16,5 milhões referentes a um contrato falso de
intermediação da compra de uma mina de ouro
▪
É acusado de 184 crimes de lavagem de dinheiro, totalizando R$
39 milhões movimentados por meio dos irmãos Marcelo e Renato Chebar. As
denúncias são resultantes das operações Calicute e Eficiência. Os doleiros
recebiam o dinheiro da corrupção em espécie e pagavam despesas pessoais de
Cabral e de familiares e associados de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador
▪
É acusado de cometer 148 crimes de lavagem de dinheiro,
totalizando mais de R$ 10 milhões. Segundo o MPF, o dinheiro foi lavado com a
compra de sete imóveis em bairros nobres do Rio, carros de luxo, como um um
Camaro 2SS conversível, avaliado em R$ 222,5 mil, e serviços de consultoria
forjados. A denúncia foi elaborada a partir da Operação Calicute
▪
É acusado de chefiar um esquema de propina e lavagem de dinheiro
que ocultou cerca de R$ 318 milhões no exterior de diferentes contratos do
governo do Estado. Segundo o MPF, doleiros associados a Cabral enviaram US$ 85
milhões para fora do país e trouxeram US$ 3 milhões de propina por meio de
offshores da Odebrecht. A denúncia é um desdobramento da Operação Eficiência
▪
É acusado de fraudar licitações e formar cartel para desviar
recursos em obras do PAC das Favelas e da reforma do Maracanã, num total de
mais de R$ 700 milhões desviados. A denúncia está baseada nas descobertas de
duas grandes operações: a Saqueador e a Calicute
▪
É acusado de chefiar uma organização criminosa que fraudava
contratos firmados pelo estado na área de saúde, nos quais cobrava 5% de
propina. Segundo o MPF, foram desviados R$ 300 milhões do Instituto Nacional de
Traumato-Ortopedia (Into). A denúncia é baseada na Operação Fatura Exposta
▪
É acusado de ter recebido quase R$ 47 milhões da Carioca
Engenharia em troca de fraudes em licitações e superfaturamento de obras
públicas, como a reurbanização da Rocinha, a construção do Arco Metropolitano e
a Linha 4 do Metrô. A denúncia é resultado das investigações das Operações
Calicute, Eficiência e Tolypeutes
▪
É acusado de lavar R$ 1,7 milhão em propina da empreiteira FW
Engenharia por meio de empresas de fachada. Um dos contratos firmados com a
empresa, de R$ 35 milhões, teve por objeto a elaboração de projeto executivo e
a execução de obras complementares de urbanização no Complexo de Manguinhos, no
PAC das Favelas. A denúncia foi elaborada a partir de fatos apurados nas
operações Calicute e Eficiência
▪
É acusado de lavar dinheiro de propina comprando joias em
dinheiro e sem nota fiscal, num total de R$ 11 milhões. Segundo o MPF, Cabral
comprou 41 joias na H.Stern e outras 55 na Antonio Bernardo, entre cordões e
brincos. Apenas um par de brincos de ouro branco custou R$ 1,2 milhão
▪
É acusado de ter recebido pelo menos R$ 16,7 milhões em propina
para favorecer as empresas Masan Serviços Especializados Ltda e Comercial
Milano Brasil, que fornecem merenda escolar e alimentação para detentos no
estado. As investigações são decorrentes da Operação Ratatouille
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