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sábado, 6 de dezembro de 2025

Trajetórias quase Toynbeeanas - Paulo Roberto de Almeida

Trajetórias quase Toynbeeanas

Paulo Roberto de Almeida

Poucas vezes na história um grande Império bate contra um muro e se esboroa sozinho. Geralmente os fatores de declínio são de pequeno impacto, mas cumulativos, reduzindo no longo prazo a capacidade de adaptação a novas circunstâncias e condicionantes que vão se acumulando inevitavelmente como resultado de pequenas e grandes inovações próprias ou trazidas do exterior. Mas, o excesso de poder de algum dirigente mais poderoso, e autoritário, pode acelerar o processo, de adaptação e sobrevivência, ou de declínio e estagnação.

É isso que vimos ao longo da história, com grandes e médios impérios.

Alguns duraram centenas de anos, como o império romano, o chinês, o otomano. Outros não ultrapassaram uma dúzia de anos, como o Reich nazista, destruído pela própria ambição de um imperador demencial.

Seria o caso do Império americano sob Trump? Poderia ser. Mas o sistema desenhado pelos “pais fundadores” impõe limites à condução do país pelo mesmo dirigente: é isso que salvará os Estados Unidos do declínio agora em curso por causa de um candidato a imperador especialmente imbecil.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 6 dezembro 2025