Os militares, individualmente, e a corporação, como FFAA, estão começando a perceber que entraram numa fria, ou numa roubada, ao apoiarem um medíocre tresloucado, um degenerado perverso, quase um psicopata. Agora não adianta reclamar, pois deveriam ter percebido antes. Mas foram seduzidos, tanto corporativamente, com vantagens para as FFAA, quanto individualmente, com prebendas e generosos e altos ganhos para os oportunistas. Vão pagar um preço, em credibilidade e respeito da sociedade, mas os indivíduos não estão ligando para isso, apenas focados em seus ganhos. A corporação vai perder.
Paulo Roberto de Almeida
General Villas Bôas vira muro das lamentações de militares contra Bolsonaro
Os militares que deram suporte à eleição do presidente Jair Bolsonaro — vários deles foram expelidos do Palácio do Planalto — elegeram o general Villas Bôas como muro das lamentações contra o chefe do Executivo.
Referência para a caserna, Villas Bôas é visto como um dos poucos que ainda conseguem colocar um freio em Bolsonaro, que está cada vez mais tresloucado diante da possibilidade real de o Ministério Público pegar o filho 01, o senador Flávio Bolsonaro, por causa das rachadinhas, e de se construírem candidaturas que possam lhe apear do poder.
Para os queixosos, o presidente da República está metendo os pés pelas mãos ao destruir o pouco da credibilidade que resta ao governo, transformar os militares em motivo de chacota, deixar a economia flertar com uma perigosa volta da inflação e atentar contra a saúde pública ao desqualificar a vacinação contra a covid-19.
Por enquanto, a determinação é de que apenas os militares que deixaram o governo, mas têm trânsito livre com Villas Bôas, critiquem o presidente da República. São os casos dos generais Santos Cruz e Rêgo Barros. Mas o coro vai engrossar caso Bolsonaro mantenha o comportamento descontrolado.
Dentro dessa estratégia, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, foi aconselhado a não partir para o confronto público com Bolsonaro. Mas quem conhece o vice sabe o quanto isso está custando para ele. O general e o presidente mal se falam há mais de uma semana.
Brasília, 13h07min
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