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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Um projeto para o Brasil - Conselho Federal de Engenharia do Brasil - CREAPE Pernambuco

Um projeto para o Brasil

 

Recebi, em 23/09/2020, de Leonardo Sampaio, esta exposição sintética de um projeto nacional de Desenvolvimento para o Brasil. Registro para reflexão e aprofundamento: merece observações e comentários.

Paulo Roberto de Almeida

 

Um projeto para o Brasil - rodada 3

Conselho Federal de Engenharia do Brasil

 

Dando continuidade à elaboração participativa e construção partilhada de um Projeto para o Brasil, como proposto pelo Conselho Técnico Permanente do CREAPE/Conselho Federal de Engenharia do Brasil, apresentamos o roteiro das discussões da rodada 3 no CTP.

A divulgação da proposta tem como objetivo suscitar críticas construtivas e promover amplo debate. Debate conducente à mobilização política extrapartidária da consciência nacional, com o mais amplo engajamento pessoal e institucional, facilitador da implementação do Projeto, como etapa executiva de processo de administração participativa e partilhada. 

 

Um Projeto para o Brasil!

CTP - Conselho Técnico Permanente

CREA – Pernambuco

Presidente – Eng. Evandro Alencar

Coordenador – Eng. João Recena

 

Os pilares de Um Projeto para o Brasil

• Soberania

o Do que é nosso, nos prepararemos para cuidar nós mesmos

• Democracia

o Decidimos nosso destino pelo voto popular, respeitando a Constituição

• Solidariedade

o Nosso compromisso de concidadãos é construir um país bom para todos

• Sustentabilidade

o Temos como meta a prosperidade e a preservação do meio ambiente

 

A Herança

 

• A Herança Colonial

o A colonização de exploração sobrepujando a colonização de povoamento

o A capitania hereditária seguida da monarquia presencial

 

• A Herança da Escravidão

o A estratificação social nos engenhos, fazendas e minas

o A persistência de duas categorias de cidadãos

 

• A Herança dos primeiros ciclos econômicos

o O extrativismo e a agricultura extensiva

o O retardo da industrialização e da consolidação do setor de serviços 

 

• A Herança do projeto econômico concentrador

o A concepção de um polo econômico conectado ao mundo avançado

o A concentração promovida pelo Estado

o O próprio Estado como concentrador de renda

 

O Momento de Disrupção

• Globalização financeira e liberalismo

• Revolução científica e tecnológica

o Industria 4.0

o Novos modelos de negócios

o Novas competências humanas

o Novos modelos de aprendizagem 

• Alterações geopolíticas

• Ameaças à democracia

 

As concepções de um Projeto

• O projeto concentrador está esgotado

o As pessoas, as regiões e os recursos têm que ser engajados

• A garantia da igualdade de oportunidades

o Capacitação para todos

• O respeito às gerações futuras

• A cultura como princípio básico de um Projeto

o Quem somos, e todos somos

o O sonho de uma civilização dos trópicos liderada pelo Brasil

• Um Estado de todos para todos

o O exemplo dos países escandinavos

 

O Estado de que precisamos

• O esgotamento do Estado empresário-desenvolvimentista

• A inviabilidade do Estado mínimo num país de tantas fragilidades

• O Estado eficaz

o A eficiência dos serviços públicos

o O bem-estar social 

o As emergências nacionais

• A política social em sinergia com o mercado

• A sustentabilidade fiscal

 

O mercado de que precisamos

• A importância social do crescimento econômico

• A falhas do mercado e as desigualdades têm que ser compensadas

• A necessidade das agências reguladoras

• O respeito à sustentabilidade

 

O Mercado e a Democracia

• A democracia como o menos imperfeito dos modelos políticos

• Há maior variedade de modelos políticos do que econômicos

• O enigma chinês: autoritarismo com mercado

• Aa ameaças atuais à democracia

• O impacto da percepção de corrupção

 

O melhor do Estado e do Mercado

• Estimular os investimentos públicos e privados

• Encontrar novas formas de financiar o investimento público

o PPPs e Concessões

o Fundos

o O Banco Central financiador

• Criar ambiente de negócios estimulador dos investimentos privados 

• Privatizar seletivamente, garantindo a soberania

• Promover as esperadas reformas

o Tributária

o Administrativa, excesso dos gastos com pessoal. 

• Oportunidade já:

o Inflação e juro nominal baixos

o Real desvalorizado

o Efeitos fiscais negativos da pandemia

 

O desafio da Liderança

 • Despolarização política

• Reforma do Estado

• Construção de um ambiente de confiança no país

• Retomada dos investimentos públicos e privados

• Promoção do país como exemplo de soberania, democracia, solidariedade, sustentabilidade e civilização humana

 

 

4 Pilares do Projeto para o Brasil :

Soberania, Democracia, Sustentabilidade, Solidariedade. 

 

Soberania pressupõe independência. 

Independência requer democracia. 

Não há democracia sem solidariedade.

 

Governo do povo, para o povo e pelo povo. Com reconhecimento participativo das distintas individualidades pessoais, comunitárias e locais, para exercício do usufruto dessas diferenciadas disponibilidades,  potencialidades, necessidades, anseios, demandas e competências. 

 

De forma sustentável para que os envolvimentos sejam cada vez maiores e geradores de progresso pela valorização das diferenças e partição mais igualitária dos seus frutos. 

 

Assim, só somos soberanos se aprendemos a cultuar nossos valores. Construídos a partir dos legados familiares e históricos comunitários locais, de desenvolvimento tecnológico no uso de ferramentas administrativas-sociais-econômicas.

 

Ferramental administrativo disponível para diagnósticos participativos de riquezas humanas, materiais e financeiras, disponibilidades,  potencialidades, capacidades de mobilização e comprometimento comunitários. 

 

Com a consequente transformação desses diagnósticos em planos, programas, projetos, objetivos, metas e ações, elaborados participativamente e comunitariamente acompanhados, fiscalizados, controlados, supervisionados, avaliados quanto a seus  produtos, efeitos e impactos. 

E, devidamente ajustados, para garantia do alcance e continuidade dos seus resultados. 

 

Sendo a necessidade mais básica para o deslanche do processo, tanto a curto como médio e longo prazos, a colocação da escola como centro do progresso comunitário local sustentável. 

 

E a efetivação do ensino-aprendizado por competências como preconizado pela legislação educacional brasileira, e atestado por todos os países que a tem posto em prática. 

Porém, não praticada em âmbito nacional por falta de interesse político-partidário na mobilização comunitária para superação das cada vez mais crescentes desigualdades de renda, emprego e educacionais.

 

Marginalização do povo brasileiro pela apropriação das riquezas nacionais por grupos apátridas, sistemas comunicacionais escamoteadores do reconhecimento do rico legado histórico do processo formativo e cultural das várias e diversas regiões. 

 

E, educação cada vez mais vassala de senhores praticantes de técnicas colonialistas aprisionadoras de mentes e corações, manietados por baixíssimos salários no ensino fundamental, desencorajadores de formação de professores competentes e capacitados para o exercício de ensino voltado para a prática de soberania, democracia participativa e sustentabilidade do progresso comunitário. Progresso comunitário que requer o engajamento das várias instâncias e instituições dos poderes legislativos, executivos e judiciários integrando-se e apoiando as escolas desde o nível local e mais elementar - matéria prima essencial para a promoção do progresso comunitário local sustentável. 

 

 

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