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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 6 de abril de 2014

O golpe e o regime militar: minha visao de 1964, reproduzida nas Colunas Dom Total

O primeiro de uma série de dez, já transcrito aqui, mas nesta forma com ilustração, neste link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=4170

03/04/2014  |  domtotal.com

O Brasil na crise de 1964 e a oposição armada ao regime militar

Um retrospecto histórico, por um observador engajado (1).
Sumário geral:

1. Antecedentes e contexto do golpe militar de 1964

2. A reação dos perdedores: resistência política e luta armada

3. A passagem à luta armada: a insensatez em ação

4. A derrota da luta armada e suas consequências: uma história a ser escrita

5. O que foi a luta armada no Brasil: uma interpretação pessoal

6. Quando a luta armada se desenvolveu no Brasil?

7. Onde a luta armada se desenvolveu no Brasil?

8. Como a luta armada se desenvolveu?

9. Por que houve luta armada no Brasil?

10. Uma avaliação pessoal da luta armada e suas consequências atuais

1. Antecedentes e contexto do golpe militar de 1964

O Brasil do início dos anos 1960 enfrentava uma típica crise de instabilidade do sistema político, não muito diferente de dezenas de outras, que surgem, se desenvolvem e desaparecem em quaisquer outros sistemas políticos, especialmente na América Latina. Desde meados dos anos 1950, a classe política, extremamente dividida quanto a soluções consensuais típicas de países em crescimento – inflação, gastos do governo, tributação, reformas estruturais e administrativas, etc. – não conseguia encontrar mecanismos democráticos para encaminhar as pressões do crescimento e das demandas por participação popular. Daí o velho recurso e o apelo dos políticos aos militares, como “pesos decisivos” na balança política, para “corrigir os problemas”.

De fato, os militares tinham uma longa tradição de intervenção nos assuntos políticos, desde o próprio golpe de derrocada da monarquia e de proclamação da República, até as crises político-militares dos governos JK e Jânio Quadros, passando pelas revoltas tenentistas dos anos 1920, pela revolução que derrubou a Velha República, pelo golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo, em 1937, e também pelo que determinou sua extinção, em outubro de 1945. Depois, eles foram ativos participantes dos diversos episódios de turbulência da República de 1946, em especial em meados dos anos 1950, até culminar na implantação do parlamentarismo, em 1961, no bojo de nova crise, e na derrubada dessa República, menos de três anos depois.

Desde meados da década anterior, nos estertores do segundo governo Vargas, o Brasil vivia em permanente crise político-militar, agravando-se as turbulências no início dos anos 1960 em função do comportamento bizarro do presidente eleito Jânio Quadros e da momentosa posse do vice-presidente (eleito pela chapa concorrente) João Goulart. A situação, durante os seus três anos de mandato (primeiro em regime parlamentarista, depois no retorno ao presidencialismo), se caracterizava por constantes greves, inflação crescente, quebra de autoridade em diversas instâncias do poder estatal, inclusive no âmbito das Forças Armadas, e intensa radicalização política por parte dos movimentos que pretendiam para o Brasil opção semelhante à dos países comunistas, indo até, em certos meios, à preparação para a guerrilha rural, em moldes cubanos ou chineses.

O movimento civil-militar – não lhe cabe o nome de golpe, nem de revolução – que derrocou o regime da República de 1946 representou apenas o ponto culminante dessa fase de crise aguda, não sendo nem o resultado de uma conspiração organizada pela direita e pelas elites – como pretende a esquerda – nem o acabamento de algum desígnio imperial no contexto da Guerra Fria – como pretendem os paranoicos anti-imperialistas e antiamericanos das mesmas correntes. Ele ocorreu porque grande parte da sociedade, representada majoritariamente pela classe média, demandava uma solução aos descalabros administrativos, à corrosão do poder de compra, ao clima de desordem política, à percepção do aumento da corrupção que caracterizavam o governo Goulart.

Talvez os militares devessem ter aguardado as eleições do ano seguinte, e ter apostado numa solução democrática em face desse quadro turbulento, mas o fato é que o agravamento da situação induziu algumas lideranças civis e militares a atuarem de imediato contra o governo, sem que a necessária coordenação de todas as forças políticas se fizesse num sentido mais consentâneo com a legalidade constitucional. Existem momentos na história de um país nos quais a população decide assumir ela mesma as atribuições de um poder constituinte originário; foi o que parece ter ocorrido em março de 1964, quando a grande maioria da população brasileira secundou e se solidarizou com as Forças Armadas que assumiram o comando involuntário daquele movimento. A história poderia ter sido outra, mas ela é o que é: incontrolável.

A historiografia brasileira ainda se divide quanto à natureza do golpe, suas origens políticas, suas raízes sociais, suas justificativas econômicas ou geopolíticas, sobre o envolvimento dos Estados Unidos no evento, segundo se é contra ou a favor em relação a esse evento decisivo no Brasil moderno. A esquerda, obviamente, interpreta o golpe militar como o avanço das forças reacionárias, alinhadas ao imperialismo, contra a ascensão dos “movimentos populares”, em favor de reformas democráticas; ela nunca mudou de opinião a esse respeito, o que denota certa incapacidade a revisar suas próprias concepções e caminhar em direção de uma interpretação mais objetiva.

Os que apoiaram e comandaram o golpe, o veem como uma reação às forças comunistas que ameaçavam tomar o poder para colocar o país na esfera do movimento comunista internacional, liderado pela URSS. No caso do Brasil, curiosamente, as forças de “direita” ganharam, mas a História foi escrita pela “esquerda”, no sentido em que todo o processo político que levou às crises político-militares dos anos 1954-1964 e ao próprio golpe e seus efeitos mediatos e imediatos foram e são interpretados segundo a ótica dos “perdedores”, que, aliás, ascenderiam ao poder em 2003. De fato, o Brasil constitui um caso único de construção de um discurso histórico – e de vários outros padrões culturais – no qual a linha condutora veio a ser quase inteiramente dominada e controlada pelas forças, basicamente socialistas, que não tiveram o apoio da sociedade, seja nos momentos de crise política aguda, ou como projeto de organização econômica e social suscetível de recolher o apoio eleitoral da grande massa da população.

(Continua...)

Paulo Roberto de Almeidaé doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984). Diplomata de carreira desde 1977, exerceu diversos cargos na Secretaria de Estado das Relações Exteriores e em embaixadas e delegações do Brasil no exterior. Trabalhou entre 2003 e 2007 como Assessor Especial no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Autor de vários trabalhos sobre relações internacionais e política externa do Brasil. 

Alo pais: acabou o MacLanche Feliz: os companheiros acham que isso perverte as criancinhas...

Do blog de Klauber Pires, Libertatum:


Por Klauber Cristofen Pires
Libertatum: 05 Apr 2014 02:59 PM PDT

Sob as barbas de todos, a governo acaba de baixar uma medida duríssima contra a propaganda comercial e pois, contra a liberdade de expressão. 

Enquanto os empresários vivem correndo atrás de cada ossinho que o governo lhes joga...

Enquanto os pais e mães vivem atrás da tela da tv assistindo a Rede Globo fazer proselitismo gaysista e  "denunciar" o machismo da fraudulenta pesquisa do IPEA...

Enquanto todos os cidadãos vão pensando que a Venezuela fica muito longe daqui...

O governo do PT, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos - Conselho Nacional dos direitos da criança e do Adolescente- Conanda, acaba de instalar a censura à propaganda dirigida ao público infantil. 

Conforme a RESOLUÇÃO No - 163, DE 13 DE MARÇO DE 2014, publicada no DOU de sexta-feira, 04 de abril de 2014, daqui por diante fica proibida qualquer propaganda que tenha o público infantil por alvo. 

Com a supracitada resolução, não somente a propaganda é proibida, mas inclusive programas infantis, como aqueles em que crianças ganham brinquedos como prêmios por gincanas. Isto significa o fim de programas como o da Xuxa e do Gugu.

A medida do governo vem bem a calhar para tornar as empresas de comunicação mais dependentes da propaganda estatal, esta sim enganosa e danosa ao público. 

Eu mesmo já tentei alertar a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), que representa as agências brasileiras associadas à indústria de comunicação, especialmente as agências de propaganda. É da Abap a iniciativa pela realização da campanha SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS, uma campanha que ao meu ver foi boa em enaltecer o papel da responsabilidade de toda a sociedade sob a égide da liberdade liberdade de expressão e auto-regulamentação publicitária, mas miseravelmente omissa em denunciar a fonte autoritarista por trás do FNDC - Forum Nacional pela Democratização da Comunicação. Deu no que deu.

Abaixo, segue um comunicado do Instituto Alana, do Banco Itaú, uma ONG anti-capitalista e assentada sobre os métodos de ensino marxistas de Paulo Freire, que tem agido intensamente a favor da censura dos meios de comunicação, para os leitores terem uma compreensão da extensão dos seus efeitos:



O texto completo, disponível aqui, diz que “a prática do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” é abusiva e, portanto, ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor.
A resolução lista os seguintes aspectos que caracterizam a abusividade:
-       linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores;
-       trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;
-       representação de criança;
-       pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;
-       personagens ou apresentadores infantis;
-       desenho animado ou de animação;
-       bonecos ou similares;
-       promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil;
-       promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.
Com a resolução, a partir de hoje fica proibido o direcionamento à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções, merchadisings, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda.
O texto versa também sobre a abusividade de qualquer publicidade e comunicação mercadológica no interior de creches e escolas de educação infantil e fundamental, inclusive nos uniformes escolares e materiais didáticos.
Para o Conanda, composto por entidades da sociedade civil e ministérios do governo federal, a publicidade infantil fere o que está previsto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código de Defesa do Consumidor.
O Instituto Alana integra o Conanda, na condição de suplente, e contribuiu junto aos demais conselheiros na elaboração e aprovação desse texto.
“A partir de agora, temos que fiscalizar as empresas para que redirecionem ao público adulto toda a comunicação mercadológica que hoje tem a criança como público-alvo, cumprindo assim o que determina a resolução do Conanda e o Código de Defesa do Consumidor”, afirma Pedro Affonso Hartung, conselheiro do Conanda e advogado do Instituto Alana. “É um momento histórico. Um novo paradigma para a promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente no Brasil”, comemora Pedro.

IZOT e ALEKS: diplomatas brasileiros agentes da KGB (ainda nao identificados...)

Provavelmente nunca o serão, a menos que Putin -- o novo czar de todas as Rússias, e de mais algumas que ainda não foram devidamente reincorporadas ao ex-império soviético -- tenha um súbito ataque de transparência mórbida, que o faça revelar todos os segredos da antiga KGB, o que é totalmente improvável e impossível que ocorra. Mesmo que ele quisesse, desejasse, pretendesse fazer esse gesto tresloucado, seria devidamente "neutralizado" pelos mesmos serviços, como é lógico e esperado que se faça assim.
O mesmo ocorre e ocorreria na maior democracia do mundo: mesmo que o presidente -- digamos um bocó animado pelo gosto imoderado da transparência -- desejasse terminar com todos os programas de monitoramento da CIA, da NSA e de todos os demais serviços que pululam como champignons nesse grande continente democrático -- e não perverso, como querem fazer acreditar os esquerdistas mais bocós ainda -- ele nunca conseguiria: a lógica burocrática e kafkiana dos serviços de inteligência o impediria.
Assim, nunca saberemos quem foram os diplomatas brasileiros que serviram -- voluntariamente ou não -- como agentes soviéticos durante boa parte da Guerra Fria.
Provavelmente existem ainda alguns, não exatamente remanescentes da Guerra Fria, pois já estariam aposentados e mesmo mortos, mas alguns companheiros que ainda acham que vale a pena morrer por Cuba. Não exatamente isso, claro, mas como no caso dos agentes Izot e Aleks, o quadro é sempre o mesmo: seja por convicções ideológicas -- e portanto, por desejo pessoal de servir uma causa perdida -- seja por chantagem -- mulheres, dinheiro, trapaça, antigamente denúncia de homossexualismo (mas isso já não pega mais, embora tenha sido um motivo poderoso nos velhos tempos da moralidade hipócrita) -- ou por qualquer outro motivo, existem sempre indivíduos dispostos a trair o seu país para servir algum outro, nesse tipo de atividade, que parece ser a segunda mais antiga do mundo, assim dizem.
Pois é, os serviços cubanos, a pedido dos soviéticos, e estes mesmos, diretamente, penetraram nossos códigos em Luanda e em Brasília, e assim leram todas as nossas mensagens confidenciais, as mesmas que o NSA lê regularmente graças ao poderio de sua tecnologia (algo que os soviéticos nunca puderam igualar, por isso tendo de se apoiar nas velhas regras da espionagem, de chantagem ou afiliação ideológica), e isso muito tempo antes que os companheiros estivessem no poder.
Como todos sabem, uma das primeiras providências do Richelieu do Planalto, do grão-vizir do cerrado central -- sim, ele mesmo, o Stalin sem Gulag -- ao tomar posse do que ele julgava ser o Politburo do Comitê Central do aparelho do partido neobolchevique travestido em governo -- enfim, era tudo o mesma coisa para ele, mas como seus mestres cubanos ensinaram, ele precisava antes de montar um aparelho secreto, dentro do aparelho clandestino, dentro do aparelho obscuro do partido totalitário --, retomo, sua primeira providência foi tratar de fazer um acordo internacional (me pergunto se passou pelo Congresso) de cooperação (sic três ou quatro vezes) entre a ABIN, nossos pobres arapongas, e a Inteligência Cubana. Sim, nada menos do que isso, no que ele devia atender a uma ordem dos seus ex-chefes cubanos.
Bem, a pedido de alguns, ou de um, transcrevo o que já tinha postado aqui em outros tempos, mas parece que ninguém prestou atenção.
Os arapongas é que me forneceram a dica, e eu fui conferir no livro: está tudo lá.
Me surpreende que os congressistas, que possuem uma comissão especial para supervisionar o trabalho da ABIN, não tenham nunca se posicionado sobre esse acordo entre brasileiros e cubanos companheiros na mesma espionagem comunista, entre eles ao que parece.
Deixo com vocês, as dicas da publicação.
Cada um faça o que quiser...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Para ler sem os problemas desta transcrição, basta ir neste link:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1743-soviet-penetration-of-brazil-e-o.html

quarta-feira, 3 de março de 2010 

1743) Soviet penetration of Brazil (é o caso de se dizer...)

Na verdade, se trata do trabalho de inteligência dos serviços de espionagem soviéticos envolvendo o Brasil, tal como pode ser lido neste livro, que revela apenas uma parte, pequena provavelmente, desse mundo obscuro.
Limito-me a transcrever a informação pertinente ao Brasil contida no livro, sem comentários no momento.

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI:
The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World 
New York: Basic Books, 2005.

Brazil: 89, 96, 104-107; 477
Brasilia KGB Residence: 105-106

p. 96: (1976):
“Among the DGI operations in Angola carried out to assist the KGB was a penetration of the Brazilian Embassy to obtain intelligence on its cipher system. A technical specialist from the Sixteenth (SIGINT, intelligence derived from interception and analysis of signals) Directorate flew out from Moscow with equipment which enabled a DGI agent to photograph the wiring of the embassy’s Swiss-made TS-803 cipher machine.”(33)
(Note 33, p. 519: “k-22, 150. The DGI carried out a similar operation , at the request of the KGB, against the Venezuelan Embassy in Havana.”)
[k stands for “k series: handwritten notebooks containing notes on individual KGB files”, p. 595, on Bibliography, 1. Mitrokhin Archive]

p. 105:
“For most of its existence, the military regime which held power from 1964 to 1985 made Brazil a relatively hostile environment for KGB operations. There was little prospect during the 1970s either of acquiring confidential contacts within government, as in Argentina and Peru, or of finding contacts with direct access to the President, as in Mexico. The KGB’s best intelligence on Brazil probably came from its increasing ability to intercept Brazil’s diplomatic traffic. By 1979 the radio-intercept post (codenamed KLEN) in the Brasilia residency was able to intercept 19,000 coded cables sent and received by the Foreign Ministry as well as approximately 2,000 other classified official communications”(67)
(Note 67, p. 520: “k-22, 128. “Since Mitrokhin had no access to the KGB Sixteenth (SIGINT) Directorate, he was unable to note the contents of any decrypts.”)

SIGINT enabled the Center to monitor some of the activities of probably its most important Brazilian agent, codenamed IZOT, who was recruited while serving as Brazilian ambassador in the Soviet bloc.(68)
(Note 68, p. 521: “IZOT is the highest-ranking Brazilian agent identified in the files noted by Mitrokhin. He provided recruitment leads on three fellow diplomats, including the ambassador of a NATO country in Prague. IZOT had himself been talent-spotted for the KGB by another Brazilian ambassador, an agent codenamed ALEKS; k-22, 235-7”)

“As well as providing intelligence and recruitment leads to three other diplomats, IZOT also on occasion included in his reports information (probably disinformation) provided by the KGB. Assessed by the KGB as ‘adhering to na Anti-American line and liberal views concerning the development of a bourgeois society’, IZOT was a paid agent. His remuneration, however, took a variety of forms, including in 1976 a silver service valued by the Centre at 513 rubles. The Centre has increasing doubts about IZOT’s reliability. On one occasion it believed that he was guilty of ‘outright deception’, claiming to have passed on information provided by the KGB to his Foreign Ministry when his decrypted cables showed that he had not done so.” (69)”
(Note 69, p. 521: “k-22, 235-7; k-8, 551.)
(...)

p. 106:
“Despite hard-line opposition, Figueiredo issued an amnesty for most of Brazil’s remaining political exiles, including Prestes and other leading Communists.”(72)
(Note 72, p. 521: "In May 1980 Prestes was succeeded as a leader of the Brazilian Communist Party by Giocondo Dias. In December Dias sent his thanks to Moscow, via the Brasilia residency, for allowing him, like his predecessor, to nominate Party members for free visits to Soviet sanatoria and holiday homes; k-26, 339”)

p. 106:
“In the spring of 1980 a Soviet parliamentary delegation headed by Edward Shevardnadze, then a candidate (non-voting) member of the Politburo, visited Brasilia. Unknown to their hosts, the plane (Special Flight L-62) carried new radio interception equipment to improve the performance of the residency’s SIGINT station, and took the old equipment with it when it left. (...) (74)
(Note 74, p. 521: “k-22, 1, 3”)

[End of transcriptions related to Brazil]

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI. The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World (New York: Basic Books, 2005).

See also, by the same authors: The Sword and the Shield: The Mitrokhin Archive and the Secret History of the KGB


 See 
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Brasil: o lado ruim do distributivismo, os recursos nao bastam...

Parece que ainda vamos ter de passar por algum desastre fiscal antes de aprender que distribuir sem produzir só existe no mundo mágico dos keynesianos...
A verdade é que os recursos nunca bastam para fazer bondades sociais demagógicas como pretendem fazer políticos incompetentes, trapaceiros e mentirosos.
Não é normal que uma sociedade possa viver com um quarto de sua população -- repito: UM QUARTO -- vivendo de um mensalão estatal, dependentes do Estado assistencialista, que arranca recursos de todos os outros, dos três quartos de trabalhadores produtivos, para entregar a uma parcela da população, por mais frágil que esta possa parecer. Nunca ninguém se suicidou por falta de comida: no máximo o que acontece é roubar, mas na prática as pessoas começam a trabalhar, em qualquer coisa.
Isto é demagogia, isto é curral eleitoral, e é preciso denunciar.
Nunca o Brasil avançará por meio dessas políticas perversas, que transformam pessoas que poderiam trabalhar, e fazer a sua renda no mercado, em assistidos da caridade estatal (na verdade, do nosso dinheiro).
A deformação que o partido totalitário está fazendo no Brasil vai ser muito difícil de terminar, pois cria essa mentalidade de assistidos e de preguiçosos que fazem a massa de manobra fácil para seus propósitos eleitoreiros de monopolização do poder. Pode até não ser um valor relevante dentro do PIB brasileiro, mas os efeitos sobre o mercado de trabalho, e, sobretudo, no plano psicológico, são muito mais relevantes.
Os companheiros estão construindo a pior herança maldita que o Brasil vai ter pelos anos à frente...
Infelizmente, a oposição não conteve a maldade a tempo, aliás ela até promete continuar, oficializar, eternizar essa herança maldita.
Pobre Brasil, vai continuar pobre durante muito tempo, com sua economia e sociedade deformados por esse tipo de prática fisiológica, e detestável.
Paulo Roberto de Almeida 

Entrevista de Samuel Pessoa ao Estado de São Paulo

by mansueto
Dando continuidade à série de entrevistas com formadores de opinião, o Estado de São Paulo entrevistou hoje o economista Samuel Pessoa (clique aqui), que discorre sobre tamanho do Estado, intervenção do Estado na economia, etc.
O Estado de São Paulo tem feito um trabalho excepcional porque além das entrevistas com um número grande de economistas de visões diferentes, o jornal disponibiliza todas as entrevistas na página do jornal para assinantes e não assinantes.
Na visão de Samuel, há duas agendas bem definidas no debate sobre política econômico e tamanho do Estado. Primeiro, o crescimento do gasto do governo estaria ligado a demanda da sociedade brasileira por maior proteção. A maior prova disso é que o gasto público cresce ao longo dos mandatos de TODOS os Presidentes da República pós-1988.
No período imediatamente após a Constituição de 1988, o crescimento concentra-se em gasto com pessoal e previdência (previdência rural). Depois de 1995, o gasto com previdência continua a crescer em conjunto com outros programas de transferências de renda mais gastos com educação e saúde. Vale lembrar que, na década de 1990, o principal mecanismo de financiamento da educação foi a criação do FUNDEF pela Emenda Constitucional nº. 14, de 1996, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
No caso da Saúde, a grande revolução na área do financiamento do gasto veio com a Emenda Constitucional 29/2000, que estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para o financiamento mais estável do SUS e definiu, para o governo federal, que o gasto com saúde cresceria de acordo com o crescimento do PIB nominal.
No governo Lula, houve a ampliação do bolsa família, a criação do FUNDEB e a política de valorização do salario mínimo que puxou para cima o gasto social que já crescia desde a década de 1990. É esta agenda que Samuel liga ao que chama de contrato social.
Isso significa que não há o que melhorar? Claro que não. Há politicas que são mais distributivas e de custo menor do que outras. Assim, mesmo aceitando o argumento do contrato social é possível que haja espaço nesse debate para introduzir a questão da eficiência. O economista X levantou justamente este ponto no seu comentário (clique aqui). Um bom gestor pode ajudar à sociedade a entender o custo e beneficio das politicas sociais e pode até facilitar a formação de um consenso pró-mudança. Mas mudança real aqui vai exigir mudança de regras. O melhor gestor do mundo não poderá modificar as regras de pensões por medida administrativa.
O outro ponto levantado por Samuel é que a agenda nacional desenvolvimentista, imposta pelo governo desde 2009, é uma agenda top-down que não funcionou: o excesso de intervenção do governo na economia não nos trouxe maior crescimento com um agravante ainda maior: o custo das políticas setoriais fica escondido e parte dele (subsídios do PSI) está sendo postergado para o futuro. Na opinião de Samuel essa agenda é fácil de mudar. Eu vou um pouco além. Essa relação Tesouro-BNDES terá que mudar por necessidade e o governo demorou muito a perceber isso.
Leiam a entrevista e, em especial, notem que, ao contrário de muitos economistas que têm a solução para tudo, Samuel destaca muito bem que o papel de economistas não é tomar decisão do que fazer, mas explicitar o custo e benefício das escolhas para que os políticos e a sociedade tomem decisões.
Ou seja, crescer menos pode ser uma decisão legítima da sociedade. No entanto, a sociedade precisa compreender também que se a opção for crescer menos, não há como distribuir o que ainda não se tem. Ou seja, não adianta querer crescer menos e achar que poderemos gastar 10% do PIB com educação e ter um serviço de saúde com o padrão da Inglês. Os recursos são limitados.

Venezuela-Brasil: continuarei com vergonha do pais?

Não da Venezuela, por certo, já que eles fazem o que podem para se livrar pacificamente de uma ditadura assassina. A vergonha que sinto é outra e já explicitei aqui: em certos momentos, para tentar recuperar a honra perdida, a dignidade escamoteada durante anos de desvios deliberados de alguns princípios fundamentais que deveriam guiar não apenas a nossa conduta como cidadãos, mas a postura do país como um todo (ainda que diminuído por tantas desonras e indignidades), temos de vir a público fazer a denúncia. Não me furto; apenas exerço meu dever moral e necessidade interna de ficar em paz com minha consciência.
Paulo Roberto de Almeida 

A deputada Maria Corina Machado no Roda Viva da próxima segunda, 7 de abril

Augusto Nunes, 04/04/2014

Estive fora do ar por uma boa causa, amigos. Foi gravado nesta sexta-feira o Roda Viva com a deputada venezuelana Maria Corina Machado, que será transmitido pela TV Cultura entre 22:00 e23:30 da próxima segunda. Ilustrada pelo cartunista Paulo Caruso, a conversa reuniu os entrevistadores Fabiano Maisonnave (repórter da Folha), Nathalia Watkins (repórter da seção internacional de VEJA), Fernando Tibúrcio Peña (advogado especializado em Direitos Humanos), Rogério Simões (editor-executivo da revista Época) e Rodrigo Cavalheiro (sebeditor do caderno internacional doEstadão).
Todas as perguntas foram feitas. Nenhuma ficou sem resposta convincente. Durante 90 minutos, Maria Corina deu uma aula de clareza, coerência, coragem e sensatez. A poucas horas da viagem de volta para o olho do furacão, a parlamentar cassada e perseguida pelos mastins do governo Nicolás Maduro exibiu a altivez dos que jamais saberão o que é uma rendição humilhante. No Roda Viva de 7 de abril, o Brasil verá o que é uma oposicionista de verdade.
Augusto Nunes

Brasil, corrupcao: como sempre, companheiros nao se pejam em roubar milhoes...

Peraí, como eles diriam: não são simples milhoezinhos não, são centenas de milhões. Os companheiros roubam coletivamente, cooperativamente, individualmente, sistemicamente, estruturalmente, regularmente, constantemente, intensa e extensivamente, e não modestamente, nem vergonhosamente (do lado deles), enfim, nem o Padre Vieira conseguiria enquadrá-los em algum dos seus sermões sobre os GRANDES LADRÕES.
Parece, e deve ser, uma segunda natureza. O roubar, neles, é tão comum e esperado que eles até se surpreendem quando alguns lhe cobram o roubo: "Mas eu só roubei uns poucos milhões, uma ninharia. E era para o Partido..."
Não tem mais jeito: sob os companheiros, o Brasil virou a REPÚBLICA FEDERATIVA DA MÁFIA.
Os brasileiros aceitam isso? Aceitam ser dirigidos por um partido que além de totalitário é o mais corrupto nunca antes conhecido na história do Brasil?
Estamos condenados a ser dirigidos por mafiosos? Vamos continuar aceitando todas essas patifarias e falcatruas, roubos deliberados, que são chamados apenas de malfeitos por mentirosos e coniventes?
Até quando vamos ser chamados de idiotas pelos fraudadores contumazes, que acham que somos um bando de carneiros submissos?
Até quando Brasil?
Paulo Roberto de Almeida 

Corrupção

Mensagens revelam cobrança de André Vargas a doleiro preso pela PF

Petista reclama com Alberto Youssef que 'consultores' não estavam recebendo. 'Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso', responde doleiro

Robson Bonin, de Brasília
André Vargas discursa no Congresso. Oposição quer petista fora da vice-presidência da Câmara
André Vargas discursa no Congresso. Oposição quer petista fora da vice-presidência da Câmara (Reprodução)
Exemplo de entrosamento e cumplicidade, a parceria nascida da amizade de vinte anos entre o vice-presidente da Câmara, André Vargas, e o doleiro paranaense Alberto Youssef era marcada por muitos momentos felizes. Como revela reportagem de VEJA desta semana, para além das viagens de jatinho nas férias, a dupla tinha planos bem ambiciosos. O deputado petista e o doleiro trabalhavam para enriquecer juntos e conquistar a 'independência financeira' a partir de contratos fraudulentos com o governo federal. Mas, como acontece nas relações em que há muito dinheiro envolvido, desentendimentos e cobranças também eram comuns. Um novo conjunto de mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostra que André Vargas não passava apenas informações do governo ao doleiro. Ele também exercia seu poder para cobrar compromissos de Youssef.
No dia 19 de setembro de 2013, o vice-presidente da Câmara reclama com o doleiro por causa da falta de pagamentos a certos 'consultores'. 'Sabe por que não pagam o Milton?', questiona André Vargas. Yossef tenta tranquilizar o parceiro: 'Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso.' Mas o vice-presidente da Câmara está impaciente. 'Consultores que trabalham com ele há meses e não receberam', diz Vargas. 'Deixa que já vai receber', garante Youssef. O hábito da dupla de trocar mensagens de celular cifradas não permite que seja identificada a origem desses 'consultores' defendidos por Vargas. Mas a conversa é mais um poderoso indício colhido pela Polícia Federal para reforçar a existência de uma sociedade secreta entre o doleiro e vice-presidente da Câmara.
Segundo VEJA revelou na semana passada, a PF já descobriu que Vargas usava sua influência no governo em benefício do parceiro. Nas primeiras mensagens obtidas pela polícia, Vargas e Youssef tratavam de interesses do laboratório Labogen Química Fina e Biotecnologia no Ministério da Saúde. A Labogen é uma das empresas do esquema do doleiro. De acordo com as investigações da PF, a empresa, que está no nome de um laranja de Youssef - e é tudo menos um laboratório farmacêutico -, já havia conseguido fechar uma parceria com o Ministério da Saúde pela qual poderia receber até 150 milhões de reais em vendas de medicamentos.
Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o deputado petista voou de férias com a família em um jato particular pago pelo doleiro. O presente custou 100.000 reais. Por causa dessa revelação, André Vargas usou a tribuna da Câmara para pedir desculpas aos colegas e à família. Ele também negou qualquer envolvimento na operação do Ministério da Saúde, mas foi prontamente desmentido pelo ex-ministro Alexandre Padilha, que admitiu ter sido procurado por Vargas para tratar dos interesses do laboratório do doleiro. Diante das novas revelações feitas por VEJA, os partidos de oposição na Câmara já anunciaram que irão pedir a abertura de processo contra André Vargas.
'Agora não basta mais discurso, tem que ter um gesto. E esse gesto principal é de se licenciar do cargo para dar condições plenas de a Mesa Diretora avaliar com isenção essas denúncias que o colocam em uma situação muito difícil', afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), referindo-se ao fato de que Vargas, por ser o vice-presidente da Câmara, integra a diretoria da Casa. 'É óbvia essa relação promíscua e que o doleiro é operador de um dinheiro público desviado para o partido e para o deputado. O André Vargas é de confiança de Dilma e de Lula. Tomara que ele não siga essa cartilha do PT de dizer que não sabe de nada e que não cometeu nenhum crime. A primeira atitude que ele tem de tomar é se afastar da vice-presidência. Depois, renunciar', completa o vice-líder do PSDB, deputado Nilson Leitão (MT). 
Com as novas denúncias contra o petista, a oposição vai ampliar os argumentos para solicitar que a Câmara o investigue. Embora a Secretaria-Geral tenha rejeitado o pedido do PSOL para que a Corregedoria avaliasse o caso do jatinho, o partido planeja incluir as novas revelações no parecer para insistir no pedido de investigação. 'Quero uma posição definitiva da Mesa. Justamente porque ele é vice-presidente a diretoria tem de se pronunciar formalmente. É um constrangimento, neste momento, dizer que não há nada', afirmou o líder Ivan Valente (PSOL-SP). Em uma segunda investida para que o caso seja apurado, o DEM e o PSDB vão acionar o Conselho de Ética no início da próxima semana. 'Nós já tínhamos indicações claras de quebra de decoro com a viagem no jatinho. Agora, a situação assume uma nova dimensão e a gravidade das ocorrências vai ser incluída na representação', disse o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA). 'As versão foram sendo mudadas no curso das notícias e o deputado está em uma situação cada vez mais complicada', continuou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).

UnB: um coloquio sobre cliches e lugares comuns: crise global e mudança de paradigmas

Não poderia haver maiores lugares comuns e clichês desgastados: sempre se vive em crise global, ao que parece, ou em transição para alguma coisa, e sempre se acha que estamos em busca de novos paradigmas.
Esses acadêmicos são incorrigíveis...
Paulo Roberto de Almeida

Presentation

It is with pleasure that we inform that the XI International Colloquium will take place in Brasília. This event is most welcome since it is a return to its original place after a long period abroad. The select theme is “Global Crisis and Changes of Paradigms: Current Issues” and the event will be in May 6-7, 2014. As is well known economics has been concerned with understanding how economies work in order to discover which policies could make them work better. Growth, distribution, inflation, trade and employment, have been some of the main concerns of macroeconomic theories. Yet few economists foresaw the scale of the financial and economic crisis from 2008, and few have been able to propose alternative economic paradigms to respond to it. The main objective of the Colloquium is to provide a platform for a productive exchange of ideas, theories and policies that might identify such paradigm shifts and better inform policies for both national and global governance. The Review of Keynesian Economics will publish up to 5 selected papers presented at the conference.
We also would like to inform that an additional meeting, associated to the Colloquium, will take place at the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq) on May 8, Thursday morning, from 09:00 to 12:00, room Almirante Álvaro Alberto. The World Academy of Art and Science (WAAS) will present its history and aims. The address of the CNPq is SHIS, QI 1, Conjunto B - Blocos A, B, C e D, Edifício Santos Dumont, Lago Sul, near to airport. 
The successful experience of the first, the1997 International Colloquium on “Money, Growth, Distribution and Structural Change: Contemporaneous Analysis”, coincided with the foundation of PhD Programme in Economics at the University of Brasilia (UnB). It was an outstanding meeting with the presence of several fine scholars from Brazil and abroad.    It was followed by the 1999 International Colloquium on “Economic Dynamics and Economic Policy” which was the result of the consolidation of our efforts to stimulate and sustain a critical dialogue. The 2001 International Colloquium on “Structural Change, Growth and Redistribution” was launched also in Brasília. The 2003 International Colloquium tackled the theme “Globalization, New Technologies and Economic Relations” and counted with the support of other institutions than UnB as well as the collaboration of scholars worldwide. The results in terms of research networks were stimulating and productive. All of these meetings had their respective proceedings edited in book format and published in Brazil.
Subsequent to this initial effort at UnB, the event took on its intercontinental projection with the organization of the 2005 Colloquium, which took place in Treviso, Italy, in a joint effort by the University of Brasilia and the PRINT-PROJECT which included several Italian universities, on the theme “Dynamic Capabilities between Firm Organization and Systems of Production”. The Routledge International Publishers published a selection of its papers in January 2008. In 2007 the VI International Colloquium was organized once again by the University of Brasilia in Brasília. The theme was “Macrodynamic Capability and Economic Development”. The emphasis of the proceedings was on socioeconomic policies towards growth and distribution, dubbed in the literature as Development with a Human Face. The 2010 International Colloquium was successfully organized under the theme of “Getting out of the Current Economic Crisis: In the Light of Alternative Development Paradigms” by CEPN of the University of Paris 13 and Department of Economics of the University of Brasilia at the Maison des Sciences de l’Homme de Paris Nord. The event attracted attention worldwide.
The VIII International Colloquium entitled “Economic Growth, Structural Change and Institutions” was organized jointly by the Department of Economics of the University of Brasilia and J. E. Cairnes School of Business and Economics of National University of Ireland in Galway in May 2011. It was a meeting which attracted an excellent group of scholars and dealt with important contemporary issues. 
In 2012 colleagues from the University of Graz, Austria accepted the invitation to organize the IX International Colloquium at the Schumpeter Centre in collaboration with University of Brasilia. The event produced contributions towards better understanding of “Inequality and its Persistence”. The main objective of the meeting was to provide a platform for productive exchanges of analysis and research results which focus on the theoretical and policy aspects of the inequality theme. The colloquium also aimed to stimulate an exchange of ideas across fields of inquiry from within the discipline of economic science, as well as between and across other related disciplines. It reinforced a multi-disciplinary approach to the study of political economy.
In Graz it was the decided that the X International Colloquium would take place in the Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) in Lisbon, Portugal, in collaboration with the University of Brasilia, in May 28-29, 2013. The theme was “Power Distribution in The World Economy: New Challenges”. We were concerned with new challenges of the world economy, the distribution of power between different groups in the national and global economies and the countries of the world. Changes in the distribution of power have arguably had a major impact on the economic performance worldwide in recent years. The event was very successful with presence of several fine scholars and both academic and public sector administrators. The Colloquium was the only scientific event supported by the programme Brazil-Portugal and a selection of papers with will be published in a especial volume(proceedings) by the journal Panaeconomics till the end of 2013.

Brasil: debate entre intervencionistas e sensatos sobre industria e desenvolvimento

A simples realização do debate já é um progresso, ainda que não ocorra um entendimento, o que não será possível, entre, de um lado, os intervencionistas keynesianos, que se acreditam desenvolvimentistas, e, de outro, não os "liberais" (pois essa é uma mercadoria rara no Brasil), mas simplesmente economistas menos presos a ideologias e teorias capengas, mas a evidências concretas a partir de dados da realidade.
De fato, como escreve Mansueto Almeida, o "objetivo de uma iniciativa deste tipo não é criar consensos, mas forçar a todos que participam deste debate a mostrar de forma mais clara suas ideias, levantar perguntas e mostrar a evidências para suas teses."
Espero que o panorama se torne mais claro...
Paulo Roberto de Almeida 

Indústria e Desenvolvimento Produtivo do Brasil – FGV

by mansueto
Anotem na agenda. Nos dias 26 e 27 de maio de 2014 haverá um grande debate na FGV de São Paulo sobre política industrial. Essa é uma iniciativa conjunta da Escola de Economia da FGV-SP e do IBRE/FGV-RJ. O evento é aberto ao público e contará com vários economistas com visões diferentes sobre política industrial.
A ideia é que todos expositores escrevam algumas poucas páginas sobre o tema que abordará no seminário e depois finalizem o texto para o capítulo de um livro sobre o tema. Acredito que por reunir um grupo tão diverso e com visões diferentes, este seminário tem tudo para ser muito bom.
O objetivo de uma iniciativa deste tipo não é criar consensos, mas forçar a todos que participam deste debate a mostrar de forma mais clara suas ideias, levantar perguntas e mostrar a evidências para suas teses.  Segue a lista dos palestrantes abaixo e depois coloco aqui em data mais próxima ao evento a programação final. Mas anotem na agenda: dias 26 e 27 de maio de 2014.
Painel de abertura
Coordenador:
  • Luiz Schymura (IBRE)
Participantes:
  • Yoshiaki Nakano (EESP)
  • João Carlos Ferraz (BNDES)
  • Rodrigo Loures (FIESP)
Indústria e Desenvolvimento Econômico
  • Coordenação: Nelson Marconi (EESP)
  • David Kupfer (UFRJ e BNDES)
  • Francisco Eduardo Pires de Souza (UFRJ e BNDES)
  • Rogerio Cesar de Souza (IEDI) e Cristina Reis (UFABC)
Política Macroeconômica e Desenvolvimento Industrial
  • Coordenação: Nelson Barbosa (EESP)
  • Luiz Carlos Bresser-Pereira (EESP)
  • Samuel Pessoa (IBRE)
  • José Luis Oreiro (UFRJ)
Comércio Exterior e Desenvolvimento Industrial
  • Coordenação: Nelson Marconi (EESP)
  • Vera Thorstensen e Lucas Ferraz (EESP)
  • Lia Valls (IBRE)
  • Eliane Araujo (UEM)
  • Celio Hiratuka (Unicamp)
Inovação e Competitividade Industrial
  • Coordenação: Laura Carvalho (EESP)
  • Mariano Laplane (Unicamp e CGEE)
  • João de Negri (IPEA e FINEP)
  • Gustavo Britto (UFMG)
  • José Eduardo Cassiolato (UFRJ)
Avaliação de Instrumentos de Política Industrial
  • Coordenação: Mauricio Canêdo Pinheiro (IBRE)
  • Mansueto Almeida (IPEA)
  • Jose Ricardo Roriz Coelho (FIESP)
  • Marcelo Miterhof (BNDES)
Estrutura Industrial e Competitividade
  • Coordenação: Laura Carvalho (EESP)
  • Regis Bonelli (IBRE)
  • Fabio Freitas e Marta Castilho (UFRJ)
  • Fernando Sarti (UNICAMP)
Desenvolvimento Produtivo além da Indústria
  • Coordenação: Nelson Barbosa (EESP)
  • Angelo Costa Gurgel (EESP)
  • Jorge Arbache (UnB e BNDES)
  • Lucas Ferraz (EESP)
  • Carlos Frederico Rocha (UFRJ)

Brasil: o crime compensa (e como...)

Brasil só consegue repatriar 4% do dinheiro lavado no exterior

Nos últimos nove anos, Justiça brasileira conseguiu repatriar apenas R$ 40 milhões dos quase R$ 1 bilhão desviados no período

Entre 2004 e 2013, o Brasil bloqueou US$ 400 milhões (cerca de R$ 912,8 milhões) de dinheiro lavado e escondido no exterior. Porém, somente 4% deste valor (o equivalente a R$ 40 milhões) retornaram para o país.
Segundo Isalino Giacometi Júnior, coordenador-geral de Recuperação do Departamento de Recuperação e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça, o lento processo judicial do Brasil dificulta o repatriamento do dinheiro. Atualmente, a legislação processual brasileira só permite o retorno do dinheiro desviado quando o caso é encerrado totalmente no Brasil. Mas o excesso de recursos atrasa os processos.
Na última quinta-feira, 03, durante uma palestra no 6º Congresso dos Delegados da Polícia Federal, em Vila Velha, Vitória, Isalino destacou a importância de bloquear e repatriar o dinheiro desviado.
Segundo ele, não adianta prender membros de uma organização criminosa, pois em poucos dias seus advogados conseguirão libertá-los por meio de habeas corpus. Para ele, a forma mais eficaz de combater essas organizações seria “asfixiar” financeiramente o grupo.
“A polícia e o Ministério Público não podem pensar só em prender a pessoa, porque ela não fica presa por muito tempo. Logo consegue um recurso”, disse Isalino.
A demora na repatriação do dinheiro por conta da lentidão dos processos é impressionante. Para ter uma ideia, somente no ano passado foram repatriados os US$ 4,9 milhões desviados em 1999 pelo ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. Na época, os escândalos das obras superfaturadas do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo renderam a prisão do ex-juiz e a cassação do mandato do então senador Luiz Estevão.