Abaixo, a transcrição de notícias da imprensa sobre essa fatídica jornada do dia 6 de setembro, quando um dos chefões corruptos da organização criminosa travestida de partido político efetua denúncia clara quanto aos crimes cometidos pelo chefão da quadrilha, apenas como registro histórico de fatos que constituem, segundo os próprios petistas, uma espécie de "pá de cal" sobre o cadáver ainda insepulto do lulopetismo.
Eu chamo isso de "ponto de não retorno" e vou oferecer minhas reflexões a respeito.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7 de setembro de 2017
Palocci: Lula
tinha ‘pacto de sangue’ com Odebrecht por propinas
Ex-ministro
declarou a Sergio Moro que Emílio Odebrecht colocou R$ 300 mi à disposição do
ex-presidente no final de seu mandato
Por João Pedroso
de Campos
access_time 6 set 2017, 23h58 - Publicado em 6
set 2017, 18h04
CURITIBA, PR,
26.09.2016
LAVA JATO O
ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso na 35ª fase da Operação Lava Jato deixa
o Instituto Médico Legal (IML) após realização de exame de corpo de delito, em
Curitiba, na tarde desta segunda-feira (26). (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo
Press) (Paulo Lisboa/Brazil Photo Press//)
Em depoimento ao
juiz federal Sergio Moro nesta quarta-feira, o
ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, preso pela Operação Lava Jato, incriminou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação
penal em que o petista é suspeito de ter recebido propinas da Odebrecht por meio de um apartamento
vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, ABC paulista, e da
compra de um imóvel que abrigaria a sede do Instituto Lula.
Detido em
Curitiba desde setembro de 2016, Palocci reconheceu ao magistrado que a
denúncia do Ministério Público Federal “procede”, disse ter participado das
tratativas de vantagens indevidas e afirmou que a relação entre os governos
petistas e a empreiteira era “bastante intensa, movida a vantagens dirigidas à
empresa e propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos”.
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Palocci citou um
“pacto de sangue” entre o empresário Emílio Odebrecht e Lula, que teria
envolvido um “pacote de propinas” ao petista no final de seu mandato no Palácio
do Planalto, em 2010. “O doutor Emílio Odebrecht fez uma espécie de pacto de
sangue com o ex-presidente Lula. Ele procurou o ex-presidente nos últimos dias
de seu mandato e levou um pacote de propinas que envolvia esse terreno do
instituto, que já estava comprado e o seu Emílio apresentou ao presidente, o
sítio para uso da família do presidente, que já estava fazendo a reforma, fase
final, ele disse que o sítio já estava pronto. E também disse ao presidente que
ele tinha à disposição para fazer atividades políticas dele 300 milhões de
reais”, contou o ex-ministro.
Segundo Antonio
Palocci, o acerto com Lula teria sido firmado porque a Odebrecht “se mostrou
muito tensa” com a posse de Dilma Rousseff, que já se posicionara contra
interesses da empresa na construção de hidrelétricas no Rio Madeira. O
ex-ministro disse ter ficado “chocado” com a oferta do empresário ao
ex-presidente, relatada a ele pelo próprio Lula em uma conversa no Palácio da
Alvorada, no final de 2010.
Palocci relata
ter sido encarregado pelo petista de tratar sobre os recursos com Marcelo
Odebrecht, filho de Emílio, que propôs a criação de uma planilha para manejo do
dinheiro prometido. Em uma das primeiras conversas com o empreiteiro, no
entanto, Marcelo alegou engano de seu pai e reduziu o valor a 150 milhões de
reais. A promessa voltou a ser de 300 milhões de reais depois de reunião entre
Emílio Odebrecht, Lula e Dilma. “O presidente Lula me chama de novo e fala:
‘olha, o Emílio veio, tivemos uma ótima reunião, ele confirmou os 300 milhões e
falou que pode ser mais se necessário”, declarou o ex-ministro.
No depoimento,
ele ainda reconheceu “achar” ser ele o “Italiano” que dava nome à
conta-corrente da propina mantida entre Odebrecht e PT, embora tenha ressaltado
que seus interlocutores na empreiteira nunca o trataram por tal alcunha.
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Antonio Palocci
explicou que a relação entre os governos petistas e a maior empreiteira do país
não era “linear” e “permanentemente pacífica”, mas que o relacionamento era
“fluido” e envolvia favorecimentos à empresa e doações de campanha. “A
Odebrecht, em particular, tinha uma relação fluida com o governo em todos os
aspectos. Partindo de aspectos de realização de projetos, assim como
participação em campanhas. A participação em campanhas se dava de todas as
maneiras, a maior parte com caixa um, mas o caixa um muitas vezes originário de
atitudes e contratos ilícitos”, disse Antonio Palocci.
A campanha
eleitoral de 2014, conforme Palocci, foi a que mais teve recursos ilícitos
travestidos de doações oficiais, declaradas à Justiça Eleitoral. “Foi a
campanha que mais teve caixa um, e foi uma das campanhas que teve mais
ilicitudes. Porque o crime se sofisticou no campo eleitoral. As pessoas viram
que o problema é o caixa dois, então foram transformando progressivamente tudo
em caixa um, só que a ilicitude está fora do pagamento. É a origem criminosa
dos valores, esse é o ponto”, afirmou.
Petrobras
Antonio Palocci
também confirmou que “quase todos” contratos da empreiteira com a
Petrobras geraram “créditos” ao PT. De acordo com o ex-ministro, Lula o procurou
em 2007, após ser reeleito, e mostrou algum incômodo com os relatos de
corrupção nas diretorias de Serviços e de Abastecimento da estatal, feudos de
PT e PP comandados por Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente.
“Ele falou que
estava pensando em tomar providências, não estava gostando porque a coisa
estava repercutindo de forma muito negativa. Mas logo após veio o pré-sal e o
pré-sal pôs o governo em uma atitude muito frenética em relação à Petrobras.
Esses assuntos de ilícitos e de diretores ficaram em terceiro plano, as coisas
continuaram correndo do jeito que era”, contou.
Ainda segundo
Palocci, a descoberta das reservas de petróleo não apenas freou a intenção do
ex-presidente em agir contra o esquema, mas estimulou o apetite por mais
propina. “Ele até chegou a encomendar que os diretores a partir daí
fizessem mais reservas partidárias”, disse o ex-ministro.
O processo
Neste processo,
Lula é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido propinas de 13 milhões de
reais da Odebrecht.
Parte do
dinheiro, 12,4 milhões de reais, sustentam os procuradores, teria sido gasta na
compra de um terreno para abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo – o
instituto acabou sendo construído em outro endereço. Outros 504.000 reais
teriam sido usados na compra da cobertura contígua à de Lula no edifício Hill
House, em São Bernardo do Campo (SP). As duas compras teriam sido feitas por
meio de laranjas: no caso do terreno, o empresário Demerval Gusmão; no caso da
cobertura, Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai,
amigo de Lula.
Serão julgados
nessa ação penal o ex-presidente, Antonio Palocci, Gusmão, Costamarques, o
empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-assessor de Palocci Branislav Kontic, e o
advogado de Lula, Roberto Teixeira.
Assista aqui a todos os vídeos do
depoimento de Palocci a Sergio Moro.
Defesa
A assessoria do
ex-presidente Lula afirma que as acusações de Antonio Palocci são falsas e só
podem ser compreendidas como tentativa de se livrar da prisão, dizendo o que
o Ministério Público Federal deseja. O ex-ministro negocia um acordo
de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.
“A história que
Antonio Palocci conta é contraditória em relação a outros depoimentos de
testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende
dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo
juiz Sergio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o
próprio juiz um acordo de delação premiada que exige que se justifique
acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula”, diz nota assinada
por Cristiano Zanin Martins, defensor do petista.
De acordo com a
defesa, o ex-ministro repete o que ocorreu com Léo Pinheiro, ex-presidente
da OAS, que também confirmou ao MPF que o tríplex do Guarujá
estava reservado a Lula e era fruto de propinas por contratos na Petrobras.
“Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender, como, sem o
compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para
obter redução de pena e que, no processo do tríplex, foi de Léo Pinheiro”,
afirma.
Veja também
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Para a defesa do
petista, a acusação do MPF diz que o terreno, que supostamente seria para o
Instituto Lula, mas nunca foi usado, teria sido comprado com dinheiro de
propina da Petrobras apenas para que o processo fique sob a jurisdição de
Sergio Moro. “A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria
sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobras – e só por
envolver Petrobras, o caso é julgado no Paraná por Sergio Moro. Não há nada no
processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso”, declara.
Quanto ao apartamento
vizinho ao de Lula – que, segundo o MPF, também seria do petista e fruto de
propina da Odebrecht -, a defesa afirma que o “réu Glauco da Costa
Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da
residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do
ex-presidente e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e
locatário não se confunde com propriedade oculta.”
Por fim, a
defesa ataca Moro e os investigadores da Lava Jato. “Processos fora da devida
jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato
de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus
presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo
explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na
Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.”
O GLOBO
ONLINE
Em depoimento a
Moro, ex-ministro diz que ex-presidente mandou ele recolher o dinheiro, em vez
de 'brigar' com Odebrecht. Assista a vídeo
•
Vídeos: veja os principais trechos dos depoimentos de
Palocci sobre Lula
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Campanha de 2014 'foi a que mais teve ilicitudes', diz
Palocci
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Instituto Lula pediu R$ 4 milhões em dinheiro vivo para
cobrir despesas
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Lula diz que Palocci não teve 'compromisso com a verdade'
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Palocci diz que falou com Lula sobre corrupção na
Petrobras em 2007
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Janot apresenta nova denúncia contra Lula e Dilma ao STF
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'Bye, bye, Lula!', escreve o colunista Ricardo Noblat
Novo áudio fez
Janot abrir uma investigação que pode levar à revisão da delação 37
PGR caminha para
revisar o benefício da liberdade dado a executivos da JBS
Ministro do STF
diz que eles ludibriaram a PGR e degradaram a imagem do Brasil 87
Declaração do
presidente foi transmitida pelo ministro Eliseu Padilha, após viagem à China
Empresa corre o
risco de ter sua delação premiada anulada
Palocci:
'pacto de sangue' deu a Lula sítio em Atibaia e R$ 300 milhões
Em depoimento
a Moro, ex-ministro diz que Lula mandou ele recolher o dinheiro, em vez de
'brigar' com empreiteira
por Chico
Prado, Dimitrius Dantas, Gustavo Schimtt e Sérgio Roxo
06/09/2017
19:31 / Atualizado 06/09/2017 22:46
•
SÃO PAULO — Em
depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-ministro Antônio Palocci afirmou nesta
quarta-feira que o sítio de Atibaia, a construção de um museu e palestras
faziam parte de um pacote de benesses destinado ao PT pela Odebrecht. Segundo
Palocci, Lula estranhou as ofertas financeiras feitas pelo patriarca da
construtora Odebrecht, Emílio Odebrecht, no final de 2010, quando terminava seu
segundo mandato, mas ordenou, no entanto, que o dinheiro fosse recolhido. O
pacote incluía R$ 300 milhões destinados ao PT. (OUTRO LADO: Lula rebate Palocci: "contraditório" e
"sem compromisso com verdade")
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combate a ‘ilícitos ficou em terceiro plano’
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com verdade'
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O “pacto de
sangue” a que Palocci se refere teria sido discutido em reuniões de Lula com os
dois mandatários da Odebrecht a partir do fim de 2010. Até então, de acordo com
a versão do ex-ministro, não havia valores estabelecidos para pagamento da
Odebrecht ao PT. Mas a empreiteira ficou receosa com a eleição de Dilma. De
acordo o ex-ministro, quando era ministra da Casa Civil do governo Lula, Dilma
foi a principal defensora de que a empresa não poderia assumir a construção das
duas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, obras que atraíam o interesse do
grupo empresarial.
Questionado pelo
advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, que perguntou sobre um crédito de R$
200 milhões e a então surpresa de Lula, Palocci disse que um "pacto de
sangue" foi fechado na ocasião. No depoimento a Moro, o ex-ministro contou
como foi o contato entre Emilio Odebrecht e Lula:
— O Emílio
(Odebrecht) abordou (Lula) no final de 2010, não foi pra oferecer alguma coisa,
doutor, foi pra fazer um pacto, que eu chamei de pacto de sangue. Que envolvia
um presente pessoal, que era um sítio, envolvia o prédio de um museu (Instituto
Lula, que não chegou a ser construído) pago pela empresa, envolvia palestras
(de Lula) pagas a R$ 200 mil, fora impostos, combinadas com a Odebrecht.
Combinada para o próximo ano (2011) e envolvia uma reserva de R$ 300 milhões —
afirmou Palocci no interrogatório para Moro.
O ex-ministro
declarou que ficou surpreso ao ver que Lula lhe mandou recolher os valores:
— Eu não
estranhei a surpresa do presidente, mas ele não me mandou brigar com a
Odebrecht. Ele mandou eu recolher os valores — lembrou.
Palocci também
disse que havia uma divergência entre Emílio e Marcelo Odebrecht sobre o valor
em dinheiro destinado ao PT.
— (O Marcelo me
disse:) não é R$ 300 milhões, meu pai se enganou. R$ 300 milhões é a soma daquilo
que foi dado com o que ainda tem disponível (para dar). E o pai, Emílio disse
ao ex-presidente Lula que R$ 300 milhões era o que estava disponível. Então
havia entre eles uma divergência e eu conversei algumas vezes com o Marcelo
sobre isso — recordou o ex-ministro petista.
DILMA TAMBÉM
PARTICIPOU DE REUNIÃO
O advogado
Cristiano Zanin Martins perguntou se Palocci estava presente na "suposta
reunião" entre o ex-presidente e Emílio Odebrecht, no final de 2010.
Palocci contestou o defensor, disse que a reunião está na agenda pública de
Lula e confirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff, já eleita pela primeira
vez, também participou de outro encontro, esse no dia 30 de dezembro daquele
ano.
— Suposta não,
tá na agenda do presidente Lula. As duas reuniões. Uma do presidente Lula com o
senhor Emílio Odebrecht nos últimos dias de dezembro e outra, no penúltimo dia
de dezembro, aí já com a participação da presidente eleita Dilma Rousseff, onde
as amarrações políticas foram feitas por eles. E o presidente Lula, o Marcelo e
depois o doutor Emílio, todos me falaram da reunião — finalizou Antônio
Palocci.
OBSTRUÇÃO DE
JUSTIÇA
Ao longo do
depoimento, Moro pergunta a Palocci se ele tramou para criar obstáculos contra
as investigações:
— Sim, em
algumas oportunidades, eu me reuni com o ex-presidente Lula e com outras
pessoas no sentido de buscar, criar obstáculos à operação, à Lava-Jato, posso
citar casos se o senhor quiser.
O juiz não pediu
para o ex-ministro esclarecer a que situações ele estava se referindo.
Segundo Palocci,
havia um ‘pacto de sangue’ firmado entre Odebrecht e PT - Reprodução
Entrada do sítio
de Atibaia, frequentado pelo ex-presidente Lula e sua família - Edilson
Dantas / Agência O Globo
Foi a que
mais teve mais caixa 1 e ilicitudes, diz Palocci sobre campanha de 2014
Para
ex-ministro, crime se sofisticou com pagamentos ilegais via doação oficial
por Dimitrius
Dantas*
06/09/2017
20:30 / Atualizado 06/09/2017 21:53
A presidente
Dilma Rousseff em ato de campanha no Conjunto Habitacional Guajuviras, em
Canoas - Ichiro Guerra / O GLOBO
•
SÃO PAULO —
Segundo o ex-ministro Antonio Palocci, a campanha eleitoral de 2014 foi marcada
pelo uso de doações eleitorais oficiais para esconder o pagamento de propina.
Em depoimento prestado hoje ao juiz Sergio Moro, o petista contou que "o
crime se sofisticou no campo eleitoral". (OUTRO LADO: Lula rebate Palocci: "contraditório" e
"sem compromisso com verdade")
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Palocci diz que Instituto Lula pediu dinheiro vivo para
cobrir despesas
— Um exemplo bom
é na campanha de 2014. A campanha de 2014 teve duas características: foi a
campanha que mais teve caixa 1 e foi uma das campanhas que teve mais ilicitudes
— disse Palocci.
De acordo com o
ex-ministro, as empresas perceberam que "o problema era o caixa 2" e,
a partir de então, foram realizando o pagamento de vantagens indevidas por meio
das doações oficiais. De qualquer forma, contou Palocci, a origem do dinheiro
era ilegal.
— A ilicitude
está fora do pagamento, é a origem criminosa dos valores. A própria Operação
Lava-Jato já desvendou esse mistério — afirmou.
As contas de
campanha da chapa Dilma-Temer foi julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que
resolveu não utilizar as provas apresentadas pela delação de executivos da
Odebrecht porque as acusações feitas não estavam no escopo inicial da ação
proposta.
A afirmação de
Palocci veio como resposta a uma questão colocada pelo advogado do
ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, sobre uma possível contradição em
seus dois depoimentos. Em seu primeiro interrogatório na Lava-Jato, Palocci se
negou a afirmar que havia tratado ou operado de valores de campanha.
— Eu disse que
nunca operei doações e continuo dizendo, nunca fui buscar dinheiro em empresas.
Mas sabia que o dinheiro era depositado nos partidos, entregue em malas. Mas eu
várias vezes pedi para a empresa para fazer doação de 50 milhões para a
campanha do presidente tal, da presidente tal, e sabia que o tesoureiro depois
ia lá, faziam pagamentos ilícitos e lícitos, caixa 1, 2 — disse Palocci.
*Estagiário,
sob supervisão de Flávio Freire
Lula rebate
Palocci: 'contraditório' e 'sem compromisso com verdade'
Ex-presidente
diz que acusação foi motivada por desejo de ex-ministro de fazer delação
por O Globo
06/09/2017
18:27 / Atualizado 06/09/2017 20:16
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva - PABLO JACOB / Pablo Jacob/Agência O Globo
RIO E SÃO PAULO
— O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota na tarde desta
quarta-feira para rebater a acusação do ex-ministro Antonio Palocci, que afirmou que Lula acompanhava o repasse de propina da
Odebrecht para o PT. Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro,
Palocci disse que havia um ‘pacto de sangue’ celebrado com a Odebrecht que
resultou num pacote de propina de R$ 300 milhões para o PT. O advogado do
ex-presidente, Cristiano Zanin Martins afirmou que Palocci mudou sua versão
sobre os fatos para conseguir fechar acordo de delação porque está "preso
e sob pressão"
Segundo Martins,
o ex-ministro tinha anotado em um papel a frase que utilizou para descrever a
relação da Odebrecht com PT: "Palocci compareceu pronto para emitir frases
e expressões de efeito, como "pacto de sangue", esta última anotada
em papéis por ele usados na audiência".
A resposta do
ex-presidente, divulgada em sua página oficial no Facebook, diz que o
depoimento de Palocci foi "contraditório" e "sem o compromisso
de dizer a verdade". De acordo com a nota, a acusação do ex-ministro da
Fazenda "só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado
em outros processos" e "que busca negociar com o Ministério Público e
o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique
acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula".
Ainda segundo o
comunicado, Palocci precisa citar o ex-presidente para conseguir fechar o
acordo. A réplica de Lula afirma também que não há razão para o processo
tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba e que Sergio Moro tem "notória
parcialidade".
Em relação ao
foco do processo, a suposta compra de um terreno para a construção da nova sede
do Instituto Lula, a defesa do ex-presidente diz que "jamais teve qualquer
outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência
adquirida em 1991".
"O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer
ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de
presidente da República eleito pela população brasileira", diz o texto.
Confira a nota
de Lula na íntegra:
"A história
que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de
testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende
dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz
Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro
um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e
sem provas contra o ex-presidente Lula. Palocci repete o papel de réu que não
só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as
acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do
tríplex foi de Léo Pinheiro.
A acusação do
Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos
desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é
julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de
Palocci que confirme isso. Sobre a tal “planilha”, mesmo Palocci diz que era um
controle interno do Marcelo Odebrecht e que “acha” que se refere a ele. Ou
seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci falou de
uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas
de suas conversas. Todas falas sem provas.
Marcelo por sua
vez diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado
isso para Lula.
O réu Glauco da
Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao
da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do
ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e
locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos fora
da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não
apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de
delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com
o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula
na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O Instituto Lula
reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht
e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do
Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem
antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da
República eleito pela população brasileira."
Veja a nota do
advogado Cristiano Zanin Martins:
"O
depoimento de Palocci é contraditório com outros depoimentos de testemunhas,
réus, delatores da Odebrecht e com as provas apresentadas.
Preso e sob
pressão, Palocci negocia com o MP acordo de delação que exige que se
justifiquem acusações falsas e sem provas contra Lula.
Como Léo
Pinheiro e Delcídio, Palocci repete papel de validar, sem provas, as acusações
do MP para obter redução de pena.
Palocci compareceu
ato pronto para emitir frases e expressões de efeito, como "pacto de
sangue", esta última anotada em papéis por ele usados na audiência.
Após cumprirem
este papel, delações informais de Delcídio e Léo Pinheiro foram desacreditadas,
inclusive pelo MP."
PT diz que
setores da Justiça movem 'perseguição política' contra o partido
Em nota, PT
rechaça denúncias feitas por Palocci de que partido recebeu R$ 300 milhões da
Odebrecht
por O Globo
06/09/2017
20:24 / Atualizado 06/09/2017 21:10
Palocci diz que
Lula acompanhava o repasse de propina da Odebrecht para o PT -
Reprodução
SÃO PAULO — A
Executiva Nacional do PT rechaçou, nesta quarta-feira, denúncias feitas pelo
ex-ministro Antonio Palocci que o PT teria recebido R$ 300
milhões da Odebrecht. Em nota, o partido afirma que o depoimento se soma a
outras tentativas da Lava-Jato de tentar incriminar o ex-presidente Lula e que
fica claro "perseguição política movida por setores da Justiça contra o PT".
Segundo o PT,
Palocci mudou seu depoimento, a exemplo do que fizeram outros delatores,
buscando a redução da sua pena.
Leia a íntegra
da nota:
"O Partido
dos Trabalhadores rechaça as informações prestadas pelo ex-ministro Antonio
Palocci à 13ª Vara Federal de Curitiba nesta quarta-feira (6). O depoimento se
soma a outras tentativas da Força Tarefa da Lava Jato de tentar incriminar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem apresentação de provas, baseadas
apenas em delações sem valor legal. Fica cada vez mais claro o caráter de
perseguição política movida por setores da Justiça contra o PT.
Palocci já havia
prestado depoimento, em maio desse ano, e negado todas as acusações, repetindo
a estratégia de outros acusadores como Delcídio do Amaral e Léo Pinheiro, que
voltaram atrás em seus depoimentos buscando a diminuição de suas penas, depois
de permanecerem presos por um longo tempo.
Mais uma vez,
chama a atenção que essas acusações sejam feitas às vésperas de um novo
depoimento de Lula ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. O PT se solidariza
com o ex-presidente Lula, que nos últimos anos teve sua vida devassada sem que
houvesse sido encontrado qualquer vestígio de enriquecimento pessoal que
manchasse sua biografia. O cerco a Lula se dá em um momento em que ele lidera
todas as pesquisas de opinião para as eleições de 2018 e após o êxito de sua
caravana pelo Nordeste. "
Política
Bye,
bye, Lula!
06/09/2017
- 19h34
Ricardo
Noblat
Este
dia, 6 de setembro de 2017, parece destinado a passar à História como o que
selou o destino do mais popular e carismático líder político brasileiro desde
Getúlio Vargas, o presidente que se matou com um tiro no peito para não ser
derrubado.
Em
menos de duas horas, ficou-se sabendo que o poderoso ministro dos governos Lula
e Dilma, Antonio Palocci, entregou o “pacto de sangue” firmado pelo PT e a
construtora Odebrecht. E que Lula e Dilma foram denunciados outra vez, desta
por obstrução de Justiça.
Ao
PT, segundo Palocci, a Odebrecht pagou propinas num valor de R$ 300 milhões –
parte para financiar campanhas do partido, parte para a compra de uma nova sede
do Instituto Lula, e R$ 4 milhões, “uma merreca”, diria Lula, para o
ex-presidente.
Depois
de ter disparado uma flecha contra o próprio pé no caso da delação do Grupo
JBS, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, disparou outra em Lula e
Dilma – essa por conta da manobra que tornaria Lula chefe da Casa Civil do
governo Dilma.
A
manobra tinha como objetivo proteger Lula, que fora conduzido coercitivamente
para depor à Lava Jato e que corria o risco de ser preso a qualquer momento.
Como ministro, Lula só poderia ser processado pelo Supremo Tribunal Federal.
Escaparia de Curitiba.
Preso
em Curitiba, à espera de ser condenado por corrupção, Palocci finalmente cedeu
às pressões dos seus advogados e contou ao juiz Sérgio Moro o que sabe. Se não
contou tudo, contou o suficiente para que Lula, em breve, venha a ser condenado
pela segunda vez.
Revelou
que Lula acompanhou cada passo do andamento das operações de repasses ilícitos
que culminaram com a compra de um novo imóvel para o Instituto Lula. E que Lula
em pessoa, acertou com a Odebrecht o pacote de propinas no valor de R$ 300
milhões.
Destaque-se
que o depoimento de Palocci a Moro não fez parte de nenhuma delação premiada,
porque delação ainda não há. Certamente Palocci guardou revelações inéditas
para oferecer mais tarde em troca do prêmio por delatar.
O
que disse a Moro, porém, já é suficiente para que seja apontado no futuro como
o maior algoz de Lula, aquele que rompeu o pacto de silêncio dos principais
líderes do PT para impedir que o demiurgo da esquerda acabasse punido.
A
Lula e aos seus advogados, resta esgrimir com o falso argumento de que Palocci
mentiu para livrar-se de muitos anos de cadeia. Ao PT, procurar outro candidato
para disputar a vaga de Michel Temer no próximo ano. Game over. Fim
de jogo.
Ex-ministro
Antonio Palocci prestou depoimento, nesta quarta-feira, 06/09/2017, ao juiz
Sérgio Moro (Foto: Reprodução / G1)
Janot
apresenta nova denúncia contra Lula e Dilma ao STF
Ex-presidentes
e Aloizio Mercadante são acusados de obstrução de Justiça
por Carolina
Brígido
06/09/2017
18:40 / Atualizado 06/09/2017 20:05
Os
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff durante o Congresso
do PT, em Brasília - André Coelho / Agência O Globo/01-06-2017
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BRASÍLIA — O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e o
ex-ministro Aloizio Mercadante ao Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução
de justiça na Lava-Jato. Eles são investigados em um inquérito aberto em agosto
de 2016, depois que vazou a gravação de um diálogo em que Dilma diz a Lula que
estaria enviando por um emissário o termo de posse do petista como ministro da
Casa Civil. (OUTRO LADO: Lula diz que Janot busca encobrir "questionamentos
sobre sua atuação")
A suspeita é de
que a nomeação de Lula no cargo teria ocorrido com o único propósito de dar a
ele o direito de ser investigado e julgado em foro especial. Os processos
contra o petista sairiam da primeira instância e seriam transferidos para o
STF. Para Janot, essa manobra configuraria obstrução à Justiça. É a segunda
denúncia que o procurador-geral apresenta à corte contra Lula e Dilma nesta
semana. A primeira, na terça-feira, acusa os dois de integrarem uma organização
criminosa, junto com outros petistas.
Mercadante é
investigado a partir de um diálogo gravado com um assessor chamado José Eduardo
Marzagão. O ex-ministro teria tentado impedir a delação premiada do ex-senador
Delcídio Amaral para, dessa forma, prejudicar as investigações da Lava-Jato. O
teor da denúncia não foi divulgado, porque está mantido em sigilo.
Agora, o
relator, ministro Edson Fachin, vai elaborar um voto contrário ou favorável à
denúncia e levar para votação na Segunda Turma do STF. Se a denúncia for
recebida, os três serão transformados em réus em uma ação penal.
No mesmo
inquérito, Janot pediu o arquivamento das investigações relativas aos ministros
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão e Marcelo Navarro
Ribeiro Dantas, além do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, por falta
de indícios mínimos contra eles. O pedido será examinado pelo relator da
Lava-Jato, ministro Edson Fachin. Normalmente, o STF costuma aceitar os pedidos
de arquivamento feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Pesava sobre
Marcelo Navarro Ribeiro Dantas a suspeita de ser nomeado para o STJ em 2015 com
o objetivo de conceder habeas corpus a executivos de empreiteiras presos na
Lava-Jato. A suspeita foi lançada por Delcídio em delação premiada. Cardozo e
Falcão teriam atuado pela nomeação.
Em nota, a
assessoria de imprensa de Lula afirma que Janot atua de forma “afoita e
atabalhoada” nos últimos dias de mantado – que termina ao fim da próxima
semana. O texto afirma que a nomeação de Lula não constituiu crime, porque não
interromperia o curso normal das investigações. Elas apenas seriam transferidas
para o STF e conduzidas pela PGR.
“Estranhamente,
Janot considera que ser investigado por ele mesmo, e julgado pelo Supremo
Tribunal Federal, sem possibilidade de recurso a outras instâncias, seria uma
forma de obstrução de justiça”, diz a nota.
Em nota, a
assessoria de imprensa de Mercadante afirmou que ele já foi absolvido dessa
acusação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Ele também
questionou a idoneidade da delação de Delcídio, na qual se baseia as
investigações.
"Como é de
conhecimento público, a delação de Delcidio Amaral está sendo questionada pelo
próprio Ministério Público, que já solicitou inclusive anulação de
benefícios". O texto afirma que o ex-ministro tem "plena
convicção" de que, na Justiça, terá a oportunidade de provar que não houve
qualquer tentativa de obstrução de justiça.
UOL
Petistas
dizem que depoimento de Palocci é 'dureza' e uma 'pá de cal'
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Bruno
Santos/Folhapress
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Ex-presidente
Lula no final da caravana pelo Nordeste
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CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
06/09/2017 20h21
Além de
desqualificar Palocci pessoalmente, dirigentes petistas usaram termos como
"pá de cal" ou "dureza" para classificar o momento político
após o novo depoimento.
Apesar de
abalados com o teor das declarações de Palocci, petistas se preparam para
desqualificar o que chamam de instituto da delação premiada, no qual, segundo
eles, os delatores prestam depoimentos sob forte pressão após meses de prisão.
Ainda assim,
petistas comparam a atitude de Palocci à do ex-ministro José Dirceu e à do
ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, que negam todas as acusações de que
o PT é alvo.
O ex-presidente
da Petrobras Sérgio Gabrielli afirmou, nesta quarta-feira (6), que não se
lembra de referências a financiamento de campanha durante reuniões com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o ex-ministro Antonio Palocci.
RECURSOS
Ao responder,
por e-mail, se confirmava a existência de uma reunião descrita por Palocci, na
qual teria sido orientado a arrecadar recursos para a campanha de Dilma
Rousseff por intermédio da contratação de empresas para construção de sondas,
Gabrielli afirmou que "a construção das sondas no Brasil era um projeto
absolutamente estratégico, tanto para o desenvolvimento das descobertas do
pré-sal, como para garantir a política de conteúdo nacional reerguendo a
indústria naval brasileira".
"Como
reconhece o próprio Palocci, as condições econômicas dos projetos eram muito
estritas e não havia margem para outros pagamentos, conforme comprovado pelos
empresários já ouvidos em outros inquéritos", disse Gabrielli.
O ex-presidente
da Petrobras disse não recordar da conversa relatada por Palocci.
"Não me
recordo nem da referência a financiamento de campanha em reuniões com o
presidente Lula ou com o próprio Palocci".
PT
O PT divulgou uma nota em que "rechaça
as informações" prestadas pelo ex-ministro. "O depoimento se soma a
outras tentativas da Força Tarefa da Lava Jato de tentar incriminar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem apresentação de provas, baseadas
apenas em delações sem valor legal. Fica cada vez mais claro o caráter de
perseguição política movida por setores da Justiça contra o PT", diz a
nota, que não leva a assinatura da presidente do partido, Gleisi Hoffman, mas é
creditada à Executiva petista.
Segundo a nota,
Palocci já havia prestado depoimento e negado todas as acusações,
"repetindo a estratégia de outros acusadores como Delcídio do Amaral e Léo
Pinheiro, que voltaram atrás em seus depoimentos buscando a diminuição de suas
penas, depois de permanecerem presos por um longo tempo".
"Mais uma
vez, chama a atenção que essas acusações sejam feitas às vésperas de um novo
depoimento de Lula ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba", acrescenta a
nota.
E conclui:
"O PT se solidariza com o ex-presidente Lula, que nos últimos anos teve
sua vida devassada sem que houvesse sido encontrado qualquer vestígio de
enriquecimento pessoal que manchasse sua biografia. O cerco a Lula se dá em um
momento em que ele lidera todas as pesquisas de opinião para as eleições de
2018 e após o êxito de sua caravana pelo Nordeste".
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