More of the same, all over again…
A integração regional e a inserção do Brasil na economia mundial não vão avançar muito sob Lula 3: ele continua preferindo a velha substituição de importações e o tradicional mercantilismo protecionista, que convém mais à FIESP e aos sindicatos de trabalhadores, do que ao conjunto dos consumidores, especialmente os mais pobres.
Ou seja, teremos mais do mesmo, talvez até de forma acentuada, como o provam declarações e negociações recentes. Não esperem, portanto, resultados diferentes do que aquela conhecida retórica vazia, sobre nossas fábricas e nossa soberania e emprego, como das vezes anteriores.
Ocorreu algum avanço na integração, além de palanques políticos, com peronistas e chavistas sob Lula 1 e 2? Dona Dilma ainda agravou o quadro da integração ao enfiar (ilegalmente) a Venezuela chavista no Mercosul, quando ela não possuía as mínimas condições (não por ser uma ditadura, que isso não importava, mas por não preencher nenhum dos requisitos técnicos) para integrar o bloco, que já é uma peneira furada e uma colcha de retalhos esfarrapada.
O comércio exterior do Brasil, a despeito de avançar em volume e valor, saiu de menos de 1,3% do comércio mundial que exibimos persistentemente há 60 anos? E sua composição escapou das commodities? Ao contrário, só aprofundou a tendência…
Alguma expectativa de mudança desta vez? Claramente não: Lula 3 quer renegociar o acordo Mercosul-UE, para “proteger nossas indústrias”, e continua a recusar, com Celso Amorim, qualquer aproximação à OCDE.
O PT pode até ser um partido, na prática, social-democrata, não socialista, interessado em reduzir a pobreza e proteger os mais pobres, mas suas concepções econômicas são anacrônicas e suas preferências diplomáticas ainda vão, tristemente, para ditaduras execráveis.
Os petistas gostariam de me desmentir?
Por favor…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23/04/2023
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