O velho líder estudantil dos anos 60 virou caco mesmo. Entrou num redemoinho sem saída. Articulador do mensalão, envolvido até o pescoço no petrolão, ainda por cima omitiu pagamentos de clientes de sua, hum, "consultoria". Mais dia, menos dia, volta para a Papuda:
O ex-ministro José Dirceu omitiu pagamentos de clientes de sua consultoria nos documentos que entregou à Justiça Federal. O Ministério Público Federal destacou em parecer protocolado na 13ª Vara Federal do Paraná nesta terça-feira que, "pela análise dos documentos juntados, é possível verificar supostas inconsistências entre as condições contratuais de prazo, pagamento e dados bancários".
Na manifestação ao juiz Sérgio Moro, os procuradores da República destacaram as divergências entre o que passou pelas contas bancárias da consultoria de Dirceu, a JD Assessoria, e os contratos entregues pelo ex-ministro à Justiça Federal. Foi examinada superficialmente a situação das empreiteiras acusadas de pagar propina por contratos da Petrobras. Pela análise, os contratos previam pagamentos bem inferiores ao que foi efetivamente desembolsado para o ex-ministro.
Dirceu é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal pela suspeita de ter recebido parte da propina distribuída por empreiteiras em troca de facilidades em contratos com a Petrobras. Como mostrou reportagem do site de VEJA, o petista faturou pelo menos 8 milhões de reais por serviços de consultoria prestados a empresas do clube do bilhão.
A defesa de Dirceu apresentou contrato com a Galvão Engenharia para prestação de serviços de "consultoria e assessoramento comercial", assinado em 25 de junho de 2009, segundo o qual ele teria faturamento bruto de 300.000 reais. Mas, de acordo com a análise da movimentação bancária da empresa do ex-ministro, foram pagos 703.875 reais. O contrato com Dirceu foi assinado exatamente uma semana depois de a Petrobras iniciar licitação de obra da Refinaria de Paulínea (Replan), pela qual a Galvão Engenharia foi contratada por 568 milhões de reais e fez o pagamento de propina equivalente a, no mínimo, 1% do valor do contrato, como já denunciado em ação penal contra executivos da empresa.
Também houve divergência entre a movimentação bancária e o valor previsto no contrato apresentado por Dirceu sobre serviços de "assessoria jurídica internacional" para a Engevix Engenharia. O documento entregue à Justiça previa o pagamento total de 300.000 reais. Mas a análise dos dados bancários mostra que a Engevix pagou 900.960 reais para a empresa do ex-ministro. (Veja.com).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.