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sábado, 19 de setembro de 2020

O Brasil e o Abolicionismo Tardio, Nunca Completado - Paulo Roberto de Almeida

 O Brasil e o Abolicionismo Tardio, Nunca Completado

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

Publicado em O Veterano (Rio de Janeiro: periódico semanal estudantil da FGV EPGE; no aniversário da abolição da escravidão: 13/05/2020; link: https://medium.com/o-veterano/coluna-o-brasil-e-o-abolicionismo-tardio-nunca-completado-paulo-roberto-de-almeida-b0807425fd32). 

Relação de Publicados n. 1347.


 

Sumário: 

A escravidão na história humana e o comércio de escravos

O Brasil: relutante em extinguir o tráfico

O lento e delongado processo abolicionista

Um país notável pela ausência de qualquer sentido de política de capital humano

 

Família brasileira sendo servida por escravos no século XIX: Pintura por Jean-Baptiste Debret.

 

 

O presente ensaio tem o objetivo principal de argumentar que a eterna relutância do Brasil em abolir o tráfico e, depois, a escravidão, constitui um dos mais poderosos fatores que podem explicar, ainda hoje, a persistente dificuldade do país em elevar os padrões e o próprio ritmo de um processo sustentado de crescimento econômico, com destaque para a área da produtividade do capital humano. Essa delonga na adoção de reformas sociais também está na raiz do grau anormalmente elevado das desigualdades sociais e da distribuição de renda, que estão vinculadas, por sua vez, à ausência de reforma agrária, ainda no século XIX, e em especial a completa ausência de uma política de educação de massa, uma deficiência permanente, praticamente desde antes da independência, que atravessa toda a fase monárquica e que se prolonga por boa parte do regime republicano. O tráfico negreiro e a escravidão foram formalmente abolidos em 1850 e em 1888, respectivamente, mas seus efeitos delongados na estrutura econômica e no tecido social nunca foram efetivamente superados em toda a trajetória da nação independente. A ausência de políticas consistentes nos terrenos da propriedade fundiária e da educação de massas é responsável, por sua vez, pelos baixos níveis de renda per capita, pela persistência da pobreza, assim como da enorme concentração de renda. 


 (...)


Ler a íntegra na plataforma Academia.edu; link:

https://www.academia.edu/44123455/3667_O_Brasil_e_o_Abolicionismo_Tardio_Nunca_Completado_2020_

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