Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Papai Noel bolivariano entra na guerra economica... vendendo bonecas Barbie...
Acho que tem algo de errado com esse Papai Noel antecipado, entrando na "guerra econômica" que teria sido iniciada pela burguesia, e pelos inimigos do povo, sabotando o justo desejo consumista dos clientes do primeiro (e provavelmente último) país socialista da América do Sul?
Vamos ver o que sobra para o Natal...
Paulo Roberto de Almeida
Maduro promete "Navidades felices" en Venezuela, baja precios de juguetes a computadores
En Venezuela, la Navidad empezó en noviembre.
Retuers, 13/11/2014
En la principal instalación militar de la capital, el Gobierno socialista de Nicolás Maduro asentó una feria navideña en la que ofrece alimentos, electrodomésticos y computadoras a un tercio de su valor en el mercado.
Al igual que miles de personas, Alberto Monsalve, de 36 años, pasó la noche en la cola para comprar un computador con un descuento de 83 por ciento a 8.300 bolívares (77,5 dólares al cambio paralelo).
"El Gobierno tiene buenas intenciones, pero hay que cambiar la metodología", dijo Monsalve mientras esperaba detrás de una cola de 647 personas. "Tiene que haber más oferta que demanda", se quejó por la excesiva espera.
La medida se da luego de que la popularidad de Maduro cayera en septiembre a un mínimo de 30,2 por ciento y evoca una ola de rebajas en ropa, calzado y electrodomésticos que le permitió al mandatario, a fines del 2013, subir en las encuestas y arrasar en unas elecciones regionales.
"En noviembre y diciembre vamos a garantizar navidades felices para todo nuestro pueblo", dijo Maduro en un acto con militares. "(Cuidaremos) que al pueblo no le roben, que no sea víctima del contrabando".
Maduro y sus ministros acusan a la oposición de fraguar, junto a empresarios, una "guerra económica" que ha azuzado la inflación y el desabastecimiento de bienes básicos y que, asegura, busca derrocarlo.
Sus detractores, sin embargo, sostienen que la inflación superior al 60 por ciento, la escasez y el débil desempeño económico son prueba de que su modelo socialista, implantado por el fallecido Hugo Chávez en 1999, se ha agotado.
"GOBERNAR POR ENCUESTAS"
En medio de una caída sostenida del precio del petróleo -su principal producto de exportación- y millonarios pagos por vencimientos de bonos en los próximos años, analistas creen que la administración de Maduro debe emprender reformas urgentes para apuntalar la economía, como una unificación cambiaria o el aumento de la gasolina más barata del mundo.
Según ellos, el plan "Navidades Seguras" apunta a aumentar la aprobación del mandatario, lo que le daría colchón para emprender las impopulares reformas.
"Maduro se ha dejado tiranizar por la audiencia", dijo Luis Vicente León, director de la encuestadora Datanálisis.
"Un Gobierno no puede gobernar por encuestas y este no ha sido capaz de explicarle a la población que debe tomar medidas", agregó.
A diferencia del año pasado, el plan actual contempla garantizar los ingredientes del alimento típico de las navidades venezolanas, la hallaca, así como ferias navideñas en instalaciones militares y del Gobierno donde se venden, "a precios solidarios", alimentos, computadoras y línea blanca.
Además, el heredero político de Chávez decretó un incremento del salario mínimo a partir de diciembre; un alza que le sigue al 30 por ciento de mayo y 10 por ciento de enero para intentar mantener el poder adquisitivo de los venezolanos en medio de la acelerada inflación.
Desde principios de noviembre, unos 27.000 fiscales fueron enviados por Maduro a revisar los precios en centros comerciales, jugueterías, tiendas de electrodomésticos y ropa.
En el primer día de inspección, y secundado por militares, el superintendente de precios justos, Andrés Eloy Méndez, ordenó en un juguetería del centro de Caracas que la famosa muñeca Barbie que tenía en frente se vendiera en 553 bolívares (cinco dólares al cambio paralelo), desde los 2.999 previos.
Días después, tras el anuncio de la rebaja transmitido en vivo por la televisora estatal, más de la mitad de las 50 personas que hacían cola en la caja de la misma tienda en el centro de Caracas, llevaban, al menos, una Barbie en la bolsa de compra.
"Llevo seis Barbies antes que se agoten", dijo Carmen Suárez, una madre de dos pequeñas que se animó a pedir permiso en su trabajo para visitar la juguetería, la misma que el Gobierno mostró en televisión. "Me dejaron comprarlas todas siempre que no repita el mismo modelo".
Diplomatizzando: estatisticas de acesso revelam interesse pelo debate...
Como o partido totalitário se esforça por controlar os corações e mentes dos cidadãos, eu também me esforço para mostrar como isso é justamente totalitário e inaceitável.
Paulo Roberto de Almeida
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Como é mesmo?
Ousar lutar, ousar vencer!
A luta continua, companheiros, até escorraçar os totalitários de vez...
Manifesto por seriedade no debate economico - Felipe Miranda (Empiricus)
Economia brasileira: o ajuste fiscal possivel - Luka Barbosa (Itau Macroeconomica)
A economia precisa de ajustes macroeconômicos para retomar o crescimento sustentável. Um dos ajustes principais é o das contas públicas, por meio do aumento do superávit primário. Mas qual seria o ajuste das contas públicas factível nas condições atuais?
Por um lado, o ajuste fiscal é essencial para retomar a confiança na economia, por outro, há dificuldades concretas para implementá-lo no curto prazo.
De forma geral, acreditamos em um cenário macroeconômico de ajustes considerados mínimos; suficientes para evitar a deterioração da economia, mas não profundos o suficiente para gerar uma retomada vigorosa do crescimento. A nossa perspectiva para o ajuste fiscal se encaixa neste contexto. Acreditamos que o governo ajuste as contas públicas em até 1% do PIB, atingindo um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015.
O superávit primário que estabiliza a relação dívida/PIB é maior que esse projetado para o ano que vem. Estimamos que seja necessário atingir um primário entre 2-2,5% do PIB. É evidente que o ajuste fiscal terá de ser multianual, estendendo-se para além do próximo ano. Uma implementação bem sucedida em 2015 poderia gerar a confiança necessária no ajuste nos anos seguintes.
A magnitude do ajuste no ano que vem não seria inédita, mas comparável ao efetuado em 2003 e 2011. O impacto desse ajuste já está considerado nas nossas estimativas de atividade econômica e de inflação para o ano seguinte.
Mas há riscos claros de implementação, dada a dificuldade do ajuste, especialmente em meio a um cenário de crescimento modesto e de inflação alta.
O incentivo para ajustar é claro. Além de evitar a deterioração da percepção de risco, a tendência de consolidação fiscal ao longo dos próximos anos terá efeitos positivos sobre a confiança e o crescimento.
Dinâmica fiscal nos últimos anos
Nos últimos três anos, o superávit primário do setor público recuou de 3,1% do PIB, em 2011, para 2,4%, em 2012; 1,9%, em 2013, e 0,6% nos 12 meses terminados em setembro de 2014. Nossa estimativa de primário recorrente, que exclui as receitas e despesas não recorrentes, passou de 2,7% do PIB, em 2011, para -0,5%, em setembro de 2014 (ver gráfico).
A queda do primário decorre não apenas do impacto da desaceleração da atividade econômica sobre a arrecadação, mas também de uma postura fiscal mais expansionista tanto do lado da receita (desonerações tributárias) quanto do lado da despesa. Em 2014, o crescimento da arrecadação tributária acumulado até setembro está relativamente estável em termos reais, enquanto as despesas crescem 5,3%, ritmo significativamente acima de estimativas de crescimento econômico potencial. A receita recorrente do governo central sobre o PIB vem declinando moderadamente desde meados de 2012, após ter subido continuamente entre 2000 e 2007, enquanto a despesa total do governo central sobre o PIB segue em tendência de alta (ver gráfico).
A redução do superávit primário, em conjunto com o aumento recente no custo de financiamento da dívida pública, vem pressionando o endividamento público. Neste ano, a dívida líquida do setor público em proporção do PIB acumula alta de 2,4 pontos percentuais, para 35,9%. A dívida bruta do governo geral subiu 5,0 p.p., para 61,7% do PIB. A diferença do movimento de alta entre os dois conceitos se dá, em parte, pela desvalorização do câmbio, que atenua a alta na dívida líquida, e pelos aportes do Tesouro ao BNDES, que afetam apenas a dívida bruta.
Para a frente, dado que as despesas de juros tendem a permanecer elevadas, a manutenção do superávit primário nos patamares atuais consolidará a tendência de alta no endividamento o público. Nossas simulações de dinâmica de dívida mostram que, caso o superávit primário fique estável em 0,0% do PIB a partir de 2015 (nível ainda acima do superávit primário recorrente estimado para 2014), a dívida líquida subirá mais de 10 p. p. do PIB nos próximos quatro anos (considerando taxa de câmbio estável no período). Segundo nossos cálculos, o superávit primário necessário para estabilizar a dívida pública no longo prazo situa-se entre 2,0% e 2,5% do PIB (essa estimativa assume crescimento do PIB potencial de 2,5%, e juro real de 4,0%, no longo prazo).
Portanto, a discussão sobre um ajuste fiscal que reequilibre as contas públicas e garanta a sustentabilidade do endividamento público nos parece importante neste momento.
É possível ajustar?
Avaliamos ser factível uma mudança na postura da política fiscal, capaz de elevar o superávit primário consolidado para 1,2% do PIB em 2015 e 1,8% do PIB em 2016. Tal ajuste sinalizaria o propósito de manter o equilíbrio das contas públicas. Para alcançá-lo, no entanto, são necessários esforços do lado do gasto e do lado da receita, e da contribuição tanto do governo central como dos governos regionais.
Um ajuste relevante do lado dos gastos do governo central é difícil. A primeira dificuldade é que, dado apenas o reajuste do salário mínimo no ano que vem (próximo a 9,0% em termos nominais, segundo a regra que ainda vale para 2015) e o aumento esperado nos beneficiários da Previdência, estimamos que as despesas da previdência e de LOAS e RMV somadas subirão em torno de 0,2 p.p. do PIB em 2015. Para compensar, o governo pode: (1) manter as demais despesas de custeio (linha formada principalmente pelos gastos através dos Ministérios da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação, da Ciência e Tecnologia etc.) estáveis como proporção do PIB, o que seria uma mudança significativa em relação a anos anteriores em que as despesas nessa rubrica cresceram cerca de 0,2 p.p. do PIB por ano; e (2) fazer um corte de 0,3 p.. do PIB no investimento (outras despesas de capital). Além disso, pode: (3) implementar alterações, já sinalizadas recentemente, nas regras de pensões por morte e abono e de seguro-desemprego. Avaliamos que tais mudanças economizariam perto de 0,2% do PIB. Ao fim, a despesa total do governo central recuaria cerca de 0,3 p.p. do PIB no ano que vem (de 19,6% para 19,3% do PIB).
Do lado das receitas, o ajuste fiscal requererá um aumento da arrecadação tributária, que pode acontecer via recomposição de alíquotas desoneradas e criação/reedição de novos impostos:
Cide - Nosso cenário conta com R$ 5,0 bilhões (0,1% do PIB) de receitas em 2015 através da recomposição da Cide. Estimamos um aumento para R$ 0,07/litro tanto para a gasolina quanto para o diesel, anunciado ao fim de 2014 ou início de 2015, a entrar em vigor em abril/2015 (respeitando a noventena em aumentos da alíquota de contribuição). Alterações na Cide são feitas via decreto, não necessitando de aprovação no Congresso desde que não ultrapassem os tetos estipulados pela Lei 10.336 (R$ 0,86/litro no caso da gasolina, e R$ 0,39/litro no caso do diesel).
IPI - Incluímos na conta um aumento do IPI de automóveis de 3% para 5% ao fim de 2014, e também uma recomposição parcial das alíquotas de IPI dos produtos de linha branca, móveis e materiais de construção. Somadas, as novas alíquotas gerariam um aumento na receita de 2014 para 2015 da ordem de R$ 4,0 bilhões (0,1% do PIB). As isenções de IPI atualmente valem até o fim de 2014.
Receita via aumentos nos preços de gasolina e diesel - Além dos aumentos da Cide, nosso cenário também pressupõe aumentos adicionais nos preços de gasolina e diesel, de forma a diminuir a defasagem entre os preços praticados no Brasil e no exterior. Isso geraria, a nosso ver, um aumento nas receitas (principalmente via dividendos e imposto de renda do setor de óleo e gás) da ordem de 0,1% do PIB para 2015.
Outros - o ajuste exigiria adicionalmente criar/reestabelecer novos impostos ou contribuições, gerando uma receita da ordem de 0,3% do PIB em 2015. Essa hipótese envolve riscos maiores de implementação, pois requereriam aprovação no Congresso.
Receitas não-recorrentes - Como nos últimos anos, é provável que o Tesouro volte a contar com receitas não recorrentes - concessões, dividendos extraordinários, Refis. Como a tendência tem sido de um gradual recuo nos volumes anuais dessas receitas (o que é intuitivo, no caso de concessões e Refis), estimamos que as receitas não recorrentes em 2015 recuarão cerca de 0,1% do PIB, frente ao volume esperado para 2014.
Do lado dos governos regionais, acreditamos ser possível um aumento do superávit primário de 0,1% para 0,3% do PIB. Esse ajuste é factível e relativamente comum no primeiro ano de mandato (no caso dos governos estaduais).
Dessa forma, somando-se: (1) a queda na despesa do governo central de 0,34% do PIB; (2) o aumento de 0,52% do PIB nas receitas via aumentos de impostos (estimamos que as receitas tributária que não forem alteradas cresçam ao mesmo ritmo do PIB); (3) a queda de 0,1% do PIB nas receitas não recorrentes; e (4) o aumento de 0,2% do PIB no superávit primário dos governos regionais, o setor público consolidado alcançaria o superávit primário de 1,2% do PIB em 2015. (Tabela 1)
Para 2016, avaliamos que a persistência da postura fiscal mais restritiva ajudaria a elevar o superávit primário na direção de 1,8% do PIB. Parte do aumento no superávit primário decorre da continuidade dos impostos que foram aumentados em 2015. Também incluímos no cenário mais um aumento adicional de R$ 0,07/litro na Cide da gasolina (atingindo R$ 0,14 litro) e uma recomposição total dos IPIs de veículos (atingindo 7%), linha branca, móveis e materiais de construção. Além disso, contamos com outro corte de 0,2 p.p. do PIB no investimento, outras despesas de custeio estáveis em relação ao PIB e aumento de 0,1 p.p. no superávit primário dos governos regionais.
Conclusão
Considerando a necessidade do ajuste fiscal, mas também as dificuldades para implementá-lo, acreditamos num ajuste fiscal de 1% do PIB no ano que vem, levando o superávit primário para 1,2% do PIB. Para 2016, projetamos continuidade do ajuste e superávit primário de 1,8% do PIB.
Esse cenário envolve um impulso fiscal negativo (determinado pela variação do superávit primário estrutural) da ordem de 0,9% do PIB por ano em média em 2015 e 2016 - ajuste similar ao observado em 2002 e 2003 e já incorporado nas nossas projeções de atividade econômica para os próximos anos.
Há riscos claros de implementação, dada a dificuldade do ajuste, especialmente em meio a um cenário de crescimento modesto e de inflação alta. Mas o incentivo para ajustar é claro. Além de evitar a deterioração na percepção de risco, a tendência de consolidação fiscal ao longo dos próximos anos terá efeitos positivos sobre a confiança e o crescimento.
Luka Barbosa
Economista
Pesquisa macroeconômica - Itaú
Ilan Goldfajn - Economista-Chefe
Brasil, crimes economicos: um estuprador serial ataca uma vitima indefesa, a LRF
Digo inocente porque não existe uma regulamentação que permita punir, com cadeia, e isolamento total, criminosos reincidentes, no caso o próprio governo, que continua cometendo crimes contra o equilíbrio fiscal do país.
Seria o caso de discar 911 e pedir a Divisão de Crimes Especiais?
Paulo Roberto de Almeida
Mercadante diz que governo fez opção por não realizar ajuste ortodoxo
Reuters, 12/11/2014
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira que o governo federal fez a opção de não realizar um ajuste fiscal ortodoxo e disse que a prioridade do governo é manter os investimentos e empregos.
"O governo fez a opção, abertamente discutida na campanha, de não fazer um ajuste ortodoxo", disse.
Após reunião com integrantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em que foram criados grupos de trabalho para a apresentação de propostas para aumentar a competitividade do setor, Mercadante disse que o governo precisa cortar gastos públicos, mas de forma responsável, para preservar os investimentos e as desonerações.
Ele comentou que o envio ao do projeto de lei para alterar a Lei da Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, retirando o limite de abatimento de 67 bilhões em gastos com investimento e desonerações da meta de superávit primário, foi uma necessidade diante da opção do governo por preservar empregos e investimentos.
"O desempenho fiscal do Brasil é exemplar quando a gente olha o G20", disse ele, acrescentando que desse grupo de países, apenas cinco economias registram superávit primário.
Na terça-feira, o Executivo encaminhou ao Legislativo projeto pedindo autorização para ampliar abatimentos na meta de superávit primário, em medida que na prática elimina a obrigação do governo de gerar economia para o pagamento dos juros da dívida pública.
A meta de superávit primário cheia deste ano é de 167,4 bilhões de reais, mas foi reduzida para 99 bilhões de reais, ou equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). De janeiro a setembro, contudo, o resultado primário ficou negativo em 15,3 bilhões de reais.
Mercadante acrescentou que o governo pedirá urgência na tramitação dessa matéria.
E ao falar sobre a atribuição do Congresso na análise da matéria, ele citou os Estados Unidos.
"O Congresso (brasileiro) tem duas opções: podemos repetir a experiência americana que não queria rolar a dívida americana e no caso do governo Obama parou de pagar inclusive salários para cumprir a obrigação do Congresso Nacional. É simples, se pararmos desoneração e investimento fazemos superávit na hora", disse. A outra opção, citada por ele, é pela votação do projeto.
GRUPOS DE TRABALHO
O ministro Mercadante disse que os grupos de trabalho, integrados por representantes do governo e da indústria, terão até meados de dezembro para apresentar "propostas concretas" à presidente Dilma Rousseff, para impulsionar a competitividade da indústria a partir do próximo ano. O encontro com representantes da CNI faz parte da tentativa do governo de se reaproximar do setor privado, e recuperar a confiança do investidor.
Os grupos tratarão de temos como logística, desburocratização, comércio exterior e compras governamentais, entre outros.
Valor Econômico - Governo pode pedir ao Congresso urgência para mudar LDO 2014
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) pediu ao governo que reenvie ao Congresso o projeto de lei que aumenta o limite de abatimento do superavit primário com investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e desonerações concedidas em 2014.
Relator da matéria, Jucá afirmou nesta quarta-feira que a nova versão da proposta viria com pedido de urgência, para acelerar a tramitação. Sem isso, o parecer da relatoria só poderia ser apresentado no final do mês, para que fosse respeitado o prazo normal para publicações e recebimento de emendas.
O senador afirmou ter feito o pedido de reenvio ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que ficou de avaliar a questão.
Pela proposta original da LDO, o governo podia abater da meta R$ 67 bilhões. Agora, o abatimento poderá ser de tudo o que for gasto com o PAC e de desonerações.
Pelas estimativas do governo, o desconto pode chegar a mais de R$ 130 bilhões, acima da meta fiscal de R$ 116 bilhões. Ou seja, será possível fechar o ano com deficit sem desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
LDO 2015
O relatório final da LDO de 2015 será apresentado na quarta-feira (26) pelo relator da matéria, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
A CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (12) o relatório preliminar do senador, que receberá emendas ao projeto até a próxima quinta-feira (20).
Com base nesse prazo, o senador se comprometeu a apresentar o relatório final para votação na comissão daqui duas semanas.
Folha de S. Paulo - Aécio ameaça ingressar na Justiça contra mudança da meta de superavit
Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quarta-feira (12) que o partido vai ingressar com medidas judiciais contra o projeto do governo federal que permite alterar a meta do superavit primário.
O tucano reagiu à mudança da meta um dia depois de o governo encaminhar a proposta ao Congresso.
Sem anunciar quais são as medidas em estudo pelo PSDB, Aécio disse que existem "sanções" para os gestores públicos que descumprem as regras orçamentárias.
"Nós vamos discutir, inclusive do ponto de vista judicial, quais as demandas cabíveis porque a presidente da República incorre em crime de responsabilidade se não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou o tucano.
Aécio fez um apelo para o Congresso não aprovar o projeto do governo porque, do contrário, estará dando um "cheque em branco" para a presidente Dilma Rousseff alterar a meta, o que pode se repetir anualmente.
"Se aprovada uma medida como essa, o sinal que estamos dando é de que não há mais lei a ser cumprida. Basta que, no momento em que o governante não cumpre a lei, alterar a lei com sua maioria. Espero que o Congresso se respeite, respeite suas prerrogativas e impeça essa violência."
Candidato derrotado à Presidência da República por Dilma no segundo turno das eleições, Aécio disse que o projeto do governo comprova que houve "estelionato eleitoral" da parte da petista que, ao longo da campanha, negou mudanças no superavit.
"Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma estaria sendo hoje instada a devolver o mandato que recebeu", afirmou.
O tucano disse que, se a proposta for aprovada, governadores e prefeitos poderão seguir o mesmo modelo do governo federal, alterando metas e descumprindo prazos.
MARTA
Ao ironizar a saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura, Aécio disse que concorda com a posição da petista sobre a "perda de credibilidade" do governo no campo econômico.
"Eu tenho que registrar como crítico que sou do governo que neste momento eu concordo em grande parte com aquilo que dizem alguns dos ministros e, em especial, de uma ex-ministra da presidente da República em relação à perda de credibilidade da condução da economia e absoluta ausência de diálogo durante esses últimos anos com setores fundamentais da sociedade brasileira", afirmou.
Marta divulgou a carta em que pede demissão na sua conta no Facebook dizendo que espera que a presidente escolha uma equipe econômica independente e experiente para resgatar a credibilidade do governo e garantir o crescimento do país.
Aécio disse que o objetivo do projeto é "mascarar os números", produzindo um "deficit para chamá-lo de superavit". "O governo deveria ter a humildade de dizer que fracassou, que falhou", atacou.
DEFESA
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) rebateu Aécio ao afirmar que o governo precisa de uma política fiscal mais "livre" para se adaptar à instabilidade econômica internacional.
"O mundo está atravessando uma situação conjuntural de estagnação e, internamente, isso se reflete em nosso crescimento", afirmou.
Costa fez um apelo para que congressistas aliados da presidente Dilma Rousseff aprovem o projeto diante da ameaça de barrarem a proposta como retaliação à condução das alianças regionais pelo Planalto durante as eleições.
"Queremos que todos deixemos de lado as paixões políticas e encaremos esse momento com a responsabilidade que os brasileiros esperam de nós, sob pena de contribuirmos para jogar o Brasil em um cenário de paralisia econômica que não interessa a ninguém."
O ajudante do Inquisidor: o parafuso da engrenagem totalitária - Paulo Roberto de Almeida
Os Estados totalitários, por sua
vez, dispunham de todo um exército, um imenso contingente, literalmente, de
funcionários especialmente treinados e todos dedicados exclusivamente ao
desempenho dessas tarefas “especiais”; ao lado deles, existia um outro exército
de informantes nas mais diversas instituições públicas e privadas, nas escolas
e igrejas, nas associações de bairro, alguns mercenários, outros voluntários,
em todo caso, todos engajados na eterna missão de serem os olhos e os ouvidos
do grande Inquisidor. Alguns chegaram a extremos extraordinários, como os
Comitês de Defesa da Revolução, por exemplo, que fazem uma estrita vigilância
de cada quarteirão de cada cidade daquela ilha miserável, de onde todos
gostariam de fugir, se fosse possível. Tem também a fabulosa rede de agentes
formais e informais do mais vasto empreendimento jamais conhecido de escrutínio
de todo um povo, dia e noite, sete dias por semana, e que ainda deixou –
certamente por falta de tempo para destruir aqueles vastos arquivos – o mais
formidável repositório de documentação extremamente detalhada e minuciosa,
sobre as atividades mais íntimas de cada habitante daquele universo
concentracionário; a Stasi foi realmente excelente no gênero, e deve ter dado várias
lições de excepcional qualidade mesmo para os seus mestres soviéticos, e
provavelmente para alguns alunos dedicados também, como deve ser o pessoal da
DGI cubana. Chineses e norte-coreanos não devem estar muito longe da excelência
de desempenho demonstrada pelos agentes da Stasi, que provavelmente tinham toda
uma herança burocrática pronta para ser usada, depois de recuperada e revertida
para a nova causa, que era a máquina de espionagem e de massacre de opositores
do aparelho partidário nazista e do Estado hitlerista. quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Alguem nao gosta do que escrevo (2): apenas apresentando números...
Quem será esse alguém?
Não tenho a menor ideia, ou melhor tenho uma ideia de quem seja, mas isso não tem a menor importância.
Fazem parte desse exército das sombras, que existem em todos os projetos proto e para-totalitários, que precisam controlar não só os corações e mentes, mas também os punhos e os teclados de dissidentes da verdade única do momento. Eles trabalham com mercenários pagos, que ficam vasculhando tudo, ou que recebem informações de vigilantes voluntários, gente ideologicamente comprometida com o projeto totalitário, e que não se conforma que um ridículo "gaulês" de província ouse desafiar, encore et toujours, os ukases do império vencedor.
Como disse antes: não me preocupo com isso.
Não pertenço a nenhum partido, a nenhum movimento, não atuo em coordenação com ninguém. Sou eu, apenas, e minha consciência, e meus instrumentos de trabalho (que eles tentam também controlar, com a tal de "governança da internet", ou a nefanda "democratização da mídia").
Bem, para facilitar o trabalho deles, mas para que eventuais leitores desatentos saibam do que está em causa, reproduzo aqui, sem tirar nem por nada, pequeno artigo feito para informar sobre alguns números que estavam disponíveis na ocasião.
Eu sou assim: tendo dados empíricos comprováveis, eu divulgo, para melhor informação de meus 18 leitores. Quem quiser que tire suas conclusões, gostando ou não.
Paulo Roberto de Almeida
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