Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 3 de junho de 2014
O governo acabou. Haja agonia - Marco Antonio Villa
Vai ter copa, mas nao vao ter o meu voto - Mario Machado (Coisas Internacionais)
Paulo Roberto de Almeida
Posted: 02 Jun 2014 12:56 PM PDT
O Brasil por esforço do governo e diversas organizações não estatais (como Igrejas e federações esportivas) trouxe para o Brasil alguns dos mais chamativos megaeventos do mundo. A estratégia construída durante o boom das commodities parecia clara: dinamizar o turismo e reforçar a imagem do Brasil e assim marcar um novo status nacional. E, talvez alimentada pelos resultados positivos dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Outros emergentes se valeram da mesma estratégia. Temos as Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008, a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, os Jogos Olímpicos de Sochi 2014 e em menor escala os Jogos da Commowealth, em Nova Déli, 2010, com exemplos dessa estratégia. Outro traço comum a esses eventos é que todos provocaram ondas de protesto.
O Brasil se arrogou receber uma seqüência de megaeventos com os Jogos Mundiais Militares, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Quando esses compromissos foram assumidos pelo governo e sua base aliada (sem consulta popular, é bom salientar) atentar quanto ao gigantismo do projeto a frente e levantar dúvidas sobre sua exeqüibilidade era ser do contra, tucano, vendido e até mesmo vira-lata.
Ambição, como sabemos, não faltou aos líderes políticos quando assumiram esses compromissos, agora planejamento extensivo e execução eficiente, bom isso faltou e muito.
É preciso ter em mente que o Brasil é um importador de poupança, ou seja, é historicamente incapaz de poupar internamente para assim ter recursos para investimento, qualquer que já tenha aberto ao menos um livro de economia sabe que S=I, ou seja, poupança é igual a investimento. E o setor público brasileiro, regido por um pacto social, que deseja muita intervenção estatal é incapaz de investir no montante necessário. Assim, os megaeventos eram vistos como uma chance de atrair investimento estrangeiro para setores de infra-estrutura como portos (pelo menos os terminais de passageiro), aeroportos e mobilidade urbana, além de empregos e treinamento profissional nas obras de infra-estrutura e nos estádios. E então a palavra legado fez sua entrada no vocabulário corrente da política nacional.
O investimento privado não veio (e, talvez tenham faltado estímulos corretos para sua atração) e o dispêndio público elevado na construção de estádios começou a irritar a opinião pública pressionada pelos elevados custos de vida e pelo peso dos impostos. Em outro front os grupos mais ligados a extrema-esquerda viram a invasão do capital e substituíram o FMI pela FIFA no papel de inimigo externo e nesse processo denunciaram as desapropriações e deslocamentos forçados que as obras públicas e os estádios ocasionaram.
Essas duas ondas principais de descontentamento se somaram (mas, não misturaram vide as denuncias de lado a lado por traição ao movimento) e foram as ruas em enormes protestos cada vez mais exacerbados e nisso a reação por vezes truculenta da PM contribuiu, embora em alguns momentos alguma força coercitiva é necessária.
Esses descontentamento e protestos não são exclusividades do Brasil, na verdade parece ter havido aqui um almalgama dos protestos que precederam os Jogos da Commowealth e os protestos e greves pré-copa da África. Até mesmo o clima de dúvida “vai ter copa, não vai ter copa”, o comunicado feito pelo movimento “Anti Commonwealth Games Front” deixa escancarada as semelhanças, transcrevo um resumo abaixo o total pode ser lido aqui:
The Front protested the Commonwealth Games on the following grounds:
1. In the run-up to the Commonwealth Games, the city has seen the most blatant violation of human rights of the urban poor.
2. The government has completely lost its sense of priorities. While Rs. 70,000 to 100,000 crore (US$ 15 – 21 billion) are being spent on hosting a twelve day sporting extravaganza,
3. India is a poor country and cannot afford this kind of wastage of precious resources.
5. Residents of Delhi have had to put up with a lot of inconveniences to host an event they were not consulted about and did not ask for.
6. It has been reported that CWG is being counted as one of the biggest corruption scandals in the country.
7. Rs. 744 crore meant for Scheduled Castes in Delhi has been diverted to meet the Games related costs, in complete violation of the Special Component Plan and the 2006 Planning Commission Guidelines.
E na África do Sul milhares foram as ruas durante a Copa para protestar os enormes gastos com o evento, como ilustra reportagem da época que destaco a frase abaixo:
“If we have money for stadiums, we should not have any homeless people or people having to live in shacks”.
Não é coincidência, também, que os mais abertos dos emergentes tenham enfrentado as maiores resistências, greves, protestos e campanhas contrárias aos mega-eventos, afinal é parte da democracia a liberdade de expressão e a liberdade de se opor ao governo.
Índia, Brasil e África do Sul sofreram (e sofrem) com o mesmo problema de ineficiência na gestão de recursos públicos e no planejamento das obras para os eventos e o não cumprimento de prazos e padrões, é mais fácil para a Rússia e China passarem por cima dos prejudicados e continuarem os trabalhos com rigor marcial. E mesmo para os dois mais fechados protestos foram feitos contra suas políticas, no caso chinês a intervenção no Tibet que sistematicamente atacaram a tocha olímpica e no caso russo protestos contra suas políticas anti-homossexuais.
O Brasil não está preparado adequadamente para esse evento, e isso não é novidade, afinal, todas as obras de infra-estrutura prometidas e melhorias de mobilidade urbana eram apenas paliativos, o problema continua sendo a superação do subdesenvolvimento. Mas, nem os paliativos ficaram prontos a tempo e teremos o improviso como solução, um bom marketeiro ainda coloca o spin de criatividade e adaptabilidade do povo brasileiro ao falar disso. E é bem possível que o turista ávido por diversão e pelo Brasil do imaginário mundial, nem se importe tanto assim com as falhas de infra-estrutura, se as condições de segurança forem melhoradas durante o mundial. Sempre haverá o que não vai gostar e o que vai festejar e se divertir olhando tudo com as benévolas lentes das férias.
Contudo, quem protesta a decisão de trazer a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos tem uma razão insofismável, diante do tamanho de desafios e da necessidade de investimento que o Brasil precisa esse montante não teria sido mais bem aproveitado em outros projetos?
Precisamos, sim, de mais e melhores aeroportos (ou por que agora que mais pessoas podem voar devemos aceitar uma queda no padrão dos serviços e espaços aeroportuários, como se ele não “merecessem”?) e de mais segurança pública e melhorias significativas nos transporte público e de um novo modelo educacional, mais eficiente na gestão de recursos, mas um megaevento tem gastos com a festa, estádios e outros que drenam recursos e energia da administração pública, isso sem falar da corrupção percebida.
A Copa vai acontecer e as forças de segurança estão sob muita pressão para garantir a paz e a tranqüilidade de quem quer assistir aos jogos e aproveitar a festa, contudo, não podem usar métodos coercitivos que se configurem como cerceamento do direito a assembléia dos contrários a Copa. E com tanta pressão, ânimos exaltados e agentes provocadores de toda sorte não é difícil imaginar cenas horrorosas, que afastarão futuros turistas muito mais que aeroportos precários e hotéis caros.
Fica claro, que protestos e choques pré-megaeventos são características dos megaeventos sediados pelos emergentes, contudo alcançaram um nova escala aqui por conta de dinâmicas da política e da economia brasileira.
Alguns já devem saber que sou grande torcedor de futebol e corinthiano, sim grafado com th, desde criancinha (fora Mano) e por isso tenho grande apreço pelo mundial e pela chance de ver os melhores jogarem sob uma pressão incrível. Não sou adepto, contudo, das patriotadas, mas sim torço pela seleção canarinho, com menos entusiasmo que torço pelo Timão, é verdade.
A meu ver, é tolice tentar caracterizar o grau de politização ou sua filiação partidária e/ou ideológica de um cidadão por assistir ou não aos jogos da Copa, ou por vibrar o não com os gols do scratch canarinho (ainda se usa essa expressão?). Ainda mais, por que é preciso lembrar que esse amplo guarda-chuva dos protestos anti-copa do mundo abriga linhas de pensamento como a dos black blocs (recomendo essa matéria must-read do Estadão), que nunca vou subscrever, nem apoiar.
Eu vou assistir aos jogos, em casa e nos bares, vou comemorar (nem que seja pra irritar a extrema esquerda), vou tentar contribuir para que não seja um prejuízo maior ainda, mas meus caros, não vou esquecer de responsabilizar quem trouxe os megaeventos e demonstrou uma falta de visão estratégica e de necessidades nacionais.
Vai ter Copa! Não vão ter meu voto!
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Nuestros hermanos: supostos argentinos bloqueiam suposto acordo comercial com suposta UE
Paulo Roberto de Almeida
Itamaraty: suposto wikileaks revela supostos telegramas sobre supostas acoes de uma suposta diplomacia...
Paulo Roberto de Almeida
Revista Geopolitica: novo numero disponivel
Eleicoes 2014: Aecio Neves no Roda Viva, em 2/06/2014
As privatizacoes corruptas, e deformadas, do Brasil dos companheiros
As grandes construtoras, inerentemente corruptas, que financiam o maior partido da corrupção, sempre estão presentes, repararam?
Governo mudará modelo de exploração de aeroportos
- Autor: Comunicação Millenium
- em Blog
- 02/06/2014
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O caos normal do Brasil dos companheiros - Demetrio Magnoli
Negocios companheiros: sempre tem coisas misteriosas... e dinheiro publico...
E dinheiro mais misterioso ainda.
Menos o do BNDES, embora não se saiba porque o BNDES colocou tanto dinheiro na companhia, para comprar empresas americanas do ramo.
O Brasil ficou assim: dinheiro público em lugares misteriosos, pode apostar que os companheiros estão por trás.\
Não todos, claro, pois a maioria é de militantes que acreditam no besteirol da justiça social.
Só os companheiros graúdos, os chefes da máfia...
Paulo Roberto de Almeida
Crise do Capital e Fundo Publico: uma pesquisa recusada pela Capes, porser uma piada pronta...
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Prezados/as Pesquisadores/as do Serviço Social Brasileiro,
É com muita tristeza e indignação que socializamos com todos/as vocês o parecer da CAPES relativo ao Projeto "Crise do Capital e Fundo Públioco: Implicações para o Trabalho, os Direitos e as Políticas Sociais", apresentado ao Edital Procad 071/2013.
O Projeto envolve a UnB, UERJ e UFRN, 19 docentes, 09 doutorandos/as, 15 mestrandos/as e 27 graduados/as
Nossa indignação não se refere à não recomendação em si, mas à justificativa utilizada pelo parecerista: o projeto não teria mérito técnico-científico porque fundamentado no método dialético-materialista histórico, o qual o parecerista não considera científico. A partir deste posicionamento ideológico e político, e não científico, todos os demais quesitos foram desqualificados superficial e inconsistentemente pelo parecerista, como vcs podem ler no parecer que socializamos em anexo.
No dia 30 de maio, conforme o Edital, impetramos recurso na plataforma Sicapes. Contudo, o espaço disponível de apenas 5000 caracteres com espaço não nos permitiu a exposição de motivos que demonstra, em detalhes, o caráter anticientífico, sectário e desrespeitoso para com as Ciências Humanas e Sociais, o projeto e seus autores. Por isso, enviamos um documento de recurso mais detalhado ao presidente da CAPES e o socializamos em anexo.
A equipe de docentes do Projeto decidiu denunciar este inaceitável patrulhamento ideológico e tratamento desrespeitoso a todos que adotam o método crítico dialético, dentro e fora da nossa área.
Vocês verão que não se trata apenas de recusar um projeto, mas de desqualificar qualquer pesquisa fundada nessa perspectiva, tratada como não científica e, portanto, desprovida de mérito técnico científico.
Neste momento, nos importa fundamentalmente denunciar esse impropério e defender veementemente a pluralidade, liberdade ideopolítica e o respeito ao método dialético marxista, e a todo seu legado científico, que tanto vem contribuindo para pensar criticamente a sociedade brasileira, a crise contemporânea e seus dilemas.
Vale registrar, também, que nenhum projeto do Serviço Social foi aprovado neste Edital, e que dos 62 aprovados, mais de 90% são das áreas de exatas e biomédicas.
Por fim, pedimos que este email e seus anexos sejam amplamente divulgados nas ciências sociais em geral, pois este fato mostra o ambiente hostil ao pensamento crítico.
Instituição Proponente: Crise do Capital e Fundo Público: implicações para o trabalho, os direitos e a política social
Valor solicitado: R$ 437.203,37
Etapa realizada: Análise de Mérito
Observação do item: Projeto afirma basear-se no método marxista histórico-dialética. Julgo q a utilização deste método não garante os requisitos necessários para que se alcance os objetivos do método científico
Observação do item: Considerando a metodologia a ser empregada - cujos requisitos científicos não tem unanimidade - a proposta pode ser considerada pouco relevante.
Item: Contribuição para a Educação Básica
Observação do item: Não se aplica
Item: Formação e aperfeiçoamento de recursos humanos
Observação do item: Sim, entretanto, a formação proposta estaria no âmbito do método marxista histórico-dialético, cuja contribuição 'a ciencia brasileira parece duvidosa.
Item: Importância do projeto em níveis institucional, regional e nacional
Observação do item: O consenso sobre a importância científica do projeto não é consensual
Observações da Coordenação: Justificativa para a não recomendação da proposta: as equipes proponentes e associadas acabaram de participar de um PROCAD com duração de 4 anos; diante do elevado número de propostas com mérito que ainda não participaram do Programa, parece de bom senso que esta não seja contemplada.
Recurso ao Parecer de Análise de Mérito Emitido pela CAPES/PROCAD ao Projeto “Crise do
capital e fundo público: implicações para o trabalho, os direitos e as políticas sociais”
Ref. Edital n. 071/2013 – Programa Nacional de Cooperação Acadêmica 2013
Projeto: Crise do capital e fundo público: implicações para o trabalho, os direitos e as políticas sociais
N0 da Proposta: 163936
Contestação ao Parecer Geral
A equipe do Projeto “Crise do capital e fundo público: implicações para o trabalho, os direitos e as políticas sociais” - composta por 03 Instituições de Ensino Superior Públicas (UnB, ERJ e UFRN), 19 docentes pesquisadores (sendo 4 pesquisadores bolsistas PQ do CNPq), 09 doutorandos/as, 15 mestrandos/as e 27 discentes da graduação, vem apresentar recurso ao parecer negativo à recomendação da proposta apresentada.
O parecer da análise do mérito não recomenda a Proposta sob a seguinte justificativa: “as equipes proponentes e associadas acabaram de participar de um PROCAD com duração de 4 anos; diante do elevado número de propostas com mérito que ainda não participaram do Programa, parece bom senso que esta não seja recomendada”. A nota atribuída à Proposta foi 77,5.
Este parecer foi repetido nas “Observações da Coordenação” e validado pela Coordenação Geral, que se pronuncia: “De acordo com o parecer de mérito”. Ou seja, com base no disposto no parecer disponibilizado na plataforma SICAPES, fica evidente que a avaliação de mérito foi emitido por um (ou mais de um, o que não fica claro no formulário) parecerista e avalizado por duas instâncias de Coordenação da CAPES.
A equipe considera que o argumento acima apontado não tem fundamentação legal, além de ser improcedente, e não pode ser utilizado para justificar a não recomendação da referida Proposta, pelos seguintes motivos:
1. O Edital 071/2013 não apresenta como critério de recomendação e/ou não recomendação a participação anterior em outros editais PROCAD. Se a CAPES tivesse por política priorizar grupos e/ou docentes que não tiveram projetos aprovados por mérito em outros editais, este deveria ser um item estabelecido neste edital. Nenhum concurso público, seleção ou edital público pode se reger pelo “bom senso”, de caráter eminentemente subjetivo. Introduzir o “bom senso” como critério de não recomendação ao final do processo, inclusive penalizando...
(seguem mais páginas e páginas de besteirol, inclusive o que vai abaixo)
Parecer: “Sim, entretanto, a formação proposta estaria no âmbito do método marxista histórico-dialético, cuja contribuição `a ciência brasileira parece duvidosa” (erro de digitação está no texto do parecer)
Questionamento: A natureza deste parecer é absolutamente tendenciosa, ideologicamente posicionada e preconceituosamente desrespeitosa com as ciências humanas e sociais e sua incorporação histórica do método dialético materialista. Não podemos aceitar que a CAPES mobilize pareceristas e avaliadores que desconheçam a importância de contribuições históricas fundadas neste método para a compreensão da realidade brasileira e mundial. E mais do que isso, que avalize posições que negam, desconsideram e desrespeitam uma importante tradição teórico-metodológica no Brasil e no mundo. Não se trata aqui de solicitar que o parecerista e a CAPES concordem com tal abordagem, mas de questionar o desconhecimento e/ou desrespeito a este Método. Já argumentamos suficientemente sobre seu caráter científico quando questionamos o item 1 do parecer. Aqui, vamos nos deter na argumentação que afirma que o uso deste método teria uma contribuição “duvidosa” para a ciência brasileira. Podemos começar perguntando à CAPES o que seria das ciências sociais e do estudo da Formação Social, Econômica e Política Brasileira se não dispusessem de obras de autores como Florestan Fernandes, Caio Prado, Octávio Ianni, Paulo Freire, Carlos Nelson Coutinho, Francisco de Oliveira, Leandro Konder, Roberto Schwarz, Antonio Cândido, Jacob Gorender, Nelson Werneck Sodré, Marilena Chauí, Emir Sader e José Paulo Netto, para citar alguns autores que fizeram e fazem ciência social baseados no Método do Materialismo Histórico
Dialético? São autores reconhecidos mundialmente como essenciais na formação de gerações que pensam criticamente a realidade social e contribuíram e contribuem enormemente para desvendar o Brasil e as reais e múltiplas determinações da desigualdade econômica e social, para explicar os processos de estratificação social e concentração de propriedade, renda e poder, além do amplo universo de reivindicações de direitos presentes em praticamente todas as cidades brasileiras, bem como em nível mundial.
Por aí vai...
Assim anda a nossa academia...
Paulo Roberto de Almeida
Itamaraty wikileaks: pois e', nao havia nada a esconder...
Pois é, parece que tinha algo a esconder. Mas tudo suposições, claro...
Que bom a gente descobrir que informações consideradas sigilosas foram preservadas. Seria muito triste a gente constatar que o Itamaraty não tem nada a esconder. Todas as suas escolhas vergonhosas, convenham, são feitas mesmo às claras, não?
Querem um exemplo? Quando o Brasil participou da patuscada que impediu a deputada venezuelana Maria Corina de falar na OEA, a decisão não foi tomada às escondidas! Não! Foi tudo feito assim, à luz do dia. Ela foi cassada pela ditadura comandada por Nicolás Maduro sem que o Brasil desse um pio. Mais de 40 pessoas assassinadas sob o silêncio cúmplice do governo Dilma.
Pior: o Brasil tomou como sua uma nota oficial emitida pelo Mercosul — sob a presidência rotativa da Venezuela — que censurava apenas a oposição e endossava a ação repressiva do governo. E não tomou essas decisões no escurinho, não! Isso quer dizer que a nossa política externa é feita, como direi?, sem nenhuma vergonha. A gente não tem mesmo nada a esconder.
As relacoes paranoicas entre os EUA e o Brasil - David Rothkopf (Foreign Policy)
Paulo Roberto de Almeida
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David Rothkopf, especialista em relações internacionais, ressalta relação difícil entre Brasil e EUA
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