domingo, 28 de agosto de 2011

Conferencia Brasileiros no Exterior adiada para 2012


Conferencia Brasileiros no Mundo adiada para 2012
Será o fim do CRBE ?
Rui Martins
Jornal.US, August 22, 2011, 11:29 AM

Berna (Suiça) - A notícia chegou lacônica – pelo Facebook, colocada pelo conselheiro titular Ronney Oliveria – “informo que a IV CBM será adiada para o primeiro semestre de 2012 em data a ser acordada com o CRBE”.

Para quem não entende de siglas, a IV CBM quer dizer IV Conferência Brasileiros no Mundo, que não se realizará mais do dia 3 ao dia 8 de outubro deste ano, como estava previsto. Azar de quem marcou férias ou mesmo comprou passagens para ir a Brasília acompanhar esse encontro.

A nota tem dois erros – o uso do verbo no futuro é indevido, leia-se “a conferência foi adiada”; e a informação de que será marcada uma data combinada com o CRBE, pois, assim como o adiamento foi inesperado e comunicado de cima para baixo sem possibilidade de recusa dos titulares do CRBE, assim será a nova data... se houver.

O que revela essa lacônica informação do titular da região dos EUA, guardada em segredo pelos demais, e que só assim se tornou público, nesse opaco, fechado e falido conselho de emigrantes ? Não se precisa ser leitor de borras de café, basta a experiência da leitura entrelinhas da ditadura, quando as notícias no Estadão ou na Veja deviam ser lidas nas entrelinhas.

O pomposo Conselho de Representantes dos Brasileiros no Exterior, CRBE, perdeu a credibilidade junto ao governo federal que, num primeiro gesto, cortou as verbas destinadas à atual frustrante política brasileira de emigração. Por culpa de quem ? De um lado do próprio governo, porque essa política como vem sendo aplicada não convence e apresentou numerosas falhas – nas eleições mal feitas houve fraude, em lugar da verba ser utilizada pelos emigrantes criou-se no Itamaraty um novo departamento, no qual foram lotados cerca de uma dezena de diplomatas, entre embaixador, futuro ministro-conselheiro, secretários, contando para promoções com a vantagem de não se precisar sair do Brasil.

Do outro, pelos próprios conselheiros que, tirando-se um e outro, não representam os emigrantes mas grupos comerciais e grupos religiosos, titulares envaidecidos, inebriados pela possibilidade de terem um cartão de visita com o brasão da República. Um grupo de pessoas sem formação política, apenas movidas por interesse pessoal e, por isso, incapaz de agir com discernimento diante dos problemas enfrentados pelos emigrantes, preferindo se submeter aos diplomatas do Itamaraty que, embora possam ser bem intencionados, não conseguiram criar um conselho transparente e vivo, mas um conselho burocratizado, emperrado, elitista e secreto.

"sobrou para mim a acusação de ser o “verme da Suíça”, coincidentemente o mesmo termo utilizado pela extrema-direita européia para designar imigrantes"
Essa inexperiência acabou sendo utilizada por espertos candidatos a futuros políticos, formados porém no ranço conservador, na falta de respeito democrático e no próprio autoritarismo. Por ter feito, aqui críticas, muito mais amenas que as de hoje, fui afastado para não dizer expulso, excluído da lista de informação (as poucas existentes), sujeito a me retratar e fazer contrição caso quisesse ser reintegrado. E, como se não bastasse, mostrando o nível dos titulares, sobrou para mim a acusação de ser o “verme da Suíça”, coincidentemente o mesmo termo utilizado pela extrema-direita européia para designar imigrantes.

É claro que tudo isso circulou, entre políticos e dentro do governo e essa péssima imagem dos conselheiros, entre Brutus e inquisidores, descredibilizou e está provocando o abandono do CRBE. Do jeito como está, é evidente, julga o governo um desperdício de dinheiro pagar passagens e hotéis para não se chegar a nenhum resultado, fora o risco de contendas.

Mas os emigrantes não devem se desesperar com isso. Sempre dissemos que as conferências Brasileiros no Mundo são um show, não tão bem preparado como o Focus Brazil, destinado a mostrar cenas para inglês ver. Está mesmo na hora de se baixar as cortinas.

O que os emigrantes precisam é de um órgão institucional emigrante independente do Itamaraty, mas interativo com todos os Ministérios – uma Secretaria de Estado dos Emigrantes. Mas irá funcionar com que dinheiro ? Com a mesma verba que o governo federal destinou à Subsecretaria das Comunidades Brasileiras no Exterior, utilizada atualmente para cargos de diplomatas.

Quanto custa essa Subsecretaria ao governo, contando-se diplomatas e funcionários, viagens, diárias e tudo nela aplicado ?

Se a presidenta Dilma nos ler, ela que tem reajustado algumas coisas nos ministérios com problemas, nossa proposta é justa, simples mas eficaz.

Com a dotação destinada atualmente à essa Subsecretaria, pode-se criar a Secretaria de Estado dos Emigrantes, com um emigrante na chefia e um pequeno quadro decisório, em Brasília. Esse será o ponto de partida para uma verdadeira política de emigração. Já que não vai haver IV Conferência, deve-se criar já uma Comissão de Transição para as mudanças e transferências necessárias.

Não é de hoje que falamos no nosso projeto mas não custa repetir – a política de emigração brasileira deve ser dirigida pelos próprios emigrantes, não tem sentido ficar sob a direção e tutela de diplomatas. Essa política deve incluir parlamentares emigrantes e um conselho de emigrantes, diferente do atual e bem mais amplo.

É hora de mudar e de repensar tudo. A experiência com o CRBE é conclusiva, não funciona!

Anexos
No final do mes de abril, fui contatado pela revista Época para dar uma entrevista sobre o CRBE. O texto publicado não correspondia às minhas críticas, mas fui considerado como o principal responsável. Apesar de ter perdido meus arquivos numa pane provocada no meu endereço hotmail, considerei localizar uma cópia do texto de minha entrevista enviada ao repórter da revista Época, que desmente totalmente as acusações que me foram feitas.

Esse texto segue abaixo. Abraços Rui Martins, suplente pela Europa, em processo administrativo pedido por seus colegas do CRBE, em curso no Itamaraty.

TEXTO ENVIADO EM FINS DE ABRIL PARA O JORNALISTA ELISEU DA ÉPOCA

Caro Eliseu, segundo seu pedido, aí vão minhas observações-

O CRBE só tem valor se considerado como o primeiro passo do governo na elaboração de uma política brasileira de emigração. Nesse caso, vale como aprendizado pelos emigrantes do funcionamento do processo politico do acompanhamento de reivindicações até serem institucionalizadas como leis, regulamentos ou normais federais; aprendizado do procedimento parlamentar nas discussões, ordem do dia, naã organização de conferências e reuniões, bem como na elaboração de protocolos ou atas.

Mas esse aprendizado deve conduzir, num prazo máximo de cinco anos, à criação de uma Secretaria de Estado dos Emigrantes (no modelo das Secretarias da Mulher, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos), aprovação pelo Congresso de parlamentares (deputados e/ou senadores) emigrantes eleitos pelos emigrantes e criação de um verdadeiro Conselho de Emigrantes, representativo de todos os segmentos e regiões, ligado diretamente à Secretaria de Estado dos Emigrantes.

A tutela dos emigrantes pelo MRE, Itamaraty e seus diplomatas deve ser, portanto, uma simples e curta etapa.

A criação da Secretaria de Estado dos Emigrantes suspenderá imediatamente a Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior e suas dotações orçamentárias serão transferidas à Secretaria de Estado dos Emigrantes.

O atual quadro de diplomatas lotado na SGCB retorna ao MRE, pois a Secretaria de Estado dos Emigrantes (ou o super Ministério das Migrações, envolvendo migração, imigração e emigração) terá um quadro próprio, entre nomeados e concursados, todos emigrantes.

Sobre a Ata Consolidada
O MRE acaba de divulgar um encontro com outros ministérios e entidades, no qual foram discutidas questões relacionadas com a população emigrante. Ora,os emigrantes não deram delegação e nem procuração para os diplomatas cuidarem disso.

As questões dos emigrantes devem ser debatidas com os ministérios e entidades governamentais pelos próprios emigrantes, pela Secretaria de Estado dos Emigrantes, junto com os parlamentares emigrantes.

Para quem for ao site Brasileiros no Mundo, do MRE, e encontrar a Ata Consolidada,elaborada durante e após a III Conferência dos emigrantes, vai constatar que se trata de uma coletânea de boas intenções endereçadas aos bons favores do Itamaraty para que possa realizá-las. Isso porque o CRBE, responsável por essa Ata, não tem poder para tomar as iniciativas e nem pode fazer os contatos necessários à sua implementação.

O CRBE funcionando em separado, sem estar vinculado a uma Secretaria de Estado dos Emigrantes e sem contar com o apoio de parlamentares emigrantes, com mera função de assessoria e consultoria, submetido à tutela do Itamaraty, é um órgão anacrônico, baseado na política do paternalismo, coisa totalmente ultrapassada.

O MRE ganhou uma dotação orçamentária, lotou com jovens diplomatas todo um departamento, na SGCB, a pretexto de desenvolver uma política junto aos emigrantes, mas precisa ceder esse território ocupado indevidamente. Diplomata não é emigrante, mesmo se vive por vezes no Exterior.

Nosso projeto não é contra o Itamaraty, é por uma separação de atribuições porque diplomata e emigrante englobam questões e problemas diferentes. A Secretaria de Estado dos Emigrantes vai agir muitas vezes junto com o MRE, assim como com outros ministérios, mas de maneira independentee não tutelada. Os emigrantes têm quadros formados em Harvard, Sorbonne, Oxford e universidades de prestígio, são maiores, sabem o que querem não precisam das muletas do Itamaraty.

Reunião do CRBE em maio
O Itamaraty, através da SGBE, decidiu reunir os titulares do CRBE do dia 2 ao 6 de maio, em Brasília, para discutir a Ata Consolidada (a coletânea de boas intenções) e manter alguns contatos com órgãos do governo.

Apesar dos protestos de alguns e das sugestões de outros, os suplentes não participarão desse encontro.

Classificados como funcionários DAS-4, sem o serem e sem receberem qualquer pagamento, os conselheiros titulares viajarão, da Europa e da Ásia, em classe executiva, que custa três vezes mais que a classe econômica.

Um conselheiro emigrante no Japão tinha proposto que todos viajassem em classe ecônomica para que, com essa economia, pudessem também participar do encontro os suplentes. Mas o Itamaraty diz que não há base legal para isso.

Problema de funcionamento
Um grave problema de funcionamento decorre do fato dos membros do CRBE viverem em regiões distantes. Os contatos, foi provado nestes meses, são difíceis, e isso parece provar ser necessário uma base para funcionar. Ou seja, a Secretaria de Estado dos Emigrantes, em Brasília, num lugar fixo poderá funcionar sem problemas e seus membros, no caso de necessidade farão itinerância junto ao verdadeiro Conselho de Emigrantes, proposto mais em cima.

Falta de pagamento favorece os emigrantes Vips
Nem todos os emigrantes podem participar desse benevolado do CRBE, econômico para o Itamaraty. Eu mesmo, como jornalista free lance, sou obrigado a não propor reportagens e não assumir compromissos para poder dar conta de minhas responsabilidades mesmo de suplente (já fui conselheiro titular no ano passado).

Essa situação favorece os emigrantes que dirigem associações religiosas, filantrópicas ou comerciais (são a maioria dos CRBE), pois as viagens e o envolvimento no CRBE fazem parte de suas atividades normais e lhes dão mesmo notoriedade.

Portanto, criar um órgão emigrante na base do benevolato, quando os diplomatas que participam dos encontros estão sendo pagos e mesmo compensando dias de trabalho no Rio com dias de férias, é inegalitário e favorece só uma certaclasse de emigrantes.

Nossa representante em Nagoya, que foi conselheira do Conselho Provisório, operária metalúrgica, teve despesas para encontrar os diretores da SGBE que nunca foram pagas. Mas os diplomatas da SGBE que foram a Tóquio tinham hotel e diárias pagas !

Sem dotação para funcionar
Como destaquei em Genebra (está no youtube), o CRBE não tem uma dotação orçamentária para funcionar (talvez tenha para pagar os diplomatas lotados nesse setor), ou seja, as viagens e conferências têm sempre de esperar uma aprovação orçamentária, o que demonstra a improvisação e aprecariedade desse Conselho.

Comissão de Transição
Sem a transição para uma Secretaria de Estado dos Emigrantes o CRBE é vitrina, coisa para inglês ver ou cena de teatro para dar a impressão de que se está fazendo alguma coisa pelos emigrantes.

Esperamos que a presidenta Dilma possa ser informada dessa situação e criar rapidamente a Secretaria de Estado dos Emigrantes, o que assinalará o começo de uma real Política Brasileira de Emigraçao, por enquanto, há muito blablabla e muitas boas intenções e um grande equívoco, pois os diplomatas não são emigrantes e não há nenhuma afinidade entre emigrantes e diplomatas.

A questão principal e primordial é isso, sair da tutela do Itamaraty. Questões como cartões de visita, passaporte diplomático, viagens em classe econômica ou executiva são secundárias e não devem desviar os emigrantes da questão principal – sua autodeterminação e sua independência.

sábado, 27 de agosto de 2011

Seminário: Estudos sobre a Guerra Fria - USP, 7-9/11/2011

Seminário – Estudos sobre a Guerra Fria
USP, 7-9 de novembro de 2011


Chamada para trabalhos:

O Grupo de Estudos sobre a Guerra Fria, sediado no Departamento de História da USP, convida professores universitários e estudantes de pós-graduação a submeter trabalhos para o primeiro encontro de sua série de seminários semestrais que terá início na segunda semana de novembro (segunda a quarta-feira dias 7-9).

Estamos especialmente interessados em pesquisas cuja abordagem tenha como foco a análise de aspectos relacionados às idéias, à política, à ideologia e à Guerra Cultural, bem como em trabalhos dirigidos ao impacto dos movimentos que tratem das liberdades e direitos civis, liberdade política, relações de gênero e de trabalho, políticas de segurança e movimentos de descolonização.

O Grupo de Estudos sobre a Guerra Fria tem como finalidade agregar pesquisadores interessados em discutir pesquisas em andamento e centrar sua agenda na renovação historiográfica. Trata-se de espaço cujo principal compromisso é privilegiar intenso debate de idéias e troca de experiências de pesquisa.

Não oferecemos qualquer tipo de financiamento para a participação no encontro, mas existe a possibilidade de encaminhar trabalhos para publicação.

Coordenação:
Profa. Elizabeth Cancelli ( Área de Brasil Independente e Pós-graduação em História Social)
Prof. Sean Purdy (Área de América Independente e Pós-graduação em História Social)

Comissão Científica:
Elizabeth Cancelli
Marcos Napolitano
Mary Ann Junqueira
Sean Purdy

Inscrições: Feitas por email, guerra_friaUSP@yahoo.com.br. Prazo: sexta-feira 2 de setembro. Por favor, incluir nome, afiliação e email, juntamente com a versão completa do trabalho (limite de 30 páginas, espaço duplo, Times New Roman, fonte 12) e um pequeno resumo de, no máximo, 10 linhas.

BRASA XI: Illinois, setembro de 2012

BRASA XI – Chamada de Propostas / Call for Proposals

Call for Proposals
The 11th International Congress of the Brazilian Studies Association (BRASA) will take place in September 2012 in Illinois.

The Congress program will include academic panels, invited speakers, workshops, plenary sessions, and cultural activities. Our partner at UIUC will be the Lemann Institute for Brazilian Studies.

BRASA’s Executive Committee has adopted the following guidelines for proposing papers and organizing panels:

1. All proposals for panels or papers must be submitted directly to the Program Committee through the BRASA official Proposal portal starting August 15, 2011. The Program Committee will not consider proposals not submitted and received through the official Proposal portal: https://my.atlas.illinois.edu/submit/go.asp?id=293

2. All participants must be members of BRASA. Each participant may present only one paper in the Congress, but may also preside over a panel or serve as discussant.

3. BRASA suggests that all panels include at least four papers, but no more than five, and that the moderator not be presenting a paper. Each session should leave at least 30 minutes for discussion or for comments by a discussant immediately following the presentations.

4. The Congress will have 10 sessions with 12 panels per session during a period of three days, for a total of 144 panels.

5. Questions about the organization of panels should be directed to the BRASA secretariat or to the Chair of the Program Committee. Suggestions for other possible events at the Congress should be sent to the BRASA Executive Office at brasa-illinois@illinois.edu

6. The Program Committee will give preference to proposals to organize complete panels with professors and researchers from different universities and that have an interdisciplinary focus.

7. Dates for submission and acceptance of proposals are the following: the deadline for submission of proposals for panels or individual papers through the BRASA website is October 15. 2011. The Program Committee will announce final decisions by February 15. 2012. For more information, please visit the BRASA website http://www.brasa.org

Chamada de Propostas
O Décimo-primeiro Congresso Internacional da Brazilian Studies Association (BRASA) será realizado em setembro de 2012 em Illinois.

O programa do Congresso incluirá mesas de trabalho, conferencistas convidados, workshops, plenárias e atividades culturais. Nosso parceiro na Universidade será o Lemann Institute for Brazilian Studies.

O Comitê Executivo da BRASA adotou as seguintes normas para a apresentação de trabalhos e organização de mesas:

1. Todas as propostas de mesas e de trabalhos deverão ser submetidas diretamente ao Comitê Acadêmico pelo portal oficial de inscrições da BRASA (começando 15 de agosto de 2011). O Comitê Acadêmico não considerará, de modo algum, propostas que não sejam submetidas e recebidas através do portal oficial de inscrições do Congresso: https://my.atlas.illinois.edu/submit/go.asp?id=293

2. Todos os expositores de mesas deverão ser sócios da BRASA. Cada participante poderá apresentar somente um trabalho no Congresso e também poderá dirigir uma sessão ou servir como debatedor.

3. A BRASA sugere que as mesas tenham quatro trabalhos, mas não mais do que cinco, e que sejam lideradas por um professor ou pesquisador que não esteja apresentando um trabalho. Cada sessão deverá deixar pelo menos 30 minutos para discussão geral ou para a análise de um debatedor logo após as apresentações.

4. O Congresso terá dez sessões com 12 mesas cada sessão, durante o período de tres dias, com um total de 144 mesas.

5. Em caso de dúvidas,os interessados na organização de mesas devem entrar em contato com o secretariado da BRASA ou o Diretor do Comitê Acadêmico. Sugestões para outros possíveis eventos deverão ser encaminhadas a Secretaria Executiva da BRASA: brasa-illinois@illinois.edu

6. O Comitê Acadêmico dará preferência às propostas daqueles que submeterem mesas completas compostas de professores e pesquisadores de diferentes universidades e que tiverem um enfoque interdisciplinar.

7. Os prazos para a submissão e aceitação de propostas de mesas são os seguintes: O prazo para a submissão da mesa completa ou de propostas individuais para o programa através do site da BRASA será 15 de outubro de 2011. A BRASA enviará as notificações finais em O Comitê Acadêmico fará as decisões finais até o dia 15 de fevereiro de 2011.

Para maiores informações, favor entrar em contato com o escritório da BRASA pelo email brasa-illinois@illinois.edu ou através do próprio site da BRASA: http://www.brasa.org

Ministerio da Defesa: comemoracoes nao comemoradas...

Primeiro a notícia:

Oficiais da ativa foram proibidos de participar da missa encomendada pelos Clubes Militares
DISCRIÇÃO

Os Clubes Militares (dos oficiais da reserva) realizaram ontem, na Igreja Santa Cruz dos Militares, no Rio, missa "em memória dos 119 militares e civis que perderam a vida, entre 1964 e 1974, por atos de terroristas". Na terça-feira, 23, quando soube da missa, o ministro Celso Amorim (Defesa) mandou chamar os três comandantes militares e acertou com eles que nenhum oficial da ativa participaria da cerimônia.

(Coluna PANORAMA POLÍTICO, do jornal O GLOBO, 25/08/11).

Agora o comentário de um observador político:

Sai um ilusionista e entra um marqueteiro

Eu até que tinha dado um voto de confiança ao novo ministro da Defesa, o diplomata Celso Amorim. Mas o Ministério da Defesa não passa de um cabresto colocado nas ventas dos ‘gados fardados’, um bando de oficiais de quatro estrelas sem expressão militar, colocados nos comandos das Forças Armadas. O único mérito apresentado por estes senhores é a antiguidade no posto. Na realidade, traduzindo para o português popular, esses senhores depois que assumem seus cargos, medram, e passam a agir como umas putas velhas, bem ao estilo das cafetinas que se vêem gerenciando bordéis de beira de estrada.

Pobres Forças Armadas brasileiras que de repente se transformaram em guardas pretorianas a serviço de um governo corrupto, formado por uma gang de ladrões, ex terroristas e ex guerrilheiros.

Só no fato do ministro Celso Amorim afiançar que o ‘assessor especial’ (espia implantado no órgão), José Genoino, permaneceria na pasta, dava para perceber que este cidadão não é diferente do estelionatário que saiu pela porta dos fundos, o energúmeno que se fantasiava de militar, Nelson Jobim.

O Exército, a Aeronáutica e a Marinha estão carentes de lideranças militares, pois o mostruário posto na vitrine tem deixado a desejar. São uns homens fracos, subservientes, bajuladores, desprovidos do mínimo aceitável para o desempenho de tão relevantes funções. Agem como paus mandados. Omissos, incapazes de externar uma opinião própria, só cumprindo ordens, como uns autônomos. O caráter, a honra e o decoro militar costumam passar ao largo. Razão: Não se envolverem com problemas. Deixam que um ministro sem formação militar, resolva situações que por direito e dever caberiam a eles orientar.

Uns incompetentes deste tipo, antes não tê-los comandando as Forças.

Uma característica bem visível é o medo, - covardia, - a que chamam de ‘disciplina’.

Passam a nítida ideia que sofrem da Síndrome de Estocolmo. Aquele comportamento inerente à mulher de malandro, que só tem orgasmo apanhando! E como apanham estes comandantes militares! O ex presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva vivia os esculhambando, daí porque passavam a falsa impressão de que eram viris, - gozavam aos turbilhões,- mas não iam além de três tentativas e uma desistência, engolindo o sapo barbudo sem esboçar nenhuma reação!

José Geraldo Pimentel
http://www.jgpimentel.com.br

Contra o FMI: pelo seu fechamento imediato - Sheldon Richman

End the IMF
Sheldon Richman
The Free Man, September 2011 • Volume: 61 • Issue: 7

The sex scandal involving the recently departed International Monetary Fund chief, Dominique Strauss-Kahn—criminal or not—was never a reason to abolish the agency. But then we didn’t need another reason. The agency, centerpiece of J. M. Keynes’s inflationary Bretton Woods brainchild, should never have been created in the first place, since it was another calculated step toward global government-controlled money. Its re-creation after its original mandate—maintaining the system of dollar-based fixed exchanges rates—became obsolete 40 years ago is a textbook case of bureaucratic mission creep. Its existence is no more justified by the new mission—a 911 for profligate, debt-ridden governments—than it was by the old one.

The IMF has 187 member governments, which together this year have provided $340 billion to the agency. Each country is assigned a contribution quota and a vote count weighted roughly according to its quota. The U.S. government’s financial quota is over 17 percent of the total, almost three times that of the second-largest contributor, Japan. It controls 16.74 percent of the votes. Treasury Secretary Timothy Geithner is the U.S. member of the board of governors, with Federal Reserve Chairman Ben Bernanke as alternate governor. This should be enough to establish that the IMF’s agenda is not free markets.

All IMF money comes from the taxpayers and central bank printing presses. So there’s the first charge against it: It’s financed through compulsion. That should shape our expectations about the agency.

What does the IMF do? Here’s how it describes its mission:

• Surveillance: “oversees the international monetary system and monitors the financial and economic policies of its members”;

• Technical assistance: “assist[s] mainly low- and middle-income countries in effectively managing their economies”; and

• Lending: “provides loans to countries that have trouble meeting their international payments and cannot otherwise find sufficient financing on affordable terms.”

Regarding the first, the IMF has been notoriously bad at foreseeing crises. But that should not be surprising. Why would bureaucrats living rather well off the taxpayers, with no personal capital at risk, be expected to be competent at spotting economic trouble?

The promise of “technical assistance” is dubious and even risible because the dominant governments of the world can hardly be said to have “effectively” managed their own economies. The IMF often advises distressed countries to raise taxes and to cut government spending to reduce budget deficits, upsetting both Keynesians and supply-siders. This is regarded as market-oriented, or “neoliberal,” advice, but to the extent that externally imposed measures engender public resentment, they give real market reform a bad name and set back the cause of genuine liberalism.

For example, the IMF may advise a government to remove price controls on food, which in itself would be a pro-market measure if accompanied by other reforms. However, if corresponding government-created scarcities—through licensing, franchises, patents, and so on—remain in place, average people will suffer and blame “the free market.” Food riots occurred some years ago in Egypt under just such circumstances, and as a result market reforms are widely distrusted there.

IMF loans constitute a double bailout. First, they save kleptocratic politicians from the consequences of their exploitative schemes, sparing them the necessity of radical reform—including land reform and free banking.

Second, IMF loans rescue the failing country’s creditors—Wall Street banks, typically—from a government default. In addition U.S. agricultural interests have come out in favor of increased support for the IMF to stimulate American farm exports. In 2009 the debate over increased U.S. funding was framed in the context of pushing an export-led American economic recovery.

This is surely doing well by doing good—with the taxpayers’ money.

Who pays? Aside from the taxpayers who supply the IMF with money, the tab is eventually paid by the working people of the subject countries through the higher taxes prescribed by the IMF.

The likelihood of the IMF’s compounding problems is immense. In The White Man’s Burden, former World Bank economist William Easterly writes: The IMF’s “core function of enforcing financial discipline is flawed by an intrusive Planner’s mentality that sets arbitrary numerical targets for key indicators of government behavior. Like all Planners, the IMF fits the complex reality of economic systems into a Procrustean bed of numerical targets that have little to do with that complexity.”

The IMF emphasizes that loans always come with “conditionality,” but for reasons already alluded to, that should offer little reassurance to advocates of free markets. The agency notes that it uses the principle of “parsimony” when writing conditions: “program-related conditions should be limited to the minimum necessary to achieve the goals of the Fund-supported program . . . .” Thus the deepest violations of individual liberty and market principles—feudal land distribution, for example—will be left untouched. Real markets don’t exist when large tracts of land are controlled by a privileged elite, leaving most people little choice but to take whatever is given. Their acceptance may represent the “best available option,” but if their choice set has been artificially constricted, that’s not saying much. (Fortunately the informal economy offers some hope.)

IMF loans of course channel resources to central governments, reinforcing their power and further politicizing the “aided” countries. As P. T. Bauer wrote,

Foreign aid has thus done much to politicize life in the Third World. And when social and economic life is extensively politicized, who has the power becomes supremely important, sometimes a matter of life and death. . . . People divert their resources and attention from productive activity into other areas, such as trying to forecast political developments, placating or bribing politicians and civil servants, operating or evading controls.

In the end the IMF has fostered long-term dependency, perpetual indebtedness, moral hazard, and politicization, while discrediting market reform and forestalling revolutionary liberal change. The solution is not for the IMF to impose free markets, even if it could. That would smack of imperialism and, writes Easterly, would have “patronizing echoes of the White Man’s Burden.”

The IMF should be scrapped and the people suffering under kleptocracy left to discover the requirements for improving their own conditions. How much more “help” can they stand?

Ideias inteligentes, debates importantes: it's all about this blog

Este blog, como dito em seu frontspício (que não é parente de hospício), se ocupa de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. (OK, de vez em quando aparecem aqui também algumas ideias pouco inteligentes, mas isso é para equilibrar e para contrabalançar.)
Pois bem, agora quero apresentar um site, um blog melhor dito, que também está nesse espírito. Não tenho a pretensão de fazer concorrência com ele, apenas de ser um "irmão menor".

PROJECT SYNDICATE:

WHO WE ARE
Project Syndicate: the world's pre-eminent source of original op-ed commentaries. A unique collaboration of distinguished opinion makers from every corner of the globe, Project Syndicate provides incisive perspectives on our changing world by those who are shaping its politics, economics, science, and culture. Exclusive, trenchant, unparalleled in scope and depth: Project Syndicate is truly A World of Ideas.

As of August 2011, Project Syndicate membership included 469 leading newspapers in 151 countries. Financial contributions from member papers in advanced countries support the services provided by Project Syndicate free of charge or at reduced rates to members in developing countries. Additional support comes from the Open Society Institute.

WHAT WE DO
Project Syndicate provides the world’s foremost newspapers with exclusive commentaries by prominent leaders and opinion makers. It currently offers 54 monthly series and one weekly series of columns on topics ranging from economics to international affairs to science and philosophy.

Project Syndicate is committed to maintaining the broad intellectual scope and global reach that readers need to understand the issues and choices shaping their lives. As a result, Project Syndicate's commentators reflect the world in all its variety of professions, national and cultural backgrounds, and political perspectives. Past and current contributors include:

politicians and statesmen, including Ban Ki-moon, Tony Blair, Jimmy Carter, Jorge Castañeda, Joschka Fischer, Mikhail Gorbachev, Václav Havel, Christine Lagarde, Chris Patten, Anders Fogh Rasmussen, Javier Solana, Shashi Tharoor, and Yuliya Tymoshenko;
economists, including Howard Davies, Martin Feldstein, Otmar Issing, Edmund Phelps, Dani Rodrik, Kenneth Rogoff, Nouriel Roubini, Jeffrey D. Sachs, Robert Shiller, and Dominique Strauss-Kahn, and Joseph E. Stiglitz;
political scientists and philosophers, including Pervez Hoodbhoy, John Gray, Harold James, Nina Khrushcheva, Daoud Kuttab, Pierre Nora, Joseph S. Nye, and Peter Singer;
global strategists, including Zbigniew Brzezinski, Richard Haass, Richard C. Holbrooke, Sergei Karaganov, and Kishore Mahbubani;
scientists, including Nobel Laureates Paul Berg, Sydney Brenner, Christian de Duve, and Harold Varmus;
novelists, including Umberto Eco, Nadine Gordimer, Ma Jian, Arundhati Roy, Elif Shafak, Norman Manea, and Vladimir Voinovich;
activists, including Emma Bonino, Saad Eddin Ibrahim, Bjørn Lomborg, Morgan Tsvangirai, Desmond Tutu, and Naomi Wolf.

WEEKLY SERIES
The New Global Economy NEW!
The World in Words

INTERNATIONAL ECONOMICS
Jagdish Bhagwati
J. Bradford DeLong
Barry Eichengreen
Daniel Gros
Stephen S. Roach
Kenneth Rogoff
Nouriel Roubini
Boskin and Sinn
Joseph E. Stiglitz

STRATEGIC SPOTLIGHT
Shlomo Ben-Ami
Castaneda, Haass, and Rocard
Gareth Evans NEW!
Joschka Fischer
Christopher Hill
Yuriko Koike
Dominique Moisi
Joseph S. Nye
Jaswant Singh
Shashi Tharoor
GLOBAL FINANCE
Davies and Shiller
Mohamed A. El-Erian NEW!
Martin Feldstein
Simon Johnson
ECONOMICS OF DEVELOPMENT
Yao and Yu
Dani Rodrik
Jeffrey D. Sachs
Michael Spence
Andres Velasco NEW!

ECONOMIC AND REGULATORY POLICY
Jean Pisani-Ferry
Raghuram Rajan
Roe and Zingales
ECONOMIC HISTORY
Harold James
Robert Skidelsky
ECONOMIC PERSPECTIVES
European Economies
The Frontiers of Growth

PUBLIC INTELLECTUALS
Ian Buruma
Esther Dyson
Bjorn Lomborg
Peter Singer
Naomi Wolf

GLOBAL OUTLOOK
Earth in the Balance
Health and Medicine
Science and Society
The Human Rights Revolution
Worldly Philosophers

REGIONAL EYE
A Window on Russia
China World
Europe at Home and Abroad
Into Africa
Islam and the World
Latin America
The Asian Century

SPECIAL SERIES
Old World
2009 Year End Series
2010 Year End Series
The Currency Puzzle
The Energy Challenge

PROJECT SYNDICATE
Commentaries
Contributors
About Us
Member Papers
Support Us
Editor's Forum
Past Surveys

www.project-syndicate.org/

A ilusao da infraestrutura - Richard W. Fulmer

The Infrastructure Delusion
Richard W. Fulmer
The FreeMan: ideas on liberty, August 15, 2011

Red tape to nowhere

Infrastructure does not an economy make. Highways and railroads, airports and seaports, communications towers and fiber optics cables are essential for the flow of commerce, but it is the people, goods, and information moving over and through this infrastructure that are the heart of an economy. Overinvestment in roads, bridges, and airports means underinvestment in the productive base that is an economy's life blood.Government spending means more than just an outlay of dollars; it means consuming scarce resources that cannot then be used for other things. Such spending does not increase production, it simply shifts resources into areas where they would not otherwise have gone.

As described in William J. Bernstein's book The Birth of Plenty: How the Prosperity of the Modern World Was Created , France's minister of finances under Louis XIV from 1665 to 1683, Jean-Baptiste Colbert , worked tirelessly to expand commerce by improving his country's roads and canals. Unfortunately, trade was hindered by more than potholes — a complex system of internal tariffs was throttling commerce. Colbert tried to dismantle the tariffs but was only partially successful. After his death, “all fiscal restraint was lost. By the end of Louis XIV's reign three decades later, the State had doubled the tolls on the roads and rivers it controlled, and the nation that had once been Europe's breadbasket … was bled white….” Bad regulations trumped good roads.

Prometheus Bound (in Red Tape)

During the Great Depression, Franklin Roosevelt initiated massive public-works programs to improve the nation's infrastructure in hopes of putting people back to work and jumpstarting the economy. The construction efforts were staggering. According to Conrad Black :

The government hired about 60 percent of the unemployed in public-works and conservation projects that planted a billion trees, saved the whooping crane, modernized rural America, and built such diverse projects as the Cathedral of Learning in Pittsburgh, the Montana state capitol, much of the Chicago lakefront, New York City's Lincoln Tunnel and Triborough Bridge, the Tennessee Valley Authority, and the heroic aircraft carriers Enterprise and Yorktown. They also built or renovated 2,500 hospitals, 45,000 schools, 13,000 parks and playgrounds, 7,800 bridges, 700,000 miles of roads, and a thousand airfields.

Yet these extraordinary accomplishments were not enough to pull the nation out of the Depression. Neither were the millions of jobs generated by this monumental work.

Not only did the work direct resources away from the private sector but, worse, Roosevelt unleashed a regulatory blizzard on the nation's private sector, significantly increasing the risk of doing business in the country. Higher personal, corporate, excise, and estate taxes; wage and price controls; production restrictions; antitrust lawsuits; and constant experimentation provided few incentives for companies to expand. As in Louis XIV's France, an improved infrastructure could not revive commerce in the face of stifling government regulations.

High-Speed Rail to Nowhere

Today, Barack Obama is touting high-speed rail and other infrastructure improvements as keys to economic renewal. But if massive infrastructure investments were not enough to turn the economy around in the 1930s, they are far less likely to do so today. Because Roosevelt was starting from a lower base, his improvements would have had a far greater impact on the economy of his day than would similar work done now. Furthermore, the lighter regulatory burden in the 1930s meant that there were projects then that truly were “shovel ready.” Today, environmental impact studies, possible archeological finds, and nuisance lawsuits may stall construction for years or halt it completely.

The real roadblock to economic growth is the burgeoning regulatory burden that President Obama, like Roosevelt before him, has placed on business. According to a study by James Gattuso and Diane Katz, “[T]he Obama Administration imposed 75 new major regulations from January 2009 to mid-FY 2011, with annual costs of $38 billion.” Hundreds of additional regulations will pour forth from Obamacare, Dodd-Frank, and proposed EPA greenhouse gas restrictions. All this is on top of an already monumental regulatory burden imposed by government. According to a Small Business Administration report (pdf), the cost of regulatory compliance was over $1.75 trillion in 2008 alone.

Goods, people, and information will not flow freely across a nation, regardless of the quality and extent of its infrastructure, if taxes and regulations block their flow. Trade perished in France as Colbert's improved roads and canals were made all but useless by high internal tariffs. Some 700,000 miles of new and rebuilt roads were not enough to move commerce past the regulatory roadblocks that Roosevelt erected. President Obama's proposed high-speed trains will not pull the country over the mountain of regulations that has been created in the decades since the Great Depression and that Obama has raised to new heights. A bridge wrapped in red tape is truly a bridge to nowhere.

Published by the Foundation for Economic Education.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...