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terça-feira, 21 de junho de 2022

Uma seleção das inteligências nacionais - Paulo Roberto de Almeida

 Uma seleção das inteligências nacionais  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Uma lista arbitrária da intelligentsia nacional

  

Intelligentsia, uma palavra russa para designar intelectuais, cobre geralmente a fração daquelas pessoas mais preparadas e capacitadas para serem estadistas, ou seja, os condutores da nação. Mas nem todos os estadistas são necessariamente inteligentes, no sentido intelectual do termo, e nem todos os intelectuais conseguem ser estadistas, ou líderes sagazes; alguns, tidos por intelectuais, são até muito limitados, e podem até causar malefícios à nação, ao orientá-la por maus caminhos, na economia, na política, na cultura, nas relações exteriores. 

Pensando na nossa intelligentsia, resolvi alinhar alguns nomes daqueles que eu considero verdadeiros estadistas, ou seja, inteligentes e capazes de liderar a nação, ainda que alguns não tenham tido essa oportunidade, por artes do destino.

Numa ordem não necessariamente definitiva, vou alinhar aqueles que eu considero verdadeiros estadistas, e que também são inteligentes, ao acaso da memória, do conhecimento, da história.

 

1) Hipólito José da Costa

2) San Tiago Dantas

3) Rui Barbosa 

4) Fernando Henrique Cardoso

5) José Guilherme Merquior

6) Monteiro Lobato

7) José da Silva Lisboa

8 Juscelino Kubitschek 

9) visconde do Rio Branco

10) Humberto de Alencar Castelo Branco

11) Roberto Campos

12) José Bonifácio de Andrada e Silva

13) Paulino José Soares de Souza

14) Ernesto Geisel (com restrições)

15) Eugenio Gudin

16) Josué de Castro

17) Anísio Teixeira 

18) Roberto Simonsen

19) Fernando de Azevedo

20) Irineu Evangelista de Souza

21) Oswaldo Aranha

22) Barão do Rio Branco 

23) Afonso Arinos de Melo Franco

24) Joaquim Nabuco

25) Machado de Assis

26) D. Pedro II

27) Barbosa Lima Sobrinho

28) Alberto da Costa e Silva

29) Darcy Ribeiro

30) Padre Antonio Vieira

31) Raymundo Faoro

32) Celso Furtado

33) Manoel Bonfim

34) Oliveira Lima

35) Sérgio Buarque de Holanda 

36) Alexandre de Gusmão 

37) Tom Jobim

38) Vinicius de Moraes

39) Cartola

40) Princesa Leopoldina

41) Rubens Ricupero 

(…)

 

Por certo, haveria muitos outros, mas vou parar por aqui, para não enveredar por justificativas que podem não ser consensuais.

Não me peçam para selecionar as antípodas dessa lista, os piores dentre os piores, pois já os tivemos e ainda temos, sendo que o pior nem preciso mencionar, pois não merece nenhuma classificação ou categoria. 

Vamos ficar com os melhores, os membros da intelligentsia que também foram, são, ou poderiam ser estadistas da nação. 

Vou me ocupar de cada um deles, para justificar minhas escolhas e duas dezenas deles já figuram no meu próximo livro: Construtores da Nação: projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior (sendo preparado para publicação). Até lá, e mais além, pois pretendo continuar.


P.S.: Recebi, pela via dos comentários à postagem, uma ou outra restrição – ao racismo de Monteiro Lobato, por exemplo –, e dezenas de novas sugestões, sobretudo de mulheres, que posto de forma não organizada aqui na sequência, ao mesmo tempo em que agradeço aos atentos leitores e gentis colaboradores com esta inteligência da intelligentsia nacional. Não endosso todos eles, no meu critério de inteligência com capacidade de liderança nacional, mas registro seus nomes, pelo fato de serem todos relevantes na cultura nacional e para a nação brasileira.

 

42) Mário Henrique Simonsen

43) Pedro Sampaio Malan

44) Tancredo Neves

45) Ulysses Guimarães

46) Ruth Cardoso

47) Joaquim Barbosa

48) Chico Mendes

49) Augusto Ruschi

50) José Mangabeira Unger

51) José Thomas de Araújo Filho

52) André Rebouças

53) Nise da Silveira

54) Elizeth Cardoso

55) Villa-Lobos

56) Mario Schemberg

57) João Guimarães Rosa

58) Oscar Niemeyer 

59) Mário de Andrade

60) Tarsila do Amaral

61) Candido Portinari

62) Di Cavalcanti

63) Glauber Rocha

64) Pelé

65) Marechal Rondon

66) Pedro I

67) Cacique Raoni

68) Emanuel Araújo

69) ?

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4179: 21 junho 2022, 2 p.


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