quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dani Rodrik: entrevista sobre politicas economicas - Carta Capital

Entrevista / Dani Rodrik


Entrevista Dani Rodrik condena as políticas de austeridade, prevê o fim dos milagres econômicos e diz que nações como o Brasil levam vantagem
A EDUARDO GRAÇA, DE BOSTON
Um dos mais respeitados professores da Universidade Harvard, titular de Política Econômica Internacional da Escola John F. Kennedy, o economista de origem turca Dani Rodrik integra um grupo consistente (e crescente) de analistas críticos aos programas de austeridade adotados na Zona do Euro. "O que acontece na Europa é um assalto à democracia", define.
Autor de Has the Globalization Gone Too Far (1997), One Economics, Many fíecipes (2007) e The Globalization Paradox (2011), Rodrik concedeu a entrevista a seguir em seu escritório em Cambridge antes da polêmica sobre o erro de cálculo cometido pelos economistas Carmen Reinhart e Keneth Rogoff em estudo a respeito da relação entre endividamento e crescimento econômico, na verdade um libelo em defesa das políticas de austeridade preconizadas por conservadores e aplicadas na Europa com os resultados até aqui conhecidos. Um dia antes da entrevista, o acadêmico postara, no entanto, o seguinte comentário no Twitter sobre o lançamento de Austerity: The History of a Dangerous Idea, do diretor dos programas de graduação em Relações Internacionais e Estudos de Desenvolvimento da Universidade de Brown, Mark Blyth: "Foi preciso um cientista social para denunciar a insanidade das políticas econômicas baseadas o na austeridade".
Segundo o economista, a era dos "milagres econômicos" passou, o crescimento das economias tende a ser mais lento, mas os países com forte mercado interno e projetos de inclusão social estão em melhor posição para avançar. "O Brasil segue como uma dessas nações", afirma.
Rodrik será o principal palestrante do 1o Fórum de Economia promovido por CartaCapital. O seminário acontece na terça-feira 7, no Hotel Renaissance, em São Paulo, a partir das 9 da manhã. Após sua exposição, o economista responderá a perguntas do ex-ministro Delfim Netto e de Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial de CartaCapital.
Carta Capital: O senhor escreveu há um ano que países como Brasil, Índia e Coreia do Sul estão em posição melhor do que os demais para enfrentar os novos desafios econômicos globais. Continua a ter a mesma opinião sobre o Brasil?
Dani Rodrik: Sim. Obviamente o Brasil não teve um ano bom em termos de crescimento econômico. Mas não acho que deveríamos ser obcecados com variações anuais do PIB. Deveríamos, na verdade, estar prontos para crescimentos menores globais nas próximas décadas. O contexto global será menos propício a expansões econômicas significativas, se compararmos com o cenário dos últimos 25 anos. Mesmo países cujas economias vão relativamente bem experimentarão ventos bravios. Nesse contexto, países com grande mercado interno, que investem na inclusão social e se beneficiam mais de um dinamismo real de sua economia do que da súbita entrada de capital e dos humores do mercado, no âmbito de uma democracia robusta, estarão em melhor posição para atravessar os tempos duros. O Brasil, há um ano e hoje também, segue como uma dessas nações."
CC: Não se pode julgar a economia de um pais por um ano ruim, como o senhor diz. Mas há a percepção neste momento de que o Brasil deixou de ser um favorito do mercado. 0 senhor vê razão para essa mudança?
DR: Os humores das finanças globais e dos investidores internacionais variam muito. A pergunta aqui é: como os investidores brasileiros, os empresários brasileiros, os industriais brasileiros, veem a economia nacional? Tenho certeza de que eles terão uma série de queixas, mas eu pediria que refletissem sobre essa questão de forma global. Eles estariam em situação melhor na Rússia, na Turquia, na Venezuela?
CC: O índice de desemprego no Brasil bateu um recorde histórico de baixa e a inflação se mantém em patamar um pouco incômodo. Economistas do País defendem aumentar o desemprego para conter os preços. O que o senhor acha?
DR: Discordo completamente dessa linha de raciocínio. As políticas sociais implantadas pelo Brasil nas últimas décadas são importantíssimas, por vários aspectos. Primeiramente, elas são uma resposta coerente às demandas sociopolíticas da sociedade brasileira. Elas também constroem paulatinamente legitimidade para o modelo democrático brasileiro. Esses são dois objetivos de suma importância. Além disso, elas fortalecem as credenciais econômicas do Brasil. Repito: há um novo cenário econômico global em que o peso do mercado doméstico é cada vez maior. Quanto mais consumidores, quanto maior a classe média, mais diversa e saudável sua estrutura econômica será. A estratégia de crescimento econômico brasileiro precisa necessariamente passar pelo fortalecimento dessa nova classe média. É claro que toda essa transformação precisa se darem um cenário fiscal sustentável, mas não vejo os níveis de dívida no Brasil ingovernáveis. A não ser que o Brasil cresça muito, mas muito pouco mesmo nos próximos anos, não vejo sinais no horizonte que justifiquem essas medidas.
CC: Segundo o senhor, chegamos ao fim da era dos milagres econômicos e de agora em diante o crescimento será fruto de um investimento cada vez maior em capital humano. O Brasil tem um grave problema educacional. É um empecilho, não?
DR: Sim. Crescimento econômico como aquele registrado no Brasil e outros países nos anos 60 e 70 não haverá mais. Foi uma espécie de crescimento sem grande esforço. Você poderia colocar um trabalhador rural com pouquíssima educação em uma fábrica de sapatos e, imediatamente, triplicar a produtividade e o lucro. Só era necessário algum capital de investimento para as fábricas. No Brasil, esse investimento, como sabemos, deu-se com uma alta carga protecionista. Esse caminho acabou. O tipo de trabalho que gera cresci mento hoje necessita muito mais especialização e consistência de investimento de capital. Além disso, exige uma série de regulamentações e instituições muito mais sofisticadas do que no passado. O crescimento não será imediato e precisará, em sua maioria, vir do setor privado em cooperação com os setores públicos. Vejo cada vez menos uma demarcação clara de onde se é públ ico, onde se é privado.
CC: Um dos tópicos debatidos no mais recente encontro dos chamados BRICS, na África do Sul, foi a criação de um Banco Mundial dos países emergentes. Também se falou de uma opção ao FMI. Qual o significado dessas iniciativas?
DR: São propostas inegavelmente importantes e que podem ter um impacto na economia global. Mas gostaria de ver o foco dos BRICS na geração de novas ideias e novas estratégias de desenvolvimento voltadas especificamente para mercados emergentes. Os BRICS deveriam deixar de se pautar pelo mercado financeiro e pelos fluxos de capitais e investimentos. A economia global não precisa de mais instituições de financiamento. Da perspectiva dos mercados emergentes, é preciso mais e melhores ideias. Precisamos do enfraqueci mento da hegemonia das instituições criadas pelos países desenvolvidos, inclusive desta em que estamos, Harvard, em oferecer ideias que os demais necessariamente discutem, seguem, aplicam. Já é tempo de os BRICS terem confiança para contribuir de forma decisiva no universo do pensamento econômico e social. Não precisamos de mais um fundo de investimentos, e sim de linhas de pensamento diversificadas daquelas do "centro".
CC: Como o senhor vê o efeito do impasse ideológico entre democratas e republicanos na maior economia do planeta?
DR: O efeito dessa bata lha é extrema mente debilitante para a economia norte-americana. E é muito difícil para um observador local não se mostrar pessimista ante essa disputa ideológica divorciada da realidade, dos fatos. Por outro lado, precisamos levarem conta a longa tradição política americanado pragmatismo. Essa característica possibilita certa margem de movimentação distante do asfixiamento ideológico de Washington. Desde os anos 80, os Estados Unidos eram vistos como um paraíso fundamentalista do livre-mercado. No dia a dia, você percebe o pragmatismo no tamanho da intervenção do Estado, em níveis federal, estadual e local, na economia do país, em colaboração com o setor privado. Vê-se esse pragmatismo na prática, por exemplo, no estabelecimento de uma política industrial nacional, com incentivos a novos empreendimentos e a projetos inovadores. Minha esperança é de que a tradição do pragmatismo fale mais alto do que o impasse ideológico.
CC: Qual o papel das escolas de pensamento econômico dos EUA nesta guerra de ideias que atravanca o crescimento da economia americana?
DR: Criticam-se os economistas por não termos visão estratégica, por nos tornarmos tecnocratas, menos visionários. Talvez isso seja bom. Economistas visionários tendem a causar mais danos do que avanços. O último grande visionário americano foi Milton Friedman, um senhor economista, que conseguiu mudar a política econômica global de forma decisiva, e de forma positiva em vários aspectos. Mas sua visão de um sistema de mercado em competição com o governo, da impossibilidade de um ser o complemento do outro, do Estado compreendido como inimigo do mercado, ainda nos custa muito nos dias de hoje. Espero que os economistas sejam os generais de um exército no rumo certo, mas não os vejo necessariamente como os lideres da batalha.
CC: O senhor escreveu recentemente no,Twitter, ao receber o livro Austerity: The History of o Dangerous Ideo, de Mark Blyth, que "precisávamos de um cientista social para nos falar da insanidade das políticas econômicas de austeridade" É esta a palavra correta, insanidade?
DR: E difícil encontrar outra. E uma ilusão, baseada em atitudes morais e políticas independentes da economia. A economia é clara. Quem continuar a argumentar em favor de uma política econômica baseada em austeridade fiscal nos Estados Unidos, por exemplo, o fará por questões morais - quem pegou emprestado deve pagar, é sua vez de sofrer, similar à lógica dos alemães em relação aos espanhóis e gregos na Comunidade Europeia - ou por uma concepção política oportunista, a de se usar o momento econômico para diminuir o papel do Estado. É o uso político-ideológico da crise econômica.
CC: O senhor acredita na inevitabilidade do tão falado declínio político e econômico dos EUA?
DR: Declínio é um exagero e o futuro dos Estados Unidos passará pelo resultado dessa luta entre o pragmatismo e as ideologias conflitantes das quais falávamos há pouco. Mas sou otimista em relação ao futuro americano, especialmente se comparado com o Japão e a Comunidade Europeia. As novas descobertas de petróleo e gás natural são um fator importante. O país seguirá um farol de inovação, diversidade e liberdade para o restante do planeta.
CC: Os BRICS falam em incrementar transações comerciais sem passar pelo dólar. O senhor crê que a moeda americana deixará de ser a unidade monetária padrão para negócios planetários no futuro?
DR: Essa transformação é inevitável. O papel do dólar será diminuto, mas ele seguirá como uma das mais importantes moedas internacionais, fundamental para as reservas de muitos países. Esse declínio não terá, porém, grande relevância para a economia internacional.
CC: O avanço militar da China e as tensões com seus vizinhos do Pacífico, mais do que a redução do ritmo de crescimento do país, podem ser um complicador para o cenário econômico global?
DR: Politicamente, o avanço chinês representa a dissolução do cerco de segurança norte-americano no Pacífico e é reflexo do fim da ordem americano-europeia global. E um novo mundo onde a China não é apenas uma potência econômica, mas política e militar. O mistério é como a China exercerá sua influência global. Logo após a Segunda Guerra Mundial, a hegemonia americana deu-se pela projeção de seu poder baseado em um sistema democrático interno. Foi, de certa forma, um exercício de poder liberal. Obviamente, quando impuseram a visão americana em instituições criadas nos acordos de Bretton Woods, o beneficiário maior foram os Estados Unidos. Mas regras de transparência, de não discriminação, foram princípios que beneficiaram todo o planeta. O receio é que os princípios chineses ignorem a ideia global, valorizem a falta de transparência, o aumento da burocracia, os acordos caso a caso, o que não beneficiaria a comunidade internacional. Brasil e índia, os dois países democráticos dos BRICS, são peças importantíssimas nesse tabuleiro. Quando Brasil e índia usam seu poderio econômico de forma global, é importante perceber se eles estão de fato projetando os valores de suas vibrantes democracias. Para o futuro da economia global, seria fundamental que o fizessem.
CC: Em seu mais recente livro, O Paradoxo da Globalização, o senhor defende a impossibilidade de países serem ao mesmo tempo democracias modernas, contarem com uma economia globalizada e manterem um senso de soberania nacional. O que observamos na Espanha, Portugal, Grécia e Chipre é a ausência de democracia nas decisões econômicas praticadas pelas lideranças desses países?
DR: Sem dúvida, o que acontece na Europa hoje é um assalto à democracia. Quando elaborei esse tripé, há mais de dez anos, não poderia adivinhar a crise da Comunidade Europeia, um exemplo vivo do que propus. O que vemos nesses países é a entrega do poder decisório democrático a Bruxelas e Berlim, que não representam o destino dos cidadãos espanhóis, portugueses, cipriotas e gregos. E algo semelhante ao século XIX, quando a política econômica estava em piloto automático, imposta pelas regras do padrão-ouro, não importando os índices de desemprego, a deflação ou o sofrimento dos trabalhadores rurais. Não havia como o Estado se mover. O mesmo se vê agora na Zona do Euro.
CC: O estabelecimento de governos tecnocratas, como as experiências de Grécia e Itália, é uma solução possível para a crise?
DR: Não. São experiências temporárias, não soluções de longo prazo. A democracia também serve a uma função econômica. Tecnocratas deslocados dos eleitores não são garantia alguma de estabelecimento de políticas que levem em conta o desejo da maioria. Você apenas joga com a sorte. A questão europeia é saber qual das três pontas do tripé se manterá. As economias da periferia continuarão a se submeter à ideia de que só há uma regra econômica possível, manter-se na Zona do Euro, seguindo as regras de Berlim e Bruxelas, como se estivessem no século XIX? Ou a Comunidade Europeia será mais parecida com os EUA, terá um caráter mais federativo, em que o peso da realidade local será levado em conta? Infelizmente, essa janela para a grande transição europeia, neste momento, parece-me improvável, pois exigiria enorme investimento institucional e grande desapego de lideranças. A outra opção é a saída de alguns países da Zona do Euro, mais provável hoje.
CC: Quais os impactos na economia mundial do encolhimento da Comunidade Europeia?
DR: Seja qual for a solução encontrada, a Zona do Euro continuará a complicar o cenário econômico global. A saída de Grécia e Chipre, por exemplo, da Zona do Euro, após o choque inicial, pode ser boa tanto para a Comunidade Europeia quanto para a economia global.

Books, books, books! Mas onde vai parar esse vício incurável?

Que pergunta: ora essa, numa livraria, of course. 
Ou melhor, em várias delas.
Estas são para a próxima ida a New York...
Paulo Roberto de Almeida 

Do blog do Abebooks:

http://www.abebooks.com/blog/index.php/2013/04/26/bookstores-of-new-york/


Bookstores of New York


Last week I was in New York. The purpose of the visit was to attend two antiquarian book fairs, but I always try to make time to visit booksellers in their stores. Nothing can replace the touch and feel of a beautiful book and talking to someone that is passionate about what they do.
Walking into an antiquarian bookshop is a bit like opening a treasure chest; you never know what you are going to find and there are always hidden gems. I love knowing that I can walk into these stores and find something that I know has had a long and interesting life and belonged to people that cared enough to preserve and share them.
ny-3
One of the shops I visited was Argosy Books in midtown Manhattan. Argosy Books was founded in 1925 and is now in its third generation of family ownership. There are books on the shelves, books in stacks and piled on tables. All combined with great lighting and small pops of colour from flowers placed throughout the store to make you feel instantly comfortable and welcome.
Argosy specializes in Americana, modern first editions, autographs, art, maps & prints and books about the history of science and medicine. If those aren’t up your alley, you will also find many other books in a wide variety of topics and with a wide variety of prices. If you have the time and you’re in New York, Argosy is definitely a store you should visit.
Another shop I visited was the Complete Traveller Antiquarian Bookstore on Madison Avenue. This store evolved from The Complete Traveller Bookstore which was the first travel bookstore in the US. As the name states, this shop specializes in collectible travel literature and has one of the best collections of authentic Baedeker travel guides. Baedekers are considered to be the first modern travel guides and can be easily identified by their distinct red cover. The books were treasured for their detailed historic accounts and the many fold out maps they contain.
ny-2
This is a unique and specialized shop and definitely worth a visit if you love travel, history and culture.
No visit to New York is complete for me until I visit The Strand. Strand never disappoints and I always walk away with at least one, well really several books. This time I came home with something for my children, but I love it too: This is New York by Miroslav Sasek. We love these books in my house and have many others in the This Is…. series.
Most people know that Strand is a great place to go for affordable books, but it also has a fantastic Rare Book Room. Hop in the elevator and go up to the 3rd floor, and you’ll walk into a room filled with lovely old books, many of which can be found on AbeBooks.
Strand also has many affordable and collectible signed first editions. The day of my visit, they were getting ready for a book signing and talk with Pulitzer Prize-winning author Junot Diaz, discussing his newest book This is How You Lose Her.
ny-1
Bookstores in New York offer a slice of history and small pieces of beauty that will draw you in and make you love books even more.
Guest post compliments of Maria Hutchison, AbeBooks Account Manager for our rare and collectible segment.
Twitter Digg Delicious Stumbleupon Technorati Facebook Email
avatar

About Beth Carswell

I've been reading, selling, researching, loving and writing about books with AbeBooks since 2000.

Ferguson vs Keynes: Economic (Im)Possibilities of Our Grandchildren - The Globalist

O site The Globalist retoma um bom debate. Primeiro ler, depois refletir, depois comentar...
Paulo Roberto de Almeida



Globalist Document > Global History
Niall Ferguson Vs. Keynes, the (Gay, Childless) Futurist


By John Maynard Keynes | Sunday, May 05, 2013

Harvard historian Niall Ferguson recently asserted that John Maynard Keynes was indifferent to the long-term consequences of deficit spending because Keynes was gay and childless — and thus didn't care about future generations. Ferguson apologized for his remarks. But he might not have made them in the first place if he had read — as you can below — Keynes' "Economic Possibilities for Our Grandchildren."


We are suffering just now from a bad attack of economic pessimism.
It is common to hear people say that the epoch of enormous economic progress which characterized the 19th century is over, that the rapid improvement in the standard of life is now going to slow down, that a decline in prosperity is more likely than an improvement in the decade which lies ahead of us.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
I see us free to return to some of the most sure and certain principles of religion and traditional virtue: that avarice is a vice, that the exaction of usury is a misdemeanor and the love of money is detestable.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
I believe that this is a wildly mistaken interpretation of what is happening to us.
We are suffering not from the rheumatics of old age, but from the growing pains of over-rapid changes, from the painfulness of readjustment between one economic period and another.
The increase of technical efficiency has been taking place faster than we can deal with the problem of labor absorption. The improvement in the standard of life has been a little too quick.
The prevailing world depression, the enormous anomaly of unemployment in a world full of wants, the disastrous mistakes we have made, blind us to what is going on under the surface to the true interpretation of the trend of things.
For I predict that both of the two opposed errors of pessimism, which now make so much noise in the world, will be proved wrong in our own time — the pessimism of the revolutionaries who think that things are so bad that nothing can save us but violent change, and the pessimism of the reactionaries who consider the balance of our economic and social life so precarious that we must risk no experiments.
For the moment, the very rapidity of these changes is hurting us and bringing difficult problems to solve. We are being afflicted with a new disease of which some readers may not yet have heard the name, but of which they will hear a great deal in the years to come — namely, technological unemployment.
This means unemployment due to our discovery of means of economizing the use of labor outrunning the pace at which we can find new uses for labor.
But this is only a temporary phase of maladjustment. All this means in the long run is that mankind is solving its economic problem. I would predict that the standard of life in progressive countries 100 years hence will be between four and eight times as high as it is today.
There would be nothing surprising in this even in the light of our present knowledge. It would not be foolish to contemplate the possibility of far greater progress still.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
I would predict that the standard of life in progressive countries 100 years hence will be between four and eight times as high as it is today.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
Now it is true that the needs of human beings may seem to be insatiable. But they fall into two classes — those needs which are absolute in the sense that we feel them whatever the situation of our fellow human beings may be, and those which are relative in the sense that we feel them only if their satisfaction lifts us above, makes us feel superior to, our fellows.
Needs of the second class, those which satisfy the desire for superiority, may indeed be insatiable. For the higher the general level, the higher still are they. But this is not so true of the absolute needs. A point may soon be reached, much sooner perhaps than we are all of us aware of, when these needs are satisfied in the sense that we prefer to devote our further energies to non-economic purposes.
Thus, for the first time since his creation, man will be faced with his real, his permanent problem — how to use his freedom from pressing economic cares, how to occupy the leisure, which science and compound interest will have won for him, to live wisely and agreeably and well.
The strenuous purposeful money-makers may carry all of us along with them into the lap of economic abundance. But it will be those peoples who can keep alive, and cultivate into a fuller perfection, the art of life itself and do not sell themselves for the means of life, who will be able to enjoy the abundance when it comes.
Yet there is no country and no people, I think, who can look forward to the age of leisure and of abundance without a dread. For we have been trained too long to strive and not to enjoy.
It is a fearful problem for the ordinary person, with no special talents, to occupy himself, especially if he no longer has roots in the soil or in custom or in the beloved conventions of a traditional society. To judge from the behavior and the achievements of the wealthy classes today in any quarter of the world, the outlook is very depressing!
For these are, so to speak, our advance guard — those who are spying out the promised land for the rest of us and pitching their camp there. For they have most of them failed disastrously, so it seems to me — those who have an independent income but no associations or duties or ties — to solve the problem which has been set them.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
Avarice and usury and precaution must be our gods for a little longer still. For only they can lead us out of the tunnel of economic necessity into daylight.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
I feel sure that with a little more experience we shall use the new-found bounty of nature quite differently from the way in which the rich use it today, and will map out for ourselves a plan of life quite otherwise than theirs.
For many ages to come, the old Adam will be so strong in us that everybody will need to do some work if he is to be contented. We shall do more things for ourselves than is usual with the rich today, only too glad to have small duties and tasks and routines.
But beyond this, we shall endeavor to spread the bread thin on the butter — to make what work there is still to be done to be as widely shared as possible. Three-hour shifts or a 15 hour week may put off the problem for a great while. For three hours a day is quite enough to satisfy the old Adam in most of us!
There are changes in other spheres too which we must expect to come. When the accumulation of wealth is no longer of high social importance, there will be great changes in the code of morals.
We shall be able to rid ourselves of many of the pseudo moral principles which have hagridden us for 200 years, by which we have exalted some of the most distasteful of human qualities into the position of the highest virtues.
We shall be able to afford to dare to assess the money motive at its true value. The love of money as a possession — as distinguished from the love of money as a means to the enjoyments and realities of life — will be recognized for what it is, a somewhat disgusting morbidity, one of those semi-criminal, semi-pathological propensities which one hands over with a shudder to the specialists in mental disease.
All kinds of social customs and economic practices, affecting the distribution of wealth and of economic rewards and penalties, which we now maintain at all costs, however distasteful and unjust they may be in themselves, because they are tremendously useful in promoting the accumulation of capital, we shall then be free, at last, to discard.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
A point may soon be reached when these needs are satisfied in the sense that we prefer to devote our further energies to non-economic purposes.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
Of course, there will still be many people with intense, unsatisfied purposiveness who will blindly pursue wealth — unless they can find some plausible substitute. But the rest of us will no longer be under any obligation to applaud and encourage them.
I see us free, therefore, to return to some of the most sure and certain principles of religion and traditional virtue: that avarice is a vice, that the exaction of usury is a misdemeanor and the love of money is detestable, that those walk most truly in the paths of virtue and sane wisdom who take least thought for the morrow.
We shall once more value ends above means and prefer the good to the useful. We shall honor those who can teach us how to pluck the hour and the day virtuously and well, the delightful people who are capable of taking direct enjoyment in things, the lilies of the field who toil not, neither do they spin.
But beware! The time for all this is not yet. For at least another 100 years we must pretend to ourselves and to everyone that fair is foul and foul is fair; for foul is useful and fair is not.
Avarice and usury and precaution must be our gods for a little longer still. For only they can lead us out of the tunnel of economic necessity into daylight.
I look forward, therefore, in days not so very remote, to the greatest change which has ever occurred in the material environment of life for human beings in the aggregate. But, of course, it will all happen gradually, not as a catastrophe.
Indeed, it has already begun. The course of affairs will simply be that there will be ever larger and larger classes and groups of people from whom problems of economic necessity have been practically removed.
The critical difference will be realized when this condition has become so general that the nature of one's duty to one's neighbor is changed. For it will remain reasonable to be economically purposive for others after it has ceased to be reasonable for oneself.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
The increase of technical efficiency has been taking place faster than we can deal with the problem of labor absorption. The improvement in the standard of life has been a little too quick.
Description: http://www.theglobalist.com/images/callouts/horizontal.gif
The pace at which we can reach our destination of economic bliss will be governed by four things: our power to control population, our determination to avoid wars and civil dissensions, our willingness to entrust to science the direction of those matters which are properly the concern of science, and the rate of accumulation as fixed by the margin between our production and our consumption — of which the last will easily look after itself, given the first three.
Meanwhile there will be no harm in making mild preparations for our destiny, in encouraging, and experimenting in, the arts of life as well as the activities of purpose.
But, chiefly, do not let us overestimate the importance of the economic problem, or sacrifice to its supposed necessities other matters of greater and more permanent significance.
It should be a matter for specialists — like dentistry. If economists could manage to get themselves thought of as humble, competent people, on a level with dentists, that would be splendid!
Editors note: This Globalist Document is excerpted from John Maynard Keynes' "Economic Possibilities for Our Grandchildren," published in 1931 in "Essays in Persuasion."

Join the discussion of this article on our Facebook page.

Follow The Globalist on Twitter.
 

Um agradecimento a uma homenagem: a mim mesmo - Paulo Roberto de Almeida

Self-explaining, I think.
Em todo caso, transcrevo aqui a mensagem recebida do Uniceub:

Convidamos professores e alunos a participar do lançamento do edital 2013 do Prêmio UniCEUB de Mérito Acadêmico no dia 7 de maio de 2013, terça-feira, no auditório do bloco 1, às 9h30. Na oportunidade, será divulgada a classificação final e realizada a cerimônia de premiação do edital 2012 do Prêmio.
O Prêmio UniCEUB de Mérito Acadêmico foi instituído pelo reitor do UniCEUB e tem como objetivo valorizar e tornar públicos os integrantes da comunidade acadêmica que contribuem para o reconhecimento do UniCEUB como centro universitário de referência nacional. 
UniCEUB 

Esclareço, apenas, que pela minha contagem, eu devo ter feito algo em torno de 220 pontos, essencialmente devido a publicações, meu vício incurável.
Alguém já disse que eu represento 50% do "PIB" publicado em matéria de produção acadêmica e contribuições intelectuais agregando ao bom nome da instituição. Acredito...
Abaixo, minha carta de agradecimento, por ter sido distinguido com o Primeiro Prêmio, geral, ou seja, máximo.
Paulo Roberto de Almeida 


Hartford, 7 de Maio de 2013
À Reitoria do Uniceub
À Diretoria Acadêmica

Magnífico Senhor Reitor Getúlio Américo Moreira Lopes,
Excelentíssimo Senhor Professor Carlos Alberto da Cruz,

Gostaria de, mesmo à distância, agradecer muitíssimo a distinção que acaba de me ser concedida no quadro do 1o. Prêmio UniCEUB de Mérito Acadêmico, relativo ao ano de 2012. Algum mérito realmente posso exibir, muito em função de minha produção acadêmica publicada, de minha participação constante em eventos da área e também de minha presença em diversos veículos de comunicação, do Brasil e do exterior, através dos quais tenho podido realçar, sempre, minha vinculação a essa instituição, em especial aos programas de mestrado e doutorado coordenados de maneira muito competente pelo Prof. Dr. Marcelo Dias Varella, que me representou na cerimônia realizada nesta manhã, à qual não pude comparecer por estar no exterior a serviço do Governo.
Mas, e quero enfatizar devidamente este aspecto, o mérito que me foi tão generosamente atribuído também pertence, e bastante, à própria instituição, que tem sabido valorizar seu corpo docente, bem como o conjunto de servidores, pelo excepcional ambiente de trabalho oferecido, pelo reconhecimento dos esforços de cada um no desempenho das funções que lhes são atribuídas, e por suas políticas altamente efetivas de suporte material, humano, logístico e propriamente acadêmico, sem as quais o desempenho de todos e cada um não seria possível com o rendimento, a dedicação e a produtividade, que constituem marcas registradas do UniCEUB desde longos anos.
A partir da constatação acima, concluo que estes dois aspectos – meu próprio esforço na docência e na produção intelectual, por um lado, e as formas pelas quais o UniCEUB contribui, por outro lado, para que estes esforços sejam canalizados em proveito dos alunos, valorizando seu corpo professoral – se combinam de maneira virtuosa para fazer da instituição, sem qualquer sombra de dúvida, a melhor do Centro-Oeste e, possivelmente, uma das melhores do Brasil, tanto no campo privado quanto no confronto com as grandes instituições públicas de ensino superior (com a peculiaridade de que o UniCEUB está continuamente avançando, e o mesmo talvez não possa ser dito das universidades públicas). De fato, os professores do Uniceub cumprem o seu papel quanto aos fins – que são os da capacitação pessoal, intelectual e técnico-científica, de cada um de seus alunos, de sua proficiência futura no campo profissional, da formação de recursos humanos de qualidade para o desenvolvimento brasileiro – mas não poderiam fazê-lo se o UniCEUB não lhes fornecesse os meios adequados para tanto. Fins e meios estão muito bem atados no UniCEUB.
Desde meu afastamento temporário do magistério direto – embora continue vinculado aos programas, pela orientação à distância, pela participação na avaliação da produção dos inscritos, por meio de diversas outras formas sempre coordenadas pelo Prof. Marcelo Varella – tenho continuado a valorizar e realçar minha vinculação à instituição, de que são provas o cabeçalho deste modelo de papel carta, e o registro de minha qualificação acadêmica nas atividades de que venho participando nos EUA, bem como em diversos trabalhos redigidos em inglês, que estão sendo aqui publicados. Já fiz palestras, sempre esclarecendo que falava como acadêmico, e não como diplomata, na University of Connecticut Business School, no Brazil Institute da University of Illinois, em Urbana, e participei de seminários nas universidades de Yale e de Chicago. Participarei proximamente de eventos em Baltimore (Society of Economic and Business History) e nas universidades de Brown, Harvard e Connecticut, nos EUA, e na de Ottawa, no Canadá, bem como farei palestras sobre o Brasil e a América Latina no Foreign Service Institute do Departamento de Estado, em Washington, DC.
Desejo, finalmente, agradecer mais uma vez a boa disposição do Uniceub em me manter vinculado a seu corpo professoral mesmo quando afastado temporariamente das atividades docentes, o que ocorreu, por breve tempo, em 2009 – quando fui Visiting Scholar na Universidade do Illinois –, em 2010, por tempo mais largo – quando estive a serviço do Itamaraty na China –, novamente no primeiro semestre de 2012 – quando fui professor convidado no Institut de Hautes Études de l’Amérique Latine, da Universidade de Paris –, e neste momento, quando estou a serviço do Governo brasileiro no Consulado Geral do Brasil em Hartford.
A todos, novamente, os meus agradecimentos pela distinção do Prêmio, ao Prof. Marcelo Varella pelo encargo de me representar na cerimônia de premiação, e a saudação especial do

Paulo Roberto de Almeida
Professor, Diplomata

C.c.: Prof. Dr. Marcelo Varella

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...