Como são os mais pobres que pagam mais impostos no Brasil, o que esses reitores -- eleitos democraticamente pelos seus pares, que também acham bom viver de dinheiro público, sem ser obrigados a prestar contas à sociedade -- irresponsáveis querem é que os mais pobres do Brasil paguem pelo privilégio de alguns ricos que antes pagavam para estudar, e agora perderam as suas arapucas douradas. Os professores também querem ser "federalizados", ou seja, querem que todos nós paguemos pela irresponsabilidade e incompetência dos gestores das duas unidades de ensino descredenciadas pelo MEC.
Antes já fomos obrigados a assumir os professores e alunos da Candido Mendes, outra fechada, mas com professores e alunos premiados com o nosso dinheiro.
Um país decente, um Congresso normal, uma sociedade ciente do valor do dinheiro de cada um não permitiria esse tipo de falcatrua com o dinheiro público.
Dito isto, quem é o MEC para descredenciar duas empresas privadas?
Se o MEC fosse submetido a um controle de qualidade, não passaria de medíocre, ou talvez até de alguma classificação de nocivo à educação nacional.
Não são duas empresas privadas, que oferecem serviços medíocres de educação contra remuneração? Pois deixemos que seus empresários-patrões resolvam o problema como vieram ao mundo: relações de oferta e procura no mercado. Os alunos é que procurem empregos com os certificados das duas; os professores é que negociem salários com os patrões, do contrário procurem outras instituições.
Por que é que no Brasil sempre se procura mamar nas tetas do Estado?
E por que o Estado é generoso com capitalistas?
Paulo Roberto de Almeida
Reitores da UFF, UFRJ, Unirio, Rural e Cefet-RJ propõem federalização da Gama Filho e UniverCidade
- Dirigentes assinaram nota em que defendem que medida atenderia “aos anseios das forças sociais, políticas e estudantis”
RIO — Em reunião realizada nesta terça-feira (14) na Universidade Federal Fluminense (UFF), os reitores da UFRJ, da Unirio, UFRRJ e da UFF e o diretor-geral do Cefet-RJ assinaram uma nota propondo que a Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) sejam federalizadas.
Alunos das duas instituições que foram descredenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) fizeram um protesto, no início da noite desta terça-feira, no Centro do Rio. Um grupo, formado por cerca de 300 pessoas, seguiu pela pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Praça da Bandeira.
A federalização seria uma alternativa ao fechamento da Gama Filho e da UniverCidade. No documento assinado pelos dirigentes das instituições federais de ensino superior do Rio, eles argumentam que a medida atenderia “aos anseios das forças sociais, políticas e estudantis”, em referência aos cerca de 10 mil alunos afetados pelo descredenciamento das duas instituições.
Veja a íntegra da nota abaixo, assinada por Roberto Salles (reitor da UFF), Antônio José Ledo Alves da Cunha (reitor em exercício da UFRJ), Luiz Pedro San Gil Jutuca (reitor da UFRJ), Ana Maria Dantas Soares (reitora da UFRRJ) e Carlos Henrique Figueiredo Alves (diretor-geral do Cefet-RJ).
“Nós, reitores das universidades federais e o diretor-geral do Cefet do Rio de Janeiro, abaixo assinados, enfatizamos nossa preocupação com a qualidade da educação, bem como a responsabilidade do governo federal no credenciamento e acompanhamento das universidades, faculdades e cursos em funcionamento no país. Assim, apoiamos como solução a federalização da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade, ambos do Estado do Rio de Janeiro.
Reconhecendo o grande avanço na educação nos últimos anos e a continuidade das ações positivas do atual governo, conclamamos a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para que considerem a nossa proposta de federalização, já que possuem todas as condições técnicas e políticas para a implementação da proposta para, com isso, atender aos anseios das forças sociais, políticas e estudantis.
Consideramos também que o caminho para a solução do problema, que atinge os membros da comunidade acadêmica (alunos, servidores docentes e técnico-administrativos), com forte impacto social, não seja uma simples redistribuição dos estudantes, tarefa que não é fácil e pode se mostrar inviável a curto e médio prazo, agravando a situação.
Como educadores, entendemos que a e ducação não pode ser vista como um negócio, mas um investimento de longo prazo, cuja maior responsabilidade cabe aos governos. Neste sentido, reafirmamos a nossa disposição para colaborar com o processo de federalização, mantendo o compromisso com a educação de qualidade”.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/reitores-da-uff-ufrj-unirio-rural-cefet-rj-propoem-federalizacao-da-gama-filho-univercidade-11299656#ixzz2qUsrI7bW
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