Paulo Roberto de Almeida
Para agilizar o trabalho da CPI
A CPI da Petrobras aprovou a convocação de Graça Foster, Nestor Cerveró, José Sergio Gabrielli, Renato Duque, Pedro Barusco e Alberto Youssef. Para agilizar o trabalho dos parlamentares, sugerimos que:
a) Pergunte-se a Graça Foster sobre as circunstâncias da sua saída da Petrobras, tendo como base a reportagem da Bloomberg que conta como Dilma Rousseff mandou desobedecer a lei e esconder as perdas da Petrobras; como a então presidente da empresa não conseguiu demitir o subordinado Sergio Machado, homem de Renan Calheiros, da presidência da Transpetro; e como Dilma Rousseff ficou contrariada quando ela, Graça Foster, quis colocar as empreiteiras do petrolão na geladeira
b) Indague-se Nestor Cerveró sobre se o Conselho de Administração da Petrobras, na ocasião presidido por Dilma Rousseff, realmente não tinha dados suficientes para brecar a compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios da história do capitalismo mundial
c) Repita-se, no caso de José Sergio Gabrielli, o mesmo questionamento feito a Nestor Cerveró e se pergunte ao antecessor de Graça Foster sobre as empresas de fachada usadas para construir boa parte do gasoduto Gasene
d) Inquira-se Renato Duque sobre cada uma das propinas por ele recebidas, de acordo com os depoimentos da delação premiada de Pedro Barusco, seu ex-subordinado na Petrobras, e como ele repassava parte delas a petistas graúdos, incluindo José Dirceu. Duque poderá dar ainda informações preciosas sobre João Vaccari Neto, o Moch, tesoureiro do PT
e) Solicite-se a Pedro Barusco que faça um resumo da sua delação premiada, com a contabilidade das propinas que recebeu para ele próprio, Renato Duque e demais corruptos
f) Peça-se a Alberto Youssef que, além de enumerar o quanto pagou a cada político, nomeando-os, conte a negociata entre o banqueiro André Esteves e a BR Distribuidora. Além disso, que ele pormenorize o que disse na sua delação premiada sobre Lula e Dilma saberem do esquema de corrupção na Petrobras
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