sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Transportes publicos gratuitos: governo enlouqueceu de vez (ou talvez o IPEA), ou faz demagogia eleitoral

Acabo de ouvir na rádio que um estudo do IPEA, esse órgão que um dia, num passado distante, já foi algo racional, ou pelo menos não tão maluco quanto atualmente, propõe transportes coletivos gratuitos para 7 milhões de pessoas (só isso), para estudantes, idosos, militares, e outros "pobres", sendo que o governo subsidiaria o custo, à razão de 8 bilhões de reais por ano (ao que parece).
Segundo o técnico do Ipea, que explicou a maravilha ao repórter da rádio, o transporte não seria exatamente gratuito, pois teria custo, mas este não seria coberto pelos beneficiários, mas sim pelo "poder público".
Como todo mundo sabe, o "poder público" é aquela entidade mágica que tira dinheiro do ar, ou inventa dinheiro, sem que isso tenha qualquer custo para a sociedade...

Eu já deixei de me surpreender com as demagogias eleitorais desse governo, que está simplesmente destruindo a economia nacional, com esse tipo de medida demagógica e absolutamente irracional no plano econômico.
Poucos dias atrás, o "ministro"  da Aviação Civil anunciou que todo brasileiro passará a poder viajar de avião pelo custo de uma passagem de ônibus, sendo que o governo (mais uma vez, esse monstro metafísico, tão bonzinho) cobriria a diferença, como ele pensa fazer com os transportes coletivos urbanos.
O governo enlouqueceu, ou apenas recrudesce na demagogia barata.
Tudo isso vai custar muito caro, não necessariamente em termos absolutos, mas em desorganização completa da economia nacional e, sobretudo, na psicologia popular. Todo mundo vai passar a acreditar que basta ter "vontade política"  -- como disse o técnico do Ipea, que deve ser um completo idiota -- que se pode fazer.
Pobres brasileiros, pobre Brasil...
Paulo Roberto de Almeida

Winery: quanto mais perto melhor (tenho uma ao lado de casa...)

E ainda passei hoje por lá, para comprar um champagne, mais três garrafas de vinho e mais uma de Amaretto di Sarono.
Chers...
Paulo Roberto de Almeida

23 motivos excelentes para beber mais vinho

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Publicado no BuzzFeed
23 motivos excelentes para beber mais vinho 

1. Você tem a oportunidade de usar uma variedade de taças bem bacanas. 

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Syrah/Shiraz // Bordeaux/Cabernet // Tempranillo/Rioja // Borgonha/Pinot Noir // Zinfandel/Chianti // Sauvignon Blanc // Riesling (doce) // Chablis/Chardonnay // Montrachet // Riesling (seco)/Pinot Grigio // Champanhe // Champanhe vintage // Sauternes // Rosé/Blush // Porto vintage

2. Pessoas que bebem quantidades moderadas de álcool, incluindo vinho tinto, parecem ter um risco menor de desenvolverem doenças cardíacas.

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Caixas de suco!
É a CLÍNICA MAYO quem diz, e isso já basta para mim.

3. Não tem como fazer luminárias legais com garrafas de vinho sem dispor de garrafas vazias.




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Como fazer para esvaziar as garrafas é com você. As instruções para fazer as luminárias estão aqui.

4. Kalimoxtos são deliciosos.

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É um drinque feito com vinho tinto e Coca-Cola, e antes que você critique, experimente um! Confie em mim.

5. A expressão “só uma taça” é sempre relativa.

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Finalmente! Uma taça de vinho que atende às minhas necessidades!

6. Porque as garrafas de vinho vêm com rótulos muito bonitos.

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O que, sejamos honestos, representa metade da sua motivação para ter comprado a garrafa, em primeiro lugar.

7. O vinho mantém a sua memória afiada.

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Rapazes, eu estou muito inteligente agora, vocês nem fazem ideia.
Bem, talvez não a curto prazo (ou seja, depois de quatro copos). Mas um estudo da Universidade de Columbia descobriu que a função cerebral decai a uma taxa significativamente mais rápida em abstêmios do que em bebedores moderados.

8. Pessoas que bebem vinho têm uma taxa de mortalidade 34% mais baixa do que quem bebe cerveja ou destilados.

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Precisamos de uma caixa de Chardonnay.
Isso é CIÊNCIA. Passe para cá esse Riesling!

9. O vinho exacerba os sabores já encantadores de suas comidas preferidas.

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Combinando vinho e comida
(Clique aqui para ampliar gráfico.)

10. Beber vinho pode contribuir para a atmosfera de qualquer clube literário.

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Meu clube literário só lê rótulos de vinhos.
Você SÓ está bebendo para ter algo para fazer entre as discussões dos capítulos,certo?

11. Você não precisa gastar mais do que US$20 (ou melhor, mais de US$10!) para beber alguma coisa minimamente saborosar.

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12. Porque às vezes os adultos também precisam de copinhos com tampa.
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13. Porque você pode encontrar vinhos batizados em homenagem a todas as suas sobremesas favoritas.
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Cupcake / Pote de geleia / Bolo em camadas 

14. O vinho é superportátil.

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Especialmente com esta bolsa porta-garrafa. E este sutiã com compartimento para vinho.

15. Os polifenóis presentes no vinho tinto podem ajudar a prevenir problemas de gengiva.

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Estou interessado em manter minha gengiva em bom estado. Saúde!

16. Você pode fazer uma cadeira com rolhas de vinho!

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É urgente que você beba vinho para preencher suas necessidades humanas básicas como ESTRUTURA e MOBÍLIA.

17. É bem fácil fingir algum conhecimento enológico.

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Uau, o tinto combina bem com o branco.
Aqui está um guia para iniciantes. Diga “amadeirado” várias vezes.

18. Cabernet sauvignon, petit syrah e pinot noir são os que mais contêm flavonoides.

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Oh, meu Deus
Eles são os bons antioxidantes que comprovadamente inibem o desenvolvimento de tumores em certos tipos de câncer. Melhor beber.

19. Porque você não tem como preencher isto com latas de cerveja, é ou não é?

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20. O champanhe contém cerca de dez calorias a menos por taça que os vinhos nāo espumantes, e normalmente é servido em doses menores, fazendo dele uma opção mais saudável.

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Então, basicamente, champanhe = uma salada de couve.

21. Você pode consumir vinho até mesmo em FORMA DE SORVETE.

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Isso é sorvete contendo 5% de álcool. Não repare, mas vou ter que aceitar!

22. Porque você nem precisa sair de casa para obter o efeito completo.

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Vamos fazer uma degustação de vinho no sofá
(Você precisa desta camisa.)

23. Beber vinho pode reduzir o risco de depressão.

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Deixe-me pegar umas taças de vinho para nós, querida.
Um estudo publicado na revista BMC Medical descobriu que o consumo de duas a sete taças de vinho por semana pode reduzir a depressão.

L’chaim!

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Os médicos dizem que uma taça de vinho por dia pode estender sua vida. Tim-tim.

Comentários

Diplomacy for Dummies?; ou The Idiot's Guide to Become a Diplomat?; Whatever, um livro com dicas...

Bem, não conheço o livro ainda para me inclinar por qualquer dos títulos, mas acredito que seja sério, sem essas piadas sem graça que figuram no título deste post.
Sendo sério, deve ter coisas importantes a ensinar aos candidatos à carreira.
Estou esperando que me ofereçam, para ler e resenhar, como faço com todos os livros dos diplomatas...
Parece um pouco de auto-propaganda, mas como dizem, a propaganda é a alma do negócio. Um pouco de self-marketing não pode fazer mal...
Paulo Roberto de Almeida

A caminhada de uma diplomata

 
Agência de Notícias Brasil-Árabe, 11/12/2013

A brasileira Claudia Assaf lança o livro 'Diário de Bordo: um voo com destino à carreira diplomática', no qual conta a história de seu ingresso no Itamaraty e como o idioma árabe a impulsionou na profissão.


Arquivo pessoal
Assaf trabalha na representação do Brasil na ONU
São Paulo – A carioca Claudia Assaf andou por muitos caminhos antes de se tornar diplomata. Formou-se em matemática, trabalhou com informática, morou na Síria, foi aeromoça, estudou jornalismo, relações internacionais e foi reprovada três vezes antes de ter sucesso no concurso para o Instituto Rio Branco, passagem obrigatória para quem quer entrar nos quadros do Itamaraty. A trajetória não foi fácil e ela decidiu compartilhar sua história com outras pessoas interessadas em representar o País no exterior. Sua experiência está relatada no livro Diário de Bordo: um voo com destino à carreira diplomática, com lançamento este mês pela editora Fólio Digital.
A obra relata as diversas mudanças pelas quais ela passou em sua vida até se tornar uma representante do Brasil e tem por objetivo incentivar as pessoas que querem seguir o mesmo caminho, ainda que nunca tenham tido experiência na área internacional.

“O livro é mais voltado para quem está descrente. Eu trabalho muito a minha ansiedade no livro. A obra é para um público de mais de 30 anos de idade e que vem de áreas muito diferentes da diplomacia”, explica Assaf. Outro ponto de destaque do livro é seu aprendizado do idioma árabe, fator que ajudou a brasileira a impulsionar sua carreira diplomática.

Aos 22 anos, Assaf trabalhava em uma multinacional de tecnologia em informática, no Rio de Janeiro, onde havia entrado depois de uma pós-graduação em Análise de Sistemas. De ascendência síria, porém, seu sonho era aprender a língua dos avós maternos. Assim, depois de se inscrever no consulado da Síria, ela conseguiu uma bolsa de dois anos para estudar na Universidade de Damasco.

 
 
 
Divulgação
Diplomata conta experiências em livro
“Eu convivia com diversas meninas sírias, que me ajudavam e queriam saber tudo sobre o Brasil. Com isso, fui vendo que existia um outro mundo, a matemática foi perdendo o sentido. Eu falava árabe 24 horas por dia, fui entrando no mundo de uma outra língua”, relata.

Quando o curso acabou, ela conseguiu um emprego em uma companhia aérea do Bahrein e trabalhou ainda na aviação presidencial dos Emirados Árabes Unidos. “Quando estava na aviação, simpatizei com essa vida internacional. Eu amava o Brasil e queria fazer algo internacional. Em todo país que eu visitava, eu ia à embaixada (brasileira)”, conta.

Quando voltou para o Brasil, no entanto, se viu sem profissão. “Tudo o que eu sabia sobre informática estava ultrapassado”, diz. Foi aí que ela decidiu mudar de área e atuar em Humanas. Fez um curso rápido de jornalismo, mas também sem conseguir entrar na área, decidiu apostar no sonho de ser diplomata.

“Uma das táticas que eu usei foi uma nova graduação. Eu queria começar do zero”, diz, sobre a faculdade de Relações Internacionais. Além disso, foram muitas horas de estudo sozinha e também com professor particular. Ela havia se disposto a tentar por sete anos, mas nem foi preciso tanto. No quarto, ela foi aprovada.

A carreira
Depois de quase uma década fora do Oriente Médio, a região foi a primeira escolha de Assaf, que atuou por cerca de cinco anos em Doha, no Catar. “O árabe é meu maior diferencial e vem sendo uma ferramenta muito importante”, diz. Segundo ela, o sentimento de que havia conseguido se tornar o que queria veio com a realização da segunda Cúpula América do Sul – Países Árabes, que ocorreu naquele país em 2009.

“Ajudei a organizar a recepção do presidente Lula com a embaixada. No dia em que o avião da FAB aterrissou, eu, como diplomata, estava esperando para receber o presidente. Eu estava na porta do avião quando o Lula desceu. É uma honra muito grande”, lembra emocionada. “Ali eu encontrei o que queria para a minha vida, que era trabalhar para o meu país com uma dimensão internacional”, afirma.

Atualmente, ela integra a Missão Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Assaf cuida de sete temas distintos relacionados a economia e finanças. Suas atividades incluem assessorar os embaixadores do Brasil na ONU durante as reuniões da organização, participar de negociações, entre outras.

Uma dica de ouro para quem se interessa pela área? Estudar a língua portuguesa. “Não adianta saber tudo de economia, direito e história se você não souber escrever direito o português”, avisa. Ela mantém ainda um site (www.dicas-da-diplomata.com.br) e uma fanpage no Facebook (http://migre.me/gXwMV) para ajudar os candidatos a diplomata. Quem quiser mais dicas sobre o tema, só mesmo lendo o livro. A obra terá lançamento em dias distintos no Rio, Brasília e São Paulo.

Serviço
Lançamento do livro Diário de Bordo: um voo com destino à carreira diplomática

Rio de Janeiro
16/12/2013, segunda-feira, das 18h às 20h30
Livraria Cultura
Rua Senador Dantas 45, Centro

Brasília
20/12/2013, sexta-feira, das 19h às 20h30
Restaurante Carpe Diem, 104 Sul

São Paulo
21/12/2013, sábado, das 17h às 19h
Espaço Bibliaspa
Rua Baronesa de Itu, 639 - Santa Cecília - São Paulo – SP

PT = Patifes Totalitarios? - Milton Simon Pires

A CONDIÇÃO DE HOMEM COMUM
Milton Pires, 12/12/2013

Quando escreveu “Em Busca de Sentido”, Victor Frankl, lembrando de sua experiência no campo de concentração, descreveu situações em que alguns de seus colegas simplesmente desistiam de viver. Eles deixavam-se ficar nos alojamentos, deitados em suas camas...não buscavam mais por comida e finalmente, vagarosamente, morriam..
Duvido da existência de uma “teoria psicológica das sociedades”..Vejo com ressalvas a ideia de entender o coletivo como um organismo vivo em que imperam os impulsos de um inconsciente único capaz de ser estudado sob leis e princípios equivalentes aos da psicanálise.
Escrevo essas linhas com a intenção de pura especulação. Meu objetivo é tentar imaginar que efeito poderiam ter o caos e a corrupção..a sensação de desesperança ou de que “as coisas sempre foram assim” sobre o Brasil Petista. Uso essa expressão, Brasil Petista, no mesmo sentido em que os historiadores falam em Alemanha Nazista. Entendo perfeitamente as diferenças entre os dois regimes sem ser ingênuo para compará-los em termos do holocausto e do genocídio que um deles produziu, mas sempre lembrando que são os dois representantes inseparáveis da experiência totalitária do século XX. O PT, assim como o Partido Nacional Socialista, é um organização criminosa e totalitária. Já escrevi sobre isso antes e não vou voltar ao assunto aqui.
Retorno ao tema do texto colocando agora a o problema sob forma de pergunta: quais os efeitos sobre o povo brasileiro que o caos e a corrupção, continuamente noticiados, trazem para nossa capacidade de reagir?? Existirá na sociedade uma reação semelhante aquela descrita por Frankl para aqueles estavam no campo de concentração?
Afirmo aqui que existe um grau de corrupção, um nível de caos e de confusão dentro de uma sociedade onde toda esperança num futuro diferente desaparece..Um momento de sofrimento único cuja comparação que me ocorre fazer no momento é aquela do Camboja em 1973 quando os B-52 lançaram sobre o pequeno país uma quantidade de explosivos maior que tudo aquilo que os Estados Unidos usaram na Segunda Guerra Mundial. Os sobreviventes, muitas vezes cegos e surdos, saindo de suas seus abrigos (verdadeiras tocas no chão) encontravam-se perante uma paisagem quase lunar. Numa experiência única sentiam-se como que “fora do tempo”...esperando por alguém ou alguma coisa que pudesse lhes devolver o “sentido” da vida...momento perfeito para o surgimento do Khmer Vermelho e do seu regime genocida..
Novamente faço a ressalva de que sei muito bem que não estamos na Alemanha Nazista, que B-52 algum despejou bombas sobre o Brasil e que essas comparações (perigosas como qualquer comparação) tem por objetivo único estabelecer um paralelo..uma simples analogia em termos do grau de apatia..da sensação de desesperança entre os sobreviventes das grandes tragédias que eu relatei e dessas pequenas tragédias brasileiras...essas que, sem bombas e campos de concentração, nos vão matando aos poucos..nos reduzindo a seres fora do tempo e portanto a homens e mulheres sem esperança.
Cada vez que dizemos que as coisas “sempre foram assim” ou que “antes era muito pior” abdicamos da capacidade de imaginar um mundo diferente...nós nos anestesiamos..nos tornamos convictos de que todos os partidos são iguais, todos os políticos são iguais que todos NÓS somos iguais...Nós nos tornamos tão iguais, uns aos outros, que precisamos cada vez mais da noção de “minorias” para encontrar nelas aquilo que antes foi inerente a própria condição humana. Somente nos encontramos com força suficiente para termos piedade quando olhamos para “mulher espancada”..para o “negro despedido”...para “criança abusada”..Nós precisamos cada vez mais de subgrupos para depositar o que nos resta de compaixão e o que ainda nos identifica como humanos numa curiosa inversão de hierarquia em que só a condição de exclusão é capaz de justificar a caridade e o princípio de empatia.
Ai daquele que em sofrimento for só mais um ...um que não pode despertar piedade por pertencer a algum grupo minoritário..a uma parcela de excluídos..um que não seja refugiado de guerra ou perseguido político..que seja só mais um qualquer, quem sabe até nós mesmos..numa emergência imunda ou dormindo numa rua sem nome...Esse vai morrer sozinho..na condição de homem comum.

Em memória do amigo Oswaldo Flores

Porto Alegre, 12 de dezembro de 2013

A piada da semana: Russia pacifista e moralizadora...

Leio no jornal do chefe da quadrilha (atualmente com muito tempo disponível para escrever não só no seu blog e artigos de jornal, mas também romances inteiros, a la Tolstoi) esta coisa magnífica:

Presidente russo, Vladimir Putin fez uma crítica velada aos Estados Unidos, nesta quinta-feira, ao descrever a Rússia como uma força para a paz e de moralidade...

Não é uma gracinha?
Ou ele estava fazendo piadas, ou tinha tomado muita vodka...
Paulo Roberto de Almeida

Maconhabras? Despues del Ente Estatal Uruguayo de la Yerba? - Carlos Alberto Sardenberg

Não vai dar certo, claro, posso apostar minha biblioteca inteira como não vai dar certo.
Os traficantes, de inimigos, vão se tornar aliados do Estado, e até dispensar uma Ordem Cocalera de los Amigos de la Coca para o camarada José Mujica de la Yerba Buena, pelo favor de retirar a repressão de cima deles.
Agora todo mundo vai virar burocrata da maconha estatizada, sendo que alguns vão continuar vendendo e lucrando sem declarar nada ao Estado e suas entidades de arrecadação de impostos, etc.
Estou até apostando que os traficantes vão fazer concorrência para o Estado, vendendo mais barato do que as próprias farmácias estatais da maconha.
Eles podem até subsidiar uma parte, fazer dumping, pois vão lucrar com clientes domésticos e toda a malta brasileira, argentina, americanos sequiosos, que vão desembarcar no Uruguai para puxar um fuminho muy tranquilitos...
Quedáte hermano: vamos para la yerba ahora...
Só que essa yerba já não será o mate, quente ou frio, e sim um fuminho estatal, com selo de qualidade do Ente Estatal.
Aposto como os companheiros vão ficar com inveja, e como são loucos por uma estatal, para abrigar companheiros desempregados -- ou simplesmente querendo ganhar sem trabalhar -- vão providenciar logo uma Maconhabras.
Vai ter muito marxista mucho loco que vai pedir para ser diretor...
O partido dos companheiros vai partir em fumaça, literalmente...
Paulo Roberto de Almeida

Maconheiro estatal
Carlos Alberto Sardenberg
O Globo, 12/12/2013

Legalizar a maconha não é uma boa ideia. Mas pode levar a uma situação menos ruim que a atual. Os usuários continuariam aí ─ e necessitando de cuidados ─, mas os traficantes perderiam o mercado e, pois, o dinheiro com o qual ganham a guerra, assassinando desde adversários até usuários inadimplentes, intimidando e corrompendo policiais, juízes e governantes. O Estado economizaria bilhões hoje torrados em operações policiais.


E por que legalizar só a maconha ou inicialmente a maconha? Porque é a menos prejudicial das drogas e porque forma a maior parte do mercado.

A tese não é nova. Tem sido debatida por um grupo de ex-presidentes, incluindo Fernando Henrique Cardoso. Nos EUA, os estados de Colorado e Washington aprovaram há um ano o “uso recreativo da maconha”, sob regras, agora estabelecidas, que organizam a produção e a venda. No Uruguai, o Congresso acaba de legalizar a maconha, prevendo normas que ainda serão explicitadas por ato do presidente José “Pepe” Mujica.

É curioso. A ideia de legalizar é, na origem, liberal. Melhor deixar a escolha por conta do cidadão livre, o mercado para a livre iniciativa. Decisão polêmica, certamente, e mais ainda para o esquerdista Mujica. Consequência: o governo uruguaio tenta dar à ideia uma aparência de política pública de esquerda. Quer sair das sombras do tráfico para o controle total do Estado.

Acreditem: nas primeiras discussões, Mujica e seus seguidores falaram em estatizar tudo, desde as fazendas de cannabis até as fábricas de cigarros e as redes de varejo. A lei aprovada nesta semana não foi assim explícita. Prevê, por exemplo, o licenciamento de produtores, mas não diz como isso será feito, nem quais empresas poderão se habilitar. Fica claro, porém, que todo o processo, inclusive a importação de sementes e eventual exportação de maconha, será controlado diretamente pelo Estado.

Entre “entregar” o negócio ao capital privado que só busca lucro e criar uma superestatal agroindustrial e comercial, no que o leitor apostaria?

Os consumidores, esses serão estatizados. Para comprar os cigarros, a pessoa, maior de 18 anos, precisa se cadastrar em um órgão governamental. Terá assim uma carteirinha de maconheiro, com a qual poderá comprar até 40 cigarros por mês.

O preço será tabelado pelo governo. Talvez um dólar por cigarro, para competir com o tráfico, dizem as autoridades, e também para não se tornar uma atividade muito lucrativa. Ora, se não for lucrativa, terá que ser assumida ou subsidiada pelo Estado.

Usuários poderão plantar e processar sua própria erva, em casa. Isso com licença do governo, limitada a seis plantas por domicílio, sob rigorosa fiscalização, claro.

Então, vamos reparar? É ou não é uma das melhores ideias de jerico já produzidas pela esquerda latino-americana? Estatizar e subsidiar o barato é uma proeza.

Mas, dirão, a maconha estatizada deve ser melhor que um mercado dominado pelo tráfico. Seria, se a estatizada não estivesse prontinha para cair nas mãos dos traficantes.

Começa pela carteirinha de maconheiro. Digamos que uma minoria de militantes da droga tope isso, para marcar posição. Mas o maconheiro, digamos, normal, não vai querer manchar seu nome.

Não é por que terá sido legalizada que a maconha ganhará aprovação social e absolvição médica. Todos sabem que a droga é nociva, vicia e prejudica o desempenho das pessoas.

Assim, companhias aéreas, empresas de ônibus, construtoras, fábricas com equipamentos complexos têm um bom argumento para recusar os maconheiros oficiais. Isso cria uma questão jurídica. Se a maconha é legal, como a empresa pode discriminar o usuário? Por outro lado, admitindo que tudo esteja montado, forma-se um baita mercado. Cada maconheiro oficial tem direito a 40 cigarros/mês. Eis um novo emprego. Os traficantes vão mobilizar “funcionários” que ganharão algum dinheiro sem trabalhar, apenas se registrando como maconheiros.

Na verdade, a produção estatizada vai dispensar o tráfico de boa parte do plantio, produção e distribuição. Se os traficantes hoje compram até juízes, não conseguirão seduzir um funcionário de uma lojinha oficial? Ou convencer moradores a plantar e vender o excedente? Vão financiar a produção doméstica.

Finalmente, todo o complexo estatal da maconha será um grande negócio. Ou seja, muitos cargos ─ e dinheiro ─ para serem disputados pelos políticos.

Quem defende a legalização da maconha reconhece que a maior dificuldade é justamente o processo. A estatização à Uruguai é a pior proposta. As regras dos estados americanos? Próximo assunto.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Brasil perde competitividade - Penultimo lugar em estudo da CNI

PRODUÇÃO INDUSTRIAL. COMPETITIVIDADE BRASIL 2013
CNI. ESTUDO, 12/12/2013

BRASIL OCUPA PENÚLTIMO LUGAR EM RANKING DE COMPETITIVIDADE. LEVANTAMENTO MOSTRA QUE O PAÍS MELHOROU EM APENAS DOIS DOS OITO ASPECTOS PESQUISADOS EM RELAÇÃO A 2012:


'DISPONIBILIDADE E CUSTO DE CAPITAL' E 'AMBIENTE MACROECONÔMICO'.
O Brasil é menos competitivo que seus principais concorrentes. O estudo Competitividade Brasil 2013, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que as empresas brasileiras só ganham das argentinas na competição por mercado em um conjunto de 15 países com características econômico-sociais ou posicionamento no mercado internacional semelhante. A posição de penúltimo lugar é a mesma do relatório anterior, referente a 2012. No entanto, com a inclusão da Turquia neste ano, passaram a ser 15 os países pesquisados, o que levou o Brasil a mudar da 13ª colocação para a 14ª. A nação mais competitiva do grupo permanece sendo o Canadá. Nos oito fatores considerados condicionantes da competitividade de um país, o Brasil se encontra no terço inferior (entre a 15ª e a 11ª posição) em cinco aspectos e, nos outros três fica no terço intermediário (da 10ª à 6ª). A pior situação é a dos fatores 'peso dos tributos' (14º lugar), 'disponibilidade e custo de capital' (14º), seguida por 'infraestrutura e logística' (13º), 'ambiente microeconômico' (13º) e 'educação' (9º). O país está um pouco melhor em relação à 'disponibilidade e custo de mão de obra' (7º), 'ambiente macroeconômico' (10º) e 'tecnologia e inovação' (8º). Com o objetivo de promover o aumento da competitividade da indústria na próxima década, a CNI lançou neste ano o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, documento construído em conjunto com mais de 500 representantes empresariais. Ele servirá de base para as sugestões que o setor apresentará aos candidatos à Presidência da República em 2014. A resposta para muitos dos problemas identificados no estudo está no Mapa Estratégico. Ele define as ações necessárias para fazer o Brasil crescer mais e melhor e se tornar cada vez mais competitivo.

DESEMPENHO.
O país melhorou em apenas dois aspectos em relação à edição de 2012: 'disponibilidade e custo de capital' e 'ambiente macroeconômico'. No primeiro caso, passou do último para o penúltimo lugar, à frente da Argentina, em função da redução das taxas de juros. Já a desvalorização cambial fez o Brasil subir da última para a 10ª colocação no quesito 'ambiente macroeconômico'. Por outro lado, de 2012 para este ano, o país perdeu posição em três fatores: 'disponibilidade e custo de mão de obra', 'infraestrutura e logística' e 'tecnologia e inovação'. Todos os fatores influenciam o desempenho da indústria brasileira no mercado internacional. Nos torna menos competitivos, onera nossos investimentos e aumenta nossos custos. O importante é que o país consiga desenvolver uma agenda para enfrentar essas questões. É fundamental que o Brasil disponha de um sistema estruturado de metas e objetivos com monitoramento e acompanhamento dos resultados. Os vizinhos latino-americanos também estão em desvantagem. Com exceção do Chile, que se situa no terço intermediário e ocupa o 6º lugar, os demais países da América Latina encontram-
se no terço inferior. O México aparece em 12º lugar, a Colômbia em 13º e a Argentina em 15º.

PAÍSES.
Além do Brasil, foram avaliados: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia, Rússia e Turquia. Esta é a terceira edição do estudo, que foi publicado pela primeira vez em 2010, e novamente em 2012. Ao todo, são avaliados oito aspectos: disponibilidade e custo de mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística; peso dos tributos; ambiente macroeconômico; ambiente microeconômico; educação; tecnologia e inovação.

AVALIAÇÃO DO BRASIL NOS OITO ASPECTOS:

1. DISPONIBILIDADE E CUSTO DE MÃO DE OBRA. 

A perda do ritmo de crescimento da força de trabalho ajudou o Brasil a perder três posições no quesito de um ano para outro. Em 2012, o país ocupava o 4º lugar. Neste ano passou para o 7º. Os componentes do fator colocam o Brasil em posições bem distintas. Ao mesmo tempo em que ocupa a 4ª posição em disponibilidade de mão de obra, aparece em 12º lugar quando se compara o custo de mão de obra em função da baixa produtividade do trabalho na indústria.

2. DISPONIBILIDADE E CUSTO DE CAPITAL. 

Em relação a esse fator, apenas a Argentina é mais mal colocada que o Brasil, que aparece em 14º. Considerando os três subfatores - custo do capital, disponibilidade do capital e sistema financeiro -, os resultados são distintos. O país é o menos competitivo no quesito custo de capital. O spread da taxa de juros permanece sendo o pior da lista, mas a taxa de juros real de curto prazo melhorou da 14ª posição para a 10ª de um ano para outro. Em relação à disponibilidade de capital, o Brasil ocupa uma colocação intermediária (8ª), assim como em relação ao sistema financeiro (7ª).

3. INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA.
Somente os vizinhos Colômbia e Argentina têm piores colocações que o Brasil (13º) nesse quesito. A culpa é da baixa qualidade da infraestrutura de transporte, um dos subfatores, que coloca o país no último lugar do grupo. O Brasil está mal colocado em todos os quesitos: qualidade das rodovias (13º), da infraestrutura ferroviária (13º), da infraestrutura portuária (15º) e do transporte aéreo (15º). Quando se analisa a infraestrutura de energia e telecomunicações, outro subfator, o país ocupa posição intermediária (7ª). Em relação ao subfator alfândega e operadores, que avalia a qualidade dos serviços associados ao comércio exterior, o Brasil ocupa posição intermediária (10ª).

4. PESO DOS TRIBUTOS. 
A carga tributária aparece como uma clara desvantagem competitiva em relação aos demais países. O Brasil aparece em 14º. Somente na Argentina o peso dos tributos é maior. No caso da tributação sobre o lucro das empresas, o Brasil fica à frente apenas da Argentina e da África do Sul. O Chile é o país que menos taxa o lucro. No quesito pagamento de impostos pelas empresas, o Brasil se situa na 13ª posição.

5. AMBIENTE MACROECONÔMICO.

A desvalorização do Real tirou o Brasil da última posição para a 10ª no fato ambiente macroeconômico. Também colaborou nesse sentido a trajetória do investimento estrangeiro direto no país. O país é o 4º mais competitivo nesse quesito. Em 2012, ocupava o 6º lugar. Os dois subfatores se contrapõem às outras variáveis que permanecem no terço inferior do grupo: taxa de inflação (11º), dívida bruta do governo (13º) e formação bruta de capital fixo (15º).

6. AMBIENTE MICROECONÔMICO.
O ambiente microeconômico não favorece o país. Apenas Rússia e Argentina têm piores condições que o Brasil, que está em 13º. A dimensão do mercado doméstico coloca o Brasil em 3ª posição, a mesma de 2012. Mas em relação à intensidade da concorrência no mercado doméstico, o país perdeu quatro posições, passando de 9ª, em 2012, para 13ª, neste ano. Em relação à barreira tarifária, caiu de 13º para 14º.

7. EDUCAÇÃO. 
Considerando os 11 países com informações disponíveis para as variáveis consideradas, o Brasil ocupa o 9º lugar. Aparece entre os três piores colocados em dois dos três quesitos analisados: disseminação da educação (8º entre 10) e qualidade da educação (10º entre 12). Já em relação aos gastos com educação, o paí aparece em 5º lugar, entre 13 considerados. O resultado indica que não houve alteração da posição do Brasil em relação à disseminação e à qualidade da educação, mas que o aumento dos gastos implicou em avanço de uma posição nesse quesito.

8. TECNOLOGIA E INOVAÇÃO.
O Brasil está em posição intermediária em relação ao aspecto tecnologia e inovação. Entre os 14 países para os quais existem dados, o Brasil aparece em 8º lugar. Nos dois subfatores apoio governamental e P&D inovação nas empresas aparece em 9º.

ESTUDO: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2013/12/12/5687/20131212121242781963e.pdf

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