Brasil: FMI ve señales de recalentamiento en el país
Infolatam/Reuters
Sao Paulo, 3 de agosto de 2011
Las claves
El FMI señaló que Brasil necesita mantener "una mayor vigilancia contra los riesgos financieros, dado el ritmo de crecimiento del crédito y la continua dependencia de los préstamos del exterior".
Reafirmó su previsión de un crecimiento del PIB de Brasil del 4,1 por ciento en 2011 y proyectó que los precios al consumidor se acelerarían a un 6,3 por ciento este año.
La economía de Brasil está mostrando señales de recalentamiento pese a una perspectiva ampliamente favorable, lo que aumenta la necesidad de una precisa mezcla de políticas económicas, dijo el miércoles el Fondo Monetario Internacional (FMI).
En su revisión anual de la mayor economía de Latinoamérica, el FMI también instó a las autoridades a reducir el gasto público para ayudar a mantener la inflación a raya sin elevar la ya alta tasa de interés del país.
El FMI también notó que, pese a las señales de solidez financiera, Brasil necesita mantener “una mayor vigilancia contra los riesgos financieros, dado el ritmo de crecimiento del crédito y la continua dependencia de los préstamos del exterior”.
La entidad mundial reafirmó su previsión de un crecimiento del Producto Interno Bruto (PIB) de Brasil del 4,1 por ciento en el 2011 y proyectó que los precios al consumidor se acelerarían a un 6,3 por ciento este año, cerca del techo del rango meta del Gobierno.
La inflación ha sido una gran preocupación para la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, ya que ha amenazado con deteriorar su imagen pública en su base de votantes de menores ingresos.
Los precios al consumidor en Brasil se aceleraron a un 6,75 por ciento en los 12 meses hasta julio, por sobre la meta del Banco Central de un 4,5 por ciento anual con una tolerancia de más o menos dos puntos porcentuales.
Debido a eso, el Banco Central ya ha elevado la tasa de interés referencial, Selic, en las cinco reuniones que ha tenido el Comité de Política Monetaria (Copom) durante la presidencia de Alexandre Tombini.
La tasa Selic, de un 12,50 por ciento, es una de las más altas entre las grandes economías.
Rousseff ha prometido un recorte de alrededor de 30.000 millones de dólares del presupuesto del 2011 para ayudar a enfriar la economía sin tener que depender de la tasa de interés como herramienta para combatir la inflación.
Analistas afirman que el alto gasto público de Brasil pone más presión sobre la tasa de interés para mantenga equilibrada a la economía.
El Banco Central y el Gobierno también han aumentado el uso de medidas macroprudenciales, herramientas diseñadas para estabilizar al sistema financiero, como obligar a los bancos a reservar una mayor porción de depósitos en vez de que otorguen ese dinero en préstamo.
Algunos directores del FMI observaron que podría ser necesario que las medidas macroprudenciales sean “aplicadas más ampliamente para ganar fuerza”, según el informe.
En cuanto a las preocupaciones de Brasil con el tipo de cambio, el FMI calificó de “apropiado” el uso de medidas de flujos de capital.
El real brasileño se ha fortalecido cerca de un 6 por ciento en lo que va del año y alcanzó su mayor nivel frente al dólar en 12 años la semana pasada, lo que llevó al Gobierno a aplicar un impuesto sobre transacciones con derivados cambiarios.
La apreciación de la moneda ha sido una gran preocupación para la industria, que está compitiendo con una ola de importaciones baratas, principalmente desde China.
La producción industrial de Brasil cayó un 1,6 por ciento en junio, más de lo esperado por los analistas, mostraron datos oficiales divulgados el martes, y los expertos apuntaron como culpable al tipo de cambio.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Um pequeno retrato da "educacao" (ops) brasileira, ou carioca...
Escola com Criança Esperança e AfroReggae é a pior do Rio. É óbvio: criança precisa aprender matemática; ela já sabe bater lata
Reinaldo Azevedo, 3/08/2011
Escola boa ministra português, matemática, ciências etc, num ambiente de disciplina, de ordem, em que o professor ensina, e o aluno aprende. Trata-se de uma obviedade, de uma tautologia. Mas esse conteúdo tem de ser repetido dia após dia porque poucas áreas estão tão sujeitas à feitiçaria entre modernosa e esquerdopata como a educação. As crianças são pilotos de prova de ONGs que nem sequer são especializadas na área. A reportagem abaixo é um tanto chocante, especialmente porque toca numa das vacas sagradas dos descolados do morro e do asfalto: a tal AfroReggae. Estamos diante de um daqueles casos em que se pode até chutar o traseiro de Jesus Cristo, mas não ouse questionar o “intelectual” e “pensador” José Jr, o chefão da ONG. Ele opinou até sobre os assassinatos no Pará…
Sabem por que a escola em que funcionam o Criança Esperança e o AfroReggae é a pior do Rio? Eu explico: criança precisa aprender português, matemática e ciências. Ela não precisa aprender a bater lata e a dançar. Isso ela faz sozinha, sem a ajuda do professor. Experiências como a que há lá só servem à exibição turística e contentam a tese de alguns descolados. Escola não pode ser campo de concentração, mas também não é clube de recreação. A inversão de valores é tal no Morro do Cantagalo, como vocês verão, que há alunos por lá que acham tudo uma maravilha; só a escola é que atrapalha um pouco…
Por Raphael Gomide:
O Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema, abriga o Espaço Criança Esperança, da Rede Globo, o AffroReggae, o projeto Dançando para não Dançar e o Ciep Presidente João Goulart, da Secretaria Municipal de Educação. Já visitaram o local, inúmeras vezes, o prefeito Eduardo Paes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. A primeira-dama da França, Carla Bruni já esteve no complexo, que recebe visitas diárias de turistas estrangeiros. O conjunto de favelas Cantagalo/Pavão-Pavãozinho recebeu R$ 71 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elevador panorâmico que virou ponto turístico e uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada em 2009.
Paradoxalmente, apesar da permanente atividade cultural, da estrutura, da projeção e da atenção política, a escola municipal de Ipanema foi a que teve pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as 970 avaliadas da rede municipal do Rio, 1,8 nos anos finais do Ensino Fundamental. No ano anterior, a nota havia sido 3,7. Na Prova Rio, feita em 2010, o resultado também foi ruim: 3,6, deixando a João Goulart em 683º, ainda no pior terço das escolas municipais. Nos anos iniciais do Ideb, resultado também decepcionante: é a segunda pior nota, 3,1, entre os colégios do município; no Ide-Rio (Índice de Desenvolvimento de Educação Rio), teve a 960ª posição, com 3,4.
“Os professores não passam muito as coisas. Não me surpreende em nada essa nota. É ruim. Os alunos não prestam atenção, por isso não sabemos nada. Os professores saem da sala quando os alunos estão fazendo bagunça. Só às vezes tem dever de casa. A aula é boa, mas os alunos bagunçam. Depois da refeição, todo mundo joga tangerina, fruta, um no outro, jogam comida debaixo da mesa, pegam a colher e a fazem de catapulta para jogar arroz…”, conta Joice Santos.
A entrada da João Goulart é uma porta de vidro, ladeada por uma bandeira do Brasil em um mastro. Dali, vêem-se uma escada com corrimão e, à direita, andaimes, carrinhos de transporte de material de obra, uma escada desmontável e tapumes - provavelmente restos de uma obra recente. A cinco metros da porta da escola está o projeto Criança Esperança, da Rede Globo; a outros 10 metros, o projeto Dançando para não Dançar; no andar de baixo, o grupo cultural Affroreaggae. Na sexta-feira (29), um grupo de cerca de 30 estrangeiros estava no local, rotina quase diária desde a instalação do elevador.
Caroline Corrêa, 14 anos, estudou na escola João Goulart até a 3ª série, mas saiu porque “não estava aprendendo nada”. Foi para a Escola Municipal Roma, uma das mais bem colocadas no município, com Ideb de 5,4 nos anos finais, o triplo da nota do ex-colégio. “É muita diferença”, disse Caroline.
“É curioso, mas nem tão surpreendente. Há muito preconceito no Brasil, muita desigualdade. O governo não está nem aí para a educação. Se a economia está bem, então está tudo ótimo. Mas educação é chave para um país. Parecem estar fazendo o mesmo que a Austrália: evitam educar os aborígenes para não perderem poder”, disse Ruth Hienna, de origem afro-aborígene.
A secretária de Educação, Cláudia Costin, afirmou ao iG que o mau resultado da João Goulart, divulgado em julho de 2010, também deixou todos no órgão “chocados”, por conta do “ambiente cultural rico” que cerca a escola. A secretaria mudou a direção e a coordenação pedagógica da escola este ano e instituiu uma série de programas de reforço e estendeu o horário de funcionamento para sete horas diárias.
Reinaldo Azevedo, 3/08/2011
Escola boa ministra português, matemática, ciências etc, num ambiente de disciplina, de ordem, em que o professor ensina, e o aluno aprende. Trata-se de uma obviedade, de uma tautologia. Mas esse conteúdo tem de ser repetido dia após dia porque poucas áreas estão tão sujeitas à feitiçaria entre modernosa e esquerdopata como a educação. As crianças são pilotos de prova de ONGs que nem sequer são especializadas na área. A reportagem abaixo é um tanto chocante, especialmente porque toca numa das vacas sagradas dos descolados do morro e do asfalto: a tal AfroReggae. Estamos diante de um daqueles casos em que se pode até chutar o traseiro de Jesus Cristo, mas não ouse questionar o “intelectual” e “pensador” José Jr, o chefão da ONG. Ele opinou até sobre os assassinatos no Pará…
Sabem por que a escola em que funcionam o Criança Esperança e o AfroReggae é a pior do Rio? Eu explico: criança precisa aprender português, matemática e ciências. Ela não precisa aprender a bater lata e a dançar. Isso ela faz sozinha, sem a ajuda do professor. Experiências como a que há lá só servem à exibição turística e contentam a tese de alguns descolados. Escola não pode ser campo de concentração, mas também não é clube de recreação. A inversão de valores é tal no Morro do Cantagalo, como vocês verão, que há alunos por lá que acham tudo uma maravilha; só a escola é que atrapalha um pouco…
Por Raphael Gomide:
O Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema, abriga o Espaço Criança Esperança, da Rede Globo, o AffroReggae, o projeto Dançando para não Dançar e o Ciep Presidente João Goulart, da Secretaria Municipal de Educação. Já visitaram o local, inúmeras vezes, o prefeito Eduardo Paes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. A primeira-dama da França, Carla Bruni já esteve no complexo, que recebe visitas diárias de turistas estrangeiros. O conjunto de favelas Cantagalo/Pavão-Pavãozinho recebeu R$ 71 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elevador panorâmico que virou ponto turístico e uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada em 2009.
Paradoxalmente, apesar da permanente atividade cultural, da estrutura, da projeção e da atenção política, a escola municipal de Ipanema foi a que teve pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as 970 avaliadas da rede municipal do Rio, 1,8 nos anos finais do Ensino Fundamental. No ano anterior, a nota havia sido 3,7. Na Prova Rio, feita em 2010, o resultado também foi ruim: 3,6, deixando a João Goulart em 683º, ainda no pior terço das escolas municipais. Nos anos iniciais do Ideb, resultado também decepcionante: é a segunda pior nota, 3,1, entre os colégios do município; no Ide-Rio (Índice de Desenvolvimento de Educação Rio), teve a 960ª posição, com 3,4.
“Os professores não passam muito as coisas. Não me surpreende em nada essa nota. É ruim. Os alunos não prestam atenção, por isso não sabemos nada. Os professores saem da sala quando os alunos estão fazendo bagunça. Só às vezes tem dever de casa. A aula é boa, mas os alunos bagunçam. Depois da refeição, todo mundo joga tangerina, fruta, um no outro, jogam comida debaixo da mesa, pegam a colher e a fazem de catapulta para jogar arroz…”, conta Joice Santos.
A entrada da João Goulart é uma porta de vidro, ladeada por uma bandeira do Brasil em um mastro. Dali, vêem-se uma escada com corrimão e, à direita, andaimes, carrinhos de transporte de material de obra, uma escada desmontável e tapumes - provavelmente restos de uma obra recente. A cinco metros da porta da escola está o projeto Criança Esperança, da Rede Globo; a outros 10 metros, o projeto Dançando para não Dançar; no andar de baixo, o grupo cultural Affroreaggae. Na sexta-feira (29), um grupo de cerca de 30 estrangeiros estava no local, rotina quase diária desde a instalação do elevador.
Caroline Corrêa, 14 anos, estudou na escola João Goulart até a 3ª série, mas saiu porque “não estava aprendendo nada”. Foi para a Escola Municipal Roma, uma das mais bem colocadas no município, com Ideb de 5,4 nos anos finais, o triplo da nota do ex-colégio. “É muita diferença”, disse Caroline.
“É curioso, mas nem tão surpreendente. Há muito preconceito no Brasil, muita desigualdade. O governo não está nem aí para a educação. Se a economia está bem, então está tudo ótimo. Mas educação é chave para um país. Parecem estar fazendo o mesmo que a Austrália: evitam educar os aborígenes para não perderem poder”, disse Ruth Hienna, de origem afro-aborígene.
A secretária de Educação, Cláudia Costin, afirmou ao iG que o mau resultado da João Goulart, divulgado em julho de 2010, também deixou todos no órgão “chocados”, por conta do “ambiente cultural rico” que cerca a escola. A secretaria mudou a direção e a coordenação pedagógica da escola este ano e instituiu uma série de programas de reforço e estendeu o horário de funcionamento para sete horas diárias.
Senado faz audiencia sobre sistema financeiro internacional: dia 8/08, 18hs (TV Senado)
Um debate importante e necessário, do qual vou participar: TV Senado, Segunda-Feira, dia 8, as 18hs.
Paulo Roberto de Almeida
SENADO - COMISSÕES - RELAÇÕES EXTERIORES
Debate sobre sistema financeiro internacional reabre ciclo de audiências da CRE
Comissão de Relações Exteriores do Senado, 3/08/2011
No momento em que diversas economias europeias enfrentam sérias dificuldades e os Estados Unidos acabam de afastar o risco de calote, com a ampliação do teto de sua dívida, a saúde do sistema financeiro internacional será o tema da primeira audiência pública do semestre da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A partir das 18h de segunda-feira (8) a comissão debaterá o tema "O Sistema Financeiro Internacional: do Pós-Guerra aos dias de hoje".
Entre os convidados para o debate estão o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop; o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva; o diplomata Paulo Roberto de Almeida, professor do Uniceub; e a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Outras audiências
Cinco outras reuniões já estão marcadas pela comissão para as próximas semanas, dentro do ciclo de audiências sobre "Os Rumos da Política Externa Brasileira", iniciado no primeiro semestre. A experiência dos espaços econômicos internacionais, como a União Europeia e a Área de Livre Comércio da América do Norte (conhecida pela sigla inglesa Nafta) será o tema da segunda audiência, no dia 15. Na semana seguinte serão discutidas as negociações comerciais internacionais, com foco na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), com a presença de dois ex-ministros, Celso Lafer e Pratini de Morais.
Nas semanas seguintes os senadores da comissão ainda debaterão temas como a crise econômica mundial de 2008, as dificuldades enfrentadas por economias europeias como as de Grécia e Portugal e o panorama do setor de energia em todo o mundo. Um dos convidados para esta última audiência, prevista para 19 de setembro, é o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Ao longo do primeiro semestre, foram realizadas oito audiências públicas dentro do mesmo ciclo, com a presença de 35 convidados.
Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Paulo Roberto de Almeida
SENADO - COMISSÕES - RELAÇÕES EXTERIORES
Debate sobre sistema financeiro internacional reabre ciclo de audiências da CRE
Comissão de Relações Exteriores do Senado, 3/08/2011
No momento em que diversas economias europeias enfrentam sérias dificuldades e os Estados Unidos acabam de afastar o risco de calote, com a ampliação do teto de sua dívida, a saúde do sistema financeiro internacional será o tema da primeira audiência pública do semestre da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A partir das 18h de segunda-feira (8) a comissão debaterá o tema "O Sistema Financeiro Internacional: do Pós-Guerra aos dias de hoje".
Entre os convidados para o debate estão o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop; o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva; o diplomata Paulo Roberto de Almeida, professor do Uniceub; e a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Outras audiências
Cinco outras reuniões já estão marcadas pela comissão para as próximas semanas, dentro do ciclo de audiências sobre "Os Rumos da Política Externa Brasileira", iniciado no primeiro semestre. A experiência dos espaços econômicos internacionais, como a União Europeia e a Área de Livre Comércio da América do Norte (conhecida pela sigla inglesa Nafta) será o tema da segunda audiência, no dia 15. Na semana seguinte serão discutidas as negociações comerciais internacionais, com foco na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), com a presença de dois ex-ministros, Celso Lafer e Pratini de Morais.
Nas semanas seguintes os senadores da comissão ainda debaterão temas como a crise econômica mundial de 2008, as dificuldades enfrentadas por economias europeias como as de Grécia e Portugal e o panorama do setor de energia em todo o mundo. Um dos convidados para esta última audiência, prevista para 19 de setembro, é o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Ao longo do primeiro semestre, foram realizadas oito audiências públicas dentro do mesmo ciclo, com a presença de 35 convidados.
Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Ministros viajados: diarias e passagens dos ministros do governo Dilma
Pura transcrição, inclusive porque faltam as informações sobre as trajetórias dos ministros. Gostaríamos de pensar que foram todas viagens a trabalho, por exemplo...
Viagens e diárias dos ministros do governo Dilma
Luciana Marques
VEJA Online, 3/08/2001
Em maio deste ano, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, passou por um constrangimento: por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), teve que devolver aos cofres públicos gastos com diárias no Rio de Janeiro durante fins de semana. Nos casos relatados, a ministra não cumpria agenda oficial. Ainda assim, Ana não freou a gastança: ela é a recordista nas despesas com diárias na Esplanada dos Ministérios.
Foram mais de 45.000 reais para pagar hospedagem e alimentação de Ana de Hollanda em viagens no primeiro semestre de 2011. O valor é três vezes superior à média aritmética dos gastos dos ministros para essa finalidade, que é de cerca de 13.000 reais. No total, os 38 ministros do governo federal gastaram 502.222,67 reais com diárias. O levantamento realizado pelo site de VEJA contou com dados repassados pelas assessorias dos ministros e também com informações divulgadas no Portal da Transparência, administrado pela CGU.
Dezessete ministros gastaram acima da média, sendo que sete deles consumiram mais de 20.000 reais em diárias este ano, além de Ana de Hollanda: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (35.132 reais); o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota (30.649, 02 reais); o presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini (26.248 reais); a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (26.277 reais); o ministro da Defesa, Nelson Jobim (22.220,66 reais); a ministra de Diretos Humanos, Maria do Rosário (21.614,30 reais); e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (20.997,37 reais).
Cabe ressaltar que os gastos com diárias do ministro Patriota disponíveis no Portal da Transparência, de 3.653,07 reais, referem-se apenas às viagens nacionais do ministro. O Itamaraty informou ao site de VEJA que o ministro fez este ano 36 viagens ao exterior, e recebeu para tanto o total de 15.879,97 dólares em diárias. Com base na cotação do câmbio de turismo desta quarta-feira, os gastos do ministro em diárias nacionais e internacionais somam 30.649, 02 reais. Ainda que as despesas sejam elevadas em relação aos demais ministros, elas se justificam diante da natureza do cargo do chanceler.
À exceção de Ideli, que atuava no Ministério da Pesca, os ministros mais próximos da presidente Dilma não costumam inaugurar programas de governo em outros estados - geralmente estão presentes nos lançamentos realizados no próprio Palácio do Planalto, onde trabalham em Brasília. E, em casos de viagens, costumam integram a comitiva da presidente. Entre eles, estão a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, e o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.
A titular da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que tomou posse há cerca de dois meses, foi a única entre os ministros que não teve gastos com diárias. Gleisi fez viagens na comitiva da presidente Dilma - nas quais não precisou se hospedar - e abriu mão das diárias nas duas vezes que foi para Curitiba (PR), onde tem residência.
Viagens e diárias dos ministros do governo Dilma
Luciana Marques
VEJA Online, 3/08/2001
Em maio deste ano, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, passou por um constrangimento: por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), teve que devolver aos cofres públicos gastos com diárias no Rio de Janeiro durante fins de semana. Nos casos relatados, a ministra não cumpria agenda oficial. Ainda assim, Ana não freou a gastança: ela é a recordista nas despesas com diárias na Esplanada dos Ministérios.
Foram mais de 45.000 reais para pagar hospedagem e alimentação de Ana de Hollanda em viagens no primeiro semestre de 2011. O valor é três vezes superior à média aritmética dos gastos dos ministros para essa finalidade, que é de cerca de 13.000 reais. No total, os 38 ministros do governo federal gastaram 502.222,67 reais com diárias. O levantamento realizado pelo site de VEJA contou com dados repassados pelas assessorias dos ministros e também com informações divulgadas no Portal da Transparência, administrado pela CGU.
Dezessete ministros gastaram acima da média, sendo que sete deles consumiram mais de 20.000 reais em diárias este ano, além de Ana de Hollanda: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (35.132 reais); o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota (30.649, 02 reais); o presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini (26.248 reais); a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (26.277 reais); o ministro da Defesa, Nelson Jobim (22.220,66 reais); a ministra de Diretos Humanos, Maria do Rosário (21.614,30 reais); e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (20.997,37 reais).
Cabe ressaltar que os gastos com diárias do ministro Patriota disponíveis no Portal da Transparência, de 3.653,07 reais, referem-se apenas às viagens nacionais do ministro. O Itamaraty informou ao site de VEJA que o ministro fez este ano 36 viagens ao exterior, e recebeu para tanto o total de 15.879,97 dólares em diárias. Com base na cotação do câmbio de turismo desta quarta-feira, os gastos do ministro em diárias nacionais e internacionais somam 30.649, 02 reais. Ainda que as despesas sejam elevadas em relação aos demais ministros, elas se justificam diante da natureza do cargo do chanceler.
À exceção de Ideli, que atuava no Ministério da Pesca, os ministros mais próximos da presidente Dilma não costumam inaugurar programas de governo em outros estados - geralmente estão presentes nos lançamentos realizados no próprio Palácio do Planalto, onde trabalham em Brasília. E, em casos de viagens, costumam integram a comitiva da presidente. Entre eles, estão a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, e o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.
A titular da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que tomou posse há cerca de dois meses, foi a única entre os ministros que não teve gastos com diárias. Gleisi fez viagens na comitiva da presidente Dilma - nas quais não precisou se hospedar - e abriu mão das diárias nas duas vezes que foi para Curitiba (PR), onde tem residência.
India e China: necessidade de reformas estruturais
Protestos contra a inflação dos alimentos abalam os dois países.
Asiáticos do Bric batem no muro
Jaswant Singh
Valor Econômico, 03/08/2011
As credenciais democráticas da Índia não impressionaram Francis Fukuyama - que há 20 anos profetizou o "fim da história" - como catalisadoras para o crescimento econômico do país. Fukuyama vê "ingovernabilidade e política de clientelismo" em excesso na Índia - defeitos que estão em contraste gritante com o sistema político da China, mais ágil, embora não necessariamente mais limpo.
A realidade é, no entanto, um pouco diferente. Os governos locais da China vêm acumulando montanhas de dívidas para financiar sua grande onda de obras, o que traz sérias preocupações quanto a possíveis moratórias. O próprio primeiro-ministro do país, Wen Jiabao, admite a necessidade urgente de resolver o crescimento desigual do país e pede que se encontrem meios de "compartilhar a prosperidade de maneira justa" e, dessa forma, reduzir as diferenças cada vez maiores entre "ricos e pobres, cidades e campo".
O economista Nouriel Roubini previu que a economia da China deverá desacelerar-se entre 2013 e 2015, momento em que seus investimentos em ativos fixos, de quase 50% do Produto Interno Bruto (PIB) exigirão retornos monetários e sociais. Até agora, diz Roubini, o crescimento baseado nas exportações dependeu de "produzir coisas que o resto do mundo quer, a um preço que nenhum outro país pode igualar", como consequência da mão de obra barata e das economias de escala. Essa vantagem de custo vem diminuindo rapidamente.
A Índia também enfrenta várias dificuldades, mas de natureza diferente. Por exemplo, os investimentos no exterior por empresas indianas apresentam forte alta. Alguns acreditam que isso é um desenvolvimento natural de uma potência em ascensão, mas alguns críticos veem o investimento no exterior como reflexo da falta de oportunidades em casa.
Taxas de juros em alta, inflação elevada e graves impasses políticos, em meio a uma série de escândalos de corrupção no governo, vêm obstruindo os investimentos domésticos e externos na Índia e, portanto, desacelerando o crescimento da economia para um patamar abaixo de seu potencial. Os problemas econômicos são agravados pelo ambiente regulador imprevisível, infraestrutura inadequada e um setor agrícola vagaroso e dependente das monções.
Tanto Índia como China precisam de um novo compromisso de reformas estruturais para sustentar seu crescimento econômico. Os trabalhadores dos dois países querem padrão de vida melhor, o que nem o sistema político rigoroso da China pode ignorar.
Claramente, a turbulência econômica agita duas das maiores economias da Ásia, os gigantes do grupo conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Vejamos a inflação. Em 6 de julho, o Banco do Povo da China elevou sua taxa referencial de juros pela primeira vez desde outubro de 2010. Isso gerou apreensão quanto ao mercado de imóveis e medo de que governos locais possam ficar inadimplentes em parte de suas dívidas, que chegam a US$ 1,65 trilhão.
Na Índia, o fracasso do governo em conter a alta dos preços, promover reformas econômicas estruturais vigorosas, atrair investimentos externos diretos, levar adiante projetos de infraestrutura, administrar os gastos e evitar a falta de crédito sinalizam os grandes desafios pela frente. Além disso, a continuidade no impasse entre governo e oposição enfraqueceu a efetividade política, corroendo as perspectivas de crescimento da Índia.
De fato, o principal desafio da Índia continua sendo político. Com os preços dos alimentos em forte alta, os pobres são os mais atingidos, o que provoca pobreza, desigualdade e ressentimento ainda maiores. O mesmo vale, contudo, para a China: protestos contra a inflação abalam os dois países, decorrentes principalmente da alta dos alimentos, fontes de energia e matérias-primas. A comida representa cerca de 30% dos gastos das famílias na China e em torno a 45% na Índia.
O medo agora nos dois países é de que choques inflacionários possam tornar-se espirais ascendentes que se autoalimentem. Como alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI), "o núcleo da inflação - excluindo commodities - subiu de 2% para 3,75%, sugerindo que a inflação está se ampliando".
Um motivo para a alta dos preços indianos é que a expansão da infraestrutura continua lenta. O progresso em estradas, ferrovias e projetos de energia - que poderiam evitar a deterioração de alimentos e outras commodities é essencial para estabilizar os preços.
A China, por sua vez, se encontra em uma conjuntura crítica. O governo mudará em 2012 - em um momento de aumento na desigualdade de renda e de falta de consenso no Partido sobre como interrompê-lo. Tendo em vista que menos de 9% dos membros do Partido Comunista são realmente "trabalhadores" hoje em dia, os líderes do regime devem estar ainda mais incomodados com a crescente iniquidade. Sem reformas políticas sérias, no entanto, a desigualdade de renda aumentará, com o "capitalismo de compadres" fincando raízes mais profundas.
Tanto Índia como China precisam de um novo compromisso de reformas estruturais para sustentar seu crescimento econômico. A mão de obra barata e gestão monetária não serão suficientes. A credibilidade que os dois governos ganharam após evitarem o pior da crise financeira de 2008 começa a desgastar-se. À medida que crescem os receios inflacionários nos gigantes do Bric, as dúvidas quanto à mudança do centro de gravidade da economia mundial começam a ganhar força.
O que os dois países precisam são de correções de curto prazo e mudanças estruturais de longo prazo. A China precisa preparar-se para uma economia cujo desempenho não dependerá das exportações e dos baixos salários domésticos. A Índia precisa encontrar outros motores de modernização econômica além de novas tecnologias da informação (mesmo que estas sejam bem-vindas). Os trabalhadores nos dois países agora querem padrão de vida melhor - exigência que nem o sistema político de controle rigoroso da China pode ignorar.
A Índia, por sua vez, precisa abrir sua economia ainda mais, para aproveitar o crescimento da população, que continua alto, e as mudanças em andamento na estrutura da economia mundial. Precisa assumir o compromisso de alimentar sua população - e, portanto, alcançar seu objetivo declarado de uma "Segunda Revolução Verde" na agricultura.
A China e Índia valeram-se de modelos políticos muito diferentes para alcançar suas ambiciosas metas de expansão do PIB. Ainda assim, com o amadurecimento de suas economias, ambas precisam adotar mudanças estruturais - e lidar com os desafios de reformas políticas que já deveriam ter sido feitas.
Jaswant Singh foi ministro das Finanças, Relações Externas e Defesa na Índia. Copyright: Project Syndicate, 2011.
www.project-syndicate.org
Asiáticos do Bric batem no muro
Jaswant Singh
Valor Econômico, 03/08/2011
As credenciais democráticas da Índia não impressionaram Francis Fukuyama - que há 20 anos profetizou o "fim da história" - como catalisadoras para o crescimento econômico do país. Fukuyama vê "ingovernabilidade e política de clientelismo" em excesso na Índia - defeitos que estão em contraste gritante com o sistema político da China, mais ágil, embora não necessariamente mais limpo.
A realidade é, no entanto, um pouco diferente. Os governos locais da China vêm acumulando montanhas de dívidas para financiar sua grande onda de obras, o que traz sérias preocupações quanto a possíveis moratórias. O próprio primeiro-ministro do país, Wen Jiabao, admite a necessidade urgente de resolver o crescimento desigual do país e pede que se encontrem meios de "compartilhar a prosperidade de maneira justa" e, dessa forma, reduzir as diferenças cada vez maiores entre "ricos e pobres, cidades e campo".
O economista Nouriel Roubini previu que a economia da China deverá desacelerar-se entre 2013 e 2015, momento em que seus investimentos em ativos fixos, de quase 50% do Produto Interno Bruto (PIB) exigirão retornos monetários e sociais. Até agora, diz Roubini, o crescimento baseado nas exportações dependeu de "produzir coisas que o resto do mundo quer, a um preço que nenhum outro país pode igualar", como consequência da mão de obra barata e das economias de escala. Essa vantagem de custo vem diminuindo rapidamente.
A Índia também enfrenta várias dificuldades, mas de natureza diferente. Por exemplo, os investimentos no exterior por empresas indianas apresentam forte alta. Alguns acreditam que isso é um desenvolvimento natural de uma potência em ascensão, mas alguns críticos veem o investimento no exterior como reflexo da falta de oportunidades em casa.
Taxas de juros em alta, inflação elevada e graves impasses políticos, em meio a uma série de escândalos de corrupção no governo, vêm obstruindo os investimentos domésticos e externos na Índia e, portanto, desacelerando o crescimento da economia para um patamar abaixo de seu potencial. Os problemas econômicos são agravados pelo ambiente regulador imprevisível, infraestrutura inadequada e um setor agrícola vagaroso e dependente das monções.
Tanto Índia como China precisam de um novo compromisso de reformas estruturais para sustentar seu crescimento econômico. Os trabalhadores dos dois países querem padrão de vida melhor, o que nem o sistema político rigoroso da China pode ignorar.
Claramente, a turbulência econômica agita duas das maiores economias da Ásia, os gigantes do grupo conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Vejamos a inflação. Em 6 de julho, o Banco do Povo da China elevou sua taxa referencial de juros pela primeira vez desde outubro de 2010. Isso gerou apreensão quanto ao mercado de imóveis e medo de que governos locais possam ficar inadimplentes em parte de suas dívidas, que chegam a US$ 1,65 trilhão.
Na Índia, o fracasso do governo em conter a alta dos preços, promover reformas econômicas estruturais vigorosas, atrair investimentos externos diretos, levar adiante projetos de infraestrutura, administrar os gastos e evitar a falta de crédito sinalizam os grandes desafios pela frente. Além disso, a continuidade no impasse entre governo e oposição enfraqueceu a efetividade política, corroendo as perspectivas de crescimento da Índia.
De fato, o principal desafio da Índia continua sendo político. Com os preços dos alimentos em forte alta, os pobres são os mais atingidos, o que provoca pobreza, desigualdade e ressentimento ainda maiores. O mesmo vale, contudo, para a China: protestos contra a inflação abalam os dois países, decorrentes principalmente da alta dos alimentos, fontes de energia e matérias-primas. A comida representa cerca de 30% dos gastos das famílias na China e em torno a 45% na Índia.
O medo agora nos dois países é de que choques inflacionários possam tornar-se espirais ascendentes que se autoalimentem. Como alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI), "o núcleo da inflação - excluindo commodities - subiu de 2% para 3,75%, sugerindo que a inflação está se ampliando".
Um motivo para a alta dos preços indianos é que a expansão da infraestrutura continua lenta. O progresso em estradas, ferrovias e projetos de energia - que poderiam evitar a deterioração de alimentos e outras commodities é essencial para estabilizar os preços.
A China, por sua vez, se encontra em uma conjuntura crítica. O governo mudará em 2012 - em um momento de aumento na desigualdade de renda e de falta de consenso no Partido sobre como interrompê-lo. Tendo em vista que menos de 9% dos membros do Partido Comunista são realmente "trabalhadores" hoje em dia, os líderes do regime devem estar ainda mais incomodados com a crescente iniquidade. Sem reformas políticas sérias, no entanto, a desigualdade de renda aumentará, com o "capitalismo de compadres" fincando raízes mais profundas.
Tanto Índia como China precisam de um novo compromisso de reformas estruturais para sustentar seu crescimento econômico. A mão de obra barata e gestão monetária não serão suficientes. A credibilidade que os dois governos ganharam após evitarem o pior da crise financeira de 2008 começa a desgastar-se. À medida que crescem os receios inflacionários nos gigantes do Bric, as dúvidas quanto à mudança do centro de gravidade da economia mundial começam a ganhar força.
O que os dois países precisam são de correções de curto prazo e mudanças estruturais de longo prazo. A China precisa preparar-se para uma economia cujo desempenho não dependerá das exportações e dos baixos salários domésticos. A Índia precisa encontrar outros motores de modernização econômica além de novas tecnologias da informação (mesmo que estas sejam bem-vindas). Os trabalhadores nos dois países agora querem padrão de vida melhor - exigência que nem o sistema político de controle rigoroso da China pode ignorar.
A Índia, por sua vez, precisa abrir sua economia ainda mais, para aproveitar o crescimento da população, que continua alto, e as mudanças em andamento na estrutura da economia mundial. Precisa assumir o compromisso de alimentar sua população - e, portanto, alcançar seu objetivo declarado de uma "Segunda Revolução Verde" na agricultura.
A China e Índia valeram-se de modelos políticos muito diferentes para alcançar suas ambiciosas metas de expansão do PIB. Ainda assim, com o amadurecimento de suas economias, ambas precisam adotar mudanças estruturais - e lidar com os desafios de reformas políticas que já deveriam ter sido feitas.
Jaswant Singh foi ministro das Finanças, Relações Externas e Defesa na Índia. Copyright: Project Syndicate, 2011.
www.project-syndicate.org
Kyenes vs Hayek, ou Kayek vs Keynes: debate na London School of Economics
Alto nível, imperdível.
Na provocação inicial o animador pergunta quem apóia Keynes ou quem apóia Hayek. Por incrível que pareça, Hayek venceu, pelo menos no entusiasmo dos estudantes presentes, o que eu acho inacreditável, mas talvez atribuível ao estado lamentável da economia atualmente prevalecente no Reino Unido e um pouco em todos os países desenvolvidos, o que pode ser visto como consequência de políticas keynesianas.
Paulo Roberto de Almeida
http://www.bbc.co.uk/programmes/b012wxyg
http://www.bbc.co.uk/news/business-14366054
Keynes Vs. Hayek
Listen Now: http://www.bbc.co.uk/iplayer/console/b012wxyg
SYNOPSIS
What caused the financial mess we're in? And how do we get out of it? Two of the great economic thinkers of the 20th century had sharply contrasting views: John Maynard Keynes believed that government spending could create employment and longer term growth. His contemporary and rival Friedrich Hayek believed that investments have to be based on real savings rather than increased public spending or artificially low interest rates. Keynes's biographer, Professor Lord Skidelsky, will take on modern day followers of Hayek in a debate at the London School of Economics. Paul Mason, economics editor of Newsnight, is in the chair.
Speakers:
Lord Robert Skidelsky, Emeritus Professor of Political Economy at the University of Warwick and author of a three-volume biography of the economist John Maynard Keynes.
George Selgin, Professor of Economics at The Terry College of Business, University of Georgia. Prof Selgin is one of the founders of the Modern Free Banking School, which draws its inspiration from the writings of Hayek.
Duncan Weldon, a former Bank of England economist, works as an economics adviser to an international trade union federation. He has a long standing interest in and admiration for Keynes but also a respect for Hayek. He blogs at Duncan's Economic Blog.
Jamie Whyte, Head of Research and Publications at Oliver Wyman, a strategy consulting firm specialising in the financial services industry. In February 2011 he presented an edition of Radio 4's Analysis series in which he looked at the revival of interest in the economic theories of Hayek.
The debate was recorded before an audience on 26th July at the LSE.
The event has the hashtag #lsehvk.
RELATED LINKS
"Fear the Boom and Bust": A Hayek vs. Keynes Rap Anthem (www.youtube.com)
Radio 4 Analysis: Radical Economics: Yo Hayek!
Radio 4 Analysis: Radical Economics: escaping credit serfdom
Radio 4 The Story of Economics: Gods, cogs and monsters
See more photos of the LSE event (www.facebook.com)
Na provocação inicial o animador pergunta quem apóia Keynes ou quem apóia Hayek. Por incrível que pareça, Hayek venceu, pelo menos no entusiasmo dos estudantes presentes, o que eu acho inacreditável, mas talvez atribuível ao estado lamentável da economia atualmente prevalecente no Reino Unido e um pouco em todos os países desenvolvidos, o que pode ser visto como consequência de políticas keynesianas.
Paulo Roberto de Almeida
http://www.bbc.co.uk/programmes/b012wxyg
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Keynes Vs. Hayek
Listen Now: http://www.bbc.co.uk/iplayer/console/b012wxyg
SYNOPSIS
What caused the financial mess we're in? And how do we get out of it? Two of the great economic thinkers of the 20th century had sharply contrasting views: John Maynard Keynes believed that government spending could create employment and longer term growth. His contemporary and rival Friedrich Hayek believed that investments have to be based on real savings rather than increased public spending or artificially low interest rates. Keynes's biographer, Professor Lord Skidelsky, will take on modern day followers of Hayek in a debate at the London School of Economics. Paul Mason, economics editor of Newsnight, is in the chair.
Speakers:
Lord Robert Skidelsky, Emeritus Professor of Political Economy at the University of Warwick and author of a three-volume biography of the economist John Maynard Keynes.
George Selgin, Professor of Economics at The Terry College of Business, University of Georgia. Prof Selgin is one of the founders of the Modern Free Banking School, which draws its inspiration from the writings of Hayek.
Duncan Weldon, a former Bank of England economist, works as an economics adviser to an international trade union federation. He has a long standing interest in and admiration for Keynes but also a respect for Hayek. He blogs at Duncan's Economic Blog.
Jamie Whyte, Head of Research and Publications at Oliver Wyman, a strategy consulting firm specialising in the financial services industry. In February 2011 he presented an edition of Radio 4's Analysis series in which he looked at the revival of interest in the economic theories of Hayek.
The debate was recorded before an audience on 26th July at the LSE.
The event has the hashtag #lsehvk.
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"Fear the Boom and Bust": A Hayek vs. Keynes Rap Anthem (www.youtube.com)
Radio 4 Analysis: Radical Economics: Yo Hayek!
Radio 4 Analysis: Radical Economics: escaping credit serfdom
Radio 4 The Story of Economics: Gods, cogs and monsters
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terça-feira, 2 de agosto de 2011
William Shirer: um reporter das miserias do seculo XX
BOOKSHELF
A Talent for Being There
By BARTON SWAIM
The Wall Street Journal, August 2, 2011
The Long Night
By Steve Wick
Palgrave Macmillan, 264 pages, $27
Before William Shirer wrote 'The Rise and Fall of the Third Reich,' he witnessed the Nazis' rise firsthand.
In the summer of 1933, William Shirer was living with his new wife in Lloret de Mar, a tiny village on the Catalonian coast. For seven years this young man from Cedar Rapids, Iowa, now 29 years old, had been a reporter with the Paris bureau of the Chicago Tribune, and he had flourished. In 1927, he had been on the very spot when Charles Lindbergh landed in Paris—a remarkable feat when nobody knew where, or if, Lindbergh would land—and he had been the "sole representative of the world press" (as the Tribune would boast) at Mohammed Nadir Khan's coronation as shah of Afghanistan. And yet in the fall of 1932, for reasons unexplained by the Tribune's notoriously difficult owner, Robert McCormick, Shirer received a telegram from headquarters: "Shirer this notification your services with Tribune terminates today October sixteenth stop you will be paid one months salary."
In Paris, Shirer had met Hemingway and Fitzgerald, and like many young American expatriates, he thought he had a great novel in him. So he used what money he had saved to rent that seaside cottage and started typing. But a novelist Shirer was not to be. After a year Shirer gave up and started looking for another reporting job. He found a place with William Randolph Hearst's Universal Service at the company's Berlin office—to the great benefit of 20th-century reportage, as Steve Wick documents in "The Long Night," a superb short biography.
"This work is not a scholarly work," Mr. Wick writes. "My goal from the beginning was to write more of an adventure story than a book of history." "The Long Night" is indeed an adventure story, with short chapters and a fast-paced narrative drive. But Mr. Wick has documented the story with scrupulous attention to detail, too, drawing on Shirer's published works as well as his papers and correspondence. Shirer would achieve fame all over the English-speaking world as a historian of the Third Reich, but he was at his best as a reporter. His greatest talent lay, as Mr. Wick shows, in simply being there when big things happened.
He was there, in March of 1935, when Joseph Goebbels announced that the Reich would disregard the Treaty of Versailles. He was in the Kroll Opera House one year later when Hitler announced that German troops had already begun to march into the Rhineland. In his diary Shirer recorded that Gen. Werner von Blomberg, the commander-in-chief of the armed forces looked pale during Hitler's speech. Later Shirer was told by a high-ranking source that German troops had orders not to engage if they were opposed, so unprepared were they to meet the French army.
When Universal Service went under and Shirer again found himself on the job market, he was approached by Edward Murrow, who persuaded him to take a job with CBS in the incipient field of radio journalism. Americans could now hear the news as it was happening. Shirer was in Vienna in 1938, when German troops crossed the Austrian border and crowds of emboldened Nazis could be seen taunting Jews and forcing them to clean sidewalks with toothbrushes. Later Shirer followed German troops through Belgium on their way to France; he arrived in Paris to find the city deserted, German troops cautiously wandering the streets and a Nazi flag adorning the Eiffel Tower. Shirer witnessed Parisians' bewildered outrage when, in June 1940, news spread that Marshal Petain himself would ask the Germans for an armistice, and Shirer broadcast live from just outside the famous railroad car in Compiègne where, a few days later, the French signed away their country.
By then Shirer's German censors had become perversely difficult. Mr. Wick, a journalist himself, is alert to the dilemma faced by reporters working inside closed countries: Does one tell the story as one sees it and risk ejection, or does one abide by the censorship and hope that the world can exegete the truth from hints and suggestions? For Shirer, as his diaries show, the dilemma was a constant source of anxiety and self-reproach. "For the last few months," he wrote in September 1940, near the end of his time in Berlin, "I've been trying to get by on my wits, such as they are; to indicate a truth or an official lie by the tone and inflexion of the voice, by a pause held longer than is natural. . . . But the Nazis are on to me."
When Shirer returned to the United States, he hosted his own Sunday news show with CBS, but he was forced out in 1947 and blamed Murrow. He spent the next decade living off income earned by memoirs and reviews, but it wasn't enough. "To keep the family afloat," Mr. Wick writes, Shirer undertook a book based on his own wartime reporting but deepened by research into Reich documents. Published at last in 1960, "The Rise and Fall of the Third Reich" was a massive and impressive work of history. He made a fortune from it.
The work's most controversial argument, that Nazism was the inevitable outcome of German history from the Reformation forward, is not a serious one. Shirer's brief and breezy treatment of pre-20th-century German history amounts to little more than a false extrapolation from a truism—like saying that, since Chinese communism is a distinctly Chinese form of communism, it was the inevitable culmination of Chinese history.
Yet Shirer's motivation was honorable. He wanted to squash the idea that Germany had been hijacked by a few extremists. He knew otherwise. "I have still to find a German," he writes in a typical diary entry, "even among those who don't like the regime, who sees anything wrong in the destruction of Poland." That Shirer's most famous book failed to explain the origins of German Nazism is no great mark against him. It is probably beyond the capacity of human reason to explain how a noble, civilized people succumbed to a homicidal delusion. Shirer narrated the events of that descent and did so with integrity. That is enough to earn our gratitude.
Mr. Swaim is the author of "Scottish Men of Letters and the New Public Sphere, 1802-34."
A Talent for Being There
By BARTON SWAIM
The Wall Street Journal, August 2, 2011
The Long Night
By Steve Wick
Palgrave Macmillan, 264 pages, $27
Before William Shirer wrote 'The Rise and Fall of the Third Reich,' he witnessed the Nazis' rise firsthand.
In the summer of 1933, William Shirer was living with his new wife in Lloret de Mar, a tiny village on the Catalonian coast. For seven years this young man from Cedar Rapids, Iowa, now 29 years old, had been a reporter with the Paris bureau of the Chicago Tribune, and he had flourished. In 1927, he had been on the very spot when Charles Lindbergh landed in Paris—a remarkable feat when nobody knew where, or if, Lindbergh would land—and he had been the "sole representative of the world press" (as the Tribune would boast) at Mohammed Nadir Khan's coronation as shah of Afghanistan. And yet in the fall of 1932, for reasons unexplained by the Tribune's notoriously difficult owner, Robert McCormick, Shirer received a telegram from headquarters: "Shirer this notification your services with Tribune terminates today October sixteenth stop you will be paid one months salary."
In Paris, Shirer had met Hemingway and Fitzgerald, and like many young American expatriates, he thought he had a great novel in him. So he used what money he had saved to rent that seaside cottage and started typing. But a novelist Shirer was not to be. After a year Shirer gave up and started looking for another reporting job. He found a place with William Randolph Hearst's Universal Service at the company's Berlin office—to the great benefit of 20th-century reportage, as Steve Wick documents in "The Long Night," a superb short biography.
"This work is not a scholarly work," Mr. Wick writes. "My goal from the beginning was to write more of an adventure story than a book of history." "The Long Night" is indeed an adventure story, with short chapters and a fast-paced narrative drive. But Mr. Wick has documented the story with scrupulous attention to detail, too, drawing on Shirer's published works as well as his papers and correspondence. Shirer would achieve fame all over the English-speaking world as a historian of the Third Reich, but he was at his best as a reporter. His greatest talent lay, as Mr. Wick shows, in simply being there when big things happened.
He was there, in March of 1935, when Joseph Goebbels announced that the Reich would disregard the Treaty of Versailles. He was in the Kroll Opera House one year later when Hitler announced that German troops had already begun to march into the Rhineland. In his diary Shirer recorded that Gen. Werner von Blomberg, the commander-in-chief of the armed forces looked pale during Hitler's speech. Later Shirer was told by a high-ranking source that German troops had orders not to engage if they were opposed, so unprepared were they to meet the French army.
When Universal Service went under and Shirer again found himself on the job market, he was approached by Edward Murrow, who persuaded him to take a job with CBS in the incipient field of radio journalism. Americans could now hear the news as it was happening. Shirer was in Vienna in 1938, when German troops crossed the Austrian border and crowds of emboldened Nazis could be seen taunting Jews and forcing them to clean sidewalks with toothbrushes. Later Shirer followed German troops through Belgium on their way to France; he arrived in Paris to find the city deserted, German troops cautiously wandering the streets and a Nazi flag adorning the Eiffel Tower. Shirer witnessed Parisians' bewildered outrage when, in June 1940, news spread that Marshal Petain himself would ask the Germans for an armistice, and Shirer broadcast live from just outside the famous railroad car in Compiègne where, a few days later, the French signed away their country.
By then Shirer's German censors had become perversely difficult. Mr. Wick, a journalist himself, is alert to the dilemma faced by reporters working inside closed countries: Does one tell the story as one sees it and risk ejection, or does one abide by the censorship and hope that the world can exegete the truth from hints and suggestions? For Shirer, as his diaries show, the dilemma was a constant source of anxiety and self-reproach. "For the last few months," he wrote in September 1940, near the end of his time in Berlin, "I've been trying to get by on my wits, such as they are; to indicate a truth or an official lie by the tone and inflexion of the voice, by a pause held longer than is natural. . . . But the Nazis are on to me."
When Shirer returned to the United States, he hosted his own Sunday news show with CBS, but he was forced out in 1947 and blamed Murrow. He spent the next decade living off income earned by memoirs and reviews, but it wasn't enough. "To keep the family afloat," Mr. Wick writes, Shirer undertook a book based on his own wartime reporting but deepened by research into Reich documents. Published at last in 1960, "The Rise and Fall of the Third Reich" was a massive and impressive work of history. He made a fortune from it.
The work's most controversial argument, that Nazism was the inevitable outcome of German history from the Reformation forward, is not a serious one. Shirer's brief and breezy treatment of pre-20th-century German history amounts to little more than a false extrapolation from a truism—like saying that, since Chinese communism is a distinctly Chinese form of communism, it was the inevitable culmination of Chinese history.
Yet Shirer's motivation was honorable. He wanted to squash the idea that Germany had been hijacked by a few extremists. He knew otherwise. "I have still to find a German," he writes in a typical diary entry, "even among those who don't like the regime, who sees anything wrong in the destruction of Poland." That Shirer's most famous book failed to explain the origins of German Nazism is no great mark against him. It is probably beyond the capacity of human reason to explain how a noble, civilized people succumbed to a homicidal delusion. Shirer narrated the events of that descent and did so with integrity. That is enough to earn our gratitude.
Mr. Swaim is the author of "Scottish Men of Letters and the New Public Sphere, 1802-34."
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