A vida está ficando perigosa, sobretudo para quem pensa em se divorciar...
Está na hora de pensar em certos cuidados elementares, com ativos especialmente preciosos...
Woman Accused of Severing Husband's Privates
By Stephen Spencer Davis
Slate, Wednesday, Jul. 13, 2011, at 10:41 AM EDT
Suspect tells police that the man “deserved it.”
A California woman could face life in prison after she allegedly drugged her husband, severed his penis with a kitchen knife, and then ground it up in a garbage disposal.
According to the Los Angeles Times, police arrived at the couple's home on Monday night to find the man tied to a bed and bleeding from his groin. In what the police described as a “spontaneous statement,” the woman, 48-year-old Catherine Kieu Becker, explained to officers what she had done, saying that her husband “deserved it.”
Although details of the incident remain sparse, the alleged crime will undoubtedly have people heading to Wikipedia for a refresher on Lorena Bobbitt, who infamously severed her husband’s penis in 1993.
Court records indicate that Becker and her husband were married a year and a half ago but began divorce proceedings in May. Police say they have no motive for the brutal act, but records suggest that it was the husband who initiated the divorce.
"On the surface, we have nothing more than the divorce proceeding," Lt. Jeff Nightengale of the Garden Grove Police Department told the Times. "We don't have any strong motive leading to this level of violence."
The severity of Becker’s alleged crime led detectives to classify it as “aggravated mayhem,” an offense punishable by life in prison.
The 51-year-old man, whose name has not been released, was taken to hospital for emergency surgery. Nightengale told ABC News that the man is in stable condition, but had no details on the surgery.
“Police were able to recover portions of the penis from the garbage disposal,” Nightengale said, but it was unclear if doctors would be able to reattach it.
Becker is currently being held on $1 million bail.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Os professores estao comecando a ficar furiosos: comparam salários (que absurdo!)
Só posso interpretar como frustração de carreira o movimento desses professores que ficam espalhando em nossas caixas de entrada correntes como a que segue abaixo.
Como é que eles pretendem, com suas aulinhas mal dadas, comparar-se a gênios da bola e a craques da política como esses que eles citam?
Um futebolista é um ser especial, que traz a alegria para os corações ansiosos de milhões de iluminados (inclusive professores que gostam de futebol e que torcem por algum time).
Um político é normalmente um representante de categorias profissionais, que está lá no Congreso para defender aumento de salários para categorias tão sofridas quanto a dos professores. Se eles não existissem, para quem -- ou de quem -- os professores poderiam reclamar? Por isso eles merecem os altos salários e outras prebendas que exibem, desavergonhadamente.
Os professores deveriam mirar-se nesses exemplos de cidadãos bem sucedidos e parar de reclamar.
Paulo Roberto de Almeida
Você estudou? - BEM FEITO!
Ronaldinho Gaúcho : R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado e condecorado pela Academia Brasileira de Letras"
Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
- Mesmo sendo analfabeto, é "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...
Neymar jogador do Santos R$ 1.100.000,00 pormês e a partir de Setembro: R$1.500.000,00
Deixou de estudar na 8a. série, sem terminar.
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...
Moral da História:
Os professores ganham pouco é porque só servem para ensinar coisas inúteis, como ler, escrever e pensar.
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação Física:
- Futebol
- Circo
- Música (Sertaneja, Pagode, Axé)
- História:
- Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
- Biografia dos Heróis do Big Brother do Bial
- Involução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática:
- Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
- Multiplicação dos seus ganhos 20 vezes a mais
- Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Técnicas de "Como Fraudar o Fisco", "Como Abrir Empresas-Fantasma",
- "Como Aliciar Laranjas"
- Português e Literatura: Para quê? O último "prizidente" orgulhava-se de jamais ter lido um livro! E de sua mãe ter nascida analfabeta!
- Biologia, Física e Química: Desnecessárias, por excesso de complexidade.
- Educação Moral e Cívica: Manual do Guerrilheiro Urbano, Como Preparar Bombas Caseiras)
Assim está ecrito: "No final dos tempos, o homem sentirá vergonha de ser honesto."
=================
Paradoxo final (PRA):
Mesmo constatando tudo isso, professores, orientados por suas máfias sindicais, acabam votando por esses mesmos que prolongam sua agonia, especialistas nas disciplinas elencadas com tanta competência e bom humor...
Como é que eles pretendem, com suas aulinhas mal dadas, comparar-se a gênios da bola e a craques da política como esses que eles citam?
Um futebolista é um ser especial, que traz a alegria para os corações ansiosos de milhões de iluminados (inclusive professores que gostam de futebol e que torcem por algum time).
Um político é normalmente um representante de categorias profissionais, que está lá no Congreso para defender aumento de salários para categorias tão sofridas quanto a dos professores. Se eles não existissem, para quem -- ou de quem -- os professores poderiam reclamar? Por isso eles merecem os altos salários e outras prebendas que exibem, desavergonhadamente.
Os professores deveriam mirar-se nesses exemplos de cidadãos bem sucedidos e parar de reclamar.
Paulo Roberto de Almeida
Você estudou? - BEM FEITO!
Ronaldinho Gaúcho : R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado e condecorado pela Academia Brasileira de Letras"
Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
- Mesmo sendo analfabeto, é "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...
Neymar jogador do Santos R$ 1.100.000,00 pormês e a partir de Setembro: R$1.500.000,00
Deixou de estudar na 8a. série, sem terminar.
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...
Moral da História:
Os professores ganham pouco é porque só servem para ensinar coisas inúteis, como ler, escrever e pensar.
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação Física:
- Futebol
- Circo
- Música (Sertaneja, Pagode, Axé)
- História:
- Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
- Biografia dos Heróis do Big Brother do Bial
- Involução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática:
- Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
- Multiplicação dos seus ganhos 20 vezes a mais
- Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Técnicas de "Como Fraudar o Fisco", "Como Abrir Empresas-Fantasma",
- "Como Aliciar Laranjas"
- Português e Literatura: Para quê? O último "prizidente" orgulhava-se de jamais ter lido um livro! E de sua mãe ter nascida analfabeta!
- Biologia, Física e Química: Desnecessárias, por excesso de complexidade.
- Educação Moral e Cívica: Manual do Guerrilheiro Urbano, Como Preparar Bombas Caseiras)
Assim está ecrito: "No final dos tempos, o homem sentirá vergonha de ser honesto."
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Paradoxo final (PRA):
Mesmo constatando tudo isso, professores, orientados por suas máfias sindicais, acabam votando por esses mesmos que prolongam sua agonia, especialistas nas disciplinas elencadas com tanta competência e bom humor...
Um importante alerta do economista Robert Lucas sobre a "retomada" americana
Os EUA estão ficando cada vez mais parecidos com a Europa, graças à Obamanomics, diz este prêmio Nobel de economia, Robert Lucas. Concordo.
Quando o Estado investe em mais welfare, em lugar de laissez-faire, a tendência é mais distributivismo e menos produtivismo. Ou seja, menor crescimento da produtividade e da inovação, e mais lazer e prazeres para todos.
Vão caminhar para menos riquezas e cada vez mais déficits públicos.
Em outros termos, para satisfazer os desejos de consumo da atual geração, vão sacrificar as perspectivas de bem-estar das gerações futuras, que deverão ser convidadas a pagar a conta.
Convidadas não é bem o termo: serão obrigadas a fazê-lo...
Bem, sempre tem chineses milionários dispostos a financiar esse desperdício.
O único problema será a obrigação de trabalhar para os chineses no futuro.
Nada que os chineses também não tenham feito em favor dos ocidentais durante dois séculos.
Assim vai o mundo...
Paulo Roberto de Almeida
The Disappearing Recovery
By DANIEL HENNINGER
The Wall Street Journal, JULY 13, 2011, 7:28 P.M. ET
What if the weak recovery is all the recovery we are going to get?
Barack Obama, John Boehner and Mitch McConnell have been performing an intricate scorpion dance over spending, taxes and the debt ceiling, premised on the belief that this is the deal that would ignite the recovery.
But what if it's too late? What if that first-quarter growth rate of 1.8% is a portent of the U.S.'s long-term future? What if below-normal U.S. GDP is, as the Obama folks like to say, the new normal?
Robert Lucas, the 1995 Nobel laureate in economics, has spent his career thinking about why economies grow, and in particular about the effect of policy making on growth. From his office at the University of Chicago, Prof. Lucas has been wondering, like the rest of us, why, if the recession officially ended in the first half of 2009, there hasn't been more growth in the U.S. economy. He's also been wondering why this delayed recovery resembles the long non-recovery years of the 1930s. And he has been thinking about the U.S. and Europe.
What if the weak recovery is all the recovery we are going to get?
In May, Bob Lucas pulled his thoughts together and delivered them as the Milliman Lecture at the University of Washington, an exercise he described to me this week as "intelligent speculation."
Here is the lecture's provocative final thought: "Is it possible that by imitating European policies on labor markets, welfare and taxes, the U.S. has chosen a new, lower GDP trend? If so, it may be that the weak recovery we have had so far is all the recovery we will get."
The Obama-will-turn-us-into-Europe argument is a staple of the administration's critics. Prof. Lucas's intelligent speculation, however, carries the case beyond dinner-party carping.
The baseline reality for any discussion of where we're headed is that from 1870 to 2008, the U.S. economy has had average GDP productivity growth of about 3% and about 2% on a per-person basis. Despite displacements—wars, depressions—we've always returned to this solid upward trend. From 1870 till recently, real income per person has increased by a factor of 12—"an ongoing miracle," Prof. Lucas notes, "mainly due to free-market capitalism."
The Obama economists like to argue that this recession was the greatest meltdown since the Depression. Prof. Lucas agrees. Most recessions, he says, are not very important events. This one, though, has taken U.S. GDP almost 10% off its long-term growth trend. The only downturn comparable to this in the past century is the more than 30% decline during the Depression.
What discomfits him is the similarities in the policy choices that accompanied both delayed recoveries. By 1934, the Depression's banking crisis had been resolved, "yet full recovery was still seven years away," he said in the Milliman lecture. GDP stayed more than 10% below trend. "Why?" The answer, he says, was growth-suppressing policies, such as the Smoot-Hawley tariff, cartelization, unionization and, "most important but hardest to measure, FDR's demonization of business."
By the end of 2008, he notes, the primary storm of the financial panic was essentially over. We did get spending declines in GDP in that year's last quarter and in the first quarter of 2009. "But there is a world of difference," he says, "between two quarters of production declines and four years!" The persistence of growth 10 percentage points below its long-term trend line is troubling.
He credits the current Federal Reserve with avoiding the mistakes of the Depression, properly acting this time as the lender of last resort. With the financial side essentially in order and the recovery stalled, Prof. Lucas sees public-policy analogies to the 1930s: "The likelihood of much higher taxes, focused on 'the rich'; medical legislation that promises a large increase in the role of government; financial legislation that assigns vast, poorly defined responsibilities to the Fed and others."
The consensus assumption, however, is that the U.S. economy will return to its century-long growth trend. Prof. Lucas asks: "Is this really the case?"
Forgotten in most discussions of the U.S.-Europe comparison is that for the first 70 years of the 20th century, continental Europe's growth rose alongside that of the world-leading U.S. and U.K., especially after World War II. Through the 1960s, he says, there was every reason to expect a common, high living standard for all of us. Then, "in the 1970s, their catch-up stalled."
A 20% to 40% gap in income levels emerged between the U.S. and Europe, reflecting a lowered European work effort. In Prof. Lucas's view, that gap represents the cost (largely taxes) of financing a larger welfare state from 1970 onward. Other economists, he says, have cited a 30% loss in GDP per person in Western Europe since the 1970s.
The U.S.'s projected long-term welfare costs, including the new health-care law, are the justification the Obama economists give for pushing spending to 25% or more of GDP. The tax increase the president is fairly shrieking for this week isn't for the August debt limit. It's for the next 25 years.
"If we're going to move to a European welfare state," says Prof. Lucas, "we're going to have to pay a European price." And that price could be a permanently lower level of GDP per person. The U.S.'s amazing 100-year ride would slow.
Among the many things any such drop in GDP will siphon away is America's relentless productive vitality. "So much new happens in the United States," Prof. Lucas says. But will it still?
Write to henninger@wsj.com
Quando o Estado investe em mais welfare, em lugar de laissez-faire, a tendência é mais distributivismo e menos produtivismo. Ou seja, menor crescimento da produtividade e da inovação, e mais lazer e prazeres para todos.
Vão caminhar para menos riquezas e cada vez mais déficits públicos.
Em outros termos, para satisfazer os desejos de consumo da atual geração, vão sacrificar as perspectivas de bem-estar das gerações futuras, que deverão ser convidadas a pagar a conta.
Convidadas não é bem o termo: serão obrigadas a fazê-lo...
Bem, sempre tem chineses milionários dispostos a financiar esse desperdício.
O único problema será a obrigação de trabalhar para os chineses no futuro.
Nada que os chineses também não tenham feito em favor dos ocidentais durante dois séculos.
Assim vai o mundo...
Paulo Roberto de Almeida
The Disappearing Recovery
By DANIEL HENNINGER
The Wall Street Journal, JULY 13, 2011, 7:28 P.M. ET
What if the weak recovery is all the recovery we are going to get?
Barack Obama, John Boehner and Mitch McConnell have been performing an intricate scorpion dance over spending, taxes and the debt ceiling, premised on the belief that this is the deal that would ignite the recovery.
But what if it's too late? What if that first-quarter growth rate of 1.8% is a portent of the U.S.'s long-term future? What if below-normal U.S. GDP is, as the Obama folks like to say, the new normal?
Robert Lucas, the 1995 Nobel laureate in economics, has spent his career thinking about why economies grow, and in particular about the effect of policy making on growth. From his office at the University of Chicago, Prof. Lucas has been wondering, like the rest of us, why, if the recession officially ended in the first half of 2009, there hasn't been more growth in the U.S. economy. He's also been wondering why this delayed recovery resembles the long non-recovery years of the 1930s. And he has been thinking about the U.S. and Europe.
What if the weak recovery is all the recovery we are going to get?
In May, Bob Lucas pulled his thoughts together and delivered them as the Milliman Lecture at the University of Washington, an exercise he described to me this week as "intelligent speculation."
Here is the lecture's provocative final thought: "Is it possible that by imitating European policies on labor markets, welfare and taxes, the U.S. has chosen a new, lower GDP trend? If so, it may be that the weak recovery we have had so far is all the recovery we will get."
The Obama-will-turn-us-into-Europe argument is a staple of the administration's critics. Prof. Lucas's intelligent speculation, however, carries the case beyond dinner-party carping.
The baseline reality for any discussion of where we're headed is that from 1870 to 2008, the U.S. economy has had average GDP productivity growth of about 3% and about 2% on a per-person basis. Despite displacements—wars, depressions—we've always returned to this solid upward trend. From 1870 till recently, real income per person has increased by a factor of 12—"an ongoing miracle," Prof. Lucas notes, "mainly due to free-market capitalism."
The Obama economists like to argue that this recession was the greatest meltdown since the Depression. Prof. Lucas agrees. Most recessions, he says, are not very important events. This one, though, has taken U.S. GDP almost 10% off its long-term growth trend. The only downturn comparable to this in the past century is the more than 30% decline during the Depression.
What discomfits him is the similarities in the policy choices that accompanied both delayed recoveries. By 1934, the Depression's banking crisis had been resolved, "yet full recovery was still seven years away," he said in the Milliman lecture. GDP stayed more than 10% below trend. "Why?" The answer, he says, was growth-suppressing policies, such as the Smoot-Hawley tariff, cartelization, unionization and, "most important but hardest to measure, FDR's demonization of business."
By the end of 2008, he notes, the primary storm of the financial panic was essentially over. We did get spending declines in GDP in that year's last quarter and in the first quarter of 2009. "But there is a world of difference," he says, "between two quarters of production declines and four years!" The persistence of growth 10 percentage points below its long-term trend line is troubling.
He credits the current Federal Reserve with avoiding the mistakes of the Depression, properly acting this time as the lender of last resort. With the financial side essentially in order and the recovery stalled, Prof. Lucas sees public-policy analogies to the 1930s: "The likelihood of much higher taxes, focused on 'the rich'; medical legislation that promises a large increase in the role of government; financial legislation that assigns vast, poorly defined responsibilities to the Fed and others."
The consensus assumption, however, is that the U.S. economy will return to its century-long growth trend. Prof. Lucas asks: "Is this really the case?"
Forgotten in most discussions of the U.S.-Europe comparison is that for the first 70 years of the 20th century, continental Europe's growth rose alongside that of the world-leading U.S. and U.K., especially after World War II. Through the 1960s, he says, there was every reason to expect a common, high living standard for all of us. Then, "in the 1970s, their catch-up stalled."
A 20% to 40% gap in income levels emerged between the U.S. and Europe, reflecting a lowered European work effort. In Prof. Lucas's view, that gap represents the cost (largely taxes) of financing a larger welfare state from 1970 onward. Other economists, he says, have cited a 30% loss in GDP per person in Western Europe since the 1970s.
The U.S.'s projected long-term welfare costs, including the new health-care law, are the justification the Obama economists give for pushing spending to 25% or more of GDP. The tax increase the president is fairly shrieking for this week isn't for the August debt limit. It's for the next 25 years.
"If we're going to move to a European welfare state," says Prof. Lucas, "we're going to have to pay a European price." And that price could be a permanently lower level of GDP per person. The U.S.'s amazing 100-year ride would slow.
Among the many things any such drop in GDP will siphon away is America's relentless productive vitality. "So much new happens in the United States," Prof. Lucas says. But will it still?
Write to henninger@wsj.com
Uau! Passei de 400 seguidores...
Constato agora, na coluna da direita, que passei de 400 seguidores.
Não tenho ideia se estes são 402 "leitores", ou simples curiosos, mas a constatação me dá muito mais responsabilidade na manutenção deste instrumento que eu vejo basicamente como um espaço de informação, de debate e de "divertissement", se me permitem a expressão, ou seja, um repositório de materiais para uma distração bem informada.
As coisas realmente sérias eu deixo para o meu site, o que não impede que eu possa postar aqui também matérias mais reflexivas e de pesquisa acadêmica...
Grato a todos pela confiança. Espero poder continuar desfrutando desse privilégio e dessa honra.
Vale!
Paulo Roberto de Almeida
Não tenho ideia se estes são 402 "leitores", ou simples curiosos, mas a constatação me dá muito mais responsabilidade na manutenção deste instrumento que eu vejo basicamente como um espaço de informação, de debate e de "divertissement", se me permitem a expressão, ou seja, um repositório de materiais para uma distração bem informada.
As coisas realmente sérias eu deixo para o meu site, o que não impede que eu possa postar aqui também matérias mais reflexivas e de pesquisa acadêmica...
Grato a todos pela confiança. Espero poder continuar desfrutando desse privilégio e dessa honra.
Vale!
Paulo Roberto de Almeida
Livros PRAlmeida no Google Books: A Grande Mudanca (2003)
Descubro, aos poucos, que vários livros meus já estão no Google Books, sem que eu jamais tenha sido consultado (ou minhas editoras, suponho) para autorizar essa reprodução, ainda que parcial, de textos que se encontram sob cobertura de copyright.
Agora descobri que este livro escrito em 2002, A Grande Mudança, está também "googlelizado", o que aparentemente concorre para torná-lo mais conhecido, mas aumenta, também, as possibilidades de infração ao direito autoral.
Não que eu dependa disso para "sobreviver", mas suponho que as editoras não vejam esse tipo de prática com bons olhos.
A Grande Mudança (no meu site)
A Grande Mudança (em preview do Google)
Divirtam-se...
Paulo Roberto de Almeida
Agora descobri que este livro escrito em 2002, A Grande Mudança, está também "googlelizado", o que aparentemente concorre para torná-lo mais conhecido, mas aumenta, também, as possibilidades de infração ao direito autoral.
Não que eu dependa disso para "sobreviver", mas suponho que as editoras não vejam esse tipo de prática com bons olhos.
A Grande Mudança (no meu site)
A Grande Mudança (em preview do Google)
Divirtam-se...
Paulo Roberto de Almeida
Proliferacao: a contribuicao da America Latina (cada um faz como pode...)
E depois dizem que a América Latina é uma zona isenta de riscos...
Chile: la erupción del volcán Puyehue equivale a 70 bombas atómicas
Infolatam/Efe, 13 de julio de 2011
Las claves
La diseminación de cenizas ha provocado la cancelación de cientos de vuelos domésticos e internacionales y la declaración de "emergencia agropecuaria" en las sureñas provincias argentinas de Chubut, Río Negro y Neuquén.
La potencia de la erupción del complejo volcánico chileno Puyehue-Cordón Caulle equivalió a la energía liberada por 70 bombas atómicas o al dos por ciento de la potencia eléctrica mundial, según un estudio publicado por investigadores argentinos.
Buenos Aires - Tres físicos de la Universidad Nacional de Río Negro, una de las provincias argentinas más afectadas por el volcán, calcularon que el Puyehue expulsó cien millones de toneladas de ceniza, arena y piedra pómez, “una cantidad comparable a la carga de 24 millones de camiones de transporte de áridos”.
En el estudio, que publican en la web de la entidad académica, plantearon como hipótesis que el área cubierta por el material expulsado por el volcán es de unos 1.700 kilómetros cuadrados, con un espesor promedio de diez centímetros.
El 4 de junio pasado el complejo volcánico, situado en la cordillera de Los Andes, hito fronterizo entre Argentina y Chile, entró en una actividad que expulsó cenizas y otros materiales durante cinco horas “con una altura promedio de la pluma de 5.000 metros”.
La energía necesaria para elevar esa masa de materiales a tal altura fue de mil kilotones, equivalente a la energía liberada por 70 bombas nucleares, calcularon los expertos, dos de ellos miembros del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas y de la Comisión Nacional de Energía Atómica.
“La magnitud de la energía puesta en juego en este fenómeno geológico es equivalente a doce veces la potencia eléctrica instalada en Argentina o al dos por ciento de la potencia eléctrica mundial”, destacaron.
Los investigadores explicaron que hicieron este estudio desde la óptica que hubiera aplicado Enrico Fermi (1901-1954), físico italiano reconocido, entre otros motivos, por haber desarrollado el primer reactor nuclear, en 1942.
La erupción del Puyehue genera millonarias pérdidas económicas en Argentina, donde siguen afectados los vuelos comerciales con el consiguiente impacto en el turismo más de un más después de la entrada en actividad del complejo volcánico chileno.
La diseminación de cenizas ha provocado la cancelación de cientos de vuelos domésticos e internacionales y la declaración de “emergencia agropecuaria” en las sureñas provincias argentinas de Chubut, Río Negro y Neuquén, donde están los principales centros de turismo invernal del país.
Chile: la erupción del volcán Puyehue equivale a 70 bombas atómicas
Infolatam/Efe, 13 de julio de 2011
Las claves
La diseminación de cenizas ha provocado la cancelación de cientos de vuelos domésticos e internacionales y la declaración de "emergencia agropecuaria" en las sureñas provincias argentinas de Chubut, Río Negro y Neuquén.
La potencia de la erupción del complejo volcánico chileno Puyehue-Cordón Caulle equivalió a la energía liberada por 70 bombas atómicas o al dos por ciento de la potencia eléctrica mundial, según un estudio publicado por investigadores argentinos.
Buenos Aires - Tres físicos de la Universidad Nacional de Río Negro, una de las provincias argentinas más afectadas por el volcán, calcularon que el Puyehue expulsó cien millones de toneladas de ceniza, arena y piedra pómez, “una cantidad comparable a la carga de 24 millones de camiones de transporte de áridos”.
En el estudio, que publican en la web de la entidad académica, plantearon como hipótesis que el área cubierta por el material expulsado por el volcán es de unos 1.700 kilómetros cuadrados, con un espesor promedio de diez centímetros.
El 4 de junio pasado el complejo volcánico, situado en la cordillera de Los Andes, hito fronterizo entre Argentina y Chile, entró en una actividad que expulsó cenizas y otros materiales durante cinco horas “con una altura promedio de la pluma de 5.000 metros”.
La energía necesaria para elevar esa masa de materiales a tal altura fue de mil kilotones, equivalente a la energía liberada por 70 bombas nucleares, calcularon los expertos, dos de ellos miembros del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas y de la Comisión Nacional de Energía Atómica.
“La magnitud de la energía puesta en juego en este fenómeno geológico es equivalente a doce veces la potencia eléctrica instalada en Argentina o al dos por ciento de la potencia eléctrica mundial”, destacaron.
Los investigadores explicaron que hicieron este estudio desde la óptica que hubiera aplicado Enrico Fermi (1901-1954), físico italiano reconocido, entre otros motivos, por haber desarrollado el primer reactor nuclear, en 1942.
La erupción del Puyehue genera millonarias pérdidas económicas en Argentina, donde siguen afectados los vuelos comerciales con el consiguiente impacto en el turismo más de un más después de la entrada en actividad del complejo volcánico chileno.
La diseminación de cenizas ha provocado la cancelación de cientos de vuelos domésticos e internacionales y la declaración de “emergencia agropecuaria” en las sureñas provincias argentinas de Chubut, Río Negro y Neuquén, donde están los principales centros de turismo invernal del país.
Por que nao existem indignados no Brasil? - um ensaio de resposta (Reinaldo Azevedo)
Concordo em grande parte com o jornalista em questão, embora eu ainda acrescentaria, às máfias sindicais, a própria máfia patronal, que foi comprada com dinheiro público também (BNDES) e com proteção tarifária.
Já vivemos há muito tempo em república sindical, com um peronismo de fancaria sem qualquer substrato ideológico por trás, pura e simples mistificação, oportunismo e roubalheira descarada.
As simple as that...
Paulo Roberto de Almeida
Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção? Ensaio uma resposta antes de alguns dias de folga
Reinaldo Azevedo, 13/07/2011
Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País no Brasil, escreveu no dia 7 um artigo indagando onde estão os indignados do Brasil. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos? Não saberiam os brasileiros reagir à hipocrisia e à falta de ética dos políticos? Será mesmo este um país cujo povo tem uma índole de tal sorte pacífica que se contentaria com tão pouco? Publiquei, posts abaixo, a íntegra de seu texto. Afirmei que ensaiaria uma resposta, até porque a indagação de Arias, um excelente jornalista, é procedente e toca, entendo, numa questão essencial dos dias que correm. A resposta não é simples nem linear. Há vários fatores distintos que se conjugam. Vamos lá.
Povo privatizado
O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT. Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário. Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua. Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”. Alguém convoca os “povos”.
No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça. Disse Castro Alves: “A praça é do povo como o céu é do condor”. Disse Caetano Veloso: “A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão). Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”. Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.
O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato in pectore do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE. Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?
Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo. Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões. Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade. Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”. Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia. Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT. Apontá-los, segundo o agora conservador Lindbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”. Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.
Centrais sindicais
O que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC. Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT. Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa. Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental. E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?
Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União. Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de serem autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.
Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.
O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO. E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT. Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!
Isso explica tudo? Ou: “Os Valores”
Ainda não!
Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta. Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”. O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.
Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural. Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate. A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa. À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.
Por que digo isso? Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo. Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.
Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.
Imprensa
Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos. Vivemos sob uma quase ditadura de opinião. Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho. Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.
Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares. Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura. A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%). Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura? Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!
A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista. Por quê? Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil. Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade. Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade. Entendeu a ironia?
Quem vai à rua?
Ora, Juan, quem vai, então, à rua? Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública. Quando se manifestam, são tratados como párias. Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos? A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.
As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.
Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim? Acho que não! A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT? Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe. Fica para depois do meu descanso.
Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.
Já vivemos há muito tempo em república sindical, com um peronismo de fancaria sem qualquer substrato ideológico por trás, pura e simples mistificação, oportunismo e roubalheira descarada.
As simple as that...
Paulo Roberto de Almeida
Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção? Ensaio uma resposta antes de alguns dias de folga
Reinaldo Azevedo, 13/07/2011
Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País no Brasil, escreveu no dia 7 um artigo indagando onde estão os indignados do Brasil. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos? Não saberiam os brasileiros reagir à hipocrisia e à falta de ética dos políticos? Será mesmo este um país cujo povo tem uma índole de tal sorte pacífica que se contentaria com tão pouco? Publiquei, posts abaixo, a íntegra de seu texto. Afirmei que ensaiaria uma resposta, até porque a indagação de Arias, um excelente jornalista, é procedente e toca, entendo, numa questão essencial dos dias que correm. A resposta não é simples nem linear. Há vários fatores distintos que se conjugam. Vamos lá.
Povo privatizado
O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT. Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário. Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua. Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”. Alguém convoca os “povos”.
No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça. Disse Castro Alves: “A praça é do povo como o céu é do condor”. Disse Caetano Veloso: “A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão). Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”. Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.
O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato in pectore do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE. Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?
Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo. Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões. Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade. Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”. Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia. Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT. Apontá-los, segundo o agora conservador Lindbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”. Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.
Centrais sindicais
O que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC. Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT. Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa. Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental. E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?
Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União. Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de serem autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.
Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.
O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO. E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT. Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!
Isso explica tudo? Ou: “Os Valores”
Ainda não!
Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta. Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”. O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.
Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural. Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate. A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa. À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.
Por que digo isso? Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo. Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.
Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.
Imprensa
Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos. Vivemos sob uma quase ditadura de opinião. Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho. Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.
Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares. Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura. A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%). Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura? Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!
A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista. Por quê? Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil. Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade. Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade. Entendeu a ironia?
Quem vai à rua?
Ora, Juan, quem vai, então, à rua? Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública. Quando se manifestam, são tratados como párias. Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos? A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.
As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.
Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim? Acho que não! A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT? Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe. Fica para depois do meu descanso.
Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.
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