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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Estudantes instigantes: ou, a funcao social do diplomata...

Será que diplomata tem alguma função social?
Quero dizer, além de beber, comer e estimular a demanda por festas e recepções...
Bem, este foi o sentido, mais acima, não o da segunda linha, de uma pergunta feita por um curioso, desses que de vez em quando aparecem por aqui.
Vejamos o que ele me escreveu, ou me pediu, seguido logo abaixo de minha resposta.
Paulo Roberto de Almeida 
PS: Na verdade, já escrevi sobre isso, mais de uma vez. Mas assim como o estudante tem preguiça de pesquisar, estou com preguiça para procurar.
Hoje em dia tem cada uma... 


PERGUNTA INSTIGANTE:

Gostaria de saber qual seria a função social do diplomata? Como este profissional pode ajudar na mudança de valores em uma sociedade? Como se dá a atuação do diplomata brasileiro no exterior, até que ponto tal profissional pode influenciar na mudança daquele determinado país?
Att,
C. C. N.
Paulo R. de Almeida disse...
C. C.,
Pois não, você gostaria de saber qual é a função social de um diplomata, à parte participar de coqueteis, recepções e essa vida boa de luxos e prazeres?
Enfim, estou brincando, claro, mas suponho que todas essas perguntas que você me faz só podem ter dois motivos: uma imensa curiosidade intelectual, ou algum trabalho universitário.
Pois você sabe que, antes de qualquer outra questão formal, ou substantiva, o estudante universitário, os normais, quero dizer, começa a vida aprendendo a pesquisar.
Acho que você vai colocar todas essas perguntas no Google e esperar para ver o que aparece.
Com sorte, deve ter até trabalhos meus no meio.
Ou você pode pesquisar diretamente no meu site e blogs.
Divirta-se.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Depois me mande copia do trabalho, por favor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

America Latina fica para tras (agora e nas proximas decadas...)

Não é de hoje, aliás.
Desde os tempos em que um economista otimista -- e grandemente equivocado -- como Gunnar Myrdal "previu", ainda na virada dos anos 1960, que a América Latina iria alcançar os países desenvolvidos -- com base em seus brilhantes economistas e em suas políticas substitutivas e de dirigismo estatal -- os países da América Latina tem se esforçado por desmentir esse Prêmio Nobel (que aliás, deveria ter devolvido o Prêmio Nobel, ao também "prever" que a Ásia permaneceria irremediavelmente pobre, miserável, atrasada), cometendo todo tipo de impropriedade para confirmar seu atraso, sua estagnação e seu recuo.
Se considerarmos que a educação é o caminho indispensável para o avanço, então deveremos aceitar que permaneceremos atrasados pelas próximas decadas.
A escolha foi nossa.
Com faculdades tão brilhantes quanto a "Fefelech" da Universidade de São Paulo, nosso destino é continuar na rabeira dos progressos mundiais.
 Paulo Roberto de Almeida

EUA: CRESCEM ESTUDANTES DA ÁSIA E DIMINUEM OS DA AMÉRICA LATINA! 
Andrés Openheimer 
La Nacion, 22/11/2011

1. De acordo com estudo Portas Abertas do Instituto de Educação Internacional, com sede em Nova York, o número de estudantes asiáticos nas universidades norte americanas cresceu para 462 mil estudantes, enquanto o número de estudantes latino americanos caiu para 64 mil alunos.
 
2. No ano passado, os países com o maior número de estudantes universitários nos Estados Unidos foram a China (158 mil), Índia (104 mil), Coréia do Sul (73 mil), Canadá (28 mil), Taiwan (25 mil), Arábia Saudita (23 mil) e Japão (21 mil).
   
3. Os estudantes asiáticos, atraídos pelo fato de que as universidades norte americanas ocupam as primeiras posições em todos os rankings mundiais de universidades, consideram que o diploma de uma universidade norte americana é o melhor passaporte para conseguir um bom emprego em seus países. Até mesmo o Vietnã tem 15 mil estudantes em universidades norte-americanas, mais do que o México, que não chega a 14 mil. Entre os países latino-americanos, o México ocupa o primeiro lugar, seguido pelo Brasil, com 9 mil estudantes; Colômbia, com 6 mil; Venezuela, com 5 mil, e Jamaica, com 3 mil.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estudantes que nao estudam? Ou nao pesquisam? A universidade virou uma colonia de ferias?

Recebi a demanda seguinte de um estudante, esta tarde: 



Olá Paulo Roberto de Almeida,
sou Pxxxx Bxxxxx, aluno de jornalismo da Uxx. Gostaria de saber se você poderia responder um questionário sobre o Wikileaks, pois preciso fazer uma matéria sobre o tema. (...)
Atenciosamente,
Pxxxx Bxxxxx



Eis o questionário:



 1- De modo bem claro, gostaria de saber como, quando e porque surgiu o Wikileaks?
 2- Quem é o fundador do site. Qual a sua principal proposta quando o fundou?
 3- Quais foram os principais problemas, casos, gerados pelas publicações do Wikileaks, entre Estados nacionais?
 4-O Wilkileaks é a materialização da influência dos meios de comunicação sobre os Estados, governos nacionais? Essa influência é vista de modo claro por meio da ação deste site?
 5- Alguns autores, como Sérgio Amadeu da Silveira, teórico da UFBA, ponderam a influência do Wikileaks sobre os governos e o poder dos atuais meios de comunicação sobre os governos, pois acredita que o fenômeno Wiki jamais modificou alguma posição diplomática e governamental de algum governo em relação aos demais. Gostaria que você, por gentiliza, comentasse tal afirmação.

Minha resposta: 

Meu caro Pxxxx Bxxxxx,
Vi o questionario, e constatei que se trata de um questionario generico, de perguntas absolutamente corriqueiras sobre o Wikileaks, que qualquer estudante de jornalismo, ou qualquer jornalista poderia responder, bastando pesquisar o assunto.
Se voce espera que eu vá fazer esse trabalho para você, está muito enganado.
Basta você pesquisar e terá todas as respostas de que precisa, sem pedir que outros façam aquilo que você mesmo precisa e deve fazer.
Esta deveria ser a sua primeira, e única, na verdade, lição de jornalismo.
A única pergunta "pessoal" que você me faz é um pedido de comentário sobre uma afirmação de um outro acadêmico, o que eu poderia, a rigor, fazer, mas acho a pergunta, e o posicionamento, do acadêmico em questão totalmente subjetivos.
Posso até dizer que concordo com ele, mas isso acho que não adianta muito.

Se você quer fazer jornalismo, vá pesquisar, e encontre suas próprias respostas, sem ter de pedir aos outros que façam o seu trabalho.

Meu comentário agora: 

Eu sinceramente não compreendo o que estudantes universitários estão fazendo de seus cursos, atualmente.
O primeiro recurso em face de um trabalho qualquer é ir para o Google. Aí o indivíduo acha alguém que escreveu sobre o tema em questão -- no meu caso, dois ou três trabalhos para o Wikileaks -- e o "gênio" resolve pedir uma "ajudinha" para esse alguém, achando que todo mundo tem a obrigação de ajudar um pobre estudante preguiçoso.
Vou interromper meu comentário por aqui, pois acho que o estudante em questão não merece que eu perca mais o tempo.
Aliás, só postei o que vai acima para dissuadir outros engraçadinhos...
Paulo Roberto de Almeida