Avançamos moralmente desde os embates de nossos ancestrais na luta pela sobrevivência?
Paulo Roberto de Almeida
Certamente, ou pelo menos um pouco. Desde o Iluminismo, aliás desde Buda, Jesus e, antes deles, desde Confúcio, a civilização criou anteparos morais à capacidade humana de destruir, de matar e de instilar ódio.
Pessoas e sociedades dignas conseguem controlar os demônios de nossa natureza. Algumas não, daí o horror quando vemos um ditador insano como o Putin ordenar massacres, atrocidades e destruição de cidades inteiras.
Pensávamos que tudo isso tinha ficado para trás, no século XX, quando tiranos como Stalin e Hitler comandaram matanças indiscriminadas ou seletivas.
Pensávamos que atos bárbaros já tivessem sido contidos pelo sentido moral da comunidade internacional depois do Holocausto nazista e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Não, ainda não conseguimos conter os instintos mais primitivos de certos dirigentes que já deveriam ter sido afastados do convívio normal com as democracias e com os governos que respeitam os direitos humanos e as liberdades.
Ainda não avançamos moralmente tanto quanto fosse possível, desejável e necessário.
Vamos conseguir, a despeito de todos aqueles que acham justificativas para apoiar desumanidades como essas perpetradas por um monstro imoral como o Putin.
Sim, depois de Hitler e de Stalin, ele é o novo monstro imoral da nossa civilização ainda pouco civilizada.
Mas conseguiremos!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19/03/2022
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