Resenha de:
Nunca antes na diplomacia…: A Política Externa Brasileira em tempos não convencionais
Paulo Roberto de Almeida
por Camila Amorim Jardim
Mundorama, 17/08/2014
Paulo Roberto de Almeida é diplomata, mestre em planejamento econômico e doutor em ciências sociais. Ao longo de sua carreira, publicou quatorze livros – além de dezenas de artigos –, que contribuem criticamente para o pensamento sobre relações internacionais desenvolvido no Brasil em suas diversas dimensões – histórica, econômica e social. Integrante do Itamaraty desde 1977, teve a oportunidade não apenas de vivenciar os bastidores da política externa brasileira, mas também de acompanhar academicamente as suas nuances.
O livro aqui resenhado é o reflexo de anos de estudo e experiência profissional – acerca de períodos desde o império até “A era do nunca antes”, a qual compreende a política brasileira a partir de 2003, com a chegada de Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência.
A respeito desse período, é importante destacar um movimento acadêmico importante no sentido de identificar uma mudança na política externa brasileira que, nos anos 1990, teria com os países desenvolvidos agendas prioritárias e em alguma medida procurava implementar medidas liberalizantes impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial, no contexto do denominado “Consenso de Washington”. A crítica acadêmica aponta que, nos anos 2000 e, especialmente, a partir do governo Lula (2003-2010), teria ocorrido uma mudança de vulto no comando estratégico da inserção internacional do Brasil, caracterizada pela busca de alianças com parceiros não tradicionais, especialmente no eixo Sul-Sul. Almeida identifica uma segunda mudança na política externa, que passa a ser marcada por excessiva partidarização – a partir de uma análise multidimensional da mesma, tenho em vista sua história, sua base institucional e diretrizes voltadas para o principal objetivo da inserção internacional do Brasil: a busca pelo desenvolvimento econômico – o autor identifica um momento de descontinuidade a partir do governo Lula, momento no qual o país passa a sustentar uma diplomacia exótica em função do personalismo do próprio presidente Lula e das linhas programáticas do Partido dos Trabalhadores.
Por mais importante que a diplomacia presidencial possa ser para a estrutura internacional do país, como o autor aponta que ocorreu de forma exemplar durante o período Fernando Henrique Cardoso, Almeida indica que Lula teria passado em alguma medida a conduzir as relações internacionais do Brasil a partir de suas próprias impressões e das linhas gerais do PT, sem respeitar a estrutura institucional do Itamaraty.
O autor defende que o governo Lula empreendeu um grande esforço para caracterizar a política de seu antecessor como uma “herança maldita”, especialmente submissa aos interesses imperiais dos Estados Unidos. No entanto, tal caracterização não seria compatível com a realidade, tendo em vista que a abertura comercial nos anos 1990 esteve longe dos parâmetros de uma política essencialmente neoliberal e seria, de acordo com Almeida, compatível com os interesses do Brasil em prol do melhoramento de sua competitividade econômica em geral.
A diplomacia coordenada por Lula apresentou novas diretrizes que, inclusive, não teriam sido responsáveis por resultados concretos e que dificilmente seriam adotadas caso o Itamaraty mantivesse sua autonomia na formulação da política externa. Dentre elas, destacam-se os exemplos a seguir. No primeiro mandato, a integração regional era uma das prioridades, mas o Mercosul acaba por tomar uma nova dimensão, predominantemente política em detrimento de econômica – decisão que, para o autor, foi prejudicial aos interesses do Brasil – especialmente no contexto de protecionismo crescente da Argentina, com o qual o país foi conivente, contrariando seus interesses nacionais. A busca constante por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU foi outro inconveniente, que além de causar desconfortos diplomáticos na américa do sul, não é compatível com as capacidades materiais do Brasil. Houve, ainda, casos de ingerência interna em outros países do entorno, com a declaração de apoio a candidatos assumidamente de esquerda na América Latina. Pode-se citar ainda o enfoque predominantemente Sul-Sul, que, segundo o autor, não oferece grandes oportunidades de aprendizado para o Brasil e não deveria ser o foco de sua agência externa, uma vez que a torna mais limitada.
Trata-se, portanto, de uma leitura essencial para a compreensão da formulação da política externa contemporânea, inclusive levando em consideração as comparações históricas e de tipos ideais desenvolvidas pelo autor para embasar a sua análise. O livro oferece, então, importante contribuição para o pensamento crítico em relação à política externa brasileira, apresentando o outro lado do debate, que atualmente não é majoritário entre acadêmicos e que foi deixado de lado no Itamaraty especialmente entre 2003 e 2010, tornando-se fundamental para uma reflexão mais complexa e circunstanciada sobre o tema.
Referências:
ALMEIDA, P. R. (2014) Nunca Antes na Diplomacia…: A Política Externa Brasileira em tempos não convencionais. Curitiba: Appris, 289p.
LEITE, P. S. (2011) O Brasil e a cooperação Sul – Sul em três momentos: os governos Jânio Quadros/João Goulart, Ernesto Geisel e Luiz Inácio Lula da Silva. Brasília: Funag, 226p.
LIMA, M. R. S. (2005) “A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul.” Revista Brasileira de Política Internacional, v. 48, n.1. p. 24-59.
OLIVEIRA, H.A. (2005) Política Externa Brasileira. São Paulo: Saraiva, 292 p.
SARAIVA, M. G. (2007) “As estratégias de cooperação Sul-Sul nos marcos da política externa brasileira de 1993 a 2007”. Revista Brasileira de Política Internacional. [S.l.], v. 50, n.2. p. 42-59.
VIGEVANI, T. CEPALUNI, G. (2007) “A Política Externa de Lula da Silva: A Estratégia da Autonomia pela Diversificação.” Contexto Internacional. Rio de Janeiro, v. 29, n.2. jul./dez.. p.273-335.
VIZENTINI, P. G. F. (2005) O Brasil e o mundo, do apogeu à crise do neoliberalismo: a política externa de FHC a Lula (1995-2004). Ciências e Letras (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 37, p. 317-332.
Camila Amorim Jardim é mestranda em Política Internacional e Comparada pela Universidade de Brasília – UnB.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Nunca Antes na Diplomacia, de P. R. Almeida - resenha de Marcos Guterman (OESP)
Quando o livro foi lançado, eu me encontrava fora do país, ou seja, o livro não foi lançado.
Ainda assim, ele mereceu uma resenha simpática por parte do jornalista do Estadão Marcos Guterman, que devo ter visto pouco depois, mas já nem me lembrava mais.
Vou transcrever aqui.
Paulo Roberto de Almeida
O show de Lula
Resenha Marcos Guterman
O Estado de S. Paulo, 14/08/2014
Marcos Guterman é jornalista
A extensão dos danos causados ao Brasil pela diplomacia partidária do lulopetismo ainda é desconhecida. Por muito tempo o mundo se deixou encantar pelo hiperativismo de Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto seu governo fazia opções que afrontavam a tradição do Itamaraty e o próprio interesse nacional. Mesmo com Dilma Rousseff, isto é, mesmo sem a megalomania de Lula, resta evidente que a agenda petista continua a prevalecer e a única estratégia do governo parece ser a de confrontar o "Norte", ou seja, os países ricos, sempre que a oportunidade aparece. Os resultados dessa política certamente se farão sentir por muitos anos, porque inúmeras oportunidades comerciais e de desenvolvimento vêm sendo perdidas em favor da aproximação com regimes autoritários que nada têm a oferecer ao Brasil senão afinidade ideológica com os governantes de turno.
Embora esses equívocos sejam claros como o dia, escassas são as vozes que ousam apontá-los, pois são logo classificadas como "lacaias do império" por uma formidável máquina de propaganda petista, em especial nos meios universitários, justamente onde deveria prevalecer o pensamento crítico e independente. Um dos poucos que decidiram enfrentar esse consenso artificial é o diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em seu novo livro, Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais, Almeida propõe-se a fazer um raro balanço da política externa lulopetista, sempre tendo em vista seus equívocos basilares. Ainda que não seja possível dimensionar a amplitude total dos problemas levantados, pois não há distanciamento histórico suficiente, o fato é que o livro de Almeida é uma leitura genuinamente incômoda, pois revela como a política externa do Brasil está, neste momento, entregue a ideólogos de um partido que diz defender a soberania nacional enquanto a sacrifica no altar do altermundismo.
Almeida está na carreira diplomática desde 1977 e ocupou diversos cargos no Itamaraty. Com uma trajetória dessas, seria natural que mantivesse a discrição que marca o mundo da diplomacia. Mas Almeida é, no dizer do embaixador Rubens Barbosa, um "provocador" - a começar pela escolha do título do livro.
"Nunca antes" é a expressão de um tempo em que tudo o que diz respeito ao lulopetismo tem de ser considerado em termos superlativos, pois se trata, na visão de seus protagonistas, de uma "revolução". É a introdução obrigatória dos discursos não só de Lula, mas de todos aqueles empenhados em provar, a todo momento, que o ano de 2003, quando o PT chegou ao poder, marcou o início de fato da História do Brasil. Almeida dedica-se a desconstruir esse discurso, para provar que por trás da promessa de independência e altivez mal se esconde a submissão a interesses obscuros, articulados bem longe das fronteiras nacionais - o livro lembra diversas vezes a vinculação de petistas de alto coturno com Cuba e a ditadura dos irmãos Castro.
Um dos grandes problemas da diplomacia lulopetista, como mostra o livro, é o improviso, resultado direto da sujeição total da política externa aos desejos e impulsos de um chefe de Estado que imagina estar numa missão redentora. Com Lula, deixou-se de lado, por ociosa, qualquer forma de planejamento e de respeito aos limites da ação diplomática, razão pela qual muitas vezes se despendeu grande esforço para alcançar objetivos tão controversos quanto inúteis, apenas para satisfazer a sede presidencial pelos holofotes. Ainda que bem mais discreta que seu antecessor, Dilma manteve o desapreço pela diplomacia profissional.
O lulopetismo transformou a diplomacia em panfleto político. Com isso o País passou a classificar como "estratégica" qualquer parceria que cumprisse a função de reafirmar os propósitos anti-hegemônicos da cartilha do PT, sem considerar os interesses de longo prazo nem os recursos que devem ser gastos para manter essa fantasia.
Ao dar prioridade às relações com os países do "Sul", isto é, aqueles que não integram o mundo desenvolvido, Lula tinha em mente liderar uma revolução geopolítica - e, de lambujem, ganhar um Nobel da Paz. Pretendia colocar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Queria que o País fosse reconhecido como o motor de um novo modelo de desenvolvimento, melhor e mais justo do que o capitalista ocidental. Mas, como mostra o livro de Almeida, faltou combinar com os russos.
As iniciativas petistas foram rechaçadas, em primeiro lugar, pela Argentina e pelo México, entre outros países da América Latina, que não estavam nem um pouco inclinados a aceitar a liderança brasileira. O Mercosul, que deveria servir de plataforma para esse salto diplomático, foi transformado num estorvo para o desenvolvimento brasileiro e todas as outras entidades criadas na América Latina para dar corpo à ideia de integração regional raras vezes se prestaram a outra coisa senão a servir de palanque para as diatribes bolivarianas.
Em nome de seus propósitos delirantes, o lulopetismo adotou a leniência como padrão de relacionamento com os sócios ideológicos: aceitou afrontas da Bolívia à soberania nacional e da Argentina a acordos comerciais, ignorou violações de princípios democráticos, afagou ditadores. Tudo isso para provar que estava conferindo, pela primeira vez, verdadeira "independência" à política externa brasileira.
Após demonstrar que essa "independência" é uma ilusão e apontar os graves problemas que isso causa ao País, Almeida termina seu livro com um interessante exercício: ele especula o que o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, diria a Lula se fosse seu chanceler. Além de recomendar o fim da política "Sul-Sul", por reduzir demais as oportunidades para o Brasil, Rio Branco daria um conselho que, embora óbvio, é fundamental nestes "tempos não convencionais": um verdadeiro estadista serve a seu país, e não a seu partido.
Ainda assim, ele mereceu uma resenha simpática por parte do jornalista do Estadão Marcos Guterman, que devo ter visto pouco depois, mas já nem me lembrava mais.
Vou transcrever aqui.
Paulo Roberto de Almeida
O show de Lula
Resenha Marcos Guterman
O Estado de S. Paulo, 14/08/2014
Marcos Guterman é jornalista
A extensão dos danos causados ao Brasil pela diplomacia partidária do lulopetismo ainda é desconhecida. Por muito tempo o mundo se deixou encantar pelo hiperativismo de Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto seu governo fazia opções que afrontavam a tradição do Itamaraty e o próprio interesse nacional. Mesmo com Dilma Rousseff, isto é, mesmo sem a megalomania de Lula, resta evidente que a agenda petista continua a prevalecer e a única estratégia do governo parece ser a de confrontar o "Norte", ou seja, os países ricos, sempre que a oportunidade aparece. Os resultados dessa política certamente se farão sentir por muitos anos, porque inúmeras oportunidades comerciais e de desenvolvimento vêm sendo perdidas em favor da aproximação com regimes autoritários que nada têm a oferecer ao Brasil senão afinidade ideológica com os governantes de turno.
Embora esses equívocos sejam claros como o dia, escassas são as vozes que ousam apontá-los, pois são logo classificadas como "lacaias do império" por uma formidável máquina de propaganda petista, em especial nos meios universitários, justamente onde deveria prevalecer o pensamento crítico e independente. Um dos poucos que decidiram enfrentar esse consenso artificial é o diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em seu novo livro, Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais, Almeida propõe-se a fazer um raro balanço da política externa lulopetista, sempre tendo em vista seus equívocos basilares. Ainda que não seja possível dimensionar a amplitude total dos problemas levantados, pois não há distanciamento histórico suficiente, o fato é que o livro de Almeida é uma leitura genuinamente incômoda, pois revela como a política externa do Brasil está, neste momento, entregue a ideólogos de um partido que diz defender a soberania nacional enquanto a sacrifica no altar do altermundismo.
Almeida está na carreira diplomática desde 1977 e ocupou diversos cargos no Itamaraty. Com uma trajetória dessas, seria natural que mantivesse a discrição que marca o mundo da diplomacia. Mas Almeida é, no dizer do embaixador Rubens Barbosa, um "provocador" - a começar pela escolha do título do livro.
"Nunca antes" é a expressão de um tempo em que tudo o que diz respeito ao lulopetismo tem de ser considerado em termos superlativos, pois se trata, na visão de seus protagonistas, de uma "revolução". É a introdução obrigatória dos discursos não só de Lula, mas de todos aqueles empenhados em provar, a todo momento, que o ano de 2003, quando o PT chegou ao poder, marcou o início de fato da História do Brasil. Almeida dedica-se a desconstruir esse discurso, para provar que por trás da promessa de independência e altivez mal se esconde a submissão a interesses obscuros, articulados bem longe das fronteiras nacionais - o livro lembra diversas vezes a vinculação de petistas de alto coturno com Cuba e a ditadura dos irmãos Castro.
Um dos grandes problemas da diplomacia lulopetista, como mostra o livro, é o improviso, resultado direto da sujeição total da política externa aos desejos e impulsos de um chefe de Estado que imagina estar numa missão redentora. Com Lula, deixou-se de lado, por ociosa, qualquer forma de planejamento e de respeito aos limites da ação diplomática, razão pela qual muitas vezes se despendeu grande esforço para alcançar objetivos tão controversos quanto inúteis, apenas para satisfazer a sede presidencial pelos holofotes. Ainda que bem mais discreta que seu antecessor, Dilma manteve o desapreço pela diplomacia profissional.
O lulopetismo transformou a diplomacia em panfleto político. Com isso o País passou a classificar como "estratégica" qualquer parceria que cumprisse a função de reafirmar os propósitos anti-hegemônicos da cartilha do PT, sem considerar os interesses de longo prazo nem os recursos que devem ser gastos para manter essa fantasia.
Ao dar prioridade às relações com os países do "Sul", isto é, aqueles que não integram o mundo desenvolvido, Lula tinha em mente liderar uma revolução geopolítica - e, de lambujem, ganhar um Nobel da Paz. Pretendia colocar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Queria que o País fosse reconhecido como o motor de um novo modelo de desenvolvimento, melhor e mais justo do que o capitalista ocidental. Mas, como mostra o livro de Almeida, faltou combinar com os russos.
As iniciativas petistas foram rechaçadas, em primeiro lugar, pela Argentina e pelo México, entre outros países da América Latina, que não estavam nem um pouco inclinados a aceitar a liderança brasileira. O Mercosul, que deveria servir de plataforma para esse salto diplomático, foi transformado num estorvo para o desenvolvimento brasileiro e todas as outras entidades criadas na América Latina para dar corpo à ideia de integração regional raras vezes se prestaram a outra coisa senão a servir de palanque para as diatribes bolivarianas.
Em nome de seus propósitos delirantes, o lulopetismo adotou a leniência como padrão de relacionamento com os sócios ideológicos: aceitou afrontas da Bolívia à soberania nacional e da Argentina a acordos comerciais, ignorou violações de princípios democráticos, afagou ditadores. Tudo isso para provar que estava conferindo, pela primeira vez, verdadeira "independência" à política externa brasileira.
Após demonstrar que essa "independência" é uma ilusão e apontar os graves problemas que isso causa ao País, Almeida termina seu livro com um interessante exercício: ele especula o que o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, diria a Lula se fosse seu chanceler. Além de recomendar o fim da política "Sul-Sul", por reduzir demais as oportunidades para o Brasil, Rio Branco daria um conselho que, embora óbvio, é fundamental nestes "tempos não convencionais": um verdadeiro estadista serve a seu país, e não a seu partido.
O euro tem futuro? A UE tem futuro?: um burocrata do BCE questiona - Ad Van Riet
Parece que os tecnocratas do BCE, que deveriam ser todos economistas, e passar a maior parte do tempo fazendo exercícios econométricos sobre o meio circulante europeu, estão preocupados com a política da coordenação macroeconômica na UE.
Vários economistas americanos -- tanto conservadores, como "aloprados", como Joseph Stiglitz, por exemplo -- sempre tiveram dúvidas quanto à viabilidade do euro num ambiente em que aspectos básicos da fiscalidade, das contas nacionais (dívida pública, déficits orçamentários, etc.) e dos (des)equilíbrios externos (refletidos nos BPs), não são coordenados uniformemente, e sequer possuem a transparência requerida.
O dólar nãoé exatamente uma moeda sólida, dados os comportamentos erráticos tanto do governo quanto do Fed, mas na falta de alternativa melhor, ele se mantém como a grande moeda de reserva.
Será que o euro algum dia vai ser um concorrente credível ao dólar, ou vai ser ultrapassado em algum momento pelo yuan chinês, quando este se tornar moeda internacional e passar a integrar o SDR do FMI?
Paulo Roberto de Almeida
"Safeguarding the Euro as a Currency Beyond the State"
ECB Occasional Paper No. 173
Contact: AD VAN RIET
European Central Bank (ECB), Tilburg
University
Email: ad.van_riet@ecb.int
Auth-Page: http://ssrn.com/author=508520
Full Text: http://ssrn.com/abstract=2797259
ABSTRACT: This paper reviews the debate on the longer-term requirements for safeguarding the euro as a currency beyond the state that is anchored through collective governance instead of a central government. The strengthening of EU economic and
financial governance in the wake of the euro area crisis goes a long way towards creating the minimum conditions for a more perfect EMU. At the same time, the current principle of nation states coordinating their sovereignty to ‘do whatever is required’ to stabilise the euro area as a whole rather than sharing their sovereignty in common institutions to achieve this common objective has its limitations. Challenges in this context relate inter alia to the effectiveness of market discipline and reinforced economic policy surveillance, the requirement of a truly single financial system, the demand for eurobonds and a euro area fiscal capacity, and the transnational democracy that should legitimate EMU decision-making based on common values. To safeguard the euro as a currency beyond the state, euro area countries should consider pooling their national sovereignty over
a wider range of EMU-related policy areas, as necessary to achieve more effective risk control and more efficient risk sharing.
Vários economistas americanos -- tanto conservadores, como "aloprados", como Joseph Stiglitz, por exemplo -- sempre tiveram dúvidas quanto à viabilidade do euro num ambiente em que aspectos básicos da fiscalidade, das contas nacionais (dívida pública, déficits orçamentários, etc.) e dos (des)equilíbrios externos (refletidos nos BPs), não são coordenados uniformemente, e sequer possuem a transparência requerida.
O dólar nãoé exatamente uma moeda sólida, dados os comportamentos erráticos tanto do governo quanto do Fed, mas na falta de alternativa melhor, ele se mantém como a grande moeda de reserva.
Será que o euro algum dia vai ser um concorrente credível ao dólar, ou vai ser ultrapassado em algum momento pelo yuan chinês, quando este se tornar moeda internacional e passar a integrar o SDR do FMI?
Paulo Roberto de Almeida
"Safeguarding the Euro as a Currency Beyond the State"
ECB Occasional Paper No. 173
Contact: AD VAN RIET
European Central Bank (ECB), Tilburg
University
Email: ad.van_riet@ecb.int
Auth-Page: http://ssrn.com/author=508520
Full Text: http://ssrn.com/abstract=2797259
ABSTRACT: This paper reviews the debate on the longer-term requirements for safeguarding the euro as a currency beyond the state that is anchored through collective governance instead of a central government. The strengthening of EU economic and
financial governance in the wake of the euro area crisis goes a long way towards creating the minimum conditions for a more perfect EMU. At the same time, the current principle of nation states coordinating their sovereignty to ‘do whatever is required’ to stabilise the euro area as a whole rather than sharing their sovereignty in common institutions to achieve this common objective has its limitations. Challenges in this context relate inter alia to the effectiveness of market discipline and reinforced economic policy surveillance, the requirement of a truly single financial system, the demand for eurobonds and a euro area fiscal capacity, and the transnational democracy that should legitimate EMU decision-making based on common values. To safeguard the euro as a currency beyond the state, euro area countries should consider pooling their national sovereignty over
a wider range of EMU-related policy areas, as necessary to achieve more effective risk control and more efficient risk sharing.
Treze teses sobre o lulopetismo e treze argumentos sobre o lulopetismo diplomatico - Paulo Roberto de Almeida
Minhas treze teses (ou contra-teses)
sobre o lulopetismo, e mais treze argumentos CONTRA o lulopetismo diplomático,
abertas à contestação (mas não armada, por favor) dos apoiadores dos simpáticos
companheiros que dilapidaram o Brasil. Juro que o número treze veio por acaso: fiquei
escrevendo uma tese, depois outra, e mais outra, e de repente a veia poética
extinguiu-se justo no número treze. Não deixa de ser uma homenagem.
Paulo Roberto de Almeida
Teoria geral do lulopetismo: treze
teses preliminares
seguido de
O lulopetismo diplomático: um experimento
exótico no Itamaraty
Postados, trabalhos 3031 e 3032, em
Academia.edu
(7/09/2016; link:
https://www.academia.edu/s/e8880aed7d/teoria-geral-do-lulopetismo-o-lulopetismo-diplomatico).
Postado igualmente em Research Gate
Brasil: o incrivel caso do pais sem partidos de direita - Gabriel Castro (Veja)
O Incrível caso do país sem
direita
Não há partidos conservadores no Brasil. O único liberal
de peso agoniza depois de perder nomes importantes. E são poucas as
perspectivas de mudança
Veja
Por Gabriel Castro
Espectro político baseado na auto-declaração dos
presidentes dos partidos revela: somos um país sem direita (Arte: Luciana
Martins/VEJA)
O espectro político brasileiro é peculiar: na ponta
esquerda, tem o jurássico PCO. Passa por socialistas radicais, como o PSOL e o
PSTU, pelos comunistas conformados do PPS, pelos social-democratas do PT e do
PSDB, pela esquerda verde do PV e se encerra no centro, onde estão PP e DEM.
Não há, entre os 27 partidos brasileiros, um que se assuma como direitista. E o
recente anúncio da criação do PSD, que se define como social-democrata, abre um
buraco no DEM e empurra o eixo da política brasileira ainda mais para a esquerda.
A situação é única. Todas as grandes democracias do mundo
têm ao menos um partido conservador forte, como o PP espanhol, o Partido
Republicano dos Estados Unidos, a UMP francesa e o PDL italiano. O que teria
levado a direita brasileira à lona enquanto, em outros países, como os vizinhos
Chile e Colômbia, ela ocupa o poder máximo? Para especialistas e políticos
ouvidos pelo site de VEJA, a causa está na herança maldita da ditadura militar.
O primeiro a definir o conservadorismo como uma doutrina
política foi o inglês Edmund Burke, no século XVII. Esta corrente política
considera que os indivíduos realizam as coisas melhor do que o estado. Que as
liberdades individuais devem ser mantidas a todo o custo. E que os valores
tradicionais da sociedade devem ser preservados. Nas democracias modernas, o
conservadorismo se traduz como uma recusa ao estatismo, a defesa do livre
mercado, a proteção da família e a oposição a medidas como a legalização de
drogas e do aborto.
No Brasil, o discurso adotado pelos partidos políticos
pouco se diferencia: todos adotam termos como “justiça social”, “distribuição
de riqueza”, “igualdade”. Obviamente, ninguém é contra essas bandeiras, mas o
linguajar denuncia que todos, por razões diversas, adotam um vocabulário de esquerda.
Expressões como “livre iniciativa”, “responsabilidade individual” e “valores
morais” raramente são ouvidas pelos corredores do Congresso ou do Palácio do
Planalto. As palavras “social” e “trabalhista” e “socialista” aparecem na
maioria dos nomes das legendas. Há apenas um partido que faz referência ao
liberalismo – o PSL, que, ainda assim, também se diz social – e nenhum que
tenha a expressão “conservador” no nome.
Situações peculiares – O declínio de
valores não-esquerdistas se acentuou a partir do governo Lula, quando o PT
moderou seu posicionamento e roubou parte do discurso de partidos de centro.
Legendas que a princípio eram pouco afeitas às ideias do partido deixaram as
diferenças de lado para ingressar na partilha do poder: é o caso do PR, que resultou
da fusão do PL com o Prona, do PTB, do PP e do PMDB. Todos se dizem centristas.
O adesismo inflou o bloco governista e juntou a esquerda
moderada, a socialistas anacrônicos e a arrivistas de olho na divisão de
benesses. Com isso , o PT arrastou consigo praticamente todos os partidos com
algum peso. PSDB e DEM permaneceram na oposição mais por questões estratégicas
do que programáticas. “Os partidos não se posicionam amparados em raízes
históricas, mas em razões conjunturais”, opina o cientista político Leonardo
Barreto. Para ele, há espaço para o surgimento de uma legenda conservadora no
país.
Na falta de uma direita verdadeira, a esquerda acaba
inventando a sua própria: “Oposição à direita é um erro grave porque você tem
um país com contradições sociais gravíssimas, concentração de renda das maiores
do mundo. Quer concentrar mais? À grande maioria isso não interessa”, diz o
primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira, para quem a direita trabalha para
aumentar a injustiça no país.
Mesmo entre a oposição, o discurso ideológico não é
afinado: o presidente do PPS, Roberto Freire, faz uma diferenciação: “Existe a
oposição de esquerda, como o PSOL, PSTU e parte do PSDB. Na oposição de direita
temos o DEM”. O rótulo, no entanto, é descartado pelos próprios democratas.
Trauma da ditadura – Mesmo o
autoproclamado centrismo do DEM parece não ser bem recebido no meio político: o
partido, em eterna crise de identidade, já se refundou duas vezes e tenta se
livrar da pecha de conservador. Da última vez, tentou colar a imagem ao Partido
Democrata americano – que, por lá, abriga diversos matizes da esquerda. Ainda
assim, vem sofrendo sucessivos golpes, vindos de dentro e de fora. O último
deles é o nascimento do PSD de Gilberto Kassab.
O presidente do DEM, José Agripino Maia, reconhece que as
bandeiras de seu partido se limitam à defesa do “liberalismo moderno”. Ao site
de VEJA, ele torceu o nariz quando indagado sobre a dicussão de temas que
costumam pautar os partidos conservadores, como o casamento gay, o aborto e a
liberação de drogas: “Isso não é o carro chefe do partido”.
De fato, o DEM não pode ser definido como um partido de
direita: bandeiras como a redução da maioridade penal, o endurecimento da
punição a criminosos e a oposição ao desarmamento civil não são bandeiras pela
qual o DEM se empenha. “No Brasil, a direita é muito vinculada aos regimes
totalitários e estamos totalmente fora disso. O que é esquerda? Muro de Berlim,
Cuba? Estamos fora disso também”, diz Agripino Maia. O antigo PFL, aliás,
esteve ao lado do governo petista na defesa do desarmamento da população civil,
em 2005.
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) se alinha a
bandeiras clássicas do conservadorismo, como a defesa da livre iniciativa, a
não-interferência do estado na vida do cidadão e oposição à legalização do
aborto. Mas não se assume como direitista. Para ele, o rótulo só faria sentido
em países onde há tradição de uma direita democrática, o que não existe no
Brasil. “Aqui não existe essa tradição”, explica.
Não por acaso, os partidos não foram capazes de
sintetizar a oposição do eleitorado brasileiro à legalização do aborto. Na
última campanha eleitoral, o tema surgiu quase de forma clandestina, em
discussões na internet e nas igrejas. O PSDB de José Serra veio a reboque,
aproveitando-se do tema para criticar a petista Dilma Rousseff – que, por sua
vez, se apressou em tentar apagar o passado e dizer que nunca havia defendido a
legalização do aborto.
Petistas e tucanos, aliás, têm mais similaridades do que
diferenças. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, reconhece que a disputa tem
mais a ver com a aplicação das ideias do que com a orientação ideológica: “O
PT, no poder,adotou as propostas do PSDB. Não inovou. Não há nenhum programa
social novo. Ocorre que a execução é que é diferente. Geralmente, a postura do
PT é mais promíscua em relação ao Legislativo”, afirma.
Falta tradição – Para o
cientista político Ricardo Caldas, a rejeição ao rótulo de direitista está
ligada à herança negativa deixada pelas legendas conservadores no país. Estes
partidos foram contra a abolição da escravidão, contra o fim da monarquia e, na
figura da Arena, apoiaram o regime militar. Não é uma ficha corrida das
melhores. “Eles tiveram dificuldade de conviver com a democracia e ficaram com
essa pecha de antidemocráticos.”
O especialista acredita que a direita brasileira não se
modernizou. Em vez disso, foi engolida pelo recente pragmatismo de esquerda,
difundido pelo PT, ou aderiu ao outro lado por oportunismo eleitoral. Se o
espectro político brasileiro vai da extrema-esquerda ao centro, a disputa pelos
principais postos de poder está ainda mais restrita. Em 2010, só havia
candidatos de partido de esquerda na disputa pela Presidência da República.
Leia também:
Empresas multinacionais no centro da historia economica mundial da modernidade - Book review
Published by EH.Net (September 2016)
Robert Fitzgerald, The Rise of the Global Company: Multinationals and the Making of the Modern World. Cambridge: Cambridge University Press, 2015. xii + 622 pp., $30 (paperback), ISBN: 978-0-521-61496-2.
Reviewed for EH.Net by Leslie Hannah, London School of Economics.
This is a long-awaited magnum opus from a scholar whose encyclopedic knowledge of multinationals is well displayed in this volume.
It has two great strengths. The first is its coverage of the changing political contexts within which multinationals operated. Other studies are, of course, aware of the devastating effects of wars on (particularly German) multinationals, but no existing work ranges so confidently over the complexities nor adequately conveys the blindness with which participants at the time navigated their ways through the uncertainties created by expropriations and occupations. Those of us who have forgotten which politicians Lockheed bribed, the brand complications created by post-war splits, why the Japanese took over Germany’s Pacific colonies, or how the Kuwait Investment Office was viewed by western intelligence agencies, will find useful pointers to the relevant literature in the text and endnotes. His examples also raise some doubts in my mind as to whether the existing literature’s stress that governments are now more interventionist than in an earlier (supposedly laissez-faire) era is correct.
The second strength is the book’s eclecticism. Fitzgerald is, of course, familiar with the “Anglo-Saxon” country that dominated multinational investing in the nineteenth century (where he begins) and the larger one which dominates it in the twenty-first (where he ends). Yet he appears equally at home with the 1920s competition between the Banque de l’Indochine and Paribas, the extension of Canadian influence in the Caribbean, and Japanese multinationals’ weak modern risk management in Iran. For that reason this book could become a valued and much-thumbed addition to any business historian’s research bookshelf. An added attraction for that purpose (too often neglected in this age of internet searches of online publications) is its superb fifty–page index.
Unfortunately that is not how the publishers and/or author and/or editors have positioned the book. This is a volume in the Economic History Society’s series New Approaches to Economic and Social History, supposedly offering a “concise” survey for “advanced school students and undergraduate historians and economists.” Such words applied to this book risk prosecution under the UK Trade Descriptions Act. There is some attempt to summarize each chapter and sub-sections, but the treatment is far too detailed and unorganized for this purpose. Most undergraduates would find the multiplication of examples impenetrable and directionless and any professor would be doing students a grave disservice in recommending this as a textbook. It would be useful as supplementary reading to generate leads for an essay project (where it is richer in citation of contemporary sources and contains useful warnings against “present-mindedness” in Whiggish perspectives on the past), but Geoffrey Jones’ Multinationals and Global Capitalism, published by Oxford, would more suitably serve as the main course text.
Leslie Hannah lives in Tokyo and is Visiting Professor at the London School of Economics. He recently published (with Makoto Kasuya), “Twentieth Century Enterprise Forms: Japan in Comparative Perspective,” Enterprise & Society (2015).
Copyright (c) 2016 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (September 2016). All EH.Net reviews are archived at http://eh.net/book-reviews/
Robert Fitzgerald, The Rise of the Global Company: Multinationals and the Making of the Modern World. Cambridge: Cambridge University Press, 2015. xii + 622 pp., $30 (paperback), ISBN: 978-0-521-61496-2.
Reviewed for EH.Net by Leslie Hannah, London School of Economics.
This is a long-awaited magnum opus from a scholar whose encyclopedic knowledge of multinationals is well displayed in this volume.
It has two great strengths. The first is its coverage of the changing political contexts within which multinationals operated. Other studies are, of course, aware of the devastating effects of wars on (particularly German) multinationals, but no existing work ranges so confidently over the complexities nor adequately conveys the blindness with which participants at the time navigated their ways through the uncertainties created by expropriations and occupations. Those of us who have forgotten which politicians Lockheed bribed, the brand complications created by post-war splits, why the Japanese took over Germany’s Pacific colonies, or how the Kuwait Investment Office was viewed by western intelligence agencies, will find useful pointers to the relevant literature in the text and endnotes. His examples also raise some doubts in my mind as to whether the existing literature’s stress that governments are now more interventionist than in an earlier (supposedly laissez-faire) era is correct.
The second strength is the book’s eclecticism. Fitzgerald is, of course, familiar with the “Anglo-Saxon” country that dominated multinational investing in the nineteenth century (where he begins) and the larger one which dominates it in the twenty-first (where he ends). Yet he appears equally at home with the 1920s competition between the Banque de l’Indochine and Paribas, the extension of Canadian influence in the Caribbean, and Japanese multinationals’ weak modern risk management in Iran. For that reason this book could become a valued and much-thumbed addition to any business historian’s research bookshelf. An added attraction for that purpose (too often neglected in this age of internet searches of online publications) is its superb fifty–page index.
Unfortunately that is not how the publishers and/or author and/or editors have positioned the book. This is a volume in the Economic History Society’s series New Approaches to Economic and Social History, supposedly offering a “concise” survey for “advanced school students and undergraduate historians and economists.” Such words applied to this book risk prosecution under the UK Trade Descriptions Act. There is some attempt to summarize each chapter and sub-sections, but the treatment is far too detailed and unorganized for this purpose. Most undergraduates would find the multiplication of examples impenetrable and directionless and any professor would be doing students a grave disservice in recommending this as a textbook. It would be useful as supplementary reading to generate leads for an essay project (where it is richer in citation of contemporary sources and contains useful warnings against “present-mindedness” in Whiggish perspectives on the past), but Geoffrey Jones’ Multinationals and Global Capitalism, published by Oxford, would more suitably serve as the main course text.
Leslie Hannah lives in Tokyo and is Visiting Professor at the London School of Economics. He recently published (with Makoto Kasuya), “Twentieth Century Enterprise Forms: Japan in Comparative Perspective,” Enterprise & Society (2015).
Copyright (c) 2016 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (September 2016). All EH.Net reviews are archived at http://eh.net/book-reviews/
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Politica externa do governo "golpista": ofensiva dos companheiros mentirosos continua...
Como eu criei diversos alertas para os temas de meu interesse pessoal, para estudar, conhecer, refletir, eventualmente escrever a respeito, o Google Alert cumpre a sua função: enviar-me todas notícias públicadas sob o critério escolhido, no caso:
"política externa brasileira".
Não é culpa do Google, se os companheiros são mais ativos do que os "golpistas" na defesa de suas posições respectivas.
Abaixo o que acabo de receber nesta segunda-feira, 5 de setembro de 2016.
Paulo Roberto de Almeida
politica externa do Brasil
Atualização semanal ⋅ 5 de setembro de 2016
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