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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CESPE-UnB pirateia este autor, sem "pagar" direitos autorais...

...e ainda sem respeitar meus "moral rights", já que mudaram meu texto sem autorização e sem sequer mencionar a fonte original.
Conto a história completa.


CESPE pirateia Paulo Roberto de Almeida num concurso de bolsas para afro-descendentes

Eu sabia que alunos de Relações Internacionais do Brasil afora usam textos meus, disponíveis no meu site ou neste blog, para “apoiar” trabalhos acadêmicos.
Só não sabia, pelo menos não ainda, com comprovação visual, digamos assim, que professores também utilizam-se das mesmas práticas, mas com requintes de pirataria mal feita.
Graças ao Edimar Marcelo Silva, um amigo de Brasília, tomei conhecimento de que o CESPE, o Centro de concursos da UnB, utilizou-se (mal e desonestamente) de um texto meu para preparar uma das questões no mais recente concurso (dezembro de 2010) de seleção de bolsistas para o Programa de Ação Afirmativa (não se perca pelo nome) do Instituto Rio Branco, aquele que, sem qualquer complexo discriminatório seleciona candidatos negros (ou afro-descendentes) à diplomacia, concedendo-lhes uma generosa bolsa para que eles possam preparar-se para o concurso do ano seguinte.
Na prova de Redação do que é oficialmente chamado de “Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia” de 2010, os professores encarregados de preparar questões para os candidatos apresentaram, na parte I, de redação em Língua Portuguesa, o seguinte texto, supostamente meu:

O Brasil vem experimentando, igualmente, mudanças sensíveis em seu papel regional e em seu papel de ator global. Essas mudanças na posição relativa do Brasil na região e no mundo decorrem tanto da imposição de dados objetivos da realidade externa regional e global que afetam de modos diversos o gigante da América do Sul quanto de decisões adotadas pelas lideranças políticas brasileiras.
Com o objetivo de fortalecer a capacidade do Brasil de influenciar políticas no nível regional e no global, diversas modalidades de ação diplomática estão sendo mobilizadas e desenvolvidas tanto no plano bilateral, no regional e no multilateral, com a proposição de foros e grupos mais flexíveis de ação, quanto no plano governamental, no da sociedade civil e no de contatos políticos com partidos e organizações não governamentais. As áreas que possuem interface direta com a sociedade civil, tais como as relacionadas a meio ambiente e a luta contra a AIDS, servem de terreno de manobra ao que já foi descrito como uma diplomacia engajada e especialmente ativa.
Paulo Roberto Almeida, O Brasil como ator regional e como emergente Global.
Internet: <www.dcomercio.com.br> (com adaptações)

Pois bem: procurei extensivamente no site do que é o “Diário do Comércio”, e não existe absolutamente nada, nem sob o meu nome, nem com o título desse trabalho. Ou seja: os professors – ou quem quer que tenha preparado a questão nunca achou nada parecido no Diário do Comércio, e nem poderia.
O texto em questão foi retirado de um trabalho publicado com outro título e subtítulo: “O Brasil como ator regional e global: estratégias de política externa na nova ordem internacional”, na revista Cena Internacional (Brasília: UnB-IREL, vol. 9, n. 1, 2007, p. 7-36; ISSN: 1982-3347), e pode ter sido retirado de algum outro site ou a partir de reprodução pirata.
Independentemente, porém, da cópia em si, algo a que já estou acostumado, são as adaptações que foram feitas no texto.
Seu teor exato, no que concerne o primeiro parágrafo, é este aqui:

Da mesma forma (mas talvez não no mesmo ritmo ou intensidade) como o mundo passa por novas configurações políticas e econômicas desde o final da Guerra Fria e do término do desafio socialista ao capitalismo, com a conformação de uma ordem mundial de mercados abertos e globais e a emergência progressiva de novos atores, o Brasil vem experimentando, igualmente, mudanças sensíveis em seu papel regional e enquanto ator global. Essas mudanças na posição relativa do Brasil na região e no mundo têm ocorrido tanto por imposição dos dados objetivos da realidade externa – regional e global – que afetam de modos diversos o gigante da América do Sul, quanto em função de decisões adotadas por suas lideranças políticas, com destaque para as iniciativas de política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, que concluiu seu primeiro mandato (2003-2006) e iniciou, em janeiro de 2007, um segundo período na presidência do Brasil (até 2010).

Quanto ao segundo parágrafo, o texto correto é este aqui:

Todas as modalidades de ação diplomática – nos planos bilateral, regional, multilateral, bem como propostas de foros e grupos mais flexíveis de ação, tanto no plano governamental, da sociedade civil e de contatos políticos com partidos e organizações não-governamentais – estão sendo mobilizadas e desenvolvidas, com vistas a reforçar a capacidade do Brasil de influenciar políticas nos níveis regional e global. Aquelas áreas que possuem uma interface direta com a sociedade civil – como a questão do meio ambiente e a luta contra a Aids, por exemplo – servem de terreno de manobra ao que já foi descrito como uma “diplomacia engajada” e especialmente ativa.

E eu remeto, neste ponto, a um outro trabalho meu que é este aqui:
Paulo Roberto de Almeida, “Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula”, Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília: IBRI, v. 47, nº 1, 2004, p. 162-184.

Disso tudo, permito-me chegar às seguintes conclusões. Os professores contratados pelo CESPE para fazer provas para o Rio Branco ou para a tal de Bolsa-Afirmativa não fazem corretamente o seu trabalho. Como qualquer aluninho de primeiro grau, eles ficam “pescando” na internet textos que sirvam a seus propósitos, não se incomodam de fazer as adaptações que julgam mais apropriadas a seus objetivos e sequer controlam as fontes originais de publicação. Se é para fazer assim, melhor contratar, e pagar (menos), aluninhos de primeiro grau.
Paulo Roberto de Almeida

Em tempo: meu trabalho pode ser lido, em sua versão original e completa, nas seguintes coordenadas:
768. O Brasil como ator regional e global: estratégias de política externa na nova ordem internacional”, Cena Internacional (Brasília: Instituto de Relações Internacionais da UnB (IREL), vol. 9, n. 1, 2007, p. 7-36; ISSN: 1982-3347; links: http://mundorama.net/2007/09/30/revista-cena-internacional-vol-9-no-1-2007/); pdf: http://www.mundorama.info/Mundorama/Cena_Internacional_files/Cena_2007_1.pdf). Relação de Trabalhos nº 1748.


Banqueiros americanos vao passar um Natal miseravel

Não, não que eles estejam passando necessidades, sem recursos para comprar os presentes de Papai Noel das crianças.
Mas é que eles vão estar angustiados demais, como revela esta matéria do boletim oficial desses banqueiros.
Paulo Roberto de Almeida

Bankers' Fear of Forecasting Speaks Volumes
From the Editors of American Banker

Bankers remain hunkered down two years after the financial crisis, the most recent survey of bank executives conducted by American Banker in conjunction with Greenwich Associates shows.
Heading into a new year, industry leaders are unsure of the future and reluctant to make forecasts about the year ahead. For the most part, executives seem more at ease discussing the fate of their peers than their own strategic direction. Confidence, once overflowing among top executives, is lacking as the economy slowly recovers.

Bankers Hardly Know Where to Begin on Capital, Basel III
The conventional wisdom in banking is that capital requirements are going up. Ask a banker what that means and you're likely to be met with a shrug.
Many bankers are unsure how much capital is needed, if they already have enough or where to go if they are lacking. As bankers await final details of Basel III and brace for implementation of Dodd-Frank, 2011 capital plans are shrouded in uncertainty.

Don't ask, don't tell, don't do anything... na Copa do Catar...

A FIFA vai precisar organizar um programa especial de reconversão de impulsos, como esses que os evangélicos mais extremados pretendem fazer com os homossexuais declarados (sim, porque não declarados tem até nas próprias seitas da teologia da prosperidade...).
Paulo Roberto de Almeida

Blatter recomenda que gays evitem 'atividades sexuais' no Catar 2022

A homossexualidade é considerada um crime no país que sediará a Copa daqui a 12 anos

BBC Brasil, 14 de dezembro de 2010

O presidente da Fifa, Sepp Blatter, criou polêmica ao dizer, nesta terça-feira, que torcedores gays que viajem ao Catar para a Copa do Mundo de 2022 devem evitar qualquer atividade sexual. "Eu diria a eles (torcedores gays) para evitar qualquer atividade sexual", disse Blatter, em aparente tom de brincadeira. "Tenho certeza de que não ocorrerá problemas durante a Copa do Mundo do Catar", afirmou, com mais seriedade.
Denis Farrell/AP
Denis Farrell/AP
Blatter diz que não haverá problemas na Copa de 2022
[desde que ninguém faça nada, entenda-se; PRA]
"Acho que não deva existir discriminação contra qualquer ser humano, esteja ele deste ou daquele lado", disse Blatter. "Se eles (gays) quiserem assistir algum jogo no Catar em 2022, tenho certeza de que vão ser admitidos. Acho que tem muita preocupação para uma competição que vai acontecer apenas daqui a doze anos", assinalou.
"Mas isto me dá a chance de dizer que, segundo os estatutos da Fifa, seja em relação a política ou religião, não queremos racismo ou descriminação", disse o presidente da Fifa.
Críticas. As declarações de Blatter foram criticadas pelo ex-astro do basquete John Amaechi, que assumiu ser gay em 2007. "As declarações feitas e as posições adotadas por Sepp Blatter e a Fifa para com torcedores LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) que pagam muito dinheiro para viajar e pelos ingressos para assistir o Mundial de 2022 seriam completamente inaceitáveis há uma década", escreveu Amaechi em seu site.
"Mas ao invés, sem pensar muito, a Fifa endossou a marginalização de pessoas LGBT de todo o mundo. Qualquer coisa exceto uma reversão total de posição é inaceitável. Se o esporte não serve para mudar a sociedade, mesmo que temporariamente durante um evento como a Copa do Mundo, então ele não é muito mais do que apenas homens correndo atrás de uma bola e deve ser tratado desta forma", destacou Ameachi.
Grupos de defesa dos direitos gays criticaram a escolha do Catar, país onde homossexualidade é crime, para ser sede da Copa. As altas temperaturas do Catar à época da competição, entre 40ºC e 50ºC e a proibição de venda de bebidas alcoólicas em público já haviam despertado preocupação.
O país foi uma escolha surpreendente para ser sede da competição, superando países como EUA e Austrália, mas Blatter negou que a escolha tenha sido motivada por dinheiro. "Isto não tem nada a ver com dinheiro. Este é o desenvolvimento do futebol e não falamos de dinheiro", disse Blatter.

Capitalismo conspiratorio em Wall Street

Esta matéria deve alegar todos aqueles que cultivam uma visão conspiratória da história, sobretudo a de que o capitalismo global é dominado por um grupo de conspiradores instalado em Wall Street.
Paulo Roberto de Almeida


Secret group keeps grip on trading derivatives
The International Herald Tribune, 15.12.2010

NEW YORK — On the third Wednesday of every month, the nine members of an elite Wall Street society gather in New York.

The men share a common goal: to protect the interests of big banks in the vast market for derivatives, one of the most profitable — and controversial — fields in finance. They also share a common secret: The details of their meetings, even their identities, have been strictly confidential.

Drawn from giants like Deutsche Bank, UBS, Credit Suisse and Goldman Sachs, the bankers form a powerful committee that helps oversee trading in derivatives, instruments that, like insurance, are used to hedge risk.

In theory, this group exists to safeguard the integrity of the multitrillion-dollar market. In practice, it also defends the dominance of the big banks.

The banks in this group, which is affiliated with a new derivatives clearinghouse, have fought to block other banks from entering the market, and they are also trying to thwart efforts to make full information on prices and fees freely available.

Banks’ influence over this market, and over clearinghouses like the one this select group advises, has costly implications for businesses large and small, like Dan Singer’s home heating-oil company in Westchester County, north of New York City.

Mercosul abrasileirando-se: criacao de cargos politicos

O Mercosul -- quem diria? -- abrasileirou-se...
Estão criando um cargo de Alto Comissário, ou algo que o valha.
Ou seja, os países membros, que não cumprem suas obrigações contratuais de se desarmar reciprocamente, e de implementar nacionalmente o que aprovaram quadrilateralmente, estão procurando um bode expiatório, ou seja, transferir a culpa para outra instância, no caso, uma figura que será desacreditada pela própria inadimplência dos Estados-parte a cumprirem com o que assinaram.
Acho que não vai dar certo, mas pelo menos vai se criar uma vistosa burocracia paga pelo dinheiro dos contribuintes nacionais.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil propõe cargo novo no Mercosul que exige trânsito político na região
Chico de Gois
O Globo, 15.12.2010

Amanhã, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá repassar a presidência pró-tempore do Mercosul para o Paraguai e, de quebra, exercer uma das práticas mais desenvolvidas durante seu governo: criação de cargo. Esse novo cargo, denominado alto representante geral do Mercosul, foi uma proposta do Brasil e exigirá do futuro ocupante trânsito político na região.
A criação do quadro está prevista na pauta da reunião da 40ª Cúpula de Presidentes de Estados-Partes do Mercosul e Países Associados. O novo quadro terá como função, como definiu o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, cristalizar o pensamento do Mercosul, além de ser um representante do bloco e de construção de consensos.
A especulação inevitável de que o próprio Lula ou o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que estará fora do ministério a partir de 2011, pudessem ocupar o cargo foi praticamente descartada por Baumbach. Pelo menos, no momento.
— O Brasil, que defende a institucionalização do Mercosul, e que tem se batido por esse ideal, veio com essa proposta, mas não temos nenhum nome para apresentar neste momento — disse Baumbach, observando que a proposta ainda precisa ser aprovada na reunião plenária do Mercosul, o que deverá ocorrer sem dificuldades.
O porta-voz explicou que ainda não foi definido exatamente o perfil do futuro ocupante dessa função — ainda não está claro se ele terá de ser um ex-presidente da República, algum diplomata, um político qualquer ou simplesmente um profissional administrativo.
O que se sabe é que o ocupante do alto cargo poderá ficar na cadeira por três anos, prorrogáveis por outros três por apenas mais um período. O início do mandato também ainda não está definido.
— Isso vai depender de negociações posteriores. Como se sabe, às vezes um cargo como esse é criado e leva-se um tempo até se encontrar um nome que se possa preencher adequadamente essas funções, até porque é necessário, para esse cargo, alguém que tenha trânsito político e possa servir nessas funções de representação do Mercosul — descreveu, adiantando que não há previsão de como será feita a escolha e quais serão os candidatos. — O objetivo primário da proposta brasileira é contribuir para a institucionalização do Mercosul, criação de consensos. Um elemento que seja catalizador dentro do Mercosul. Claro que exige-se da pessoa que ocupar esse cargo um trânsito político, mas não há nada definido sobre quem poderá se candidatar.










Auto-castracao: uma pratica comum na Venezuela

Não, não estou falando de práticas auto-mutilativas, ou de alguma compulsão vocacional para cantores de ópera ou acompanhante de concubinas imperiais.
Estou me referindo ao parlamento venezuelano, que cede às pressões de um coronel (ele ainda precisa ser promovido a general) e se exime de exercer seus poderes constitucionais, transferindo ao dito coronel poderes para legislar solito, durante um ano, ou seja, invadindo a legislatura seguinte e comprometendo o funcionamento do próximo parlamento, que tomará posse em janeiro, já com poderes diminuidos, ou seja, castrados.
Deve ser excesso de democracia.
Paulo Roberto de Almeida

SOBRE O QUE PODE CHÁVEZ LEGISLAR!  UM MÊS ANTES DE ASSUMIR O NOVO PARLAMENTO ELEITO!
           
O Parlamento da Venezuela aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que concede a Hugo Chávez plenos poderes para governar por decreto durante um ano. A medida permitirá a Chávez legislar nas áreas de moradia, infraestrutura, terras urbanas e rurais, economia, defesa e cooperação internacional. Chávez ganha plenos poderes para governar a menos de um mês para a renovação do Parlamento. A partir de 5 de janeiro, a bancada chavista não contará mais com a maioria absoluta que lhe permitiu, durante cinco anos, aprovar com facilidade todas as reformas aplicadas neste período. Chávez também ganha poderes para legislar no polêmico setor das telecomunicações e informática.

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Agradeço ao André Eiras me chamar a atenção para esta matéria.
Na Venezuela, como na China: tudo a ver...

Deputados aprovam projeto de lei para regular teor da internet na Venezuela

15/12/2010 - 12h08
Os deputados venezuelanos aprovaram na noite desta terça-feira o projeto de reforma da lei de mídia para estender à internet regras de restrição de conteúdo e sanções já vigentes para jornais, rádios e TV. O projeto segue agora para debate no Parlamento, ainda nesta quarta-feira
O governo do presidente Hugo Chávez se apressa em votar o Projeto de Reforma da Lei de Responsabilidade Social na Rádio, Televisão e Meios Eletrônicos antes de 5 de janeiro, quando assume o novo Parlamento, no qual o chavismo não terá maioria qualificada.
A reforma prevê a criação de um "mecanismo" para restringir acesso a portais que veiculem violência, sexo explícito e que atentem contra a saúde (tabaco e álcool, por exemplo).
O documento também estipula sanções para provedores que transmitirem mensagens que "atentem contra os bons costumes", que possam "constituir manipulações midiáticas" e que "não respeitem" os poderes públicos ou quem os exerça.
Para a oposição, os termos são demasiado vagos e servirão para enquadrar sites e portais críticos do governo. Os oposicionistas também argumentam que Chávez se prepara até mesmo para censurar as redes sociais, como Facebook e Twitter.
Durante a votação, afirma o site de notícias "El Universal", o grupo de deputados opositores expressou sua preocupação com a tentativa de controlar os conteúdos na internet --o que vai contra as liberdades fundamentais dos cidadãos.
Os governistas disseram, ainda segundo o site, estar dispostos a revisar os pedidos de modificação no projeto. Um dos itens retirado da proposta foi a ideia de criar um um ponto único de acesso à rede.
Pelo projeto, a regulamentação e as sanções serão decididas e aplicadas por uma instância chamada "diretório de responsabilidade social", com representação dos Poderes, de escolas de comunicação e até de igrejas.
No Brasil, não há nenhum conselho ou comissão de caráter executivo com poder de regular o conteúdo na internet. A via usada para reclamar na rede é a jurídica. Tampouco há no país mecanismo de restrição de acesso, como acontece na China ou no Egito, por exemplo.
VEJA OS PRINCIPAIS ITENS DA PROPOSTA
Prevê sanções para provedores de internet que transmitam mensagens que "atentem contra os bons costumes"
Pune "aqueles destinados a desconhecer autoridades legitimamente constituídas, que não têm respeito a Poderes Públicos e às pessoas que exerçam esses cargos"
Também tem como alvo "aqueles que possam constituir manipulações midiáticas"
Pede a criação de "mecanismo" para restringir o acesso a portais com conteúdos de violência, sexo e incentivo à bedida alcoólica e ao fumo.

Candidato a presidencia da Camara: "contra a barbarie capitalista"

Nunca se perde nada por conhecer o que pensam as pessoas.
A nota abaixo vem do ex-blog do ex-prefeito Cesar Maia:

"MOVIMENTO PT" DO DEP. MARCO MAIA, FUTURO PRESIDENTE DA CÂMARA E A "BARBÁRIE CAPITALISTA"!
               
No programa do 'Movimento PT', o capítulo -Identidade- fala, entre outras coisas, sobre a 'barbárie capitalista'. Leia: "A defesa do socialismo. Não podemos admitir que o capitalismo seja o estágio supremo de evolução da humanidade. Isto seria uma capitulação inaceitável que também significaria o fim de um partido que se reivindica “dos trabalhadores”, uma vez que o capitalismo é intrinsecamente o sistema da burguesia. É inegável que o projeto socialista, em sua primeira tentativa internacional, sofreu um grande revés, colocando os revolucionários de todo o mundo na defensiva. Isto não significa, entretanto, que a utopia socialista tenha morrido, pois isto significaria abandonar, definitivamente, o sonho de uma sociedade de iguais, justa e solidária e aceitar a barbárie capitalista como definitiva. Debater a questão do socialismo e suas múltiplas possibilidades e a questão da transição para este regime são tarefas de maior importância histórica e que o MPT não pode descurar em hipótese alguma."
(15.12.2010)

Liberdade economica no mundo: relatorios de think tanks...

O mundo hoje é um lugar muito mais livre do que no passado, mas mesmo algumas "democracias" são especialmente "socialistas" quando se fala de direitos de propriedade e ambiente para o sistema produtivo.
Aqui alguns relatórios que podem ajudar a medir o grau de liberdade no mundo.
Por eles se fica sabendo, por exemplo, que a China, que está longe, muito longe, de ser um Estado democrático, é um país mais "livre" do que o Brasil, pelo menos economicamente.

1. "Index of Economic Freedom World Rankings" da The Heritage Foundation:
http://www.heritage.org/index/ranking.aspx

2. "Economic Freedom of the World: 2010 Annual Report" do The Cato Institute:
http://www.cato.org/pubs/efw/

3. "Economic Freedom of the World: 2010 Annual Report" do Fraser Institute
http://www.freetheworld.com/release.html

Divirtam-se, mas não fiquem muito frustrados. O Brasil é assim mesmo...

Um projeto estrategico para 2022: combater a obesidade dos brasileiros

A Secretaria de Assuntos Estratégicos do presente governo acaba de divulgar um alentado estudo (neste link), com dezenas de "metas estratégicas" para o Brasil em 2022.
Entre eles deve figurar a importantíssima meta do "combate à fome", um dos projetos do governo desde 2003 (aliás contrariado desde o início pela divulgação da informação, pelo IBGE, de que no Brasil o número de obesos era maior do que o de "famélicos", o que deixou o presidente muito contrariado).
Eu ainda não conferi todas as metas, uma por uma, mas posso apostar que entre as metas não figura o combate ao problema que figura abaixo...
Paulo Roberto de Almeida
(PS: não pretendia estragar a festa do ministro...)
Em 2022, brasileiro será obeso como norte-americano
Quase metade da população está acima do peso
 
Um estudo do Ministério da Saúde mostra que os problemas de sobrepeso e obesidade pioraram tanto no Brasil que em 2022, mantida a atual situação, os brasileiros serão tão obesos quanto os norte-americanos. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam gordos; em 2009, eles já eram 46,6%. “Estamos sentados em uma bomba-relógio”, disse o ministro da Saúde, José Temporão, que vai entregar a Dilma Rousseff o Plano de Enfrentamento da Epidemia da Obesidade.  

Constatacao da semana: psicopatas organizados com camisas de futebol

Torcidas organizadas são tribos de trogloditas psicopatas, cometendo violencia gratuita ao abrigo de camisas de futebol. No desvario, chegam até a crime mais abjeto.


Pequena sugestão para lidar com essa anomalia:
Após quaisquer manifestações violentas desses bandos de ignaros estúpidos, o time em questão, independentemente de qualquer culpa formal, deveria ser declarado tecnicamente ausente das duas partidas seguintes. Isso deveria esfriar os ânimos dos trogloditas.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reflexao da semana: sobre ser corrupto...

No Brasil, ninguém mais tem vergonha de ser corrupto, pelo menos nos meios políticos e chegados ao governo.
Isso era inevitável: quando se passa a mão na cabeça de quem rouba, todos os demais se sentem estimulados...

(Não precisa procurar o autor...)

Mao Tse-tung: o maior assassino da história da humanidade

Mao Tse-tung foi, de fato e de longe, o maior genocida em massa do século XX, conseguindo superar as estatísticas já por si horripilantes de Hitler e Stalin (estes dois figurariam em qualquer Guiness de mortes provocadas, isto é, de assassinos frios), mas eu não sabia que o Mao Tse-tung era informado precisamente sobre as mortes provocadas por seu Grande Salto para trás. Sabia-se que o programa tinha provocado mortes, mas não se sabia que o PCC fazia uma estatística precisa da extensão da hecatombe.
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Paulo Roberto de Almeida

John Lewis Gaddis on


Books recommended:

The discerning reader's essential read.
© 2010 FiveBooks, an intelligent general reader

Historia Geral da Africa - Unesco : disponivel online

Coleção História Geral da África em português
8 volumes da edição completa.
Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Resumo: Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Download gratuito (somente na versão em português):

Volume I: Metodologia e Pré-História da África (PDF, 8.8 Mb)
ISBN: 978-85-7652-123-5
Volume II: África Antiga (PDF, 11.5 Mb)
ISBN: 978-85-7652-124-2
Volume III: África do século VII ao XI (PDF, 9.6 Mb)
ISBN: 978-85-7652-125-9
Volume IV: África do século XII ao XVI (PDF, 9.3 Mb)
ISBN: 978-85-7652-126-6
Volume V: África do século XVI ao XVIII (PDF, 18.2 Mb)
ISBN: 978-85-7652-127-3
Volume VI: África do século XIX à década de 1880 (PDF, 10.3 Mb)
ISBN: 978-85-7652-128-0
Volume VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 (9.6 Mb)
ISBN: 978-85-7652-129-7
Volume VIII: África desde 1935 (9.9 Mb)
ISBN: 978-85-7652-130-3

Informações Adicionais:
Coleção História Geral da África
Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bolivia: como afundar um pais, muito rapidamente...

No mundo todo, os governos se esforçam para elevar as idades de aposentadorias, aproximar as mulheres dos homens (que vivem sempre menos que suas companheiras) e diminuir os benefícios, em geral, como forma de se preparar para os tempos duros que virão pela frente, EM TODOS OS PAISES.
Menos na Bolívia: parece que eles descobriram a árvore da felicidade eterna, aquela de onde jorra não só leite e mel, mas dinheiro à vontade para pagar tudo isso.
Eu dou um prazo de três anos para a Bolívia entrar numa séria crise fiscal.
Depois o presidente da Bolívia poderá escrever um manual do tipo "Como enterrar alegremente um país sem sequer ter consciência disso". Deveria ser publicado numa categoria especial do Idiot's Guide of Public Administration...
Paulo Roberto de Almeida


Bolivia reduce la edad de jubilación a 58 años
Redacción - BBC Mundo
Sábado, 11 de diciembre de 2010

El gobierno aún no ha explicado cómo financiará el nuevo sistema.

El presidente de Bolivia, Evo Morales, promulgó una ley que reduce la edad de jubilación a 58 años -y todavía más para los denominados "grupos vulnerables"- invirtiendo la tendencia global a aumentar la vida laboral.

Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras.

A partir de ahora, sin embargo, ellas se podrán retirar a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos.

Por su parte, los mineros que hayan trabajado bajo tierra -unos 70.000, según los últimos cálculos- podrán retirarse a los 51 años de edad.

La nueva ley también nacionaliza los fondos de pensiones que hasta ahora eran controlados por dos entidades financieras, el banco español BBVA y el grupo suizo Zúrich Financial.

Además extiende el beneficio de la jubilación al 60% de los bolivianos que se estima que trabajan en la economía sumergida, unos tres millones de personas.

"Elaborada por los ciudadanos"

Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras. Ellas se podrán retirar en adelante a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos. Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.
Morales destacó en un acto en la sede de la Central Obrera Boliviana (COB), el mayor sindicato del país que el contenido de la norma fue elaborado por los trabajadores por primera vez en la historia del país:

"Es una prueba de que Bolivia vive una nueva era de fortalecimiento democrático en la que los ciudadanos son protagonistas de las decisiones", dijo el mandatario, cuyo gobierno pactó la ley con la COB.

"Estamos cumpliendo con el pueblo boliviano. Estamos creando un sistema de pensiones que incluye a todos", afirmó y se refirió a la época en que Bolivia "seguía los dictados de organismos internacionales para elaborar sus leyes", en alusión indirecta a la ley de pensiones anterior, elaborada durante la presidencia de Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997).

Aquella ley privatizó los fondos de pensiones después de que el sistema estatal entrara en bancarrota.

Los críticos, en particular los líderes empresariales, dicen que Bolivia tendrá dificultades para financiar el sistema a largo plazo.

El gobierno aún no ha explicado al detalle cómo financiará el nuevo sistema, pero Morales ha insistido en ocasiones en que usará la riqueza del gas natural boliviano para ayudar a los desfavorecidos.

Esperanza de vida

Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.

Recientemente, otros países, sobre todo en Europa, retrasaron la edad de jubilación con el objetivo de hacer frente a unas sociedades más envejecidas como resultado del incremento de la expectativa de vida.

La Unión Europea (UE) se enfrenta a una "bomba demográfica", según el especialista en temas económicos de BBC Mundo, Marcelo Justo, que agrega que se ha agravado con la difícil situación que atraviesan algunos de ellos.

Francia elevó en noviembre la edad mínima para retirarse de 60 a 62 años, lo que generó numerosas protestas sociales. Reino Unido y España también tienen planes similares y la Comisión Europea propuso que los 27 países de la UE la retrasen hasta los 70 años.

Otras regiones han hecho modificaciones similares. Incluso Cuba la incrementó en 2009 de 60 a 65 años para los hombres y de 55 a 60 para las mujeres.

Pero el gobierno de La Paz aduce que el de Bolivia es un caso especial, ya que la mayoría de los bolivianos desempeñan duros trabajos manuales difíciles de sobrellevar a una edad avanzada.

La expectativa de vida en Bolivia es de 63 años para los hombres y 68 para las mujeres, según datos de la ONU, que sitúa la esperanza de vida global en 68 años para ambos sexos, una media que asciende a 73 años en Latinoamérica y a 80 años en Europa occidental.

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E por falar nisso: Europa propone jubilación a los 70
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Debate que se seguiu a este post (em 15.12.2010):

5 comentários:

Anônimo disse...
O governo do caudilho bolivariano Evo Morales lembra o vício em drogas. Primeiro a euforia, depois a depressão e por fim o tratamento de choque.
Eduardo C. disse...
Acredito que a idade de aposentadoria deva refletir as necessidades econômicas e características demográficas de cada país. Sendo assim, o que parece estranho nessa história da Bolívia não é a redução da idade de aposentadoria, mas a desproporção entre esta e a expectativa de vida no país. O Brasil tem expectativa de vida (masculina) de 68,8 anos, enquanto a Bolívia, 63,4. Como podem ambos sustentarem a mesma idade de 65 anos para aposentadoria? O boliviano só tem direito a aposentar-se depois de morrer?
Paulo R. de Almeida disse...
Eduardo, Voce se referiu a duas coisas absolutamente contraditorias. As necessidades econômicas sempre vão estar em oposição às características demográficas, em qualquer país. Você pode contentar os bolivianos, ou até os brasileiros, mas estadá distante das realidades e da matemática. Para alcançar o que você quer, a taxa de crescimento da produtividade do trabalho humano, nesses países, teria de avançar a um ritmo fantástico. Acho sinceramente que não vai dar certo. Em todo caso, eu dei três anos para a Bolívia entrar em crise fiscal (não apenas por isso, claro, mas por todas as outras políticas do governo). Vamos fazer uma aposta, valendo dois livros: eu ganho se minha "profecia" se revelar correta. Topa? Paulo Roberto de Almeida
Eduardo C. disse...
Dr. Paulo, confesso não ter entendido em que sentido "necessidades econômicas sempre vão estar em oposição a características demográficas". Meu ponto era salientar que aquela idade de aposentadoria boliviana, a priori, não condizia com as reais necessidades do mercado de trabalho. De que adianta fixar a aposentadoria para 65 se não se vive até essa idade? Quer dizer, na média, não se perde força de trabalho por aposentadoria. Sobre a questão da dívida, acho que não haverá aposta. Também acredito na possibilidade de comprometimento fiscal de alguns países da Am. do Sul.
Paulo R. de Almeida disse...

Eduardo,
Sei que voce raciocina com base em critérios de utilidade, ou seja, de maximização do bem-estar dos cidadãos.
Acontece que países com esperança de vida mais baixa são também, e necessariamente, os países de menor produtividade do trabalho humano, e portanto de menor renda, menores disponibilidades fiscais e menor capacidade orçamentária para sustentar uma larga população aposentada.
Ou seja, o que a Bolivia está fazendo é um crime contra os mais jovens, contra o país, contra o desenvolvimento nacional, contra a acumulação de riqueza e a melhoria dos padrões de vida.
O governo vai comprometer uma fração maior das receitas públicas com o pagamento de aposentados aos 55 e 58 (que de outra forma estariam trabalhando para sobreviver) e com isso vai inviabilizar a melhoria, justamente, dos setores de saúde, educação, saneamento, ou seja, tudo aquilo que poderia melhorar os padrões de vida e a prosperidade do país em médio e longo prazo.
O governo está assassinando o futuro.
Espero que agora você compreenda o meu raciocínio econômico...
Paulo Roberto de Almeida

Volta ao Mundo em 25 ensaios: Ordem Livre

Segue, abaixo, a relação completa de meus 25 ensaios feitos para o Ordem Livre, só faltando a publicação do último da série, recém terminado e encaminhado.

Volta ao Mundo em 25 ensaios
Publicados em Ordem Livre
Paulo Roberto de Almeida
(http://www.ordemlivre.org/textos/autor/203).
Por ordem de elaboração da série.
Atualizado: 13.12.2010

1) 2071. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 1. Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)”, Brasília, 23 dezembro 2009, 4 p. Primeiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da diversidade do mundo e da baixa produtividade do trabalho acarretada por sociedades fechadas e sem educação. Ordem Livre (18.01.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/843). Novo título em Shanghai, em 22.05.2010, como “O mundo real e o mundo como ele poderia ser...”, para Via Politica (31.05.2010) e em Dom Total (10.06.2010). Relação de Publicados n. 947.

2) 2072. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Segundo ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da economia mundial e de suas características mais marcantes. Publicado em Ordem Livre (1.02.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/866). Republicado no Instituto Millenium (5.02.201). Republicado sob o título de “O longo percurso da economia mundial: divergências e convergências” em Via Política (7.06.2010) e em Dom Total (17.06.2010). Relação de Publicados n. 951.

3) 2073. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Terceiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da política mundial e dos problemas de paz e segurança. Publicado em Ordem Livre (1.03.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/909/). Reproduzido no jornal português O País online: a verdade como notícia (Terça, 16 Março 2010). Republicado sob o título de “Paz e guerra no contexto internacional: um mundo pacífico ainda está longe” em Via Política (14.06.2010) e em Dom Total (24.06.2010). Relação de Publicados n. 954.

4) 2074. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 4. Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quarto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução dos direitos humanos no plano mundial e das dificuldades de garanti-los. Publicado Ordem Livre (15.02.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/888/); no site do Instituto Millenium (18.02.2010). Revisto e publicado sob o título de “Caminhos tortos dos direitos humanos: dá para endireitar o mundo?” em Via Política (20.06.2010) e em Dom Total (1.07.2010). Relação de Publicados n. 953.

5) 2075. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 5. Políticas econômicas nacionais: divergências e convergências”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quinto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da aproximação e gradual convergência das políticas públicas nacionais no contexto da globalização. Ordem Livre (15.03.2010; link: http://www.ordemlivre.org/node/930). Reproduzido no site do Instituto Millenium (20.03.2010). Publicado, sob o título de “A aproximação das políticas econômicas nacionais” em Via Política (2.05.2010). Republicado em Dom Total (20.05.2010). Relação de Publicados n. 955.

6) 2076. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 6. Cooperação internacional e desenvolvimento: isso muda o mundo?”, Brasília, 27 dezembro 2009, 3 p. Sexto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da cooperação internacional e sua relativa irrelevância para fins de desenvolvimento. Ordem Livre (17.05.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1008/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (28.08.2010). Revisto e ampliado, sob o título de “A falência da assistência oficial ao desenvolvimento” (Shanghai, 3 maio 2010, 5 p.; n. 2138), para publicação no portal de economia do IG. Relação de Publicados n. 966.

7) 2080. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?”, Brasília, 1 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com reflexões sobre conflitos nas sociedades humanas. Ordem Livre (29.03.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/946/). Relação de Publicados n. 958.

8) 2081. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 8. Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?”, Brasília, 3 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com considerações sobre direitos individuais e interesses coletivos. Ordem Livre (12.04.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/962/). Republicado em Via Política (10.08.2010) e, sob o título de “Volta ao mundo em 25 ensaios”, em Dom Total (12.08.2010). Relação de Publicados n. 961.

9) 2082. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 9. Duas tradições no campo da filosofia social: liberalismo e marxismo”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com digressões sobre as trajetórias das duas correntes filosóficas e práticas. Ordem Livre (26.04.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/982/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (27.04.2010) e em Via Política (22.08.2010) e em Dom Total (26.08.2010). Relação de Publicados n. 964.

10) 2083. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 10. Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com cinco regras simples para o crescimento e o desenvolvimento. Ordem Livre (31.05.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1020/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (3.06.2010). Republicado em Via Política (10.10.2010) e em Dom Total (14.10.2010). Refeito em 14.09.2010 para o portal iG de economia, sob o título de “Como assegurar o crescimento sustentável da economia?”; portal de economia do iG (15.09.2010). Relação de Publicados n. 971.

11) 2084. "Volta ao mundo em 25 ensaios: 11. Livre comércio: uma idéia difícil de ser aceita (e, no entanto, tão simples)”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com desmantelamento das teses protecionistas. Ordem Livre (7.06.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1025/). Reproduzido no site no Instituto Millenium (23.08.2010). Republicado em Via Política (17.10.2010) e em Dom Total (28.10.2010). Relação de Publicados n. 974.

12) 2085. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 12. Políticas ativas pelos Estados funcionam?; se sim, sob quais condições?”, Brasília, 5 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com consideração das políticas setoriais que costumam distribuir dinheiro para quem já é rico. Ordem Livre (21.06.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1037/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (23.06.2010). Republicado em Via Política (25.10.2010) e em Dom Total (04.11.2010). Relação de Publicados n. 976.

13) 2087. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 13. Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, enfocando a eficiência dos sistemas econômicos pela via da competição e o problema dos monopólios e cartéis. Ordem Livre (5.07.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1048/). Republicada em Via Política (1.11.2010) e em Dom Total (11.11.2010). Relação de Publicados n. 980.

14) 2088. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 14. Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, tratando do problema do equilíbrio fiscal e dos déficits orçamentários, com as implicações e limites da dívida pública. Ordem Livre (18/07/2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1058/). http://www.ordemlivre.org/textos/1058/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (18.08.2010). Republicado em Via Política (08.11.2010) e em Dom Total (18.11.2010). Relação de Publicados n. 982.

15) 2089. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 15. Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, descartando a explicação simplista da expropriação dos pobres pelos ricos. Revisto em Shanghai, 13.04.2010. Ordem Livre (16.08.2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1082/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (6.08.2010). Republicado em Via Política (21.11.2010) e em Dom Total (25.11.2010). Relação de Publicados n. 984.

16) 2090. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 16. Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, encarando o problema das relações entre Estados muito desiguais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (18/07/2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1058/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.09.2010). Republicado em Via Política (22.11.2010) e em Dom Total (2.12.2010). Relação de Publicados n. 987.

17) 2091. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 17. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, examinando a estagnação e o atraso da região no confronto com as demais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (30 de agosto de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/node/1095); postado no blog Diplomatizzando (link). Reproduzido em Via Política (29.11.2010) e em Dom Total (9.12.2010). Relação de Publicados n. 988.

18) 2092. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 18. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, discutindo criticamente as razões do baixo crescimento do Brasil. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (13 de setembro de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1107). Reproduzido no site do Instituto Millenium (21.09.2010). Republicado em Via Política (6.12.2010). Relação de Publicados n. 990.

19) 2093. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 19. Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, abordando as melhores formas de fazer a renda crescer e de distribuí-la. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (27 de setembro de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1116/). Relação de Publicados n. 993.

20) 2094. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 20. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, destacando minhas escolhas para melhorar socialmente o Brasil. Revisto em Shanghai, em 2 de maio de 2010. Ordem Livre (4 de outubro de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/autor/203). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.10.2010). Relação de Publicados n. 995.

21) 2095. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 21. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, manifestando minhas preferências em matéria de políticas econômicas. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010. Ordem Livre (25 de outubro de 2010; link: http://ordemlivre.org/textos/1136). Republicada no site do Instituto Millenium (27.10.2010). Reproduzida no blog O Brasil do PT – O Caos (28.10.2010). Relação de Publicados n. 996.

22) 2096. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 22. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais”, Brasília, 10 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, expondo concepções gerais sobre uma diplomacia ideal. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Ordem Livre (8 de novembro de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/textos/1149/). Relação de Publicados n. 1005.

23) 2099. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 23. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?”, Brasília, 11 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, comentando os grandes fracassos do desenvolvimento mundial. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Publicado em Ordem Livre (22 de novembro de 2010; link: http://www.ordemlivre.org/node/1161). Relação de Publicados n. 1006.

24) 2100. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 24. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor”, Brasília, 12 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, recomendando que o Brasil coloque primeiro a casa em ordem, antes de tentar ensinar qualquer coisa ao mundo. Ordem Livre (06.12.2010; da série Volta ao mundo em 25 ensaios n. 24). Relação de Publicados n. 1008.

25) 2230. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 25, Itinerário percorrido e o que resta fazer”, Brasília, 12 dezembro 2010, 5 p. Ensaio preparado para o OrdemLivre.org, concluindo a série iniciada no final de dezembro e publicada quinzenalmente no site. Ordem Livre (21.12.2010; link: ). Relação de Publicados n. .

sábado, 11 de dezembro de 2010

Onde o Brasil poderia ser melhor?; nossa contribuicao para o mundo

Meu mais recente artigo publicado no site do Ordem Livre, o 24. da série "Volta ao Mundo em 25 Ensaios", faltando, portanto, apenas um para completar a série. É o que vou fazer agora mesmo...
Paulo Roberto de Almeida

Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor
Paulo Roberto de Almeida
Ordem Livre, 06 de Dezembro de 2010

Sem qualquer ufanismo, pretendo apenas tecer considerações sobre o quê, da experiência brasileira, considero relevante para o mundo. Dito assim, parece que o Brasil tem enormes contribuições a dar – ou, quem sabe, até já deu – para o progresso da humanidade e o avanço geral da civilização. Certo ufanismo pretende, justamente, que o Brasil seja um exemplo para o mundo, pelo caráter plástico de sua sociedade – mesmo sem a, hoje recusada, mítica "democracia racial" –, pela convivência tranquila de muitos povos e religiões, pela adesão do país aos princípios tradicionais do direito internacional, pelas disposições pacifistas e humanitárias de sua Carta constitucional, enfim, pelo caráter cordial do povo brasileiro.

Não sou desses, e ainda que eu possa, por acaso, subscrever a alguns desses mitos, não vou me estender nessa direção para detectar o que o Brasil possivelmente poderia oferecer ao mundo, como seu..., ou seja, algo construído para fora, não já existente a partir de dentro (e que seria uma característica, não uma contribuição). Não é fácil detectar contribuições geniais do Brasil para a humanidade: não temos um Nobel, nem grandes avanços do pensamento filosófico, da produção científica ou do desenvolvimento tecnológico; com exceção do soro antiofídico e do diagnóstico do mal de Chagas, não existem muitas outras contribuições dignas de registro nos anais do progresso mundial. Alberto Santos Dumont e o Padre Landell de Moura podem ter sido "geniais" em suas respectivas áreas, mas não conseguiram transpor suas inovações para o único terreno que verdadeiramente interessa no plano material: a produção em série de bens e serviços para consumo de massa.

Mesmo nossa alegada originalidade étnica – qual seja, a de ser uma espécie de "cadinho da humanidade", não apenas um país "multinacional", mas igualmente multirracial – pode ser um valor relevante para o Brasil, mas não se sabe como isso será oferecido como know-how ao resto da humanidade. A exuberância das florestas, a grandiosidade dos rios, a abundância dos recursos naturais, tudo isso pode impressionar em alguma peça publicitária do "ministério da propaganda", mas não representa, de fato, algo de que o mundo careceria, se por acaso o Brasil viesse a faltar no fornecimento de matérias primas ou outros produtos básicos. Outros países poderiam acomodar nosso "desaparecimento" repentino, com pequenos esforços de adaptação e de crescimento da produtividade em outras regiões. Afinal de contas, não nos distinguimos pela exportação de produtos inovadores ou de tecnologia exclusiva (como podem ser farmacêuticos ou a eletrônica de alta definição, por exemplo).

Talvez devêssemos começar por indicar o que NÃO deveríamos fazer para tornar o mundo um lugar mais ameno e agradável: melhor seria, por exemplo, que não participássemos do circuito mundial de trânsito e comercialização de drogas, ao manter fronteiras tão vulneráveis e permitir a corrupção nos órgãos de controle (sem mencionar, está claro, o próprio consumo nacional em ascensão); seria preferível não “exportar” tantos ilegais que podem morrer na travessia do Rio Grande ou no deserto do Arizona, antes de serem capturados e mofar alguns meses na cadeia antes da inevitável expulsão; seria preferível não oferecer ao mundo o espetáculo das crianças de rua, da corrupção impune, dos desastres urbanos anunciados ou esperando para acontecer, ou manter estranhas alianças com ditadores e outros personagens pouco frequentáveis. Não precisaríamos, tampouco, exibir as maiores estatísticas de morte juvenil nas periferias urbanas, de acidentados e vítimas em estradas esburacadas, ou de desperdício alimentar por pura desorganização e ineficiência nos transportes.

Em outros termos, tudo o que fazemos contra nós mesmos – já que todos os problemas indicados são "made in Brazil" – diminui na mesma proporção nosso prestígio no mundo, e nos deixa ainda distantes de alguns objetivos alegadamente nacionais de influência e participação nos negócios mundiais, como a tal aspiração a um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU e uma ainda mais bizarra mudança nas relações de força ou na geografia comercial do mundo. As torturas de prisioneiros comuns, o desmatamento selvagem, a mentira oficial, a corrupção pública, a fraude política, o sindicalismo mafioso e os sindicatos patronais de ladrões, as falsas soluções para problemas verdadeiros, o culto da ignorância, a recusa da educação formal e o elogio do despreparo, o enorme desperdício de esforços em direções erradas, todas essas disfunções são contribuições do Brasil aos seus desvios éticos e ao seu próprio retrocesso moral. Nada que possamos “mostrar” ao mundo.

Tão melhor seria para o Brasil e para o mundo, se pudéssemos empreender as reformas capazes de aproximar o país dos projetos de alguns de seus pais fundadores, torná-lo mais conforme às promessas feitas por alguns reformadores, numa palavra, convertê-lo em país “normal”. Um país normal, em primeiro lugar, tem um estado, ou antes, um governo que cumpre a lei, e não se constitui objeto de maior parte dos casos que ascendem à Suprema Corte; da mesma forma, um país normal apresenta poderes perfeitamente separados e atuando segundo seus próprios mandatos constitucionais, sem qualquer subordinação indevida ou tratativas pecuniárias; um estado normal não tosquia os seus cidadãos e empresas muito acima da capacidade contributiva desses agentes econômicos primários; um país normal assegura os direitos elementares dos seus cidadãos mais simples, antes de tudo o direito à segurança, a uma escola de qualidade, a saneamento básico, mas também o direito de ser representado por pessoas plenamente responsáveis pelos recursos que administram e, se corruptos, puníveis como qualquer eleitor comum.

Acredito que o Brasil ainda está longe desses simples objetivos típicos de um país normal. Acredito, também, que o Brasil daria uma grande contribuição ao mundo sendo um país normal, especialmente se ele pretende exercer a liderança regional e passar a influenciar a agenda diplomática mundial de modo mais afirmado. Ser um país normal significa converter-se em um país melhor, sobretudo para seus próprios cidadãos, o que o habilitaria quase naturalmente a contribuir para tornar o mundo um lugar melhor do que é atualmente.

O Brasil, de fato, poderia ser melhor em muitas coisas, tantas são as possibilidades de contribuir para o bem-estar da humanidade, infinitas, na verdade, nos campos da medicina, do meio ambiente, da literatura, da música e da cultura universal, de modo geral; mas ele começaria bem sendo, simplesmente, melhor consigo mesmo...

Wikileaks-Cuba: nem o Brasil acredita no sucesso das reformas

Diplomats spoke of "fatal" Cuban economy in cable
Reporting by Jeff Franks; Editing by Bill Trott
Reuters, December 10, 2010 - 8:13am EST

HAVANA - Diplomats from several countries said Cuba's economic situation could become "fatal" within two to three years while a Chinese diplomat groused that discussing reforms with the Cuban government was "a real headache," according to a purported U.S. cable obtained by WikiLeaks and published on Thursday by the Spanish newspaper El Pais.
The cable was written in February, before the communist-led government announced significant economic reforms in September.
It chronicled a breakfast meeting hosted by a U.S. diplomat for economic and commercial counselors from China, Spain, Canada, Brazil, Italy, France and Japan.
The cable talked generally abut Cuba's economic problems, which forced the government led by President Raul Castro to slash imports, stop payments to many creditors and freeze foreign business accounts in Cuban banks.
"All diplomats agreed that Cuba could survive this year without substantial policy changes but the financial situation could become fatal within two to three years," said the cable, classified confidential and apparently authored by Jonathan Farrar, chief of the U.S. Interests Section in Havana.
The interests section substitutes for an embassy because the United States and Cuba, at ideological loggerheads for five decades, have no official diplomatic relations.
"Italy said (Cuban government) contacts had suggested Cuba would become insolvent as early as 2011," the cable said.
"Even China admitted to having problems getting paid on time and complained about Cuban requests to extend credit terms from one to four years," the cable said. "France and Canada responded with 'welcome to the club.'"
It said China's representative complained "in visible exasperation" that Cuba insists on keeping majority control of all joint ventures.
The group was described as pessimistic about the possibility of "meaningful" economic reform, with the Brazilian saying it had the potential of being politically "destabilizing."
"Any discussions around Chinese-style reforms, particularly regarding foreign investment, have been difficult and 'a real headache,' according to the Chinese," the cable said.
REFORMS UNDER WAY
The Cuban government has since undertaken reforms to boost the island's troubled economy by expanding the private sector and reducing the state's role, while maintaining the socialist system installed after Fidel Castro took power in a 1959 revolution.
Its cash crunch also appears to have eased as more creditors are getting paid and more bank accounts unfrozen.
The diplomats complained about the lack of access to government officials and said the military was increasingly in control of the economy.
"The French argued that the military is seizing all core economic activities of the state," the cable said.
It said military engineers were capable of running day-to-day operations but "do not have the vision to enact reforms or lead the country out of the economic mess of centralized state planning."
Cuba was concerned about its reliance on Venezuela, its top trading partner and oil provider, because the South American oil giant, led by socialist President Hugo Chavez, "is in flames," the French representative was quoted as saying.
The cable said many Cuban government officials had "reconciled themselves to the inevitability of better relations with the United States."
But it said Cuba's direction "remains muddled and unclear, in great measure because its leaders are paralyzed by fear that reforms will loosen the tight grip on power that they have held for over 50 years."
The cable said the Cuban people were "accustomed to tough times and will respond to future belt-tightening with similar endurance."