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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Post-Western World: um livro e um debate com Oliver Stuenkel (IPRI, 13/12/2016)

Com a presença do autor, e uma audiência composta de diplomatas, professores e estudantes, o IPRI e a Funag realizaram nesta terça--feira 13/12/2016, no auditório do Anexo II do Itamaraty, um debate-apresentação em torno deste livro: 

Oliver Stuenkel
Post-Western World: How Emerging Powers Are Remaking Global Order
(Malden, MA: Polity Press, 2016, 252 p.; ISBN: 978-1-5095-0457-2)

Oliver Stuenkel é Professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, onde coordena a Escola de Ciências Sociais e o MBA em Relações Internacionais. Tem graduação pela Universidade de Valência, na Espanha, Mestrado em Políticas Públicas pela Kennedy School of Government de Harvard University, e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha. É colunista da revista Americas Quarterly e autor de outros livros, entre eles este anterior:


O índice do livro Post-Western World é o seguinte: 

Introduction, 1
1. The Birth of Western-Centrism, 29
2. Power Shifts and the Rise of the Rest, 63
3. The Future of Soft Power, 97
4. Toward a Parallel Order: Finance, Trade, and Investment, 120
5. Toward a Parallel  Order: Security, Diplomacy, and Infrastructure, 154
6. Post-Western World, 181
Conclusion, 195
Notes, 206

Sua apresentação, intitulada "Rumo ao mundo sinocêntrico?: as transformações globais e suas implicações para o Brasil", consistiu num resumo geral das principais teses do livro, entre elas a visão ainda enviesada, construída pelo mundo ocidental, da ordem global, que vem sendo transformada significativamente ao longo dos séculos, e especialmente nas últimas décadas de retomada do processo de globalização e de ascensão de novas potências emergentes, entre elas, com destaque, a China, que já foi a maior economia do planeta até o final do século 18. 

A ascensão da China não se faz apenas com soft power, mas também  com base em fatores reais de poder, ou seja, crescimento econômico, expansão comercial, domínio de finanças e construção de novos vetores de poder real, que conformam o que ele chamou de "ordem paralela" expressa em novas instituições nas financas (Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, e Novo Banco de Desenvolvimento, dos Brics), comércio (explosão de acordos de liberalização e de livre comércio e de preferências em diversos esquemas regionais e mais além), investimentos (grandes obras e cooperação com um grande número de países, não só em desenvolvimento, mas também em países desenvolvidos), segurança (esquemas negociados com vizinhos e países selecionados, medidas de construção de confiança), diplomacia (ofensiva de charme e de realpolitik em formatos diversos, entre eles o Brics) e infraestrutura (nova rota da seda, grandes obras em outos continentes, como um canal na Nicarágua).
Essa "ordem paralela" não pretende substituir as instituições existentes, mas complementar os arranjos que resultaram da ordem anterior, com uma abordagem adaptada aos requerimentos dos emergenes, e com isso a ordem global se aproximaria do cenário do mundo pós-ocidental.  

Eis a apresentação sumária do livro "Post-Western World" e link na Amazon: 


With the United States’ superpower status rivalled by a rising China and emerging powers like India and Brazil playing a growing role in international affairs, the global balance of power is shifting. But what does this mean for the future of the international order? Will China dominate the 21st Century? Will the so–called BRICS prove to be a disruptive force in global affairs? Are we headed towards a world marked by frequent strife, or will the end of Western dominance make the world more peaceful?

In this provocative new book, Oliver Stuenkel argues that our understanding of global order and predictions about its future are limited because we seek to imagine the post–Western world from a parochial Western–centric perspective. Such a view is increasingly inadequate in a world where a billions of people regard Western rule as a temporary aberration, and the rise of Asia as a return to normalcy. In reality, China and other rising powers that elude the simplistic extremes of either confronting or joining existing order are quietly building a "parallel order" which complements today’s international institutions and increases rising powers′ autonomy. Combining accessibility with expert sensitivity to the complexities of the global shift of power, Stuenkel’s vision of a post–Western world will be core reading for students and scholars of contemporary international affairs, as well as anyone interested in the future of global politics.

Eu teria várias observações a fazer  às teses e argumentos do livro de Oliver Stuenkel, mas ainda tenho de ler o livro atentamente para comentar seus elementos mais importantes. Não que eu discorde do sentido geral da tese principal, ou seja, a de que estamos caminhando para uma ordem global, não só no terreno econômico, mas também no político, estratégico e militar, bastante diferente daquela ordem implementada na imediata sequência da Segunda Guerra Mundial, ou seja, Bretton Woods, Gatt-OMC, OCDE, e uma governança consolidada no G7 a partir dos anos 1970, mas que veio a termo nos anos 1990-2000, em especial com a ascensão da China e da Índia.
Existem vários desafios ao Brasil nesse novo cenário, e este é um debate que teremos de fazer novamente com Oliver Stuenkel, na primeira oportunidade que tivermos em 2017.

Creio que esse debate, que foi transmitido online e registrado em vídeo (que estará disponível no canal YouTube da Funag, dentro de algum tempo), constituiu uma excelente oportunidade para que Oliver Stuenkel apresentasse a um público seleto (e a todos os que assistiram, e os que ainda vão assistir, ao vídeo) suas principais teses sobre o mundo pós-ocidental. 

Na sequência, mantive um diálogo de 20 minutos aproximadamente com Oliver Stuenkel em torno dessas teses, e algumas outras questões, para a série "Relações Internacionais em Pauta", entrevistas em vídeo que vem sendo acumuladas no canal YouTube do site do IPRI, e que editaremos para fazer um próximo upload. Aguardem.
Nos agradecimentos prévios ao livro, Oliver agradece à sua esposa, Beatriz, em que reconhece trabalho extra, entre o ativismo político e a dedicação acadêmica, assim como a seus três filhos: Anna, Jan e Carlinha, que ele acredita crescerão num mundo pós-ocidental. 
Acredito que sim, mas seus filhos vão continuar bebendo Coca-Cola, mascando chiclete -- que são velhas contribuições da civilização ocidental, neste caso americana, ao mundo, assim como vão usar algum sucedâneo do iPhone e sucessores do iPad, até que os chineses ofereçam os seus equivalentes, provavelmente de performance maior, e custo menor, mais ainda assim baseados num conceito ocidental do mundo e das comunicações, que o mundo emergente ainda imita, sem verdadeiramente superar, até o momento. Vamos ver o que os pós-ocidentais oferecem de produtos e gadgets tão revolucionários quanto estes.
Vamos continuar esse debate de alto nível nos próximos meses, talvez anos, com a participação de todos os diplomatas e acadêmicos engajados em temas de política mundial e relações econômicas internacionais.

Os interessados em adquirir o livro de Oliver Stuenkel, podem encontrá-lo aqui:
https://www.amazon.com/Oliver-Stuenkel/e/B00P1ZSQP0

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 13 de dezembro de 2016
(Fotos de  Carmen Lícia Palazzo, a quem agradeço a cessão)

domingo, 11 de dezembro de 2016

Defesa e MRE organizam Seminario de Coordenacao Tematica (7/12/2016)

Defesa e MRE organizam Seminário de Coordenação Temática
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa


Brasília, 8/12/2016 – Com o propósito de buscar convergências entre as agendas dos Ministérios da Defesa (MD) e das Relações Exteriores (MRE), realizou-se, no último dia 7, o 1º Seminário de Coordenação MD-MRE, organizado pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Defesa Pandiá Calógeras (IBED-MD) e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-FUNAG-MRE).

  O ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou: “considero esta reunião, em sequência da outra [realizada com o Ministro José Serra], das mais importantes, estratégicas, históricas para o Brasil. Não é para Relações Exteriores, não é para a Defesa, é para o Brasil, porque aqui podemos clarear e contribuir muito para nossos conceitos, nossas abordagens, nossas convergências e divergências”.


Fotos: Ten Maurílio Kelly/EMCFA

No evento, realizado no auditório do MD, embaixadores e autoridades militares abordaram assuntos como cenário internacional – visões e perspectivas; fronteiras – vias de aproximação e áreas problemas; adidos de defesa e seu apoio à diplomacia e às relações internacionais; operações de Paz; e Base Industrial de Defesa.

A mesa inicial contou com a presença do diretor do Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais da Fundação Alexandre de Gusmão, ministro Paulo Roberto de Almeida; do diretor do Pandiá Calógeras, Demétrio Carneiro da Cunha Oliveira; e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho.

Na abertura do encontro, o almirante Ademir Sobrinho (CEMCFA) apresentou a visão da Defesa sobre o mundo atual. Citou a intensificação dos conflitos étnicos e religiosos; o incremento do tráfico de drogas, do contrabando, do crime organizado; o crescimento do terrorismo internacional; a falência de Estados; a ampliação da possibilidade de acesso de criminosos e terroristas às chamadas “armas sujas” (biológicas e radiológicas); o emprego de redes sociais para ativação de grupos terroristas e simpatizantes; as alterações climáticas no mundo; e a crise de refugiados.



Segundo o almirante, no caso do Brasil, na área de defesa, temos que equacionar políticas e estratégias que se adequem aos interesses do País, nesse ambiente tão permeado de ameaças e incertezas. “Podemos afirmar, com tranquilidade, que a parceria entre a diplomacia e a defesa brasileira será um importante catalisador da cooperação em todos os continentes, e vai continuar contribuindo, significativamente, para prevenção de conflitos, para consolidação da paz e para estabilidade internacional. Vai cooperar para que o Brasil defina seu rumo no conserto das nações”, afirmou.

Busca de convergências
Os painéis do seminário foram resultado do encontro de alto nível entre o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o Ministro das Relações Exteriores, José Serra, ocorrido no mês passado. “Essa aproximação é fato novo e deve ser considerada como extremamente relevante por se tratar de dois ministérios tipicamente de Estado. Essa busca de convergências só tem ganhadores, em especial o maior ganhador será o povo brasileiro, a quem servimos com orgulho”, explicou o diretor do Pandiá Calógeras, Demétrio Carneiro da Cunha Oliveira.

Durante as exposições, os debates transcorreram em torno do envolvimento do País no cenário internacional. O secretário de Planejamento Diplomático, ministro Braz Baracuhy, citou a relação Estados Unidos e China, que poderá definir uma dinâmica preponderante no sistema internacional nos próximos anos, com consequências importantes para o entorno estratégico do Brasil.

Embora grande parte dos problemas internacionais não estejam na América do Sul, seus reflexos geram incerteza nos países da região em matéria de segurança e defesa. “Isso contribui para exacerbar tensões, para rearmar, para adquirir maior capacidade militar, porque a incerteza está associada à sensação de falta de segurança, gerando reações”, disse o vice-chefe de Assuntos Estratégicos do MD, general Fernando Rodrigues Goulart, em sua apresentação.

A última discussão apresentada foi a do secretario de Produtos de Defesa, Flávio Basílio, sobre a inclusão do Ministério da Defesa no Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).

Participaram, ainda, dos painéis, pelo MRE: o diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança, embaixador Nelson Antonio Tabajara de Oliveira; a diretora do Departamento da América do Sul Meridional, embaixadora Eugênia Barthelmess; o diretor do Departamento da América do Sul Setentrional e Ocidental, embaixador Tarcísio de Lima Costa; a diretora do Departamento de Organismos Internacionais, ministra Maria Luiza Escorel; o coordenador geral de Mecanismos Regionais, conselheiro Arnaldo de Baena Fernandes; o subchefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial, secretário José Renato Ferreira.

Pelo MD, também participaram o subchefe de Logística Operacional, brigadeiro Tarcisio Aquino Brito Veloso; o gerente da Seção de Assuntos Setoriais da SCOA, coronel Amaro Soares de Oliveira; e o gerente da Seção de Adidos de Defesa, coronel Igor Sidhartha Boechat.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Rumo a um mundo sinocentrico? - Palestra de Oliver Stuenkel (NAO PERCAM)

A palestra anunciada abaixo vai ser transmitida ONLINE pelo canal YouTube da Funag. Anunciaremos o link oportunamente.
Por enquanto, sintam-se convidados para um debate importante sobre se o mundo será ou não chinês, e se ele já é "pós-ocidental".
Veja aqui: http://www.funag.gov.br/index.php/pt-br/component/content/article?id=1331
Paulo Roberto de Almeida

O presidente da Funag, embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e o Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), Paulo Roberto de Almeida, convidam para a palestra-debate com o professor de Relações Internacionais da FGV-SP Oliver Stuenkel, no auditório Paulo Nogueira Batista, no próximo dia 13/12, às 16:00hs
Stuenkel, colaborador regular de diversas publicações na área de relações internacionais e autor de vários livros – entre eles The Brics and the Future of Global Order (2015) e do recentemente publicado Post-Western World (2016) – falará sobre “Rumo ao mundo sinocêntrico? - As transformações globais e suas implicações para o Brasil”.


Nota curricular: 
Oliver Stuenkel é Professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, onde coordena a Escola de Ciências Sociais e o MBA em Relações Internacionais. Tem graduação pela Universidade de Valência, na Espanha, Mestrado em Políticas Públicas pela Kennedy School of Government de Harvard University, e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha. É autor de três livros, entre eles Post-Western World: How Emerging Power Are Remaking Global Order (2016, Polity) e colunista da revista Americas Quarterly.  

A more complete CV: 

Oliver Della Costa Stuenkel is an Assistant Professor of International Relations at the Getulio Vargas Foundation (FGV) in São Paulo, where he coordinates the São Paulo branch of the School of History and Social Science and the executive program in International Relations. He is also a non-resident Fellow at the Global Public Policy Institute (GPPi) in Berlin and a member of the Carnegie Rising Democracies Network. His research focuses on rising powers; specifically on Brazil’s, India’s and China's foreign policy and on their impact on global governance. He is the author of IBSA: The rise of the Global South? (Routledge Global Institutions, 2014), BRICS and the Future of Global Order (Lexington, 2015) and Post-Western World (Polity, 2016) (Amazon Author Page).
Seu artigo mais recente:

http://www.postwesternworld.com/2016/12/05/benefits-americas-quarterly/

   

XI

How Trump Benefits China in Latin America (Americas Quarterly)

BY OLIVER STUENKEL | DECEMBER 5, 2016 Growing Chinese engagement in the region will test Latin America's ability to adapt.
http://americasquarterly.org/content/how-trump-benefits-china-latin-america
The timing was perfect, and the symbolism could not have been stronger. A mere week after Donald Trump’s upset victory stunned the world, Xi Jinping traveled to Lima for the Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) summit and projected China as a bastion of stability, predictability and openness. With the U.S. increasingly skeptical of globalization, Xi promised that China would stand up for free trade. Faced with an emerging global leadership vacuum, Beijing was quick to recognize a window of opportunity. Compared with the abrasive U.S. president-elect, the Chinese president, with his avuncular charm, seemed to have a soothing effect on …

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Rumo ao mundo sinocentrico? - palestra de Oliver Stuenkel no IPRI (Brasilia, 13/12/2016)


O presidente da Funag, embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e o Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), Paulo Roberto de Almeida, convidam para a palestra-debate com o professor de Relações Internacionais da FGV-SP Oliver Stuenkel, no auditório Paulo Nogueira Batista, no próximo dia 13/12, às 16:00hs
Stuenkel, colaborador regular de diversas publicações na área de relações internacionais e autor de vários livros – entre eles The Brics and the Future of Global Order (2015) e do recentemente publicado Post-Western World (2016) – falará sobre “Rumo ao mundo sinocêntrico? - As transformações globais e suas implicações para o Brasil”.


Nota curricular: 
Oliver Stuenkel é Professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, onde coordena a Escola de Ciências Sociais e o MBA em Relações Internacionais. Tem graduação pela Universidade de Valência, na Espanha, Mestrado em Políticas Públicas pela Kennedy School of Government de Harvard University, e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha. É autor de três livros, entre eles Post-Western World: How Emerging Power Are Remaking Global Order (2016, Polity) e colunista da revista Americas Quarterly.   

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Um American Brexit: convite para um debate com Thomas O'Keefe, no IPRI

Já me antecipando a um debate que ocorrerá nos próximos dias, e semanas, e meses, sobre o significado da vitória de Donald Trump para a presidência dos EUA (2017-2020) e suas implicações para o Brasil, tenho o prazer de convidar todos os interessados para a palestra, em português, sobre “O que pode o Brasil esperar de um governo Donald Trump nos EUA”, pelo professor Thomas Andrew O’Keefe, antigo chefe do Programa de Estudos da Área do Hemisfério Ocidental do Foreign Service Institute, Departamento de Estado dos EUA. 
Thomas O’Keefe é o presidente do Mercosur Consulting Group, uma firma de consultoria econômica e jurídica com sede em São Francisco, que assessora companhias americanas em seus negócios com a América do Sul, assim como firmas latino-americanas exportando para os Estados Unidos.  Atualmente ministra cursos no Programa de Relações Internacionais da Stanford University, Califórnia. 
Thomas, autor de muitas publicações, é binacional chileno-americano, bilíngue inglês-espanhol, fluente em português e francês, e possui diversas especializações pós-graduadas em várias universidades americanas e Oxford. A palestra será feita  na sala geminada A, no subsolo do Palácio Itamaraty, às 16:00hs da quarta-feira, 23 de novembro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

IPRI abre uma vaga para estagiario de RI: inscrevam-se no CIEE...

VAGA DE ESTÁGIO: 
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais 
(IPRI-Funag-MRE)


Encontrar-se-á aberta, a partir do dia 01/11/2016, uma vaga de estágio no Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), órgão da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG).
A vaga destina-se a estudantes de graduação em Relações Internacionais. Interessados devem cadastrar seu currículo junto ao CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), por intermédio do site www.ciee.org.br.

Corram, ou melhor, acessem o site, e inscrevam-se.
Estamos esperando la crème de la crème...
Paulo Roberto de Almeida
Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cadernos de Politica Exterior - IPRI-Funag, n. 3 (2016)

Revista "Cadernos de Política Exterior"

Foi lançado o terceiro número da revista do IPRI: Cadernos de Política Exterior. A publicação tem por objetivo oferecer artigos de informação e análise sobre temas da política externa do Brasil, buscando contribuir para o aprofundamento do debate público nessa área. Leia aqui a resenha de Denise Chrispim Marin, publicada na Revista Política Externa (Vol 23 nº4, Abr/Mai/Jun de 2015), sobre a primeira edição dos Cadernos de Política Exterior.
Acesse gratuitamente a publicação completa em formato digital, ou compre o exemplar físico, na Biblioteca Digital e Loja Virtual da FUNAG. Além de documentos oficiais do MRE e resenhas dos últimos lançamentos de livros da FUNAG, este volume contém os seguintes artigos:
  • O Itamaraty e os Jogos Rio 2016, por Sergio Luiz Canaes e Vera Cíntia Álvarez (pdf)
  • As relações Brasil-Argentina no aniversário da Declaração do Iguaçu, por Eugenia Barthelmess (pdf)
  • ABACC: os primeiros 25 anos, por João Marcelo Galvão de Queiroz (pdf)
  • As relações entre o Brasil e a Palestina e o reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil, por Gustavo Fávero e Lucas Frota Verri Pinheiro (pdf)
  • Desarmamento nuclear, por Sergio Duarte (pdf)
  • A China e sua vizinhança, por Cláudio Garon (pdf)
  • A Parceria Transpacífico e suas consequências para o Brasil: uma aproximação preliminar, por Carlos Márcio Bicalho Cozendey e Ivana Marília Gurgel (pdf)
  • Integração energética: condicionantes e perspectivas para o Brasil e a América do Sul, por Clélio Nivaldo Crippa Filho (pdf)
  • Normalização e regulamentação técnica no TBT: implementação e debates, por Luís Guilherme Parga Cintra (pdf)
  • Grand Days: noventa anos depois de o Brasil ter deixado Genebra, o que diz a historiografia sobre a participação brasileira na Liga das Nações (1920-1926)?, por Norma Breda dos Santos (pdf)

 Clique nas imagens abaixo para acessar o conteúdo completo de cada edição do Cadernos de Política Exterior.

Acesse aqui nº 3 (1º/2016) Acesse aqui nº 2 (2º/2015) Acesse aqui nº 1 (1º/2015)
cadernos3 Cadernos de Política Exterior - Ano 1 - Número 2 - Segundo Semestre 2015Cadernos de Política Exterior - Ano 1 - Número 1 - Primeiro Semestre 2015


Última atualização em Quarta, 07 de Setembro de 2016, 12h02

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Visita do Professor A. A. Cancado Trindade, juiz da CIJ, a Funag-IPRI (8/09/2016)


Visita do Professor Cançado Trindade, juiz da CIJ, à Funag-IPRI

Paulo Roberto de Almeida
 [Registro da visita de AACT à Funag, livros publicados]

No dia 8 de setembro, realizou visita de cortesia ao presidente da Funag, embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, e também ao Diretor do IPRI, ministro Paulo Roberto de Almeida, o eminente juiz da Corte Internacional de Justiça (CIJ), na Haia, professor Antônio Augusto Cançado Trindade, ex-Consultor Jurídico do Itamaraty (1985-1990) e ex-juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CtIADH). O prof. Cançado Trindade veio ao Brasil para proferir a aula inaugural no V Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos, realizado recentemente na Universidade de Fortaleza (Ceará), sob a organização conjunta do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos (IBDH) e do Instituto Interamericano de Direitos Humanos (IIDH).

Na ocasião, o prof. Cançado Trindade ofereceu ao presidente da Funag e ao Diretor do IPRI o seu livro mais recente, preparado especialmente para o V curso sobre direitos humanos: A visão humanista das missão dos tribunais internacionais contemporâneos (Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016), reunindo, em oito partes, suas reflexões de uma década inteira dedicada ao estudo dos grandes temas do direito internacional, com os quais possui maiores afinidades intelectuais, resultado de conferências e aulas magnas, mas também de sua atuação jurisdicional nas duas cortes referidas. 

Apresentou, ao mesmo tempo, dois outros livros recentemente publicados, que cobrem aspectos diversos, e complementares, das mesmas pesquisas, apresentações e atividades práticas naquelas cortes, em muitos institutos da mesma área e em grandes universidades, várias das quais, aliás, já lhe agraciaram com onze doutorados honoris causae: The access of individuals to international Justice (Oxford University Press, 2011) e The construction of a humanized international Law: a collection of individual opinions , 1991-2013 (Brill Nijhoff, 2014), este último o sexto de uma série especial sobre eminentes juízes que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do direito internacional. 

De partida para a Haia, onde deverá apresentar dois novos votos no âmbito de processos em curso na CIJ, o prof. Trindade prometeu visitar novamente a Funag em futuro próximo, quando poderá proferir uma palestra nos temas de sua especialização, numa intensa atividade sempre voltada para a formação de jusinternacionalistas das novas gerações e contribuindo para reforçar a visão humanista já em consolidação nos tribunais internacionais. Como escreveu ele no prefácio ao livro preparado para o curso de Fortaleza: “Todos os que nos engajamos neste caminho, sabemos que não tem fim: é certo que se têm logrado muitos avanços nos últimos anos, mas ainda resta – e continuará restando – um longo caminho a percorrer.”



[Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8 de setembro de 2016]

sábado, 27 de agosto de 2016

Relacoes Internacionais Em Pauta: programa de entrevistas do IPRI, criado por Alessandro Candeas

Apresento a seguir este programa muito interessante criado pelo meu antecessor na chefia do IPRI (Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais), Ministro Alessandro Candeas, que pretende ser um repositório de depoimentos interessantes sobre temas afetos a nosso universo de pesquisa e estudos, as relações internacionais e a diplomacia do Brasil, e temas conexos.
Primeiro a apresentação geral, constante do site, depois a própria apresentação do Alessandro e a relação dos depoentes.
Eu mesmo apareço num dos videos: 
11) Ministro Paulo Roberto de Almeida 
https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk

Paulo Roberto de Almeida

 

http://www.funag.gov.br/ipri/riempauta/

1) IPRI: Introdução ao programa Relações Internacionais em Pauta
https://youtu.be/gBCLer8uI8M

2) Embaixador José Alfredo Graça Lima
https://www.youtube.com/watch?v=vkQnJIfZeqs

3) Embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey
https://www.youtube.com/watch?v=8e4fdVwIyVc

4) Embaixador Paulo Estivallet Mesquita
https://www.youtube.com/watch?v=iKEArD839YI

5) Embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães
https://www.youtube.com/watch?v=hZN8QhLoa7w

6) Embaixador Fernando José Marroni de Abreu
https://www.youtube.com/watch?v=tzBi4wW_810

7) Embaixadora Maria-Thereza Lazaro
https://www.youtube.com/watch?v=Q7NfMQrmNok

8) Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa
https://www.youtube.com/watch?v=6sNHltV_JUc

9) Nathalie Tocci - Assessora na UE em Assuntos de Política Externa
https://www.youtube.com/watch?v=PEM0yxjHv9s

10) Professor Pascal Boniface - Directeur de l'IRIS
https://www.youtube.com/watch?v=lhOiqkYPxT8

11) Ministro Paulo Roberto de Almeida 
https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk

12) Embaixador  João Almino
https://www.youtube.com/watch?v=3sFfPOp1gUo

13) Embaixador Fernando Igreja
https://www.youtube.com/watch?v=rj5-3b8u-sY

14) Embaixadora Vitória Alice Cleaver
https://www.youtube.com/watch?v=H5LDi78c0vE

15) Conselheira Almerinda Carvalho
https://www.youtube.com/watch?v=Fiyy1YG492o

16) Alunos estrangeiros do Instituto Rio Branco
https://www.youtube.com/watch?v=G5VsDLbug_I

17) Professora Sara Walker
https://www.youtube.com/watch?v=jw-hN_JX0oQ

18) Professoras Catherine Withol de  Wenden e Virginie Guiraudon
https://www.youtube.com/watch?v=EcGKa1nckeQ   

19) Professor Walter Russel-Mead
https://www.youtube.com/watch?v=UsUlS1M-X6k   

20) Embaixadora Vera Cíntia Álvarez
https://www.youtube.com/watch?v=80yDdj5QI_0   

21) Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima
https://www.youtube.com/watch?v=5lLRmrPFMGo

22) Professor Antonio Jorge Ramalho
https://www.youtube.com/watch?v=EPpjxehWxWM

23) Professor Stephen Burman
https://www.youtube.com/watch?v=arEpubt4Oq4

24) Embaixador Alberto da Costa e Silva
https://www.youtube.com/watch?v=W43tN8iQT_s

25) Embaixador Marcos Castríoto de Azambuja
https://www.youtube.com/watch?v=aDwekxniO60

26)  Embaixador José Botafogo Gonçalves
(em preparação)

27) Professor James Hershberg, George Washington University
 (em preparação)