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quarta-feira, 30 de março de 2022

Como deformar uma nação inteira em menos de um mandato - Paulo Roberto de Almeida

Como deformar uma nação inteira em menos de um mandato

Paulo Roberto de Almeida


Grandes mentirosos, demagogos compulsivos, populistas desvairados são capazes de arrastar multidões para as mais rematadas loucuras. Não faltam mostras dessa deformação do tecido político e social de grandes nações na era contemporânea.

Chávez, Lula, Trump e Bolsonaro são os exemplos mais típicos na atualidade recente. Perón pertence a uma geração anterior, a das repúblicas sindicais, não muito distantes de certas cleptocracias socialistas, entre os quais eu incluiria o exemplo mais recente e mais destrutivo de todos, Putin, o neoczar de todas as Rússias.

Pelo poder da palavra, pela manipulação até criminosa de instituições de Estado, eles conseguem destruir países inteiros e suas instituições políticas. Democracias frágeis são ainda mais corrompidas.

Ademais de seduzir os mais pobres e os menos educados com promessas e esmolas limitadas, criam um séquito de seguidores fanatizados, alguns por ideologia delirante, outros por oportunismo e negocismo dos mais vis, pois que baseados na atração dos recursos do Estado, desviados para as falcatruas assim alimentadas. 

O Brasil parece ter sido arrastado para o vórtice dessa loucura sociopática, que contamina não só a turba, mas partes das elites igualmente. 

Os nomes citados acima podem ser associados às trajetórias mais deprimentes registradas em seus respectivos países: Venezuela, Brasil, EUA, Argentina e Rússia oferecem os cenários mais visíveis de uma grave deterioração democrática e do próprio comprometimento da civilidade, simais evidentes de um declínio que pode se estender por mais de uma geração.

Sociedades podem sucumbir a tais aspirais descendentes, assim como indivíduos são tomados por acessos de irracionalidade temporária ou até por derivas sociopáticas. 

Determinados fatores contingentes, associados a tais “líderes” populistas podem ser tão poderosos quanto as chamadas “forças profundas” da História.

Parece que chegou a nossa vez…


Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 30/03/2022

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