Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 21 de julho de 2013
MPOG contrata assessores internacionais sabendo falar Ingles; o Portugues parece facultativo...
A frase da semana, mas de uma semana de 2011 (Celso Amorim)
[Mais um pouco se poderia dizer que foi um atentado à soberania brasileira, claro, não tão grave quanto tirar os sapatos em um aeroporto do império, mas quase tão grave quanto. Mas, os sapatos sempre serão mais estratégicos do que aviões, inclusive porque sem sapatos fica difícil caminhar, mas, no que se refere a aviões, ou "a nível de aviões", como diria alguém, sempre se pode esperar por um outro...]
Alemanha: um "imperio acidental" - Ulrich Beck (Social Europe Journal)
Germany Has Created An Accidental Empire
Itamaraty na cooperacao internacional: ABC reformada pelo governo
Soberania bolivariana: diferente da soberania normal; ah bom, assim pode...
Estupro das instituicoes em Porto Alegre - Percival Puggina (e um pouco em todo o Brasil, PRA)
O CONDESCENDENTE ESTUPRO DAS INSTITUIÇÕES
Percival Puggina
No dia 10 deste mês, um grupo de rapazes e moças resolveu descer das galerias e invadir a Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Ali permaneceram por oito dias, impedindo o trabalho no local, controlando entradas e saídas, promovendo reuniões, concedendo entrevistas coletivas e, em eventos às portas fechadas, fazendo sabe-se lá o quê. Qual o motivo da desabrida selvageria? Simples como isto: eles querem passe livre no transporte coletivo da cidade. Ou, mais claramente, desejam entrar e sair dos ônibus sem pagar, transferindo para os demais cidadãos os ônus desse privilégio.
O leitor destas linhas que tenha acompanhado tais episódios em Porto Alegre deve estar se perguntando onde quero chegar chovendo no molhado de fatos bem conhecidos e atuais. Acontece que, no meu modo de ver, mais grave do que a conduta violenta e abusiva dos vândalos que se instalaram na sede do legislativo municipal foi a inadequada conduta das autoridades. Foi ver que meia dúzia de vereadores se mantiveram ativos, presentes e coniventes com os invasores. Foi ver alguns dos nossos edis, atendendo condição imposta pelos intrusos para lhes concederem uma "reunião de negociações": sentaram-se no chão, os vereadores, para ouvi-los. Quanto achincalhe! Quanta falta de amor próprio!
Não bastasse tudo isso, o esquema de autoridade e poder de que se arrogaram os desordeiros acabou acatado pelas autoridades legítimas que estiveram envolvidas no episódio. Assim, a magistrada que atuou no caso, em vez de determinar a reintegração de posse, usou a ideia da reunião de mediação, contida no famigerado PNDH-3 (que a Câmara dos Deputados está rejeitando no projeto do novo Código Civil). Como se fosse possível "mediar" ou "conciliar" o invadido com seus invasores! Com isso, legitimou a autoridade e a representatividade dos invasores em tragicômica audiência pública de conciliação. Seria igual o procedimento se o poder invadido, em vez do Legislativo, fosse o Judiciário? Duvido.
Em Porto Alegre, nestes dias de julho de 2013, ficou decidido que quem invade ganha muito mais do que a confortável tolerância das instituições. Tem apoio político. Conquista autoridade. Impõe as condições e os limites que lhe convêm. Reveste-se de poder. E é tratado como tal. Sinuoso e sombrio, enquanto esses desmandos acontecem, infiltra-se e se arregimenta, de modo serpentino, o ideal totalitário. E todos sabemos o quanto a ideologia da violência é intolerante. Bibliotecas do mundo inteiro alinham quilômetros de estantes com a descrição pormenorizada de suas estratégias e de seus horrores.
Antes que me esqueça. 1º) A conta dos estragos feitos será paga pelos contribuintes do município. 2º) Ontem à noite, no dormitório de desocupados em que foi convertida a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, rapazes e moças dançavam nus, mostrando a exiguidade de seus argumentos e zombando das instituições que humilharam para além de todos os limites que se possa conceber. Por estupradas que já estejam.
Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.
|
Renato Baumann publica livro sobre Integracao Regional: teoria e experiencia da América Latina
Mas vou adquirir o livro da próxima vez que for ao Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
Capital is back: a riqueza aumentou em todos os paises, relativa 'a renda nacional - Tyler Cowen (NYT)
Wealth Taxes: A Future Battleground
Illustration: Evan Hughes
But don’t relax too quickly, because fiscal problems remain very real for many countries. While virtually every government could pay off its debts by taxing wealth, such taxes are often politically unacceptable. In other words, fiscal problems are best regarded as problems of dysfunctional governance. In the recent elections in Italy, the incumbent government lost voter support partly because it addressed the nation’s revenue problems by levying a wealth tax on real estate; the policy remains contentious and may yet be repealed or limited.
And here is a related issue: If there is enough national wealth to pay off debts, it may be harder to arrange bailouts from outside.
In the European Union, countries like Germany may regard the union’s more troubled nations as shirking their fiscal duties, and that makes cooperation harder to achieve. Italy, for instance, is in a fiscal crisis, but it also has an especially high wealth-to-income ratio, at 650 percent, indicating that it could pay off its debt if more of that wealth were taxed. Germany, by contrast, has a much lower wealth-to-income ratio: 400 percent. And though the professors caution that the German data, in particular, may be incomplete, the figures do lend support or at least plausibility to the recent argument that Germany shouldn’t be viewed as the rich uncle of Europe.
The coming battles over wealth taxation may prove especially bitter and polarizing. Most wealth has already been subjected to income and other taxes, perhaps multiple times. It doesn’t seem fair to the holders of that wealth to suddenly pay additional taxes on assets that they thought were in the clear, and such taxes would signal that previous policy has failed.
Higher wealth in a nation means that there is more to take, and growing inequality means there are more problems that its government might seek to remedy. At the same time, however, this new economic configuration will mean greater political influence for the holders of that wealth, and that will make higher wealth taxes harder to achieve.
Historically, economists — including me — have generally favored taxes on consumption, on the grounds that they would do the least damage to long-term savings, investment and economic growth. Yet in some eyes, rising wealth will become a tempting target for short-term political gain. And note that while most Republicans currently oppose consumption taxes, they may dislike the relevant alternative, namely wealth taxes, even more.
Get ready to choose a side.
Tyler Cowen is a professor of economics at George Mason University.