Em geral, sou contra maniqueísmos e dicotomias simplistas, como a que transparece, aparentemente, no título deste blog.
Em determinados momentos da vida pública, porém, escolhas devem ser feitas.
Não entre aquelas que vão nos conduzir a uma democracia perfeita, nem em favor de um fascismo ao estilo italiano dos anos 1920 ou nazista dos anos 1930.
O mundo não é assim tão preto e branco como acreditam alguns.
Acontece, porém, que certas manifestações de pensamento (eu até diria de ignorância, na outra ponta), nos aproximam ou nos distanciam desses dois pólos fundamentais do mundo contemporâneo: de um lado as democracias, falhas como soem ser, do outro, os fascismos, terríveis em sua vocação destruidora e totalitária, como ocorreram de fato, com tantas desgraças e milhões de mortos em vários países.
Atualmente, na região, e no próprio Brasil, existem essas duas tendências, não como reproduções miméticas de experiências precedentes, mas como elementos potenciais da construção de uma sociedade mais democrática, de um lado, e mais corporativa, mais autoritária, enfim mais fascista, do outro.
Me parece inacreditável, assim, que personalidades aparentemente mas enganosamente "progressistas" apoiem um líder de tendências fascistas como certo coronel do Caribe.
Inacreditável pela sua cegueira, ou talvez por uma vontade deliberada de mistificar o processo político em favor desses regimes deliberadamente e manifestamente celerados, ou talvez uma simples demonstração de auto-engano (o que também é cegueira auto-infligida e idiotice assumida).
Transcrevo abaixo, em primeiro lugar, a "convocação" contra o que esses movimentos sociais chamam de "golpismo midiático", que na verdade é a simples liberdade de expressão e de manifestação do pensamento. Partidos e grupos comprometidos com as ditaduras e o autoritarismo atuam assim.
Transcrevo depois, e novamente, o manifesto pela democracia, assinado por personalidades da vida pública. Vocês podem julgar quanto ao conteúdo de cada uma das peças...
Paulo Roberto de Almeida
Convocação a manifestação "contra a baixaria nas eleições e contra o golpismo midiático"
Centrais sindicais e movimentos sociais preparam a realização de um manifesto público contra a baixaria nas eleições e contra o golpismo midiático. O ato, que deverá ocorrer nesta quinta-feira (23), a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tem como objetivo chamar a atenção da população brasileira para a partidarização de grande parte da mídia brasileira, que tenta favorecer o candidato do PSDB, José Serra.
No texto convocatório do ato, as centrais e os movimentos sociais denunciam o “jogo combinado de alguns veículos de comunicação”, afinados com os interesses da oposição, que estampam manchetes que mais parecem peças de campanha do que informação. “Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha nos programas de TV do candidato das forças conservadoras. Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil”, diz o texto.
Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na ‘presunção da culpa’, numa afronta à Constituição que fixa a ‘presunção da inocência’.
Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso. Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que - pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar - já mostraram seu desapreço pela democracia.
=======
Agora transcrevo o manifesto em defesa da democracia, do estado de direito, da liberdade de imprensa e dos direitos individuais.
Ele emana de um movimento apartidário e seus signatários são simples personalidades públicas, não "sindicatos e movimentos sociais", ou partidos, como no caso anterior.
Já o tinha transcrito aqui, em post anterior, e já tinha dito que não o assinaria, por razões que me são próprias.
O que não quer dizer que não apoie, essencialmente, seus objetivos.
Paulo Roberto de Almeida
MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.
É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A globalizacao e as desigualdades: corrigindo velhos mitos
Estou revisando alguns dos meus escritos para um livro sobre a globalização e a antiglobalização, e fui naturalmente levado a verificar alguns links a matérias de imprensa, especificamente vinculadas a estudos do economista catalão da Columbia University, Xavier Sala-i-Martin, citado nas duas matérias do New York Times que transcrevo abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Economic Scene; The rich get rich and poor get poorer. Right? Let's take another look.
By Virginia Postrel
The New York Times, August 15, 2002
TO critics of economic liberalization and international trade, it is an article of faith that the rich are getting richer and the poor poorer.
''Inequality is soaring through the globalization period -- within countries and across countries,'' Noam Chomsky told a conference last fall, summarizing this common view.
Antiglobalization activists are not just making up this idea. They have taken it from seemingly authoritative sources, notably the 1999 United Nations Human Development Report.
That widely cited report stated: ''Gaps in income between the poorest and richest countries have continued to widen. In 1960 the 20 percent of the world's people in the richest countries had 30 times the income of the poorest 20 percent -- in 1997, 74 times as much.'' It added that ''gaps are widening both between and within countries.''
Fortunately, this scary portrait is highly misleading.
''When I started looking at the numbers, I saw a lot of mistakes,'' says Xavier Sala-i-Martin, an economist at Columbia. Some were departures from standard economic procedures, like not correcting for price levels from country to country.
''Some agencies didn't adjust for the fact that Ethiopia is cheaper than the U.S.,'' he said. ''Some of them were hiding numbers that we know exist.'' For instance, the report included data from only 19 of the 29 industrialized countries then in the Organization for Economic Cooperation and Development.
But the biggest problem was not so technical. It was hidden in plain sight. The United Nations report and others looked at gaps in income of the richest and poorest countries -- not rich and poor individuals.
That means the formerly poor citizens of giant countries could become a lot richer and still barely show up in the data.
''Treating countries like China and Grenada as two data points with equal weight does not seem reasonable because there are about 12,000 Chinese citizens for each person living in Grenada,'' writes Professor Sala-i-Martin in ''The World Distribution of Income (Estimated from Individual Country Distributions).'' That is one of two related working papers for the National Bureau of Economic Research. (The papers are available on Professor Sala-i-Martin's Web site at www.columbia.edu/xs23/home.html.)
Counting by countries misses the biggest economic advance in history, completely distorting the record of the globalization period.
Over the last three decades, and especially since the 1980's, the world's two largest countries, China and India, have raced ahead economically. So have other Asian countries with relatively large populations.
The result is that 2.5 billion people have seen their standards of living rise toward those of the billion people in the already developed countries -- decreasing global poverty and increasing global equality. From the point of view of individuals, economic liberalization has been a huge success.
''You have to look at people,'' says Professor Sala-i-Martin. ''Because if you look at countries, we do have lots and lots of little countries that are doing very poorly, namely Africa -- 35 African countries.'' But all Africa has only about half as many people as China.
In his paper, ''The Disturbing 'Rise' of Global Income Inequality,'' he estimates the worldwide distribution of income by individuals rather than countries. The results are striking.
In 1970, global income distribution peaked at about $1,000 in today's dollars, a common measure of poverty ($2 a day in 1985 dollars). In 1998, by contrast, the largest number of people earned about $8,000 -- a standard of living equivalent to Portugal's.
''That's what I call a new world middle class,'' says Professor Sala-i-Martin. It is mostly made up of the top 40 percent of Chinese and Indians, and the effect of their economic rise is big.
What about the argument that income gaps are widening within these rapidly advancing countries? With a few exceptions, it is true, but still misleading.
The rich did get richer faster than the poor did. But for the most part the poor did not get poorer. They got richer, too. In exchange for significantly rising living standards, a little more internal inequality is not such a bad thing.
''One would like to think that it is unambiguously good that more than a third of the poorest citizens see their incomes grow and converge to the levels enjoyed by the richest people in the world,'' writes Professor Sala-i-Martin. ''And if our indexes say that inequality rises, then rising inequality must be good, and we should not worry about it!''
There is, however, one large country where the poor really are getting poorer while the rich grow richer: Nigeria, the most populous country in Africa.
Nigeria's economy has actually shrunk over the last three decades, and the absolute poverty rate -- the percentage of the population living on less than $1 a day in 1985 dollars -- skyrocketed to 46 percent in 1998 from 9 percent in 1970.
While most Nigerians were falling further into destitution, the political and economic elite grew richer. The problem is not too much liberalization but too little, a politicized economy with widespread corruption.
''The rich guys are doing well, therefore reforms will not come,'' says a pessimistic Professor Sala-i-Martin. He has begun studying Nigeria, trying to come up with ways around the political problem.
That country is typical of Africa, which is growing ever poorer. Fully 95 percent of the world's ''one-dollar poor'' live in Africa, and in many countries they make up the vast majority of the population. That poverty, not the rising wealth of Asian countries, is the global economy's real problem.
''The welfare implications of finding how to turn around the growth performance of Africa are so staggering,'' he writes, ''that this has probably become the most important question in economics.''
Photo: While Nigeria is one country where the poor are getting poorer while the rich grow richer, data suggesting this is the case in much of the world may be misleading. (Associated Press)
Virginia Postrel is the author of ''The Future and Its Enemies'' and is writing a book on the increasing importance of aesthetics in the economy and society. E-mail: vpostrel@dynamist.com.
====================
OP-ED COLUMNIST
Good News About Poverty
By DAVID BROOKS
The New York Times, November 27, 2004
I hate to be the bearer of good news, because only pessimists are regarded as intellectually serious, but we're in the 11th month of the most prosperous year in human history. Last week, the World Bank released a report showing that global growth "accelerated sharply" this year to a rate of about 4 percent.
Best of all, the poorer nations are leading the way. Some rich countries, like the U.S. and Japan, are doing well, but the developing world is leading this economic surge. Developing countries are seeing their economies expand by 6.1 percent this year - an unprecedented rate - and, even if you take China, India and Russia out of the equation, developing world growth is still around 5 percent. As even the cautious folks at the World Bank note, all developing regions are growing faster this decade than they did in the 1980's and 90's.
This is having a wonderful effect on world poverty, because when regions grow, that growth is shared up and down the income ladder. In its report, the World Bank notes that economic growth is producing a "spectacular" decline in poverty in East and South Asia. In 1990, there were roughly 472 million people in the East Asia and Pacific region living on less than $1 a day. By 2001, there were 271 million living in extreme poverty, and by 2015, at current projections, there will only be 19 million people living under those conditions.
Less dramatic declines in extreme poverty have been noted around the developing world, with the vital exception of sub-Saharan Africa. It now seems quite possible that we will meet the United Nations' Millennium Development Goals, which were set a few years ago: the number of people living in extreme poverty will be cut in half by the year 2015. As Martin Wolf of The Financial Times wrote in his recent book, "Why Globalization Works": "Never before have so many people - or so large a proportion of the world's population - enjoyed such large rises in their standard of living."
As other research confirms, these rapid improvements at the bottom of the income ladder are contributing to and correlating with declines in illiteracy, child labor rates and fertility rates. The growth in the world's poorer regions also supports the argument that we are seeing a drop in global inequality.
Economists have been arguing furiously about whether inequality is increasing or decreasing. But it now seems likely that while inequality has grown within particular nations, it is shrinking among individuals worldwide. The Catalan economist Xavier Sala-i-Martin looked at eight measures of global inequality and found they told the same story: after remaining constant during the 70's, inequality among individuals has since declined.
What explains all this good news? The short answer is this thing we call globalization. Over the past decades, many nations have undertaken structural reforms to lower trade barriers, shore up property rights and free economic activity. International trade is surging. The poor nations that opened themselves up to trade, investment and those evil multinational corporations saw the sharpest poverty declines. Write this on your forehead: Free trade reduces world suffering.
Of course, all the news is not good. Plagued by bad governments and AIDS, sub-Saharan Africa has not joined in the benefits of globalization. Big budget deficits in the U.S. and elsewhere threaten stable growth. High oil prices are a problem. Trade produces losers as well as winners, especially among less-skilled workers in the developed world.
But especially around Thanksgiving, it's worth appreciating some of the things that have gone right, and not just sweeping reports like the one from the World Bank under the rug.
It's worth reminding ourselves that the key task ahead is spreading the benefits of globalization to Africa and the Middle East. It's worth noting this perhaps not too surprising phenomenon: As free trade improves the lives of people in poor countries, it is viewed with suspicion by more people in rich countries.
Just once, I'd like to see someone like Bono or Bruce Springsteen stand up at a concert and speak the truth to his fan base: that the world is complicated and there are no free lunches. But if you really want to reduce world poverty, you should be cheering on those guys in pinstripe suits at the free-trade negotiations and those investors jetting around the world. Thanks, in part, to them, we are making progress against poverty. Thanks, in part, to them, more people around the world have something to be thankful for.
Paulo Roberto de Almeida
Economic Scene; The rich get rich and poor get poorer. Right? Let's take another look.
By Virginia Postrel
The New York Times, August 15, 2002
TO critics of economic liberalization and international trade, it is an article of faith that the rich are getting richer and the poor poorer.
''Inequality is soaring through the globalization period -- within countries and across countries,'' Noam Chomsky told a conference last fall, summarizing this common view.
Antiglobalization activists are not just making up this idea. They have taken it from seemingly authoritative sources, notably the 1999 United Nations Human Development Report.
That widely cited report stated: ''Gaps in income between the poorest and richest countries have continued to widen. In 1960 the 20 percent of the world's people in the richest countries had 30 times the income of the poorest 20 percent -- in 1997, 74 times as much.'' It added that ''gaps are widening both between and within countries.''
Fortunately, this scary portrait is highly misleading.
''When I started looking at the numbers, I saw a lot of mistakes,'' says Xavier Sala-i-Martin, an economist at Columbia. Some were departures from standard economic procedures, like not correcting for price levels from country to country.
''Some agencies didn't adjust for the fact that Ethiopia is cheaper than the U.S.,'' he said. ''Some of them were hiding numbers that we know exist.'' For instance, the report included data from only 19 of the 29 industrialized countries then in the Organization for Economic Cooperation and Development.
But the biggest problem was not so technical. It was hidden in plain sight. The United Nations report and others looked at gaps in income of the richest and poorest countries -- not rich and poor individuals.
That means the formerly poor citizens of giant countries could become a lot richer and still barely show up in the data.
''Treating countries like China and Grenada as two data points with equal weight does not seem reasonable because there are about 12,000 Chinese citizens for each person living in Grenada,'' writes Professor Sala-i-Martin in ''The World Distribution of Income (Estimated from Individual Country Distributions).'' That is one of two related working papers for the National Bureau of Economic Research. (The papers are available on Professor Sala-i-Martin's Web site at www.columbia.edu/xs23/home.html.)
Counting by countries misses the biggest economic advance in history, completely distorting the record of the globalization period.
Over the last three decades, and especially since the 1980's, the world's two largest countries, China and India, have raced ahead economically. So have other Asian countries with relatively large populations.
The result is that 2.5 billion people have seen their standards of living rise toward those of the billion people in the already developed countries -- decreasing global poverty and increasing global equality. From the point of view of individuals, economic liberalization has been a huge success.
''You have to look at people,'' says Professor Sala-i-Martin. ''Because if you look at countries, we do have lots and lots of little countries that are doing very poorly, namely Africa -- 35 African countries.'' But all Africa has only about half as many people as China.
In his paper, ''The Disturbing 'Rise' of Global Income Inequality,'' he estimates the worldwide distribution of income by individuals rather than countries. The results are striking.
In 1970, global income distribution peaked at about $1,000 in today's dollars, a common measure of poverty ($2 a day in 1985 dollars). In 1998, by contrast, the largest number of people earned about $8,000 -- a standard of living equivalent to Portugal's.
''That's what I call a new world middle class,'' says Professor Sala-i-Martin. It is mostly made up of the top 40 percent of Chinese and Indians, and the effect of their economic rise is big.
What about the argument that income gaps are widening within these rapidly advancing countries? With a few exceptions, it is true, but still misleading.
The rich did get richer faster than the poor did. But for the most part the poor did not get poorer. They got richer, too. In exchange for significantly rising living standards, a little more internal inequality is not such a bad thing.
''One would like to think that it is unambiguously good that more than a third of the poorest citizens see their incomes grow and converge to the levels enjoyed by the richest people in the world,'' writes Professor Sala-i-Martin. ''And if our indexes say that inequality rises, then rising inequality must be good, and we should not worry about it!''
There is, however, one large country where the poor really are getting poorer while the rich grow richer: Nigeria, the most populous country in Africa.
Nigeria's economy has actually shrunk over the last three decades, and the absolute poverty rate -- the percentage of the population living on less than $1 a day in 1985 dollars -- skyrocketed to 46 percent in 1998 from 9 percent in 1970.
While most Nigerians were falling further into destitution, the political and economic elite grew richer. The problem is not too much liberalization but too little, a politicized economy with widespread corruption.
''The rich guys are doing well, therefore reforms will not come,'' says a pessimistic Professor Sala-i-Martin. He has begun studying Nigeria, trying to come up with ways around the political problem.
That country is typical of Africa, which is growing ever poorer. Fully 95 percent of the world's ''one-dollar poor'' live in Africa, and in many countries they make up the vast majority of the population. That poverty, not the rising wealth of Asian countries, is the global economy's real problem.
''The welfare implications of finding how to turn around the growth performance of Africa are so staggering,'' he writes, ''that this has probably become the most important question in economics.''
Photo: While Nigeria is one country where the poor are getting poorer while the rich grow richer, data suggesting this is the case in much of the world may be misleading. (Associated Press)
Virginia Postrel is the author of ''The Future and Its Enemies'' and is writing a book on the increasing importance of aesthetics in the economy and society. E-mail: vpostrel@dynamist.com.
====================
OP-ED COLUMNIST
Good News About Poverty
By DAVID BROOKS
The New York Times, November 27, 2004
I hate to be the bearer of good news, because only pessimists are regarded as intellectually serious, but we're in the 11th month of the most prosperous year in human history. Last week, the World Bank released a report showing that global growth "accelerated sharply" this year to a rate of about 4 percent.
Best of all, the poorer nations are leading the way. Some rich countries, like the U.S. and Japan, are doing well, but the developing world is leading this economic surge. Developing countries are seeing their economies expand by 6.1 percent this year - an unprecedented rate - and, even if you take China, India and Russia out of the equation, developing world growth is still around 5 percent. As even the cautious folks at the World Bank note, all developing regions are growing faster this decade than they did in the 1980's and 90's.
This is having a wonderful effect on world poverty, because when regions grow, that growth is shared up and down the income ladder. In its report, the World Bank notes that economic growth is producing a "spectacular" decline in poverty in East and South Asia. In 1990, there were roughly 472 million people in the East Asia and Pacific region living on less than $1 a day. By 2001, there were 271 million living in extreme poverty, and by 2015, at current projections, there will only be 19 million people living under those conditions.
Less dramatic declines in extreme poverty have been noted around the developing world, with the vital exception of sub-Saharan Africa. It now seems quite possible that we will meet the United Nations' Millennium Development Goals, which were set a few years ago: the number of people living in extreme poverty will be cut in half by the year 2015. As Martin Wolf of The Financial Times wrote in his recent book, "Why Globalization Works": "Never before have so many people - or so large a proportion of the world's population - enjoyed such large rises in their standard of living."
As other research confirms, these rapid improvements at the bottom of the income ladder are contributing to and correlating with declines in illiteracy, child labor rates and fertility rates. The growth in the world's poorer regions also supports the argument that we are seeing a drop in global inequality.
Economists have been arguing furiously about whether inequality is increasing or decreasing. But it now seems likely that while inequality has grown within particular nations, it is shrinking among individuals worldwide. The Catalan economist Xavier Sala-i-Martin looked at eight measures of global inequality and found they told the same story: after remaining constant during the 70's, inequality among individuals has since declined.
What explains all this good news? The short answer is this thing we call globalization. Over the past decades, many nations have undertaken structural reforms to lower trade barriers, shore up property rights and free economic activity. International trade is surging. The poor nations that opened themselves up to trade, investment and those evil multinational corporations saw the sharpest poverty declines. Write this on your forehead: Free trade reduces world suffering.
Of course, all the news is not good. Plagued by bad governments and AIDS, sub-Saharan Africa has not joined in the benefits of globalization. Big budget deficits in the U.S. and elsewhere threaten stable growth. High oil prices are a problem. Trade produces losers as well as winners, especially among less-skilled workers in the developed world.
But especially around Thanksgiving, it's worth appreciating some of the things that have gone right, and not just sweeping reports like the one from the World Bank under the rug.
It's worth reminding ourselves that the key task ahead is spreading the benefits of globalization to Africa and the Middle East. It's worth noting this perhaps not too surprising phenomenon: As free trade improves the lives of people in poor countries, it is viewed with suspicion by more people in rich countries.
Just once, I'd like to see someone like Bono or Bruce Springsteen stand up at a concert and speak the truth to his fan base: that the world is complicated and there are no free lunches. But if you really want to reduce world poverty, you should be cheering on those guys in pinstripe suits at the free-trade negotiations and those investors jetting around the world. Thanks, in part, to them, we are making progress against poverty. Thanks, in part, to them, more people around the world have something to be thankful for.
Obtusos do nacionalismo pedagogico: enraivecei com a internacionalizacao da educacao
Desde muito tempo, venho observando que trogloditas universitários, entre eles eminentes professores e até reitores, aliás, a própria associação de reitores brasileiros -- nessa entidade obscurantista-corporatista que se chama Andifes -- vêm conduzindo um combate que eu chamo de retaguarda contra o que eles chamam de "mercantilização da educação brasileira".
Trata-se de uma bobagem monumental, pois em razão, justamente, da incapacidade das universidades públicas -- em geral federais, mas algumas estaduais também -- em oferecer aumento de vagas, produtividade "professoral" e outros progressos do gênero, o espaço vem sendo ocupado, praticamente de modo natural, pelas chamadas "indústrias universitárias", ou seja, faculdades privadas que hoje são responsáveis por cerca de 85% das vagas no ciclo superior.
Enquanto isso, os trogloditas do ensino público ficam combatendo fantasmas, ou moinhos de vento, que para eles seria a suposta "mercantilização do ensino", representada pela "ameaça" -- oh Deus, que perigo! -- de incorporação dos estudos universitários, ou do ensino em geral, nos serviços a serem liberalizados no âmbito do GATS, o acordo geral sobre comércio de serviços, administrado pela OMC. Os cavernosos do ensino público de terceiro ciclo -- que não merece, obviamente, o qualificativo de superior -- querem que o Brasil não ofereça abertura nesse setor, preservando-se a reserva de mercado nacional em matéria de ensino. Eles acham, os obscurantistas que a entrada de universidades estrangeiras iria degradar o nosso ensino, e "mercantilizá-lo" ainda mais.
Eles se esquecem de duas coisas singelas.
Primeiro: o setor já está devidamente mercantilizado e promete continuar assim.
Segundo: o setor já está aberto à competição e entrada de estrangeiros, e é bom que seja assim.
Em outros termos: o Brasil não precisa fazer nada, basta não ser burro, e deixar entrar qualquer ofertante estrangeiro que venha explorar (é o termo) o nosso mercado educacional, em qualquer nível que seja, desde as creches, maternais e kinder-garden, até o pós-doutoramento, se possível.
Enfim, sou absolutamente contrário a qualquer tipo de nacionalismo educacional, que é a coisa mais estúpida que posso encontrar no cenário nacional. Bizarro que muitos desses reitores estudaram ou fizeram estágios em universidades estrangeiras, e no entanto são idiotas ao ponto de pretender limitar o acesso das mesmas universidades -- ou de tabajaras estrangeiras, que seja -- ao mercado brasileiro de ensino.
Seria ótimo se Harvard ou Yale viessem se instalar no Brasil.
Elas não virão, por certo, mas virão outros cursos e associações.
Que eles sejam bem-vindos, aqui prosperem e ofereçam uma concorrência saudável às instituições tabajaras brasileiras e até às públicas (que de públicas só tem o nome, pois são reservadas a uma elite restrita de estudantes de camadas médias e altas).
Por isso mesmo, sem pretender fazer qualquer propaganda de curso, transcrevo aqui anúncio com que me deparei em minha caixa de entrada. Certamente recebi porque já estive em contato, no passado com essa universidade, e acredito que seja um dos bons cursos MBA que podem representar elevação dos padrões no Brasil.
Quanto aos reitores obscurantistas que se opõem a esse tipo de concorrência, cabe lembrar a eles que as estrangeiras só poderão prosperar no Brasil -- se as "benditas" autoridades do MEC autorizarem, claro -- se oferecerem cursos de melhor qualidade e mais baratos do que as tais tabajaras, e mesmo algumas oficiais...
The University of Pittsburgh, Katz Graduate School of Business is proud to bring the Executive MBA Worldwide Program to executives in Brazil.
For the last eleven years in São Paulo, EMBA participants have benefited from the unique international experience of EMBA Worldwide.
Real world, research-based business education
International network
Worldwide recognition
World-renowned professors
Three Global Executive Forums (São Paulo, Pittsburgh and Prague)
Admission Information: 5511 xxxxxxxx or xxxxxxxxx@katz.pitt.edu
Register for our next Information Session
www.business.pitt.edu/katz/emba/sao-paulo/information-session.html
Trata-se de uma bobagem monumental, pois em razão, justamente, da incapacidade das universidades públicas -- em geral federais, mas algumas estaduais também -- em oferecer aumento de vagas, produtividade "professoral" e outros progressos do gênero, o espaço vem sendo ocupado, praticamente de modo natural, pelas chamadas "indústrias universitárias", ou seja, faculdades privadas que hoje são responsáveis por cerca de 85% das vagas no ciclo superior.
Enquanto isso, os trogloditas do ensino público ficam combatendo fantasmas, ou moinhos de vento, que para eles seria a suposta "mercantilização do ensino", representada pela "ameaça" -- oh Deus, que perigo! -- de incorporação dos estudos universitários, ou do ensino em geral, nos serviços a serem liberalizados no âmbito do GATS, o acordo geral sobre comércio de serviços, administrado pela OMC. Os cavernosos do ensino público de terceiro ciclo -- que não merece, obviamente, o qualificativo de superior -- querem que o Brasil não ofereça abertura nesse setor, preservando-se a reserva de mercado nacional em matéria de ensino. Eles acham, os obscurantistas que a entrada de universidades estrangeiras iria degradar o nosso ensino, e "mercantilizá-lo" ainda mais.
Eles se esquecem de duas coisas singelas.
Primeiro: o setor já está devidamente mercantilizado e promete continuar assim.
Segundo: o setor já está aberto à competição e entrada de estrangeiros, e é bom que seja assim.
Em outros termos: o Brasil não precisa fazer nada, basta não ser burro, e deixar entrar qualquer ofertante estrangeiro que venha explorar (é o termo) o nosso mercado educacional, em qualquer nível que seja, desde as creches, maternais e kinder-garden, até o pós-doutoramento, se possível.
Enfim, sou absolutamente contrário a qualquer tipo de nacionalismo educacional, que é a coisa mais estúpida que posso encontrar no cenário nacional. Bizarro que muitos desses reitores estudaram ou fizeram estágios em universidades estrangeiras, e no entanto são idiotas ao ponto de pretender limitar o acesso das mesmas universidades -- ou de tabajaras estrangeiras, que seja -- ao mercado brasileiro de ensino.
Seria ótimo se Harvard ou Yale viessem se instalar no Brasil.
Elas não virão, por certo, mas virão outros cursos e associações.
Que eles sejam bem-vindos, aqui prosperem e ofereçam uma concorrência saudável às instituições tabajaras brasileiras e até às públicas (que de públicas só tem o nome, pois são reservadas a uma elite restrita de estudantes de camadas médias e altas).
Por isso mesmo, sem pretender fazer qualquer propaganda de curso, transcrevo aqui anúncio com que me deparei em minha caixa de entrada. Certamente recebi porque já estive em contato, no passado com essa universidade, e acredito que seja um dos bons cursos MBA que podem representar elevação dos padrões no Brasil.
Quanto aos reitores obscurantistas que se opõem a esse tipo de concorrência, cabe lembrar a eles que as estrangeiras só poderão prosperar no Brasil -- se as "benditas" autoridades do MEC autorizarem, claro -- se oferecerem cursos de melhor qualidade e mais baratos do que as tais tabajaras, e mesmo algumas oficiais...
The University of Pittsburgh, Katz Graduate School of Business is proud to bring the Executive MBA Worldwide Program to executives in Brazil.
For the last eleven years in São Paulo, EMBA participants have benefited from the unique international experience of EMBA Worldwide.
Real world, research-based business education
International network
Worldwide recognition
World-renowned professors
Three Global Executive Forums (São Paulo, Pittsburgh and Prague)
Admission Information: 5511 xxxxxxxx or xxxxxxxxx@katz.pitt.edu
Register for our next Information Session
www.business.pitt.edu/katz/emba/sao-paulo/information-session.html
América Latina en la historia contemporánea: uma obra monumental
Uma coleção para a qual fui convidado a colaborar, pelo historiador argentino Carlos Malamud. Meu trabalho foi este aqui:
2112. “España y Brasil: reconocimiento y relaciones en el siglo XIX”, Brasília, 16 fevereiro 2010, 20 p. Ensayo para la obra América Latina en la historia contemporânea, sobre la firma de los tratados de reconocimiento y amistad entre España y las repúblicas latinoamericanas en el siglo XIX, bajo invitación de Carlos Malamud, del Instituto Elcano de Madrid. Inserido, bajo el título "Tratado de Reconocimiento de la independencia del Imperio de Brasil por la Reina Isabel II, del volumen "Tratados de Reconocimiento y Amistad", de la Serie Recorridos de la colección "América en la Historia Contemporánea".
Paulo Roberto de Almeida
Fundación Mapfre y Santillana presentan la “América Latina en la historia contemporánea”
Infolatam, 20 septiembre 2010

Presentación de "América Latina en la historia contemporánea", patrocinada por Fundación Mapfre y Santillana
Las claves:
* El proyecto se mantendrá por más de tres años para alcanzar un total de 95 libros, con el trabajo de 425 historiadores de América Latina, España, Portugal, Francia, Estados Unidos y otros países.
Madrid - Los presidentes del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano, y de editorial Santillana, Emiliano Martínez, presentaron ayer en Madrid la colección de libros “América Latina en la historia contemporánea”. Patrocinada por la Fundación Mapfre y la editorial Santillana , este proyecto se mantendrá por más de tres años para alcanzar un total de 95 libros, con el trabajo de 425 historiadores de América Latina, España, Portugal, Francia, Estados Unidos y otros países.
Los presidentes del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano, y de editorial Santillana, Emiliano Martínez, presentaron los primeros cuatro libros de la colección. Los libros son coordinados y escritos por historiadores de cada país, y en algunos casos serán acompañados por un libro fotográfico de una parte de la historia, así como una exposición itinerante de fotografías en esos países.
El historiador y colaborador de Infolatam, Carlos Malamud, explicó en la presentación que se trata de una contribución con motivo de las conmemoraciones de los Bicentenarios de Independencia, desde una historia que no es eurocéntrica. “Es un diálogo entre las principales corrientes de la historiografía, en una colección que huye del eurocentrismo”, comentó.
Abundó que incluso, la colección trata de enfocarse en una historia que no la tradicional de muchos países “ensimismada, que se mira el ombligo” y que hacerlo así permitiría “conocer qué es lo que tiene en común la historia en la región”.
Para el historiador español Carlos Martínez Shaw, lo interesante del proyecto “es conocer la historia del papel que jugó América Latina, sus contribuciones en el mundo, la universalización de la región”.
Recalcó que la globalización no se entendería sin las relaciones y contactos que todos los países han tenido en la historia, y que en el caso de América Latina parten con España y Portugal, y con posteriores actores como Francia, Estados Unidos, Reino Unido, Alemania y otros.
El coordinador de los libros sobre España en esta colección, el historiador Jordi Canal, aseveró que para explicar lo de este país “se huye de las ideas y la ideología del presente, y no trata de explicar el pasado a través del presente”.
Presentación Historia América Latina
Presentación Historia América Latina
Casi cien volúmenes elaborados por 400 especialistas forman la colección “América Latina en la Historia Contemporánea”, una visión integradora que ofrece una “relectura” del pasado reciente de España “en relación con América y a través de la historia americana”.
“No es una historia desde nuestra visión, sino desde su visión”, ha explicado durante la presentación el presidente del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano.
La serie dedicada a España dispondrá de cinco volúmenes y un sexto dedicado a la fotografía, y en ella participan 27 autores, casi todos ellos profesores en universidades españolas, tal y como ha señalado Jordi Canal, profesor de la Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales de París y uno de los responsables del proyecto.
El primer volumen, ubicado en el periodo 1808-1830, está coordinado en concreto por Manuel Chust, catedrático de Historia Contemporánea de la Universitat Jaume I de Castellón. Los siguientes tomos dedicados a España corresponden a los periodos 1830-1880, el segundo; 1880-1930, el tercero; 1930-1960, el cuarto, y 1960-2000, el quinto y último.
Los 95 tomos de la colección tienen una estructura similar, que intenta trascender los círculos académicos y llegar al mayor número de lectores con “una síntesis ágil”, de “alta divulgación”, dijo a su vez el presidente del Grupo Santillana, Emiliano Martínez.
Se trata de exponer la historia de los distintos países “de una manera elegante y accesible para el no experto”, pero con todo el rigor académico”, ha agregado el presidente del Grupo Santillana, Emiliano Martínez.
Esta historia contemporánea latinoamericana incluye una decena de exposiciones de fotografía que se irán celebrando en algunas de las principales capitales de América Latina, así como en Estados Unidos, España y Portugal. La primera de las exposiciones ya tuvo lugar en marzo pasado en el Museo Nacional de Bellas Artes de Santiago de Chile.
2112. “España y Brasil: reconocimiento y relaciones en el siglo XIX”, Brasília, 16 fevereiro 2010, 20 p. Ensayo para la obra América Latina en la historia contemporânea, sobre la firma de los tratados de reconocimiento y amistad entre España y las repúblicas latinoamericanas en el siglo XIX, bajo invitación de Carlos Malamud, del Instituto Elcano de Madrid. Inserido, bajo el título "Tratado de Reconocimiento de la independencia del Imperio de Brasil por la Reina Isabel II, del volumen "Tratados de Reconocimiento y Amistad", de la Serie Recorridos de la colección "América en la Historia Contemporánea".
Paulo Roberto de Almeida
Fundación Mapfre y Santillana presentan la “América Latina en la historia contemporánea”
Infolatam, 20 septiembre 2010

Presentación de "América Latina en la historia contemporánea", patrocinada por Fundación Mapfre y Santillana
Las claves:
* El proyecto se mantendrá por más de tres años para alcanzar un total de 95 libros, con el trabajo de 425 historiadores de América Latina, España, Portugal, Francia, Estados Unidos y otros países.
Madrid - Los presidentes del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano, y de editorial Santillana, Emiliano Martínez, presentaron ayer en Madrid la colección de libros “América Latina en la historia contemporánea”. Patrocinada por la Fundación Mapfre y la editorial Santillana , este proyecto se mantendrá por más de tres años para alcanzar un total de 95 libros, con el trabajo de 425 historiadores de América Latina, España, Portugal, Francia, Estados Unidos y otros países.
Los presidentes del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano, y de editorial Santillana, Emiliano Martínez, presentaron los primeros cuatro libros de la colección. Los libros son coordinados y escritos por historiadores de cada país, y en algunos casos serán acompañados por un libro fotográfico de una parte de la historia, así como una exposición itinerante de fotografías en esos países.
El historiador y colaborador de Infolatam, Carlos Malamud, explicó en la presentación que se trata de una contribución con motivo de las conmemoraciones de los Bicentenarios de Independencia, desde una historia que no es eurocéntrica. “Es un diálogo entre las principales corrientes de la historiografía, en una colección que huye del eurocentrismo”, comentó.
Abundó que incluso, la colección trata de enfocarse en una historia que no la tradicional de muchos países “ensimismada, que se mira el ombligo” y que hacerlo así permitiría “conocer qué es lo que tiene en común la historia en la región”.
Para el historiador español Carlos Martínez Shaw, lo interesante del proyecto “es conocer la historia del papel que jugó América Latina, sus contribuciones en el mundo, la universalización de la región”.
Recalcó que la globalización no se entendería sin las relaciones y contactos que todos los países han tenido en la historia, y que en el caso de América Latina parten con España y Portugal, y con posteriores actores como Francia, Estados Unidos, Reino Unido, Alemania y otros.
El coordinador de los libros sobre España en esta colección, el historiador Jordi Canal, aseveró que para explicar lo de este país “se huye de las ideas y la ideología del presente, y no trata de explicar el pasado a través del presente”.
Presentación Historia América Latina
Presentación Historia América Latina
Casi cien volúmenes elaborados por 400 especialistas forman la colección “América Latina en la Historia Contemporánea”, una visión integradora que ofrece una “relectura” del pasado reciente de España “en relación con América y a través de la historia americana”.
“No es una historia desde nuestra visión, sino desde su visión”, ha explicado durante la presentación el presidente del Instituto de Cultura de la Fundación Mapfre, Alberto Manzano.
La serie dedicada a España dispondrá de cinco volúmenes y un sexto dedicado a la fotografía, y en ella participan 27 autores, casi todos ellos profesores en universidades españolas, tal y como ha señalado Jordi Canal, profesor de la Escuela de Altos Estudios en Ciencias Sociales de París y uno de los responsables del proyecto.
El primer volumen, ubicado en el periodo 1808-1830, está coordinado en concreto por Manuel Chust, catedrático de Historia Contemporánea de la Universitat Jaume I de Castellón. Los siguientes tomos dedicados a España corresponden a los periodos 1830-1880, el segundo; 1880-1930, el tercero; 1930-1960, el cuarto, y 1960-2000, el quinto y último.
Los 95 tomos de la colección tienen una estructura similar, que intenta trascender los círculos académicos y llegar al mayor número de lectores con “una síntesis ágil”, de “alta divulgación”, dijo a su vez el presidente del Grupo Santillana, Emiliano Martínez.
Se trata de exponer la historia de los distintos países “de una manera elegante y accesible para el no experto”, pero con todo el rigor académico”, ha agregado el presidente del Grupo Santillana, Emiliano Martínez.
Esta historia contemporánea latinoamericana incluye una decena de exposiciones de fotografía que se irán celebrando en algunas de las principales capitales de América Latina, así como en Estados Unidos, España y Portugal. La primera de las exposiciones ya tuvo lugar en marzo pasado en el Museo Nacional de Bellas Artes de Santiago de Chile.
Campanha presidencial: demagogia sem limites
Parece que em período eleitoral, políticos que costumam atuar com três ou quatro neurônios, acabam só com um ou dois, o restante sendo amputado pela demagogia eleitoral.
Inacreditável que algum político responsável prometa, não só dobrar o Bolsa-Família, como dar "décimo-terceiro" aos seus beneficiários.
Isso é apenas demagogia ou é começo de loucura, também?
Em todo caso, vale o bordão: nunca antes, neste país, se falou tanta bobagem e tanta mentira concentrada numa única campanha...
Paulo Roberto de Almeida
Serra promete décimo terceiro para beneficiários do Bolsa Família em debate em Recife
RECIFE - Depois de prometer aumentar o salário mínimo e o valor das aposentadorias, o candidato do PSDB, José Serra, disse que, caso eleito, dará décimo terceiro salário para todos os beneficiários do Bolsa Família. Ele fez a afirmação durante debate entre os presidenciáveis realizado na noite desta segunda-feira na TV Jornal do Commercio.
- Os assalariados têm, os aposentados têm, então os beneficiários do Bolsa Família também devem ter - afirmou o tucano, no que foi rebatido por Plínio de Arrruda Sampaio, do PSOL, que criticou a necessidade da existência de um programa social como esse no país:
- O Bolsa Família existe porque falta emprego e porque falta trabalho, salário. Bolsa Família deveria ser uma ação emergencial, por exemplo, para quem está sob a lona esperando por um pedaço de terra, pela reforma agrária - afirmou Plínio.
Ele disse ainda que o dinheiro do Bolsa Família é tão pequeno que deveria se chamar Bolsa Biscoito.
(Leia também: presidenciáveis criticam ausência de Dilma no debate) (Leia também: Serra critica Dilma e diz que ela vai brigar com Lula, caso se eleja)
Inacreditável que algum político responsável prometa, não só dobrar o Bolsa-Família, como dar "décimo-terceiro" aos seus beneficiários.
Isso é apenas demagogia ou é começo de loucura, também?
Em todo caso, vale o bordão: nunca antes, neste país, se falou tanta bobagem e tanta mentira concentrada numa única campanha...
Paulo Roberto de Almeida
Serra promete décimo terceiro para beneficiários do Bolsa Família em debate em Recife
RECIFE - Depois de prometer aumentar o salário mínimo e o valor das aposentadorias, o candidato do PSDB, José Serra, disse que, caso eleito, dará décimo terceiro salário para todos os beneficiários do Bolsa Família. Ele fez a afirmação durante debate entre os presidenciáveis realizado na noite desta segunda-feira na TV Jornal do Commercio.
- Os assalariados têm, os aposentados têm, então os beneficiários do Bolsa Família também devem ter - afirmou o tucano, no que foi rebatido por Plínio de Arrruda Sampaio, do PSOL, que criticou a necessidade da existência de um programa social como esse no país:
- O Bolsa Família existe porque falta emprego e porque falta trabalho, salário. Bolsa Família deveria ser uma ação emergencial, por exemplo, para quem está sob a lona esperando por um pedaço de terra, pela reforma agrária - afirmou Plínio.
Ele disse ainda que o dinheiro do Bolsa Família é tão pequeno que deveria se chamar Bolsa Biscoito.
(Leia também: presidenciáveis criticam ausência de Dilma no debate) (Leia também: Serra critica Dilma e diz que ela vai brigar com Lula, caso se eleja)
Milton Friedman e Augusto Pinochet - NADA A VER
Pela enésima vez, alguém me traz a questão dos eventuais "vínculos" entre Friedman e Pinochet. Sempre leio escrito, em algum pasquim ordinário, que o mais famoso economista da Universidade de Chicago teria sido um apoiador intelectual, um dos suportes econômicos e políticos da ditadura de Pinochet, um dos mais bárbaros ditadores militares já conhecidos na história da América Latina, e certamente na história do Chile.
Pinochet foi, sim, o responsável por uma repressão sangrenta, e disso não deve caber a menor dúvida. Tudo isso num quadro de exacerbação das lutas políticas no Chile como raramente se viu na história daquele país. Já passou e a esquerda chilena também aprendeu, embora a um preço terrível.
Voltemos porém a Friedman: os boatos sobre suas ligações ou apoio à ditadura de Pinochet são a coisa mais sórdida que já vi na história das mistificações políticas fabricadas por certos comentaristas políticos sem nenhum caráter.
Friedman não tem nada a ver com a ditadura, nunca endossou ditaduras, jamais seria a favor de um ditador assassino como Pinochet, ou seja, ele não tem nada a ver, absolutamente, com o processo político chileno.
Todas essas alegações são divulgadas por pessoas de má fé, que nnao tem nada de mais inteligente a dizer sobre sua contribuição econômica -- que elas são incapazes de apreciar, e sequer de compreender -- e ficam se referindo, de modo fantástico, errado, mentiroso, a essa suposta ligação dele com a ditadura chilena.
A história é muito simples.
Depois de várias tentativas da equipe de Pinochet, a inflação nao baixava, justamente, pois que ditadores trogloditas como Pinochet acreditavam que podiam comandar a economia como se comandam soldados, com ordens executivas e controles disciplinares.
Nada deu certo nos primeiros meses e anos da ditadura.
Alguns ex-alunos da universidade de Chicago chamaram Friedman para dar algumas palestras no Chile, na Universidade Católica, se bem me lembro, e ele foi. Deu suas palestras, como faria para qualquer auditório, em qualquer país, sempre recomendando suas receitas habituais: liberdade de preços, de iniciativa, afastamento da mão pesada do Estado dos negócios econômicos etc.
Não sei exatamente quem sugeriu ao general recebê-lo, dado o prestígio do monetarista (um título do qual ele não se envergonhava, certamente). O general o chamou, ele aceitou conversar, e esteve apenas uma única vez com Pinochet, recomendando exatamente as mesmas coisas que proferiu em suas palestras: liberdade econômica, abertura ao comércio e aos investimentos estrangeiros, enfim tudo muito simples e democrático, como ele sempre fez com qualquer auditório, para qualquer intelocutor, inclusive para o presidente Reagan (que seguiu seu conselho de desmantelar os controles ainda existentes na economia americana). Apenas isso, nada mais: uma conversa entre um economista sem qualquer poder, a não ser o das ideias, e um general, troglodita, que aparentemente não confiava nada em acadêmicos e professores em geral.
Friedman saiu do gabinete de Pinochet certo de que o general não tinha sido convencido por suas ideias, por suas palavras.
De fato demorou um bocado, até que o Chile conseguiu, finalmente, encontrar o caminho da estabilidade e do crescimento. Foi preciso uma crise séria no final dos anos 70 ou inicio dos 80, atingindo o sistema bancário, para que a economia chilena realmente enveredasse pelo caminho da liberalização mais completa.
Desde então ela se mantém, mais ou menos, segundo as linhas traçadas por Milton Friedman.
Enfim, espero ter ficado claro que Friedman não teve nada a ver com a ditadura chilena, nem com as barbaridades pinochetistas. Ele tampouco pode ser creditado pelo sucesso do "modelo" chileno. Ele se limitou a proferir palestras.
Quem tomou as decisões, baseadas ou não em suas ideias -- e presumo que muitas o foram -- foram os próprios chilenos, administradores, políticos, economistas do governo, acadêmicos, em suma, grande parte dos chilenos achou que valia pena enveredar por outro caminho que não o do dirigismo econômico, o do protecionismo comercial, enfim, o cepalianismo e o prebischianismo tradicionais na América Latina.
Nenhum "denegridor" de Friedman, ou de Pinochet, poderá recusar o fato de que o Chile foi o país que mais cresceu na AL, desde o início dos naos 1990.
Nenhum "economista" anti-monetarista, anti-Friedman poderá negar o fato de que o Chile é um país liberal, ou neoliberal, se quiserem, que ele é aberto, tem baixa proteção, tem mais acordos de livre-comércio do que qualquer outro país, de que eles recusam o dirigismo econômico e as soluções "socialistas".
Tudo isso não é matéria de opinião. São fatos.
Quem quiser contestar as ideias econômicas de Milton Friedman é livre para fazê-lo. Preferivelmente de modo inteligente.
Quem quiser apenas denegrir Friedman, com acusações mentirosas, é gentilmente "desconvidado" a se expressar neste blog.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 22.09.2010)
Pinochet foi, sim, o responsável por uma repressão sangrenta, e disso não deve caber a menor dúvida. Tudo isso num quadro de exacerbação das lutas políticas no Chile como raramente se viu na história daquele país. Já passou e a esquerda chilena também aprendeu, embora a um preço terrível.
Voltemos porém a Friedman: os boatos sobre suas ligações ou apoio à ditadura de Pinochet são a coisa mais sórdida que já vi na história das mistificações políticas fabricadas por certos comentaristas políticos sem nenhum caráter.
Friedman não tem nada a ver com a ditadura, nunca endossou ditaduras, jamais seria a favor de um ditador assassino como Pinochet, ou seja, ele não tem nada a ver, absolutamente, com o processo político chileno.
Todas essas alegações são divulgadas por pessoas de má fé, que nnao tem nada de mais inteligente a dizer sobre sua contribuição econômica -- que elas são incapazes de apreciar, e sequer de compreender -- e ficam se referindo, de modo fantástico, errado, mentiroso, a essa suposta ligação dele com a ditadura chilena.
A história é muito simples.
Depois de várias tentativas da equipe de Pinochet, a inflação nao baixava, justamente, pois que ditadores trogloditas como Pinochet acreditavam que podiam comandar a economia como se comandam soldados, com ordens executivas e controles disciplinares.
Nada deu certo nos primeiros meses e anos da ditadura.
Alguns ex-alunos da universidade de Chicago chamaram Friedman para dar algumas palestras no Chile, na Universidade Católica, se bem me lembro, e ele foi. Deu suas palestras, como faria para qualquer auditório, em qualquer país, sempre recomendando suas receitas habituais: liberdade de preços, de iniciativa, afastamento da mão pesada do Estado dos negócios econômicos etc.
Não sei exatamente quem sugeriu ao general recebê-lo, dado o prestígio do monetarista (um título do qual ele não se envergonhava, certamente). O general o chamou, ele aceitou conversar, e esteve apenas uma única vez com Pinochet, recomendando exatamente as mesmas coisas que proferiu em suas palestras: liberdade econômica, abertura ao comércio e aos investimentos estrangeiros, enfim tudo muito simples e democrático, como ele sempre fez com qualquer auditório, para qualquer intelocutor, inclusive para o presidente Reagan (que seguiu seu conselho de desmantelar os controles ainda existentes na economia americana). Apenas isso, nada mais: uma conversa entre um economista sem qualquer poder, a não ser o das ideias, e um general, troglodita, que aparentemente não confiava nada em acadêmicos e professores em geral.
Friedman saiu do gabinete de Pinochet certo de que o general não tinha sido convencido por suas ideias, por suas palavras.
De fato demorou um bocado, até que o Chile conseguiu, finalmente, encontrar o caminho da estabilidade e do crescimento. Foi preciso uma crise séria no final dos anos 70 ou inicio dos 80, atingindo o sistema bancário, para que a economia chilena realmente enveredasse pelo caminho da liberalização mais completa.
Desde então ela se mantém, mais ou menos, segundo as linhas traçadas por Milton Friedman.
Enfim, espero ter ficado claro que Friedman não teve nada a ver com a ditadura chilena, nem com as barbaridades pinochetistas. Ele tampouco pode ser creditado pelo sucesso do "modelo" chileno. Ele se limitou a proferir palestras.
Quem tomou as decisões, baseadas ou não em suas ideias -- e presumo que muitas o foram -- foram os próprios chilenos, administradores, políticos, economistas do governo, acadêmicos, em suma, grande parte dos chilenos achou que valia pena enveredar por outro caminho que não o do dirigismo econômico, o do protecionismo comercial, enfim, o cepalianismo e o prebischianismo tradicionais na América Latina.
Nenhum "denegridor" de Friedman, ou de Pinochet, poderá recusar o fato de que o Chile foi o país que mais cresceu na AL, desde o início dos naos 1990.
Nenhum "economista" anti-monetarista, anti-Friedman poderá negar o fato de que o Chile é um país liberal, ou neoliberal, se quiserem, que ele é aberto, tem baixa proteção, tem mais acordos de livre-comércio do que qualquer outro país, de que eles recusam o dirigismo econômico e as soluções "socialistas".
Tudo isso não é matéria de opinião. São fatos.
Quem quiser contestar as ideias econômicas de Milton Friedman é livre para fazê-lo. Preferivelmente de modo inteligente.
Quem quiser apenas denegrir Friedman, com acusações mentirosas, é gentilmente "desconvidado" a se expressar neste blog.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 22.09.2010)
Idiotas existem: tento não falar deles, mas eles aparecem, assim de repente...
Algumas pessoas já reclamaram deste blog, ou deste blogueiro, por se referir ocasionalmente a certas pessoas como sendo "idiotas". Compreendo, embora não admita.
Ou seja, entendo que algumas almas sensíveis, algumas pessoas cordatas, se sintam chocadas ao lerem uma acusação assim brutal, embora eu sempre tenha dito que estou atacando as ideias defendidas por essas pessoas, não elas mesmas, a quem, diga-se, eu sequer conheço.
Pode até ser que para outras coisas, para as coisas normais da vida, digamos assim, elas não sejam idiotas, do contrário dificilmente teriam conseguido ter "ideias" repercutidas em meios mais vastos, terminando por me encontrar no vasto espaço cibernético.
Como eu leio um pouco de tudo, entre imprensa escrita, falada, visualizada e transmitida em redes, sou mais suscetível de tropeçar com "ideias idiotas", transmitidas por pessoas que eventualmente, na vida normal, não o são.
Prometi, portanto, aos mais sensíveis, não mais chamar os outros de idiotas, e de apenas referir-me às suas ideias, quando eles as têm...
Mas, o que posso fazer quando os idiotas cruzam, asi no más, na "sua" frente, como quem não quer nada, surgindo, justamente, do nada para oferecer ideias idiotas ao resto da humanidade?
Difícil não chamar um indivíduo assim de outra coisa que não um idiota.
É o caso, por exemplo, desse "historiador" -- nada justifica o título -- britânico, que tenta provar que o Holocausto não existiu.
Ademais do aspecto criminoso -- em alguns países -- em veicular tais "ideias", existe também o lado da idiotice mental, evidente numa pessoa com tais "argumentos".
Devo dizer, por sinal, que sou contra a criminalização de tipo de atitude: desde que a pessoa não incite à perseguição, à violência racial, à discriminação ativa, ao ódio entre etnias, desde que suas ideias não provoquem tumultos, vítimas, violência, creio que todo cidadão tem o direito de expressar toda e qualquer ideia, mesmo as mais idiotas.
Eles se expõem, assim, a serem ridicularizados, inclusive por mim, que tenho todo um programa de detecção e denúncia de ideias idiotas.
Com vocês a matéria do Le Monde sobre um idiota consumado.
Paulo Roberto de Almeida
Une association polonaise porte plainte contre le négationniste britannique David Irving
Le Monde, avec AFP, 21.09.2010
Entrée du camp de concentration d'Auschwitz

AFP/VALERY HACHE
Une association polonaise Otwarta Rzeczpospolita (République ouverte) a porté plainte contre l'historien négationniste britannique David Irving qui a annoncé sa visite en Pologne. Selon un communiqué publié sur le site Internet de l'association, l'historien a commis le "crime" [de négationnisme] en tentant de minimiser les atrocités nazies et d'exonérer Adolf Hitler de sa responsabilité dans les camps de la mort, dans son livre paru en 1977, intitulé Hitler's War (La guerre d'Hitler), et qui a été édité en Pologne l'an dernier.
"Je me trouve à présent à Varsovie et je ne suis pas libre de discuter de mon itinéraire pour des raisons de sécurité, comme vous le comprenez sûrement, a déclaré à l'AFP par téléphone M. Irving. Je serai en Pologne pendant les neuf prochains jours", a-t-il précisé, confirmant les informations affichées sur son site Internet annonçant un tour guidé d'une semaine en Pologne sur les lieux liés à la seconde guerre mondiale et à l'Holocauste, du 21 au 29 septembre. Dans une brochure publiée sur son site Focal point publications, M. Irving qualifie cette visite de neuf jours de "voyage inoubliable" et d'opportunité de voir "la vraie histoire".
Selon l'agence polonaise PAP, M. Irving se trouvait lundi à Cracovie, dans le sud du pays. "N'attendons pas le moment où David Irving commettra un nouveau crime sur le territoire de la République de Pologne. Les preuves indiquent clairement qu'il a déjà commis ce crime", écrit l'association dans une plainte en justice adressée à l'Institut de la mémoire nationale (IPN), chargé de poursuivre les crimes nazis et communistes contre les Polonais.
En Pologne, le négationnisme ainsi que la propagation du nazisme et de l'antisémitisme sont passibles d'une peine allant jusqu'à trois ans de prison. David Irving, qui a été condamné en Autriche en 2006 à trois ans de prison, puis expulsé vers la Grande-Bretagne pour avoir nié la réalité de l'Holocauste, a accusé la semaine dernière la Pologne d'avoir transformé le camp allemand nazi d'Auschwitz en un site touristique "ressemblant à Disneyland", devenu "une machine à faire de l'argent". L'historien a émis ces critiques alors qu'il faisait la promotion d'un voyage accompagné en Pologne. Ce voyage prévoit notamment une visite du bunker de l'état-major d'Hitler à Ketrzyn, du quartier-général du chef des SS Heinrich Himmler (Pozezdrze) et du camp de la mort de Treblinka.
Ou seja, entendo que algumas almas sensíveis, algumas pessoas cordatas, se sintam chocadas ao lerem uma acusação assim brutal, embora eu sempre tenha dito que estou atacando as ideias defendidas por essas pessoas, não elas mesmas, a quem, diga-se, eu sequer conheço.
Pode até ser que para outras coisas, para as coisas normais da vida, digamos assim, elas não sejam idiotas, do contrário dificilmente teriam conseguido ter "ideias" repercutidas em meios mais vastos, terminando por me encontrar no vasto espaço cibernético.
Como eu leio um pouco de tudo, entre imprensa escrita, falada, visualizada e transmitida em redes, sou mais suscetível de tropeçar com "ideias idiotas", transmitidas por pessoas que eventualmente, na vida normal, não o são.
Prometi, portanto, aos mais sensíveis, não mais chamar os outros de idiotas, e de apenas referir-me às suas ideias, quando eles as têm...
Mas, o que posso fazer quando os idiotas cruzam, asi no más, na "sua" frente, como quem não quer nada, surgindo, justamente, do nada para oferecer ideias idiotas ao resto da humanidade?
Difícil não chamar um indivíduo assim de outra coisa que não um idiota.
É o caso, por exemplo, desse "historiador" -- nada justifica o título -- britânico, que tenta provar que o Holocausto não existiu.
Ademais do aspecto criminoso -- em alguns países -- em veicular tais "ideias", existe também o lado da idiotice mental, evidente numa pessoa com tais "argumentos".
Devo dizer, por sinal, que sou contra a criminalização de tipo de atitude: desde que a pessoa não incite à perseguição, à violência racial, à discriminação ativa, ao ódio entre etnias, desde que suas ideias não provoquem tumultos, vítimas, violência, creio que todo cidadão tem o direito de expressar toda e qualquer ideia, mesmo as mais idiotas.
Eles se expõem, assim, a serem ridicularizados, inclusive por mim, que tenho todo um programa de detecção e denúncia de ideias idiotas.
Com vocês a matéria do Le Monde sobre um idiota consumado.
Paulo Roberto de Almeida
Une association polonaise porte plainte contre le négationniste britannique David Irving
Le Monde, avec AFP, 21.09.2010
Entrée du camp de concentration d'Auschwitz

AFP/VALERY HACHE
Une association polonaise Otwarta Rzeczpospolita (République ouverte) a porté plainte contre l'historien négationniste britannique David Irving qui a annoncé sa visite en Pologne. Selon un communiqué publié sur le site Internet de l'association, l'historien a commis le "crime" [de négationnisme] en tentant de minimiser les atrocités nazies et d'exonérer Adolf Hitler de sa responsabilité dans les camps de la mort, dans son livre paru en 1977, intitulé Hitler's War (La guerre d'Hitler), et qui a été édité en Pologne l'an dernier.
"Je me trouve à présent à Varsovie et je ne suis pas libre de discuter de mon itinéraire pour des raisons de sécurité, comme vous le comprenez sûrement, a déclaré à l'AFP par téléphone M. Irving. Je serai en Pologne pendant les neuf prochains jours", a-t-il précisé, confirmant les informations affichées sur son site Internet annonçant un tour guidé d'une semaine en Pologne sur les lieux liés à la seconde guerre mondiale et à l'Holocauste, du 21 au 29 septembre. Dans une brochure publiée sur son site Focal point publications, M. Irving qualifie cette visite de neuf jours de "voyage inoubliable" et d'opportunité de voir "la vraie histoire".
Selon l'agence polonaise PAP, M. Irving se trouvait lundi à Cracovie, dans le sud du pays. "N'attendons pas le moment où David Irving commettra un nouveau crime sur le territoire de la République de Pologne. Les preuves indiquent clairement qu'il a déjà commis ce crime", écrit l'association dans une plainte en justice adressée à l'Institut de la mémoire nationale (IPN), chargé de poursuivre les crimes nazis et communistes contre les Polonais.
En Pologne, le négationnisme ainsi que la propagation du nazisme et de l'antisémitisme sont passibles d'une peine allant jusqu'à trois ans de prison. David Irving, qui a été condamné en Autriche en 2006 à trois ans de prison, puis expulsé vers la Grande-Bretagne pour avoir nié la réalité de l'Holocauste, a accusé la semaine dernière la Pologne d'avoir transformé le camp allemand nazi d'Auschwitz en un site touristique "ressemblant à Disneyland", devenu "une machine à faire de l'argent". L'historien a émis ces critiques alors qu'il faisait la promotion d'un voyage accompagné en Pologne. Ce voyage prévoit notamment une visite du bunker de l'état-major d'Hitler à Ketrzyn, du quartier-général du chef des SS Heinrich Himmler (Pozezdrze) et du camp de la mort de Treblinka.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...
-
Alternâncias e conformismo na diplomacia brasileira Paulo Roberto de Almeida Em democracias vibrantes, com alternância de poder, a polític...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Mais recente trabalho publicado: 1609. “Política externa e diplomacia do Brasil: convergências e dissonâncias em perspectiva histórica”. P...