Uma seleção das inteligências nacionais
Paulo Roberto de Almeida
Diplomata, professor
(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)
Uma lista arbitrária da intelligentsia nacional
Intelligentsia, uma palavra russa para designar intelectuais, cobre geralmente a fração daquelas pessoas mais preparadas e capacitadas para serem estadistas, ou seja, os condutores da nação. Mas nem todos os estadistas são necessariamente inteligentes, no sentido intelectual do termo, e nem todos os intelectuais conseguem ser estadistas, ou líderes sagazes; alguns, tidos por intelectuais, são até muito limitados, e podem até causar malefícios à nação, ao orientá-la por maus caminhos, na economia, na política, na cultura, nas relações exteriores.
Pensando na nossa intelligentsia, resolvi alinhar alguns nomes daqueles que eu considero verdadeiros estadistas, ou seja, inteligentes e capazes de liderar a nação, ainda que alguns não tenham tido essa oportunidade, por artes do destino.
Numa ordem não necessariamente definitiva, vou alinhar aqueles que eu considero verdadeiros estadistas, e que também são inteligentes, ao acaso da memória, do conhecimento, da história.
1) Hipólito José da Costa
2) San Tiago Dantas
3) Rui Barbosa
4) Fernando Henrique Cardoso
5) José Guilherme Merquior
6) Monteiro Lobato
7) José da Silva Lisboa
8 Juscelino Kubitschek
9) visconde do Rio Branco
10) Humberto de Alencar Castelo Branco
11) Roberto Campos
12) José Bonifácio de Andrada e Silva
13) Paulino José Soares de Souza
14) Ernesto Geisel (com restrições)
15) Eugenio Gudin
16) Josué de Castro
17) Anísio Teixeira
18) Roberto Simonsen
19) Fernando de Azevedo
20) Irineu Evangelista de Souza
21) Oswaldo Aranha
22) Barão do Rio Branco
23) Afonso Arinos de Melo Franco
24) Joaquim Nabuco
25) Machado de Assis
26) D. Pedro II
27) Barbosa Lima Sobrinho
28) Alberto da Costa e Silva
29) Darcy Ribeiro
30) Padre Antonio Vieira
31) Raymundo Faoro
32) Celso Furtado
33) Manoel Bonfim
34) Oliveira Lima
35) Sérgio Buarque de Holanda
36) Alexandre de Gusmão
37) Tom Jobim
38) Vinicius de Moraes
39) Cartola
40) Princesa Leopoldina
41) Rubens Ricupero
(…)
Por certo, haveria muitos outros, mas vou parar por aqui, para não enveredar por justificativas que podem não ser consensuais.
Não me peçam para selecionar as antípodas dessa lista, os piores dentre os piores, pois já os tivemos e ainda temos, sendo que o pior nem preciso mencionar, pois não merece nenhuma classificação ou categoria.
Vamos ficar com os melhores, os membros da intelligentsia que também foram, são, ou poderiam ser estadistas da nação.
Vou me ocupar de cada um deles, para justificar minhas escolhas e duas dezenas deles já figuram no meu próximo livro: Construtores da Nação: projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior (sendo preparado para publicação). Até lá, e mais além, pois pretendo continuar.
P.S.: Recebi, pela via dos comentários à postagem, uma ou outra restrição – ao racismo de Monteiro Lobato, por exemplo –, e dezenas de novas sugestões, sobretudo de mulheres, que posto de forma não organizada aqui na sequência, ao mesmo tempo em que agradeço aos atentos leitores e gentis colaboradores com esta inteligência da intelligentsia nacional. Não endosso todos eles, no meu critério de inteligência com capacidade de liderança nacional, mas registro seus nomes, pelo fato de serem todos relevantes na cultura nacional e para a nação brasileira.
42) Mário Henrique Simonsen
43) Pedro Sampaio Malan
44) Tancredo Neves
45) Ulysses Guimarães
46) Ruth Cardoso
47) Joaquim Barbosa
48) Chico Mendes
49) Augusto Ruschi
50) José Mangabeira Unger
51) José Thomas de Araújo Filho
52) André Rebouças
53) Nise da Silveira
54) Elizeth Cardoso
55) Villa-Lobos
56) Mario Schemberg
57) João Guimarães Rosa
58) Oscar Niemeyer
59) Mário de Andrade
60) Tarsila do Amaral
61) Candido Portinari
62) Di Cavalcanti
63) Glauber Rocha
64) Pelé
65) Marechal Rondon
66) Pedro I
67) Cacique Raoni
68) Emanuel Araújo
69) ?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4179: 21 junho 2022, 2 p.
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