Apresentação:
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Valerio Mazzuoli - Direito dos Tratados
Apresentação:
Brasil Maior? You're kidding: Brasil Menor, e diminuindo...
Desde que saiu (o verbo seria bom se fosse usado ativamente) o tal de Brasil Maior, venho avisando os meus alunos de que será um Brasil Menor no bolso deles, em todos os setores tocados pelas políticas governamentais.
Nosso governo é um Midas ao contrário, mas não pretendo ir mais longe na simbologia...
Bem, fiquem com um editorial do reacionário Estadão:
Paulo Roberto de Almeida
As surpresas do programa Brasil Maior no plano fiscal
A Post-American World?: Brazil and U.S. - Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida:
“Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”
in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.):
Debating a Post-American World: What Lies Ahead?
(London: Routledge, 2011, 288 p.; ISBN-10: 0415690552; ISBN-13: 978-0415690553, p. 135-141).
Debating a Post-American World: What Lies Ahead? (Security and Governance)
by Sean Clark and Sabrina Hoque (Jan 22, 2012)
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PaperbackAvailable for Pre-order. This item will be released on January 22, 2012. | $48.95 | ||||
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Product Description
While a ‘post-American’ world need not be any different than that of today, the risk associated with such a change provides ample reason for attentive study. Divided into four parts, 50 international relations scholars explore and discuss:
- Power Transitions: addressing issues including the rise of China; the passing of American primacy and the endurance of American leadership.
- War and Peace: addressing nuclear weapons; the risk of war; security privatization and global insecurity
- Global Governance: addressing competition, trade, the UN, sovereignty, humanitarian intervention, law and power.
- Energy and the Environment: addressing resource conflict, petrol, climate change and technology.
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Product Details
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O petroleo, sempre estrategico - Daniel Yergin
Paulo Roberto de Almeida
and the Remaking of
the Modern World”
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The Quest: Energy, Security, and the Remaking of the Modern World
By: Yergin, Daniel Published By: Penguin Group US Published Date: 20 September 2011
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In this gripping account of the quest for the energy that our world needs, Daniel Yergin continues the riveting story begun in his Pulitzer Prize-winning book, The Prize. A master storyteller as well as a leading energy expert, Yergin shows us how energy is an engine of global political and economic change. It is a story that spans the energies on which our civilization has been built and the new energies that are competing to replace them. From the jammed streets of Beijing to the shores of the Caspian Sea, from the conflicts in the Mideast to Capitol Hill and Silicon Valley, Yergin takes us into the decisions that are shaping our future.
The drama of oil-the struggle for access, the battle for control, the insecurity of supply, the consequences of use, its impact on the global economy, and the geopolitics that dominate it-continues to profoundly affect our world.. Yergin tells the inside stories of the oil market and the surge in oil prices, the race to control the resources of the former Soviet empire, and the massive mergers that transformed the landscape of world oil. He tackles the toughest questions: Will we run out of oil? Are China and the United States destined to come into conflict over oil? How will a turbulent Middle East affect the future of oil supply?
Yergin also reveals the surprising and sometimes tumultuous history of nuclear and coal, electricity, and the "shale gale" of natural gas, and how each fits into the larger marketplace. He brings climate change into unique perspective by offering an unprecedented history of how the field of climate study went from the concern of a handful of nineteenth- century scientists preoccupied with a new Ice Age into one of the most significant issues of our times.
He leads us through the rebirth of renewable energies and explores the distinctive stories of wind, solar, and biofuels. He offers a perspective on the return of the electric car, which some are betting will be necessary for a growing global economy.
The Quest presents an extraordinary range of characters and dramatic stories that illustrate the principles that will shape a robust and flexible energy security system for the decades to come. Energy is humbling in its scope, but our future requires that we deeply understand this global quest that is truly reshaping our world.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Ministro das Comunicacoes contra a concorrencia e pelo monopolio...
Só mesmo aqui se consegue encontrar gente que se posiciona deliberadamente contra a concorrência, pelo monopólio, pela concentração de poderes, enfim, pelo desserviço ao público, que paga por serviços vagabundos, caros e demorados. Como os dos Correios, por sinal.
Em outra vertente, esta crônica irônica-jornalística de conhecido jornalista não deixa de ser gozada, aliás parecida com o Brasil, que como eu sempre digo, não é um país normal.
Decididamente, o Brasil é um país bizarro...
Paulo Roberto de Almeida
ATENÇÃO, CONTE COM O PCO PARA SALVAR O CAPITALISMO! OS CAPITALISTAS FORAM TODOS ESTATIZADOS!
A greve dos funcionários dos Correios já preocupa o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, devido à possibilidade de avanço das empresas concorrentes sobre os serviços de que a estatal não detém o monopólio, como entrega de encomendas e mala direta. “A concorrência está querendo tomar espaço”, disse Bernardo à Agência Estado. O ministro se referiu à veiculação de comerciais no fim de semana pelas concorrentes, o que ele classificou de “oportunismo legítimo” diante da greve. “A gente tem que se preocupar com a concorrência, que está querendo solapar (os Correios)”, ressaltou.
Entendi. O radicalismo da extrema esquerda colabora com o capitalismo! Se não me engano, os Correios são infiltrados, em São Paulo ao menos, pelo PCO, o Partido da Causa Operária. A idéia que Marx fazia de “operário” não deve remeter a um entregador de cartas, mas vá lá… Os socialistas têm de ir aonde o povo está. O problema é que o povo costuma fugir deles, hehe.
AInda o tal de debate sobre a desindustrializacao do Brasil
"Protecao do mercado interno"!?; depois nao adianta reclamar do protecionismo dos outros...
Quando é que os políticos -- ainda mais se eles são, supostamente, economistas -- vão aprender que protecionismo comercial só deixa a todos mais pobres e não é solução para nada?
A piada (macabra) da semana: a China e a Terceira Guerra Mundial
The commanding officer at the Russian military academy (the equivalent of a 4-star general in the U.S.) gave a lecture on Potential Problems and Military Strategy. At the end of the lecture, he asked if there were any questions.
An officer stood up and asked, "Will there be a third world war? And, will Russia take part in it?"
The general answered both questions in the affirmative.
Another officer asked, "Who will be the enemy?"
The general replied, "All indications point to China ."
Everyone in the audience was shocked.
A third officer remarked, "General, we are a nation of only 150 million, compared to the 1.5 billion Chinese. Can we win at all, or even survive?"
The general answered, "Just think about this for a moment: In modern warfare, it is not the quantity of soldiers that matters, but the quality of an army's capabilities. For example, in the Middle East we have had a few wars recently where 5 million Jews fought against 150 million Arabs, and Israel was always victorious."
After a small pause, yet another officer - from the back of the auditorium asked,
"Do we have enough Jews?"
Brasil: para tras, a toda velocidade - Senador Demostenes Torres
DCI |
Brasil pode cair para 40 ª economia mundial |
Abnor Gondim |
Nos próximos 30 anos, o Brasil corre o risco de sair da 7ª para até a 40ª posição no ranking das maiores economias do planeta por falta de investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia e por criar resistências aos produtos nacionais no exterior. O alerta é um dos mais contundentes críticos do governo federal no Congresso, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), 50 anos de idade.
"Ao invés de caminhar para ser a 5ª ou a 4ª economia do mundo, em 30 anos, nós poderemos estar em 30º ou 40º lugar, tudo isso porque não investimos e insistimos apenas em tributar, tributar e tributar", dispara o promotor de Justiça licenciado para exercer o seu primeiro mandato político, em entrevista exclusiva ao DCI. O senhor acredita que o discurso da presidente Dilma, às vésperas do 7 de setembro, é o início da campanha dela para reeleição? Tenho certeza disso. A presidente foi para a televisão com uma linguagem de horóscopo e falseando a verdade. Ela nos disse que a inflação estava controlada, que o Brasil vive um momento de pleno emprego, que nós estamos muito tranquilos com a situação dos programas sociais e que o País continuava tendo avanços em Educação, Saúde, Segurança Pública. O discurso dela era de total felicidade, quando na realidade notamos o Brasil atravessando seríssimos problemas econômicos. O que o senhor achou dela ter dito que o Brasil está forte para enfrentar a crise? O governo diz que temos uma reserva de US$ 300 bilhões. Desses, US$ 200 bilhões são títulos da dívida americana. E, para manter essas reservas no exterior, o Brasil tem que gastar US$ 30 bilhões por ano, o que é uma quantia superior à soma dos investimentos em infraestrutura. Além disso, o Banco Central já comprou, apenas nesse ano, US$ 60 bilhões para evitar que os especuladores entrassem aqui. Os juros continuam muito alto, então, no meu entendimento essa reserva é artificial. Ninguém sabe se a crise vem e se vamos cambalear ou não. O senhor considera que a melhoria do crédito que ela destacou no discurso foi relevante? É obvio que o crédito é algo que não pode ser abruptamente cortado. Até porque implicou realmente em melhorias para a população. Entretanto, está havendo um endividamento muito grande da população brasileira. No Sul do País, por exemplo, 90% das famílias estão endividadas, com a média do endividamento em torno de R$ 1,6 mil por família. O total das dívidas domésticas é de R$ 185 bilhões. No primeiro trimestre desse ano, o endividamento já era de R$ 700 bilhões. Então, me parece uma irresponsabilidade incentivar o cidadão a ir às compras, quando, no cenário internacional, a realidade é outra. Se estimular a poupança, diminuiríamos essas dívidas. Esse incentivo ao consumo contrasta com o elevado índice de desemprego. Ela disse claramente "nunca antes na história deste País haver tanto emprego". Mas dados do Ministério do Trabalho apontam queda de 14% nos empregos com carteira assinada nos sete primeiros meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Foi um discurso de horóscopo. Daqueles que só preveem coisas boas. Isso é inaceitável! Seria antecipação de campanha? Total! Ou ela não desceu do palanque ou está com medo do Lula. A presidente disse que a inflação está controlada. Contudo, o IGP-M deu 7,23%. Acima da meta [6,5%]. Descontrolou completamente! O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vinga? Não vinga. Até porque as pessoas preferem fazer o Bolsa-Família do que participar do Pronatec. Uma coisa concorre com a outra. E o Brasil técnico, desenvolvido e educado cede espaço para o Brasil político, eleitoreiro e assistencialista. Então, nosso País, com a 7ª maior economia do mundo, não tem investimentos em infraestrutura, em educação de qualidade e ciência e tecnologia. E ainda conta com uma carga tributária brutal que impede a concorrência e promove a desindustrialização no Brasil. As leis trabalhistas são extremamente protetoras, então as pessoas estão migrando para outros países. Produzir na Argentina é mais barato. Ao invés de caminhar para ser a 5ª ou a 4ª economia do mundo,em 30 anos, nós poderemos estar em 30º ou 40º lugar, tudo isso porque não investimos e insistimos apenas em tributar, tributar e tributar. Como por exemplo, a elevação no valor do imposto para carros importados, que tenham menos de 65% de componentes fabricados no país. Mas isso não seria defesa da indústria nacional? Sim, mas será essa a única política que temos? Por que, ao invés disso, não baixamos o custo da nossa produção? E se os outros países resolverem fazer represália e retaliar o Brasil, em nossos produtos que não sofrem uma tributação excessiva lá fora? Então, muito melhor do que tomar providências emergenciais é investir, de uma maneira segura, na baixa constante da carga tributária brasileira e fazer reforma na área previdenciária, trabalhista. Assim, o País entra na esfera da competitividade. No que se refere ao combate da corrupção, a presidente tem feito avanços? O governo da presidente Dilma, nesse aspecto, é muito mais efetivo que o do presidente Lula. Mas todos os institutos que o Brasil tem aumentado muito o seu índice de corrupção. Quem é o senador Demóstenes Lázaro Xavier Torres (Anicuns, 23 de janeiro de 1961) é um procurador e político brasileiro. Nascido em Anicuns, um município no interior goiano, Demóstenes Torres formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e é integrante concursado do Ministério Público de Goiás desde 1983. Foi Procurador-Geral do órgão antes de ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo.Filiado ao DEM, foi eleito senador da República em 2002 com 1 239 352 votos. Concorreu ao governo de Goiás em 2006 mas obteve apenas 3,5% dos votos, ocupando a quarta posição. Desde fevereiro de 2009 é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a mais importante Comissão da Casa. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres participou do I Congresso Mestiço Brasileiro, promovido pelo Nação Mestiça em Manaus, capital do Amazonas, em 20 de junho de 2011, onde discutiu temas como o Estatuto da Igualdade Racial e o sistema de cotas em universidades públicas. Assumiu em março de 2011 a liderança da bancada do Democratas no Senado, substituindo José Agripino Maia. Em 15 de julho de 2011, Demóstenes casou-se com a advogada Flávia Coelho.[4] Polêmico, às vésperas do 7 de Setembro, o senador usou da tribuna para dizer que "as palavras da presidente foram mentirosas, não passaram de "golpes publicitários" e anteciparam a disputa eleitoral de 2014. "O discurso em rede nacional de rádio e televisão, que de tão eleitoreiro pode ter sido gravado durante a campanha de 2010, tem dez minutos de promessas e balanços e pouquíssimo sobre a Independência", disse o senador. Na interpretação de Demóstenes, a presidente desdenhou da séria crise econômica pela qual passa o mundo atualmente e mentiu ao povo brasileiro ao afirmar que o Brasil é capaz de enfrentar esses difíceis momentos econômicos sem passar dificuldades. Questionou a afirmação de Dilma de que as reservas internacionais brasileiras estariam "mais sólidas do que nunca". Para Demóstenes, a afirmação é mentirosa. "Economia que enfrenta terremoto seguido de tsunami e incêndio", acrescentou metaforicamente. O senador disse ainda que o pronunciamento foi apenas "marketing oficial", com texto e recursos visuais publicitários com o objetivo de enganar o povo brasileiro e vender um falso otimismo. Para Demóstenes, "o brasileiro está com o pescoço na forca dos carnês". |
China: parceiro estrategico?; retaliacao estrategica...
DCI |
O toma-lá-dá-cá da China |
Da Redação, 19/09/2011 |
O Brasil deve esperar retaliação da China ante as restrições às importações de carros chineses em breve. Basta ver a desenvoltura com que o premiê chinês, Wen Jiabao, fez exigências diretas na semana passada em troca de nova ajuda a Estados Unidos e União Europeia para superar a crise. Ele quer o fim de restrições a investimentos chineses nos Estados Unidos e o reconhecimento da China como economia de mercado pela União Europeia. São essas as maiores, mas não as únicas, exigências da China para ajudar a "salvar" a Europa e os EUA da crise, que teve seu epicentro com a quebra de mais de 400 bancos norte americanos desde 2008. E que agora assola a Europa na corrida pela proteção de seus bancos, já afetados desde a crise de 2008, ante a ameaça de quebra de bancos com as carteiras cheias de títulos da dívida de Grécia, Espanha, Portugal e Itália.
Wen Jiabao não se constrangeu, nem um pouco, em ditar as condições para continuar comprando títulos da dívida dos países europeus, como fez na semana passada coma Itália. Ele, do alto da sua experiência de economia de mercado, disse que as nações ricas devem adotar políticas monetárias e fiscais "responsáveis" e garantir a segurança e a estabilidade dos investimentos, pouco antes de observar que a economia chinesa está em "boa forma". Pelos termos de seu acesso à Organização Mundial do Comércio (OMC), a China só teria status de economia de mercado em 2016. Esse reconhecimento dificultaria a imposição de medidas antidumping contra a China, já que os preços de exportação teriam de ser comparados aos que são praticados internamente no País. Hoje são usados preços de terceiros mercados, normalmente superiores aos chineses. A reação de alto e bom tom das importadoras e montadoras de carros chineses no Brasil, especialmente a JAC Motors, na última sexta-feira, ante as restrições do IPI aos carros de baixo teor de conteúdo nacional pode implicar retaliações a produtos brasileiros na China, como, por exemplo, o fim do acordo dos chineses coma Embraer na fábrica de Harbin. E a questão é que o Brasil fez uma escolha entre montadoras multinacionais para aplicar o IPI e na eventual retaliação poderá arriscar empresas de capital nacional, como as cooperativas ao agronegócio. |