domingo, 1 de agosto de 2010

Sobre blogs, sobre conteudo e sobre formas: o meio nao é a mensagem

Um blog não é exatamente uma revista de divulgação científica. Ele é um instrumento de divulgação e debate de ideias, eventualmente de informações também.
Boa parte dos blogs são anônimos, o que para mim denota um sério desvio de personalidade.
Em todo caso, este blog debate ideias, e acredito que o faz de modo honesto, expondo primeiro as posições de quem quer que seja e depois emitindo uma opinião, geralmente fundamentada, por vezes, reconheço, em linguagem contundente, pois sua função é exatamente esta: chamar a atenção para certas ideias, boas ou más, e acredito que ele consegue, tanto é verdade que recebo muitos comentários, nem todos publicáveis.

Também publico informações, simples matérias de imprensa, geralmente precedidas de poucos comentários pessoais meus, emitindo minha opinião sobre o assunto.

Surpreende-me, portanto, que a MAIOR PARTE dos comentários se dirija não às ideias expressas, mas à forma usada nessa expressão, quando não à personalidade ou à situação do emitente, no caso eu mesmo.
Creio que as pessoas tem alguma obsessão com a personalidade do emitente, e se esquecem, ou não conseguem, debater as ideias em si.

Considero que esse tipo de atitude é também, de certa forma, um desvio de personalidade. As pessoas se revelam incapazes de se concentrar no objeto central, e se contentam em focar no periférico.
Seria como se, num concurso de tiro, as pessoas se esforçassem para escapar do alvo, atirando a esmo, apenas para justificar uma eventual incapacidade de acertar no centro do alvo.

Surpreende-me também que as pessoas pretendam vincular este meu blog, expressão de uma personalidade livre, absolutamente independente, a uma qualquer condição pessoal ou profissional, o que revela uma incapacidade de separar ideias de situações de vida. Alguns sociólogos, ou psicólogos, chamariam isso de "personalidade autoritária", ou seja, achar que um cidadão qualquer não tem direito a ter ideias proprias, independente de sua condição social ou profissional. Ser livre, justamente, é poder emitir uma opinião, sem estar cingido por qualquer autoridade que seja. Que os outros se sintam obrigados a defender ideias de outros, de seu patrão, eventualmente, isso é problema deles, uma servidão voluntária que eu não considero aceitável num mundo de liberdade. Não costumo ser escravo de ninguém, vivo ou morto, autoridade ou não. Ponto.

A despeito de uma forma por vezes contudente, meu blog está destinado, como expresso no banner de entrada, a discutir IDEIAS.
Minha seção de comentários também traz a mesma advertência: focar no tema do post, apenas isso. Acho que não é pedir muito.
Acho que as pessoas esquecem, ou não conseguem...
Não adianta atirar no mensageiro, pois a mensagem está lá, e continua lá.

Apreciaria que as pessoas retivessem estas pequenas recomendações...

Paulo Roberto de Almeida

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