O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Eleicoes 2014: os companheiros se exercitam no que mais sabem fazer: ofender, intimidar, ameacar

Não tenho nada a acrescentar: as palavras falam sozinhas...
Paulo Roberto de Almeida 

Eleições 2014

CUT prega 'terror' em caso de vitória de Aécio ou Campos

Lula diz que analista do Santander não entende 'p**** nenhuma' de Brasil

Veja.com, 28/07/2014
Ex-presidente Lula discursa na 14ª plenária nacional da CUT
Ex-presidente Lula discursa na 14ª plenária nacional da CUT
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT, indicou nesta segunda-feira o apoio formal à reeleição da presidente Dilma Rousseff durante a abertura da sua 14ª plenária nacional, em Guarulhos (SP). Na quinta-feira, Dilma participará do encerramento do evento e receberá um documento com a pauta da CUT, com temas como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada do trabalho. Será a primeira agenda de campanha de Dilma no Estado de São Paulo. O presidente da CUT, Wagner Freitas, afirmou que a entidade tem de eleger Dilma e fez um discurso de "terror" contra os dois principais adversários da petista nas eleições, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Freitas disse que o tucano "nunca trabalhou na vida" e busca o apoio de centrais sindicais. "Alguém acha que a eleição do Aécio vai significar investimento em política pública de qualidade no Brasil? Uma coisa central é reeleger a presidente Dilma. É importantíssimo para nós continuar tendo um governo que se articule direto conosco", discursou Freitas.
"Se nós conseguirmos um plebiscito popular para reforma política e o Aécio ganhar a eleição ele joga o plebiscito no lixo. Se nós conseguirmos todos os aumentos nas campanhas salariais e o Aécio ganhar a eleição, vamos ter problema e teremos de fazer campanha para defender a empresa pública, os nossos direitos e o salário. Se o Aécio ganhar a eleição ele vai acabar com a conquista que se consolidou com o presidente Lula, de valorização do salário mínimo". 
O líder sindical também dirigiu o discurso contra Eduardo Campos, para uma plateia com dirigentes e militantes de Pernambuco, Estado que o candidato governou. "O Eduardo Campos disse que não só vai cumprir a plataforma da classe trabalhadora como vai fazer mais. É verdade, pessoal de Pernambuco, que o Eduardo vai cumprir a plataforma?", perguntou aos sindicalistas. A reposta foi negativa.
Caso Santander – Na abertura do encontro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva criticou a carta com projeções econômicas negativas sobre uma eventual vitória eleitoral de Dilma. O texto foi enviado a correntistas do banco Santander. Lula afirmou que o "não há lugar no mundo em que o Santander ganhe mais dinheiro do que no Brasil". Em discurso dirigido ao presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botin, Lula disse que "o Brasil não vai jogar fora a confiança que conquistou".
"Botin, é o seguinte, querido: tenho consciência de que não foi você quem falou, mas essa moça tua que falou não entende p**** nenhuma de Brasil, e nada de governo Dilma", disse Lula. "Manter uma mulher dessa em cargo de chefia, sinceramente... pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim que eu sei o que falo."
Lula também afirmou que, no mercado financeiro, "um engole o outro" e "todos os dias as pessoas inventam mentira sobre outras pessoas e falam mal para tentar derrubar as ações de empresas e governos, para levantar as próprias".
(Felipe Frazão, de Guarulhos)
Lula praticando ilegalidades   em plenária da CUT: lei  proíbe entidade sindical de fazer campanha eleitoral
Lula praticando ilegalidades em plenária da CUT: lei proíbe entidade sindical de fazer campanha eleitoral
Pois é… Vamos ver por onde começar.
Luiz Inácio Lula da Silva era o convidado de honra do encerramento da 14ª Plenária da CUT, a Central Única dos Trabalhadores, que ocorreu nesta segunda-feira, em Guarulhos. Falou pelos cotovelos, puxou o saco de banqueiro, pediu a cabeça de uma bancária, disse palavrão, fez terrorismo eleitoral… Tudo em parceria com dirigentes da entidade… Barbarizou, enfim, como é de seu feitio. Vamos ver.
Sindicatos e centrais sindicais tiram parte considerável de seu sustento de um imposto — a tal contribuição obrigatória, que está na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) desde 1940. Ainda que o vivente não seja sindicalizado, é obrigado a doar para a entidade sindical um dia de seu trabalho. Em 2008, foi aprovada a Lei 11.648 que reconhecia a existência das centrais sindicais e lhes entregava uma fatia da verba bilionária. Só para vocês terem uma ideia, em 2013, a contribuição sindical rendeu R$ 3,2 bilhões, que têm de ser assim distribuídos:
a) 5% para a confederação correspondente;
b) 10% para a central sindical;
c) 15% para a federação;
d) 60% para o sindicato respectivo; e
e) 10% para a “Conta Especial Emprego e Salário”.

Muito bem! Isso quer dizer que os sindicatos arrecadaram, sem precisar fazer o menor esforço, por determinação legal, R$ 1,920 bilhão (sim, um bilhão, novecentos e vinte milhões de reais). As centrais, sozinhas, ficaram com R$ 320 milhões. No projeto de lei original, essas entidades teriam de prestar contas ao TCU sobre o uso desse dinheiro. Lula vetou. Elas gastam a grana, que é de todos os trabalhadores, como lhes der na telha, sem prestar contas a ninguém.
Sigamos. Lula foi ao evento da CUT. E ouviu o presidente da entidade, Wagner Freitas, fazer terrorismo eleitoral contra o tucano Aécio Neves, defendendo, de quebra, a candidatura de Dilma Rouseff. Afirmou o rapaz: “Alguém acha que a eleição do Aécio vai significar investimento em política pública de qualidade no Brasil? Uma coisa central é reeleger a presidente Dilma. É importantíssimo para nós continuar tendo um governo que se articule direto conosco”.
O rapaz não parou por aí: “Se nós conseguirmos todos os aumentos nas campanhas salariais e o Aécio ganhar a eleição, vamos ter problema e teremos de fazer campanha para defender a empresa pública, os nossos direitos e o salário. Se o Aécio ganhar a eleição, ele vai acabar com a conquista que se consolidou com o presidente Lula, de valorização do salário mínimo”.
É incrível! Essa gente é capaz de dizer as mentiras mais disparatadas sem nem mesmo corar. Atenção, meus caros! Nos oito anos do governo FHC, o mínimo teve valorização real (descontada a inflação, pelo IPCA), de 85,04%; nos oito anos de Lula, foi um pouco maior: 98,32%; no quatro anos de Dilma, deverá ser de apenas 15,44%.
E isso foi apenas parte das falas terroristas do dia. Aí Lula pegou o microfone. Afirmou que as conquistas sociais só terão continuidade se Dilma for reeleita. E se referiu ao informe que o Banco Santander (leiam post) enviou a alguns correntistas, alertando para o risco de deterioração dos indicadores econômicos caso a presidente volte a subir nas pesquisas. O chefão petista não teve dúvida: puxou o saco do banqueiro, o presidente mundial do Santander, Emilio Botin, e pediu a cabeça da bancária, a analista. E apelou, como é de seu feitio, a um palavrão:
“Botin, é o seguinte, querido: tenho consciência de que não foi você quem falou. Mas essa moça tua que falou não entende porra nenhuma de Brasil, e nada de governo Dilma. Manter uma mulher dessa em cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim que eu sei o que falo.”
 Ora vejam… Lula, segundo quem Dilma vai governar para o andar de baixo, e seus adversários, para o andar de cima, ficou de joelhos diante do banqueiro, que é do andar de cima, e pediu a cabeça da bancária, que é do andar de baixo.
Afirmei que o ato foi escandalosamente ilegal, certo? Pois é. Existe uma lei que regulamenta as eleições: a 9.504. Estabelece o Inciso VI do Artigo 24:
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
(…)
VI – entidade de classe ou sindical.

A simples expressão de preferência de um órgão sindical, ainda que por meio de um boletim eletrônico, que pode sair a custo quase zero, caracteriza uma forma de publicidade. O que se viu nesta segunda foi muito mais: a CUT organizou uma plenária que serviu, de modo escancarado, para fazer campanha eleitoral. É evidente que está caracterizada aí uma doação a Dilma “estimável em dinheiro”. E de que “dinheiro” estamos falando? Justamente daquele que sai do bolso de todos os trabalhadores, sejam eles sindicalizados ou não.
Que coisa fabulosa! O TSE mandou uma consultoria tirar da Internet simples avaliações que fazia sobre as possíveis consequências da eventual reeleição de Dilma. Estamos a falar de uma consultoria privada, que faz isso às próprias expensas. Lê a sua análise quem quer. E no caso da CUT? Parte do dinheiro que a entidade movimenta é pública. Todos os trabalhadores a sustentam, queiram ou não, sejam sindicalizados ou não. Contrariando flagrantemente a lei, seus dirigentes expressam preferência por uma candidatura, demonizam a outra e ainda chamam para discursar o garoto-propaganda de um partido.
Aí, em nome dos trabalhadores, o dito-cujo, que atende pelo nome de Lula, faz mesuras ao banqueiro e chuta o traseiro da bancária.
Não sei se o evento foi mais asqueroso do que ilegal ou mais ilegal do que asqueroso.

Eleicoes 2016, ou 2018: Partido Novo, um novo animal politico no cenário

Sim, registrado há pouco, o Partido Novo, ou Novo, simplesmente, não poderá apresentar candidatos nestas eleições, na verdade nem teria, por falta de organização e de quadros. Não importa. Provavelmente dentro de dois anos já contará com estruturas mais aperfeiçoadas e poderá testar suas virtudes no mercado político.
Não sou, nem nunca serei, filiado a qualquer partido. Sou muito independente para me sujeitar às regras partidárias, e quero manter essa autonomia de pensamento e de ação.
Mas, pelo que já li sobre o Novo, inclusive a matéria abaixo, e a entrevista com o seu presidente, suas ideias me agradam e acho que ele está no caminho certo.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para desmentir, ainda que gentilmente, amigos e "inimigos" (devo ter) que me chamam de "liberal", o que eu recuso expressamente.
Não que eu recuse as ideias e os princípios liberais, mas não tenho por hábito me classificar dentro de qualquer categoria política ou escola de pensamento. Prefiro ser apenas um racionalista e um pragmático. Acredito que a maior parte dos mecanismos econômicos funcionam melhor segundo princípios liberais, mas não recuso a ação do Estado e alguma empresa estatal se essa for a melhor solução para um problema prático. Ou seja, privilegio a eficiência, o menor custo, a qualidade, independentemente dos processos que levam a isso, em alguns casos via mercados, em outros via Estado. Em suma, não sou ideológico, e não me bato por nenhuma teoria, apenas aspiro a ser coerente com os dados da realidade.
Concluindo, não vou me filiar ao Novo, mas não hesitarei a colaborar com suas causas, não exatamente com o partido em si, mas com o que pretende fazer o partido, pois acredito que a atividade política, numa democracia representativa, passa necessariamente pelos partidos.
Não sou homem de partido, mas não deixo de tomar partido por certas causas.
O Brasil precisa de muitas coisas, e a agenda e a pauta do Novo me parecem as mais propensas a alcança-las. Não tenho ilusões de que isso seja fácil, ou de que ideias como as do Novo possam ser facilmente ou rapidamente aceitas, apreendidas, seguidas pela maioria do eleitorado.
Mas não fico triste de ser minoria, ou até de estar sozinho numa multidão de estatizantes.
Parabéns ao Novo, que tenha uma vida exitosa.
Paulo Roberto de Almeida

Infomoney, 13/06/14 - 15h31 - Leonardo Pires Uller

Com a cara do mercado? Partido Novo surge para dar voz aos liberais no Brasil

O partido NOVO promete trazer a eficiência e a meritocracia das melhores empresas privadas e o liberalismo econômico para a política brasileira


Eficiência, produtividade, metas e austeridade. Ao ler essas palavras, os brasileiros podem associá-las no máximo a um seleto grupo de empresas, como a Ambev, a Cielo e o Itaú. E a partidos políticos ou governantes? Algum deles é conhecido por adotar esses conceitos? Certamente não, mas ao menos agora há uma promessa. Criado no início de 2011, o partido NOVO se propõe a trazer o melhor da administração das empresas privadas para a gestão pública. “Nós queremos deixar um país melhor para as próximas gerações. Incomoda o fato de pagarmos muitos impostos e não recebermos quase nada em retorno”, afirma João Dionísio Amoêdo, presidente do partido NOVO.
A agremiação política foi lançada por um grupo de 181 pessoas, em sua maioria profissionais liberais, engenheiros, administradores, advogados e médicos. Ninguém tem perfil de “político profissional”. O próprio presidente do partido é engenheiro civil e administrador de empresas, com grande experiência no mercado financeiro – é membro dos conselhos de administração do Itaú BBA e da João Fortes Engenharia e passou por Citibank, Unibanco e outras instituições.
O NOVO ainda não tem registro oficial no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Das 492 mil assinaturas necessárias para a criação de um partido político, a agremiação conseguiu certificar 342 mil e ainda possui outras 190 mil que estão na fila para serem validadas em cartório. Por isso, o partido está fora das eleições de 2014, mas seus líderes esperam participar das disputas municipais daqui a dois anos.
Novos partidosNo último mês de setembro, foram registrados no TSE mais dois partidos políticos: Solidariedade e PROS (Partido Republicano da Ordem Social). O país conta desde então com 32 agremiações. Visto sob qualquer perspectiva, é um número elevadíssimo. Muitos desses partidos não chegam a ter ideias e propostas realmente diferentes, mas são criados apenas para abrigar alguns figurões da política que não conseguiram espaço em agremiações já existentes.
Então o que o Brasil ganharia com um novo partido? “Nenhum dos atuais partidos defende as ideias que nós propomos. Além disso, para atrair pessoas engajadas, com vontade de mudar, seria mais fácil começar do zero”, diz Amoêdo. O jovem estudante Ivan Moncoski, de Relações Internacionais, é um dos simpatizantes da ideia. Um dos pontos que mais desperta seu interesse pelo NOVO é justamente a promessa de não haver tolerância para práticas políticas antigas, como o proselitismo e o toma lá, dá cá. “Além de não ser um instrumento para caciques políticos e coronéis, o partido NOVO oferece realmente ideias novas para problemas antigos”, acredita o estudante de 21 anos.
Uma das propostas é fiscalizar seu quadro político de forma a garantir que as metas estabelecidas no início do mandato sejam cumpridas. Para que isso ocorra, o NOVO propõe que em seu quadro técnico não constarão políticos que estiverem em mandato. Dessa forma, um deputado não pode ser simultaneamente tesoureiro do partido, por exemplo. Outra proposta é vetar mais de uma reeleição consecutiva de filiados que ocupem cargos no Poder Legislativo de forma a impedir o chamado “carreirismo político”. O NOVO promete ainda que todos os seus filiados e candidatos deverão preencher os requisitos da lei da Ficha Limpa.
Liberal na economiaNa economia, o NOVO tende a adotar uma visão mais liberal. Ou seja, defende uma sociedade em que o indivíduo seja mais responsável pela sua vida e não fique tão dependente do estado. Essa corrente de pensamento econômico se iniciou no século XVI com os estudos de Adam Smith e está fortemente enraizada na cultura econômica e política de países como os Estados Unidos e o Reino Unido. “O principal papel do estado na sociedade deve ser a manutenção da segurança do cidadão e da Justiça, preservação da moeda, garantia das liberdades individuais, educação e alguma infraestrutura. O resto deve ir para a iniciativa privada, e tende a ser melhor lá”, defende Amoêdo.
A agremiação política acredita que, com um estado menor, atuando em menos áreas, é possível ter mais foco e ser mais eficiente. Outro ponto em comum entre o partido e o pensamento liberal é a visão de que a grande vantagem da iniciativa privada sobre a pública é a concorrência. A competição entre empresas pode fazer com que elas ofereçam serviços de maior qualidade a preços mais acessíveis do que quando há o monopólio do estado. Os liberais acreditam que a economia pode criar sozinha uma ordem espontânea que beneficia a sociedade como um todo.
Tais ideias fazem muito sentido para o eleitor americano, mas praticamente não reverberam no Brasil. Os três principais partidos políticos com chance de vencer a próxima eleição presidencial – PT, PSDB e PSB – nunca aceitaram o rótulo de liberal e aumentaram os gastos públicos enquanto estiveram no poder, o que pode ser interpretado como um sinal de que a maioria dos brasileiros espera que as soluções para seus problemas partam do estado. O NOVO, portanto, deve enfrentar dificuldade em eleições majoritárias. Mas se conseguisse difundir essas ideias em cargos legislativos, já seria um avanço para o Brasil.
O que pensa o presidente do partido NOVORevista InfoMoney: Qual é sua visão sobre a política econômica?
João Amoêdo: Fica claro que o governo está muito preocupado com uma visão de curto prazo, e isso afeta muito a credibilidade e os resultados do longo prazo. O excesso de gastos está trazendo de volta a inflação e contribui para o aumento dos juros. Estamos plantando coisas muito ruins para o futuro. No Brasil, os governantes não assumem seus erros e continuam insistindo neles.
IM: Há alguns anos, o governo adotou a estratégia de apostar em algumas “empresas campeãs” e isso acabou não dando certo. Por quê?
João Amoêdo: Porque quem tem que escolher as empresas campeãs é o consumidor, e não o governo. Aos consumidores que as companhias têm o dever de prestar bons serviços, com bons preços. Na hora em que a empresa deixa de priorizar o atendimento ao cliente para atender o governo, se cria um balcão de negócios.
Os ídolos do partidoMargaret Thatcher: A política britânica ficou conhecida mundialmente não só por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Reino Unido como, principalmente, pela sua determinação em cortar gastos desnecessários de forma a tornar o governo mais eficiente, mesmo quando as medidas eram consideradas impopulares.
Milton Friedman: O ganhador do Nobel de Economia em 1976 é um dos principais expoentes da corrente do liberalismo. O economista publicou diversas obras sobre macroeconomia, estatística e história econômica. Sua publicação mais famosa é “Capitalismo e Liberdade”, que afirma que a liberdade econômica é uma das prerrogativas para obter liberdade política.
Frédéric Bastiat: Mais um ícone do liberalismo, o jornalista e economista francês foi opositor ferrenho ao socialismo em seu país na primeira metade do século XIX. Bastiat afirmou que o único propósito de um governo é proteger o direito de um indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade.
Roberto Campos: O economista brasileiro foi um dos criadores e presidente do BNDES, ajudou a formular o Plano de Metas do governo do presidente Juscelino Kubitschek, além de ter sido também embaixador do Brasil em Washington e Londres.
Essa matéria foi publicada na edição 49 da revista InfoMoney, referente ao bimestre março/abril de 2014. 

Eleicoes 2014: retratos de uma realidade ordinária, pelo partido totalitário

De todos os lados, a atualidade me assalta, em todos os boletins que recebo, em todas as manchetes que percorre na imprensa, a realidade é uma só: o acirramento da campanha eleitoral.
Mas esse acirramento não é um embate entre candidatos, longe disso.
Trata-se de um confronto entre o partido totalitário e a realidade, entre os fatos e a raiva dos fatos, entre a liberdade de emissão de opiniões e a vontade totalitária de censurar, de proibir, de controlar, de punir, inclusive pelas vozes mais autorizadas desta republiqueta dos companheiros.
Inacreditável como em apenas 10 cms de chamadas de impressa, numa única coluna do jornalista Políbio Braga (que costuma resumir o que vai pelos outros grandes órgãos da imprensa e alguns blogs influentes), se pode encontrar as notícias mais escabrosas, os fatos mais escandalosos, as intenções mais macabras dos totalitários contra a simples realidade que se estampa nessa "mídia".
Todo mundo é golpista, segundo os totalitários, e acho que eles começam a se desesperar, o que significa que virá mais lama pela frente...
Paulo Roberto de Almeida

Da coluna diária do jornalista Políbio Braga, 28/07/2014
Posted: 27 Jul 2014 04:03 PM PDT
CLIQUE AQUI  para ler "Santander: Verdades  que não cabem num extrato". Doze anos depois da ‘carta’, um extrato assusta o PT. O jornal espanhol “El País” repercutiu neste sábado o mal-estar gerado entre o banco Santander e o governo brasileiro com carta enviada pela instituição a correntistas, junto ao extrato do mês de julho, sugerindo que o crescimento da presidente Dilma Rousseff (PT) nas
Posted: 27 Jul 2014 03:59 PM PDT
CLIQUE AQUI para  ler análise de Dora Kramer sobre o caso. Eles não viram nada e parecem adornos decorativos de um Conselho de Administração irresponsável por seus atos, segundo o TCU e na inversa mão do que diz a boa prática da moderna Governança Corporativa, coisa que o dr. Jorge Gerdau, na foto à extrema esquerda, conhece mais do que ninguém, porque o tema é dever de casa no Grupo Gerdau, 
Posted: 27 Jul 2014 06:03 PM PDT
Os repórters Artur Rodrigues e Leandro Machado acompanharam servidores da prefeitura de São Paulo, do prefeito Fernando Haddad, PT, atuando nos Partidos da base aliada durante o horeário do expediente. Gente que recebe mensalmente até R$ 13 mil. Leia tudo: A movimentação durante a semana é frenética no sobrado amarelo da Bela Vista (região central) onde fica a sede do PP (Partido 
Posted: 27 Jul 2014 07:11 AM PDT
Neste artigo (O PT e o mercado no Brasil) assinado ontem pelo jornalista Fernando Rodrigues, Folha de S. Paulo, há uma clara proposta para que o governo do PT censure a publicação dos resultados dos estudos econômicos sobre o desempenho da economia brasileira sob administração da presidente Dilma Roussef. .  Basta ler o que escreveu o jornalista: - Numa democracia, um banco tem o direito
Posted: 27 Jul 2014 05:00 AM PDT
A análise econômica que vai abaixo, intitulada  "O fim do Brasil", é uma das mais intessantes sobre a real situação econômica do Brasil e o porque de devemos nos preocupar com um Plano B, que deve incluir, inclusive, um outro País para se viver, diante da caótica situação brasileira em que ele mostra neste trabalho. . Leia tudo: Olá. Meu nome é Felipe Miranda. Há quase cinco anos, 
Posted: 27 Jul 2014 04:44 AM PDT
A trapalhada da semana foi sem a menor dúvida a nota que o Banco Santander expediu aos seus clientes, mas não a todos, recomendando que os eleitores devem ficar longe de Dilma Roussef nas eleições de outubro, já que devem evitar o risco que representa o atual governo do PT para a economia, mergulhada em repiques inflacionários e paralisia econômica, cenário que será pior daqui para a frente. .
Posted: 27 Jul 2014 06:04 PM PDT
O esquema ao lado é desenho da Folha.  Os jornalistas Andréia Sadi e Ranier Bragon revelam na edição deste domingo da Folha de São paulo que a egociação envolvendo o repasse oficial de recursos financeiros do PT para o PMDB abriu uma crise entre os dois partidos, os maiores da coligação pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. . Leia tudo: . Sem aval do comando peemedebista, o

Mais crônicas do nanismo diplomatico - Andres Oppenheimer (MH)

“O Brasil passou dos limites em relação a Israel”
Por Andres Oppenheimer
The Miami Herald, 28/07/2014

Enquanto a maioria dos países condenou a violência em Gaza, na maior parte dos casos culpando ambos os lados e dirigindo críticas em variados níveis a um e a outro, o Brasil passou dos limites ao simplesmente endossar a versão do grupo terrorista Hamas para o conflito — indo além até mesmo de países como o Egito e a Jordânia em suas ações contrárias a Israel.
Em nota emitida em 23 de julho, o governo da presidente brasileira Dilma Rousseff declarou: “Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis”.
E acrescentou que seu embaixador em Israel foi chamado ao Brasil para consultas — algo que nem mesmo países árabes como o Egito ou a Jordânia fizeram até este momento em que escrevo.
Tal comunicado alinha o Brasil com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e outros países que automaticamente tomam o partido de ditaduras militares e violadores dos direitos humanos em todo o mundo. Agora, há rumores de que o Brasil pretende se manifestar contra Israel na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em 29 de julho.
Muitos outros países condenaram o “uso desproporcional da força” por Israel, contudo a maioria deles — inclusive a Argentina, que normalmente acompanha os posicionamentos do Brasil — condenou simultaneamente o Hamas pelos ataques sistemáticos de foguetes contra alvos civis israelenses, que segundo Israel deflagraram o atual ciclo de violência.
Ademais, os Estados Unidos e os 28 membros da União Europeia, que consideram o Hamas um grupo terrorista, condenaram-no especificamente pelo uso de civis como escudos humanos.
Em 17 de julho, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, conhecida pela sigla UNRWA, anunciou ter encontrado 20 foguetes do Hamas escondidos numa escola da ONU em Gaza. Poucos dias depois, a UNRWA anunciou outra descoberta idêntica em outra escola da ONU.
Após a crítica do Brasil, dirigida unicamente a Israel, o ministro das Relações Exteriores israelense emitiu uma declaração, afirmando que a atitude do Brasil “demonstra a razão pela qual o gigante econômico e cultural continua sendo politicamente irrelevante” no cenário internacional. Representantes de Israel esclareceram que a reação incomumente enérgica foi provocada pela decisão do Brasil de convocar seu embaixador para consultas.
Em contraste, os Estados Unidos e os 28 integrantes da União Europeia iniciaram suas declarações sobre o conflito em Gaza destacando o direito de Israel a se defender.
O Conselho da União Europeia, que inclui a França, a Bélgica e vários outros países com populações muçulmanas numerosas, manifestou-se no dia 22 de julho no sentido de que “a União Europeia condena firmemente o disparo indiscriminado de foguetes pelo Hamas contra Israel”.
E completou: “A União Europeia condena veementemente a convocação (do Hamas) da população civil de Gaza para atuar como escudos humanos. Embora reconheça o legítimo direito de Israel a se defender contra quaisquer ataques, a UE enfatiza que a operação militar israelense deve ser proporcional e em consonância com a legislação humanitária internacional”.
O Brasil pode ter chamado seu embaixador por razões políticas internas, bem como pelo desejo de agradar aos estados radicais árabes e africanos, em sua busca pela obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
José Miguel Vivanco, responsável pela divisão das Américas da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, ressalta que o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva — mentor político de Rousseff — posicionou-se consistentemente em favor dos piores violadores dos direitos humanos do mundo nos anos em que ocupou a presidência.
Mais recentemente, com Dilma Rousseff, o Brasil melhorou significativamente sua participação nas votações sobre o tema no Conselho de Direitos Humanos da ONU, porém o mesmo não ocorreu em outros fóruns diplomáticos. Na América Latina, por exemplo, o Brasil permaneceu em silêncio em relação às inúmeras violações aos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança da Venezuela, relata Vivanco.
“O Brasil está fazendo a coisa certa ao protestar com veemência contra Israel pelo uso desproporcional da força, que resultou num grande número de mortes de civis, mas ao mesmo tempo não podia deixar de condenar os ataques indiscriminados e constantes de foguetes do Hamas contra a população civil israelense”, disse-me Vivanco.
Minha opinião: Israel pode ser acusado de falhar ao evitar a morte de civis em casos específicos durante o conflito de Gaza, e o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pode ser culpado por não fazer o bastante para acelerar a tão necessária criação de um Estado palestino, porém Israel não pode ser condenado por se defender.
Não se pode esperar de nenhum país no mundo que fique inerte enquanto um grupo terrorista dispara milhares de foguetes contra suas maiores cidades e, depois, usa civis como escudos humanos. E menos ainda quando, diferentemente do Al Fatah e outros grupos palestinos mais moderados, o Hamas conclama à aniquilação de Israel e ensina às crianças palestinas que matar judeus é uma prestação de serviço a Alá.
Se o Brasil quer ser levado a sério como uma democracia moderna e um ator internacional responsável, deveria agir como tal.

Eleicoes 2014: a politica externa de Aecio Neves - Oliver Stuenkel

Brazil Post (Huffington Post), 
AECIO


A próxima campanha presidencial no Brasil deverá incluir uma discussão sobre como cada candidato pretende defender os interesses do Brasil no exterior. A atuação internacional do Brasil é muito maior hoje do que em qualquer momento de sua história, tornando o tema um elemento-chave da estratégia global de qualquer governo. As tropas brasileiras estão no Haiti, o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) empresta dinheiro a nível internacional, o Brasil aumentou o número de suas embaixadas na África e participou da criação dos grupos BRICS e UNASUL.
Esta forte presença internacional levanta questões importantes. Por exemplo, o que o foco direcionado do Brasil na África tem realmente alcançado na última década? Fazer parte do grupo BRICS pode aumentar a influência global do Brasil? Como podemos convencer os nossos vizinhos de que a ascensão do Brasil é boa para eles também? Qual é a visão a longo prazo do Brasil para a região? Qual é a função da ajuda brasileira ao desenvolvimento, da UNASUL e do Mercosul nesta visão regional? Como o Brasil pode melhor promover a estabilidade política e econômica na América Latina? Como o Brasil deveria lidar com a instabilidade na Venezuela e as violações de direitos humanos em Cuba?
Diante disso, todos os candidatos devem ser capazes de criticar a política externa do Brasil durante a presidência de Dilma Rousseff. Em comparação com FHC e Lula, que deixaram suas marcas no compromisso internacional do Brasil, a política externa da presidente tem sido uma política sem brilho. Diplomatas estrangeiros lamentam privadamente que ela não parece se importar muito com questões internacionais. Enquanto os Ministros das Relações Exteriores de FHC e Lula prosperavam, o Itamaraty foi rebaixado por Rousseff, e foi dado pouco espaço para o Ministro Patriota tomar iniciativa. O atual Ministro das Relações Exteriores, Figueiredo, parece ter maior acesso à Presidente, mas ele dificilmente é um de seus principais assessores. Os discursos de Dilma na Assembleia Geral da ONU, grandes oportunidades de articular a visão do Brasil, não foram inspiradores.
O que Aécio Neves, candidato do Partido da Social Democracia do Brasil (PSDB) faria se ele fosse eleito presidente? De todos os candidatos, é o ex-governador de Minas Gerais que articulou a crítica mais forte à atual política externa dos últimos governos. Sob as presidências tanto de Lula quanto Rousseff, Aécio argumenta que o Brasil tem mantido laços excessivamente cordiais com regimes autoritários como Cuba e Irã e tem feito muito pouco para promover os direitos humanos e a democracia. Da mesma forma, ele argumenta que convidar Chávez da Venezuela para participar do Mercosul foi um erro. Finalmente, segundo Aécio, o Brasil errou ao aceitar expropriações de refinarias da Petrobras na Bolívia - dando a entender que a resposta do Brasil foi, em grande parte, determinada por simpatias ideológicas do governo com o esquerdista Evo Morales da Bolívia.
Em questões internacionais, ele parece acreditar que a ênfase do Brasil em fortalecer os laços com outras potências emergentes e África foi mal concebida, com tendências ideológicas e não necessariamente a serviço do interesse nacional brasileiro.
Aécio Neves, portanto, não apenas critica a política externa do governo, mas também oferece alternativas relativamente claras: o Brasil deve deixar de cultivar laços estreitos com Cuba, Venezuela e outros governos de esquerda na região e adotar um tom mais crítico a esses países. Deve também condenar abertamente as violações de direitos humanos em Cuba e pedir a libertação de todos os presos políticos do governo Castro. O Brasil pode ainda gastar menos tempo estreitando os laços com o Sul Global e buscar consolidar sua relação com os Estados Unidos.
No entanto, mesmo sendo de alguma maneira construtiva, sua crítica é baseada no pressuposto maior que toda a política externa do Brasil baseia-se em fundamentos ideológicos puramente de esquerda - uma reivindicação questionável considerando que a política externa mudou relativamente pouco quando o presidente Lula assumiu, em 2002, em comparação com o governo anterior. Nem o presidente Itamar Franco, nem Fernando Henrique Cardoso criticaram Fidel Castro abertamente (mesmo que Luiz Felipe Lampreia tenha uma vez insistido em conhecer uma figura da oposição durante uma viagem a Cuba). Na mesma linha, o primeiro presidente a propor a participação da Venezuela no Mercosul foi FHC. As estreitas relações do Brasil com a Venezuela durante a última década podem ser explicadas por interesses econômicos do Brasil, não por uma forte ligação ideológica. Dilma Rousseff desprezou o estilo abrasivo de Hugo Chávez e critica a gestão econômica do presidente Maduro.
Por fim, diversificar parcerias e construir uma presença diplomática mais forte no mundo em desenvolvimento - que gerou muitos benefícios para o Brasil - também foi uma iniciativa de Fernando Henrique Cardoso. Lula, de maneira muito habilidosa, continuou e intensificou a estratégia. A participação brasileira no grupo do BRICS é uma estratégia pragmática e, contrário ao que argumentam alguns comentaristas conservadores, não motivada por questões ideológicas ("Os benefícios do grupo BRICS para o Brasil"). A política externa atual do Brasil pode ser menos ideológica do que algumas das críticas de Aécio Neves sugerem. A decisão de Lula de negociar com o Irã em 2010 foi muito mais uma tentativa (correta, ao meu ver) de fortalecer a projeção global do Brasil do que uma prova de alinhamento com Mahmoud Ahmadinejad - embora os radiantes sorrisos de Lula com o presidente do Irã, fazendo manchetes em todo o mundo, podem, de fato, ter enviado uma mensagem errada para o público global.
Tudo isso não significa que toda a crítica de Aécio seja equivocada. Por exemplo, ele tem razão em apontar que os laços com os Estados Unidos chegaram a um ponto baixo no final do segundo mandato de Lula, mesmo que o Ministro Patriota, no governo Dilma tenha conseguido normalizar boa parte das relações antes do escândalo de espionagem desfazer a sua obra. Aécio Neves criticou a decisão de Dilma de cancelar a visita de Estado, dizendo que não ter ido à Casa Branca pode ter feridos interesses comerciais. Diante do contexto político do escândalo de espionagem, porém, a decisão da Presidente cancelar sua viagem foi razoável, e parece pouco provável que interesses comerciais sofreram como consequência.
Quanto à abordagem regional da Aécio, duas questões se destacam. Primeiro de tudo, uma postura mais assertiva pró-direitos humanos e pró-democracia poderia conduzir Estados menores a ver o Brasil como um hegemon regional? Como Aécio teria certeza de que criticar o governo venezuelano não afetaria os interesses comerciais sólidos do Brasil lá? Afinal, mesmo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) apoiou a entrada da Venezuela no Mercosul, e os laços estreitos de Lula com Chávez protegeram os investimentos brasileiros contra a interferência política na Venezuela até o momento. Por outro lado, isso parece impedir que o Brasil desempenhe um papel construtivo como mediador-chave, uma vez que a Venezuela enfrenta um conflito interno profundo. Mais importante ainda, ele não só criticaria abusos de direitos humanos cometidos por governos de esquerda (como Venezuela e Cuba), mas também por governos conservadores, como do ex-presidente Uribe?
Em segundo lugar, como exatamente ele pretenderia influenciar a política de Cuba? Considerando que um embargo dos EUA não desestabilizou o regime cubano, nem o tornou mais liberal, isolar Cuba é a estratégia correta para o Brasil? Como defenderia os interesses econômicos brasileiros na ilha? Isso remete a uma das questões mais complexas nas relações internacionais: Como os países democráticos liberais devem lidar com os países não democráticos? Devemos procurar mudá-los através envolvimento com eles (como as diferentes vertentes de pensamento liberal sugerem) ou do isolamento? Ou devemos nos abster de influenciar assuntos internos de outros países (o que reflete uma abordagem mais realista)?
Ainda assim, não é claro em que medida Aécio prevê uma "política externa pragmática" (termo que ele usa frequentemente) baseada em interesses estratégicos e econômicos do Brasil ou uma política externa mais orientada por valores que promovem a democracia e os direitos humanos (mesmo que arrisque ferir interesses empresariais brasileiros). Se for o último, o termo "pragmático" parece estar fora do lugar. Nesse caso, ele teria que explicar como ele lidaria com crescentes laços econômicos do Brasil com cleptocracias como Angola ou a Guiné Equatorial, ou com ditaduras como a China.
Como a atuação internacional do Brasil aumentará na próxima década, e como o bem-estar dos cidadãos brasileiros será cada vez mais afetado pela estratégia de política externa do Brasil, discutir profundamente estas questões é fundamental - independentemente do apoio ou não à linha de argumentação de Aécio Neves, é preciso fortalecer o debate sobre a política externa e obrigar cada candidato a defender a sua estratégia.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sanatorio Bolivariano do Caribe: agravando a loucura geral...

Quando eu vejo uma chamada desse tipo, eu penso imediatamente tratar-se de uma brincadeira, de uma gozação de jornalistas, dessas mentiras que se prestam a sorrisos.
Sou obrigado a me beliscar, quero dizer, a clicar na notícia para ler, e perder um pouco do meu preciso tempo de leitura ou escrevinharão, para me certificar que, sim, não estou num mundo de loucos, e sim no mundo real dos bolivianos, o que dá mais ou menos na mesma coisa...
Eu me pergunto como vivem as pessoas normais, na Venezuela e alhures, quando ouvem essas coisas: apenas sorriem e deixam passar ou se desesperam ao constatar, mais uma vez, que estão, sim, entregues a um bando de loucos. O pior é que esses malucos são também assassinos e criminosos, enfim um bando de mafiosos, como temos vários por aí, alguns até bem perto...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela sin Chávez

Maduro dice que el “pajarito” se le rapareció y le dijo: Chávez está feliz


Infolatam/Efe
Caracas, 29 de julio de 2014
Las claves
  • Maduro habló así durante una fiesta organizada en Barinas, el estado natal de Chávez, al cumplirse este lunes 60 años del nacimiento del presidente fallecido el 5 de marzo de 2013.
  • Maduro, que desde el fin de semana pasado también tiene el cargo de presidente del gobernante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), aseguró que siente "presente" a Chávez, a quien definió como un "gran profeta".
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, dijo que “otra vez” se le apareció un “pajarito” y que en esta ocasión le dijo que Hugo Chávez “está feliz y lleno de amor de la lealtad de su pueblo”.

Maduro habló así durante una fiesta organizada en Barinas, el estado natal de Chávez, al cumplirse este lunes 60 años del nacimiento del presidente fallecido el 5 de marzo de 2013.

“Les voy a confesar que por ahí se me acercó un pajarito, otra vez se me acercó y me dijo (…) que el comandante (Chávez) estaba feliz y lleno de amor de la lealtad de su pueblo (…) debe de estar orgulloso”, dijo Maduro.
En el acto se cortó una inmensa torta que reproducía una imagen del paisaje del Llano venezolano, donde Chávez creció, y además fue desvelada una estatua del presidente fallecido financiada por la petrolera rusa Rosfnet.
Maduro, que desde el fin de semana pasado también tiene el cargo de presidente del gobernante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), aseguró que siente “presente” a Chávez, a quien definió como un “gran profeta”.
El presidente celebró además la presencia de un conjunto musical ruso que dedicó varias canciones al gobernante fallecido, y aseguró que al otro lado del mundo “ha llegado la llamarada del calor del amor que el mundo siente por Chávez”.
“De Siberia a Sabaneta (ciudad de nacimiento de Chávez) corre el amor por todo el mundo”, afirmó.
En abril de 2013, Maduro aseguró que Chávez se le apareció en una pequeña capilla católica, también en Barinas, en forma de “pajarito chiquitico” y lo bendijo antes de arrancar la campaña para las elecciones de ese mismo mes, y se granjeó toda clase de críticas y burlas.
Maduro se defendió diciendo que estaba feliz por haber compartido su “espiritualidad” con el pueblo.

Eleicoes 2014: cada candidato com a sua mania...

Caro eleitor: você votaria num candidato que lhe dissesse, assim na bucha, na frente da televisão, que não apenas guarda 150 mil em casa -- certamente estão melhor protegidos os 150 mil, sobretudo com aquele batalhão de soldados enfileirados -- mas que também, tchan, tchan, tchan,...

no período da ditadura, durante sete anos, ''dormia de sapatos'', enquanto fugia da repressão. 
(pontos triplos de interrogação, e de exclamação...)

Bem, considerando que a maior parte desses grupelhos da guerrilha não se aguentavam mais de um ano e meio em face da repressão, e que o auge da guerrilha se deu entre 1968 e 1971, esses sete anos estão um pouco, assim, como direi?, dilatados.
Digamos então que foi um hábito adquirido: depois de dormir um pouco de sapatos, aquela mania foi ficando, ficando, até que ficou.

Mas também tem gente que diria:

" -- Sete anos dormindo de sapatos???!!! Huummmm... Então está tudo explicado..., o humor..."

Bem, pessoalmente, acho que deve atrapalhar o casamento, e outras coisas...
Mas vamos falar só de programas eleitorais, OK?
Paulo Roberto de Almeida

Eleicoes 2014: uma do gênero "acredite se quiser..."

A presidente Dilma Rousseff explica por que guarda ''em casa'' R$ 152 mil em espécie, valor que consta na sua declaração de bens como candidata à reeleição. Ela lembra ainda o período da ditadura, em que durante sete anos ''dormia de sapatos'', enquanto fugia da repressão. A candidata à reeleição presidencial participou nesta quarta-feira (28) de sabatina promovida pelo UOL, pela "Folha de S.Paulo", pelo SBT e pela rádio Jovem Pan. Leia mais sobre a sabatina.

Prata da Casa: as instituições de Bretton Woods - Carlos Marcio B. Cozendey

Como é meu habito, sempre leio e resenho os livros dos diplomatas, de qualidades notoriamente desiguais, em função dos diferentes formatos dos textos originais. Muito frequentemente se trata de teses internas ao Itamaraty, e são portanto cercados por todos aqueles cuidados que o diplomata, em face de uma banca que pretende esquartejá-lo, deve tomar para justamente evitar esse massacre. Outros são livros escritos para um público externo, o que pode aumentar ou diminuir outras qualidades, mas enfim, a maior parte do que tenho lido supera justamente a maior parte do que vejo publicado no mundo acadêmico.
É o caso deste pequeno livrinho, da coleção Em Poucas Palavras, que reúne todas as qualidades para ter sido publicado por uma grande editora comercial, e conhecer assim divulgação mais ampla.
Eu acabei de fazer uma resenha, mas aí me dei conta que já tinha feito a resenha para um número anterior do Boletim da ADB, a associação dos diplomatas.
Bem, junto as duas aqui para novamente expressar meu reconhecimento por essa obra.
Paulo Roberto de Almeida 

Carlos Márcio B. Cozendey:
Instituições de Bretton Woods: desenvolvimento e implicações para o Brasil
(Brasília: Funag, 2013, 181 p.; ISBN 978-85-7631-488-2; Coleção Em Poucas Palavras)

As 160 páginas do corpo de texto não perfazem exatamente um livro “em poucas palavras”, mas cada linha da obra está impregnada de um triplo conhecimento: histórico, teórico e prático, sobre as origens, o desenvolvimento, nas décadas seguintes, e sobre o funcionamento atual dos dois irmãos de Bretton Woods, o Banco e o Fundo, que foram criados em 1944 na pequena cidade do New Hampshire para presidir à ordem econômica do pós-guerra. O autor é o secretário de Assuntos Internacionais da Fazenda, e como tal segue, no G20 e em outras instâncias, as negociações para a reforma do sistema monetário, que já passou por fases melhores do que a atual. Depois das paridades cambiais estáveis, o regime de flutuação não ajuda a manter a estabilidade mundial, mas o maior perigo advém dos desequilíbrios fiscais nacionais, um tema que todavia foge do escopo deste livro. 
           
O autor conhece a bibliografia e domina a teoria do comércio e das finanças internacionais. Mais importante: ele é o negociador brasileiro nas duas irmãs de Bretton Woods e no G-20 financeiro, o que lhe dá um conhecimento direto das diferenças entre o ancien régime e o novo, que não é bem um regime, e sim arranjos parciais e limitados entre os principais protagonistas, para evitar as “guerras cambiais” do passado. O dólar continua tão hegemônico quanto foi na origem, embora o Banco Mundial já não seja tão importante como no imediato pós-Segunda Guerra. O G-20, contudo, tem menos da metade dos participantes da conferência de 1944, e a distribuição de poder econômico é mais equilibrada; ou seja, a oligarquia financeira continua firme no comando do timão, embora as divergências sobre o que fazer continuem tão agudas quanto antigamente.